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Resumo de 5 artigos sobre amalgama

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA- UNISUL.
CURSO: ODONTOLOGIA.
ACADEMICA: LAYZA FARIAS DE MEDEIROS BORTOLATTO.
DISCIPLINA: DENTÍSTICA PRÉ-CLINICA.
SEMESTRE LETIVO: 2017-2.
TRABALHO REFERENTE À LICENÇA MATERNIDADE.
RESUMO DE 5 ARTIGOS CIENTIFICOS SOBRE RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA, REALIZADOS NOS ÚLTIMOS ANOS A RESPEITO DO CUSTO-BENEFÍCIO OU RISCOS A SAÚDE DESTE MATERIAL.
Artigo 1: AMÁLGAMA DENTÁRIO NA ATUALIDADE.
Autores: ALMEIDA, Ana Paula; MURTA, Clara; BRITO, Nicolle.
Resumo: O amálgama dental é um tipo especial de liga que possui mercúrio entre seus constituintes, na odontologia se apresenta em forma de cápsulas que são trituradas em um amalgamador ou sob forma de limalha e mercúrio em frascos distintos, que necessitam serem misturados e triturados com instrumentos vítrios. O custo do material é relativamente baixo quando comparado a outros materiais restauradores, o que o torna mais acessível à população e ao sistema público de saúde. Tendo sido apontado como o material restaurador mais utilizado desde o século dezenove, devido a suas características clinicas como: alta resistência mecânica, insolubilidade aos fluídos bucais, menor sensibilidade a técnica, fácil manipulação, selamento marginal decorrente de seus produtos de corrosão e baixo custo. Entretanto, desvantagens também são atribuídas a este material, como: falta de adesão a estrutura dental, baixa estética, suscetibilidade ao Creep e possibilidade de desenvolver alergia e/ou sensibilidade embora documentadas em baixas taxas. O uso do amálgama dental em estudos previamente realizados não é apontado como desencadeante de danos nocivos a saúde pela liberação de mercúrio, visto que, este se apresenta em baixa taixa. O acabamento e polimento das restaurações em amalgama é uma etapa indispensável, pois prolonga sua vida clínica por meio da obtenção de uma superfície homogênea, aumento da resistência a manchamentos e corrosões e também possibilita o ajuste das margens da restauração. Na atualidade, embora novos e modernos materiais restauradores mais estéticos têm sido apresentados, há fatores que ainda determinam o uso do amálgama dental, como: suas vantagens aliadas às condições socioeconômicas do paciente. 
Referência: ALMEIDA, AP; MURTA, C; BRITO, N. Amálgama dentário na atualidade. Revista Odontológica das Faculdades Unidas do Norte de Minas- FUNORTE, v. 29, n. 2, p. 09-13, Jul./Dez. 2016.
Artigo 2: AMÁLGAMA DENTÁRIO: FONTE DE CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO PARA A ODONTOLOGIA E PARA O MEIO AMBIENTE.
Autores: JESUS, Leda Freitas; MARINHA, Marden Samir; MOREIRA, Fátima Ramos.
Resumo: O amálgama de prata é um material restaurador amplamente utilizado na Odontologia devido a algumas de suas propriedades físicas e mecânicas, ao fácil manuseio e baixo custo. Um dos aspectos negativos é a presença de mercúrio em sua composição. O mercúrio é uma substancia reconhecidamente tóxica tanto para os seres vivos, quanto para o meio ambiente. Dentre as categorias profissionais com exposição dos trabalhadores ao mercúrio destaca-se a Odontologia, devido à utilização desse metal na confecção do amálgama de prata. Estudos toxicológicos demonstram que o armazenamento e o descarte inadequados dos resíduos de amálgama dentário contribuem para a contaminação dos compartimentos ambientais possibilitando tanto uma exposição ocupacional quanto ambiental pelo mercúrio. A principal rota de exposição dos profissionais da Odontologia é pela inalação dos vapores de mercúrio dispersos no ar, decorrentes de higiene e ventilação inadequadas do ambiente de trabalho, falhas na refrigeração durante a remoção de restaurações de amálgama, além do derramamento acidental de gotas de mercúrio nos consultórios, e a possibilidade de contato do metal com a pele. A contaminação por mercúrio traz efeitos deletérios a saúde, como danos ao sistema nervoso central. O armazenamento inadequado das sobras de amálgama nos consultórios odontológicos é uma importante fonte de contaminação ambiental e ocupacional por vapor de mercúrio. Nos últimos anos há uma crescente tendência ao uso das resinas compostas como alternativa para o amálgama dentário e também pela troca de restaurações antigas de amálgama pelas resinas o que resultou em redução do uso de mercúrio na odontologia, entretanto a remoção das restaurações em amálgama gera resíduos, que muitas vezes são capturados por bombas sugadoras e simplesmente despejados na rede de esgoto, acabando por contaminar solos e rios. Para evitar a contaminação por esse metal tóxico, devem ser aprimorados e/ou desenvolvidos programas de vigilância toxicológica com objetivo de avaliar melhor os níveis de exposição ao mercúrio e adotar procedimentos para a manipulação, degradação e estocagem que possam contribuir na prevenção de agravos à saúde dos profissionais e na preservação do meio ambiente. 
Referência: JESUS, LF; MARINHA, MS; MOREIRA F. Amálgama dentário: fonte de contaminação por mercúrio para a Odontologia e para o meio ambiente. Caderno de Saúde Coletiva, v.18, n.4, p.15-22, 2010. Disponível em: http://www.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2010_4/artigos/CSC_v18n4_509-515.pdf Acesso em: 28 de outubro de 2017.
Artigo 3: EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL POR USO DE MÉRCURIO EM ODONTOLOGIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Autores: GRIGOLETTO, Jamyle Calencio; OLIVEIRA, Aline da Silva; MUÑOZ,Susana Inés. 
Resumo: O amálgama dental possui entre seus produtos constituintes o mércurio, que é reconhecido por seu nível toxicológico altamente nocivo à saúde. Na cavidade bucal, estudos apontam danos em estrutura dental e em mucosa. A contaminação do profissional Cirurgião Dentistas e seus auxiliares, dar-se principalmente por contato direto do metal com a pele ou através da inalação de vapores, em especial durante a manipulação, em apresentações que trazem o mercúrio em frasco separado. Dessa forma, estes profissionais devem preocupar-se com os vapores de mercúrio liberados dos resíduos de amálgama, pois podem estar expostos a grandes concentrações de mercúrio, que, com o passar do tempo, pode provocar dores de cabeça, fadiga,esclerose múltipla, irritabilidade, doença de Alzheimer e instabilidade emocional. Já para os pacientes submetidos a restaurações com amálgama, o mercúrio contido nessas restaurações tem contribuído para a ocorrência de respostas alérgicas na forma de dermatites. Estudos mostram que a quantidade calculada de exposição ao mercúrio proveniente das restaurações de amálgama não são suficiente para causar o envenenamento por mercúrio. No que tange a contaminação ambiental por mercúrio oriundo de uso odontológico, encontra-se o destino inadequado dos resíduos de amálgama, seja nas trocas de restaurações ou na remoção dos excessos de restaurações, visto que, muitas vezes são capturados pelo sugador e despejados na rede de esgoto convencional. Entretanto, o uso do amálgama no consultório odontológico, ainda se faz de grande importância, devido aos benefícios que envolvem o seu uso, como facilidade de manuseio, alta durabilidade e baixo custo. Dessa forma, a contaminação decorrente do uso do amálgama na odontologia, pode ser controlada através do descarte final correto e de medidas de proteção, como ventilação ambiental adequada e uso correto de equipamentos de proteção individual. 
Referência: GRIGOLETTO, JC; OLIVEIRA, AS; MUÑOS, SIS. Exposição ocupacional por uso de mercúrio em odontologia: uma revisão bibliográfica. Ciência & Saúde Coletiva, v.13, n.2, p.533-542, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v13n2/a29v13n2.pdf. Acesso em: 29 de outubro de 2017.
Artigo 4: A EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO MERCÚRIO METÁLICO NO MÓDULO ODONTOLÓGICO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE LOCALIZADA NA CIDADE DE SÃO PAULO. 
Autores: GLINA, Débora MR; SALUT, Blanca TG; ANDRADE, Esther EMOC. 
Resumo: O estudo teve por objetivo discutir a exposição ocupacional ao mercúrio metálico de uso na odontologia de dentistas e auxiliares, com enfoque para avaliação biológica, os efeitos na saúde e a avaliação ambiental. Foi realizado visitas à unidade desaúde,avaliação ambiental, mapas de riscos, dosagens de mercúrio urinário e avaliação de saúde. Dos resultados encontrados, mostra-se que o ambiente possui tamanho inferior ao recomendado, circulação de ar de forma bastante amena, ausência de mascaras de forro duplo e resíduos químicos (incluindo o mercúrio) descartados no lixo e esgoto sem neutralização. Quanto da dosagem de mercúrio urinário de 4 dentistas e 1 auxiliar expostos a 10 anos neste ambiente de trabalho,mostrou dosagens superiores de mercúrio, caracterizando assim a existência de exposição ocupacional nociva. Onde, os trabalhadores relataram também quadros compatíveis com intoxicações crônicas por mercúrio de leves a moderadas. Este estudo mostrou que os profissionais que trabalham na equipe de saúde bucal da Unidade Básica de Saúde analisada estiveram expostos a vapores de mercúrio no desenvolvimento de suas atividades. Esta exposição pode ter ocorrido devido as condições inadequadas do ambiente de trabalho, bem como pela ausência de equipamentos de proteção individual ideais.
Referência: GLINA, MR; SALUT, BTG; ANDRADE; EMOC. A exposição ocupacional ao mercúrio metálico no módulo odontológico de uma unidade básica de saúde localizada na cidade de São Paulo. Caderno de Saúde Pública. vol.13,  n.2, Rio de Janeiro Apr./June 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1997000200015&lang=pt. Acesso em: 29 de outubro de 2017. 
Artigo 5: AMÁLGAMA DENTAL E SEU PAPEL NA ODONTOLOGIA ATUAL.
Autores: SANTOS, Danielle; DIAS, Katia; SANTOS, Márcia.
Resumo: O amálgama de prata (AP) é um material restaurador utilizados a séculos na Odontologia, possuindo fortes evidências cientificas a respeito de seu sucesso no uso clínico. É resultante da mistura de mercúrio, prata, estanho e cobre, podendo também conter índio, platina e/ou paládio. As restaurações de AP foram banidas em alguns países, devido ao seu potencial tóxico. No Brasil, o AP ainda é amplamente utilizado, devido a sua eficácia, eficiência, custo e benefício, dessa forma, banir seu uso, acarretaria um impacto significamente negativo para a saúde bucal dos Brasileiros. Estudos demonstram que, havendo o gerenciamento e descarte corretos do material e seus resíduos, o AP não gera prejuízo significativo à saúde e o meio ambiente. Como principal substituto do AP, temos a resina composta, entretanto esta além do maior custo, possui outras tantas limitações, tais como: sensibilidade a técnica e operatória mais criteriosa, que demandam maior tempo clínico, contração de polimerização, sorção de água, bem como: menor resistência, dureza e durabilidade clinica. Portanto, a utilização do AP ainda se faz de grande importância na atualidade, embora apresente estética inferior as resinas compostas, sua proibição no Brasil teria impacto significativamente negativo ao se pensar em bases populacionais. Entretanto, o Cirurgião Dentista que optar pelo uso do AP deve ser conhecedor de sua indicação, manipulação e descarte adequados, e é dever dos departamentos que atuam na fiscalização de clinicas odontológicas informar/conscientizar sobre o uso e descarte correto do AP, bem como, atuar clínicas que não o gerenciam adequadamente. 
Referência: SANTOS, DT; DIAS, KR; SANTOS, MP. Amálgama dental e seu papel na Odontologia atual. Revista brasileira de odontologia, Rio de Janeiro, v. 73, n. 1, p. 64-8, jan./mar. 2016. Disponível em: revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/download/679/488. Acesso em: 30 de outubro de 2017.

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