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Refino do petróleo 
 
Quando o petróleo é retirado do subsolo, na sua forma bruta, ele vem cheio de 
impurezas. Para retirar essas impurezas, primeiramente se usam duas técnicas 
físicas de separação de misturas. Uma delas é a decantação, que consiste na 
separação dos componentes de uma mistura pela diferença de suas densidades. 
Como o petróleo é mais denso que a água, com o tempo a água tende a ficar na 
parte inferior; e o petróleo na parte superior, separando-se. 
 
Outra técnica física é a filtração, a qual é constituída pela passagem da mistura 
por um filtro ou malha fina que retém as partículas maiores. Nesse caso, podem 
ser retidas impurezas sólidas como a areia e a argila. 
 
No entanto, não se fazem apenas técnicas de separação física, mas também um 
refino do petróleo. O petróleo é composto de uma mistura complexa de 
hidrocarbonetos e o seu refino transforma essa mistura em frações mais simples 
com menor diversidade de componentes, denominadas frações do petróleo. 
 
O petróleo é uma mistura de centenas de hidrocarbonetos com pontos de 
ebulição muito próximos, por isso não é possível separar cada um desses 
componentes um a um. Já as frações do petróleo apresentam diferentes faixas 
de pontos de ebulição, assim é mais fácil separar o petróleo em grupos ou 
misturas de hidrocarbonetos, formados por um número menor de substâncias. 
 
Entretanto, visto que a constituição do petróleo pode variar dependendo do seu 
tipo e origem, antes de se realizar o refinamento, o petróleo passa por um 
exame laboratorial para que se saiba com maior precisão a sua curva de 
destilação, ou seja, a temperatura que se deve operar para separar as frações 
desejadas. 
 
Nas refinarias, os processos físicos e químicos mais utilizados para o refinamento 
do petróleo são: destilação fracionada, destilação a vácuo, craqueamento 
térmico ou catalítico e reforma catalítica. Vejamos cada um desses: 
 
1. Destilação Fracionada: baseada na temperatura de ebulição das frações. O 
petróleo é colocado em um forno, fornalha ou caldeira, e ligado a uma torre de 
destilação que possui vários níveis, também chamados de pratos ou bandejas. 
Conforme vai aumentando a altura da torre, a temperatura de cada bandeja vai 
diminuindo. 
 
O petróleo é aquecido até a sua ebulição, então os vapores dos compostos vão 
subindo pela torre. Os hidrocarbonetos com moléculas maiores permanecem 
líquidos na base da torre. Os mais leves são vaporizados e vão subindo pela 
coluna até atingirem níveis de temperaturas menores que o seu ponto de 
ebulição, e assim se condensam e saem da coluna. 
 
 
 
 
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Abaixo é mostrado um esquema* que representa o processo de destilação 
fracionada e algumas frações que são obtidas por meio dessa técnica, como gás, 
gasolina e querosene. 
 
2. Destilação a vácuo: as frações que não foram separadas na etapa anterior são 
colocadas em outro tipo de torre de destilação; a diferença consiste na pressão, 
que é inferior à pressão atmosférica. Isso possibilita que as frações mais pesadas 
entrem em ebulição em temperaturas mais baixas. Com isso, suas moléculas de 
cadeia longa não se quebram. 
 
Nessa etapa são recolhidas frações, como graxa, parafinas e betume. 
 
3.Craqueamento térmico ou catalítico (Cracking ou Pirólise): o termo 
“craqueamento” vem do inglês to crack, que significa “quebrar”. E é 
exatamente isso que é feito nesse processo, ocorre a quebra de moléculas longas 
de hidrocarbonetos de elevada massa molar em outras de cadeia menor e massa 
molar mais baixa. É um processo importantíssimo que permite que a partir de um 
único composto se obtenham vários compostos de moléculas menores, que são 
usados para várias finalidades. 
 
O craqueamento pode ser térmico ou catalítico. O térmico é feito submetendo-
se o petróleo a altas temperaturas e a elevadas pressões. Já o catalítico não 
necessita disso, mas apenas da presença de catalisadores (e é feito na ausência 
de oxigênio). 
 
Essa etapa é feita para aumentar o aproveitamento e rendimento do petróleo e 
conseguir suprir as demandas mundiais cada vez maiores de petróleo e seus 
derivados. Por exemplo, se a demanda por gasolina aumentar, uma refinaria 
pode transformar óleo diesel ou querosene em gasolina. 
 
4. Reforma Catalítica (Reforming): nesse processo se reformulam ou 
reestruturam as moléculas dos derivados do petróleo, podendo transformar 
hidrocarbonetos de cadeia normal em cadeia ramificada, pela isomerização, ou 
pode-se também transformar hidrocarbonetos de cadeia normal em 
hidrocarbonetos de cadeia cíclica ou aromáticos. 
 
Esse processo é importante, pois permite melhorar a qualidade da gasolina, 
sendo que quanto mais ramificações e cadeia cíclicas e aromáticas o 
hidrocarbonetos tiver, melhor será o desempenho da gasolina nos motores dos 
automóveis.

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