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Plano de Aula: PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038 Título PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 1 Tema Conceito de execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento. Ca racterísticas da execução. Princípios. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução. Objetivos - Conhecer a execução, seja em caráter autônomo ou como etapa de cumprimento. - Examinar, ainda que brevemente, os procedimentos executivos existentes e suas finalidades. - Estudar os princípios que norteiam e inspiram a execução. - Diferenciar o desenvolvimento do processo ou fase de conhecimento em comparação com o de execução. Estrutura do Conteúdo 1. Conceito de execução, em caráter autônom o ou como etapa de cumprimento. 2. Características da execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento. 3. Princípios que norteiam a execução. 4. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução. Aplicação Prática Teórica 1 a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que di versos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. Procedimentos de Ensino Após a apresentação do plano de ensino e da metodologia, deverá o professor dar início à abordagem do tema, incluindo referências ao caso concreto e questão de múltipla escolha. Sugerimos que nesta aula o professor aborde o conceito de execução, em caráter autônomo ou como etapa de cumprimento. Que sejam também analisadas as características da execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento, bem como os princípios que a norteiam. Discutir, tecendo breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução. Recursos Físicos Lousa. Data show e material complementar em mídias diversas. Avaliação Resposta da 1 a questão: Resposta positiva se impõe. Segundo a doutrina: ?Este princípio pode ser empregado nas mais variadas situações. Em uma hipótese concreta, se o magistrado vislumbrar que o executado possui vários bens suficientes para o pagamento de uma dívida, não poderia permitir que a penhora recaísse sobre o bem de maior valor, já que eventual arrematação na segunda hasta pública pode trazer prejuízos ao devedor, em razão da possib ilidade de o lanço ser inferior ao valor da avaliação, muito embora não possa ser vil. Da mesma forma, o juiz pode determinar o usufruto de bem móvel ou imóvel, quando reputar que esta medida é menos gravosa ao executado e, ao mesmo tempo, mais eficiente para o recebimento do crédito. O que se deve ressalvar, porém, é que não se trata de um princípio com contornos absolutos, até porque sendo o processo essencialmente dialético, há necessidade de se outorgar as mesmas garantias a ambas as partes indistintamente, sob risco de vulnerar o princípio da isonomia (art. 5o, caput, CRFB-88). Assim, se é correto afirmar a existência de um princípio que garante que a execução se desenvolva de forma menos gravosa ao executado, também é certo assegurar ao exequente algum princípio equivalente ou ao menos uma compensação. Por estes motivos, vem ganhando força a ideia de que este princípio traz junto a si, subjacente, outro destinado à parte adversa no processo, chamado de princípio do interesse do credor, aplicável em alguns momentos processuais? (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC . 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 556). Acrescenta-se, ainda, que no caso concreto o próprio devedor deu cumprimento ao disposto no art. 805, parágrafo único do NCPC (Lei nº 13.105/15), ao indicar de que forma a execução poderia ser realizada de maneira menos gravosa. Portanto, o seu pleito deve realmente ser deferido. Resposta da 2ª questão: Gabarito: C Justificativa: O art. 780 do CPC estabelece, como regra, a possibilidade de cumulação de execução, em homenagem ao princípio da economia processual, desde que o exequente cumpra os requisitos dispostos no referido dispositivo legal.. Considerações Adicionais
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