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28/09/2017
1
PETROQUÍMICA – CCE 0283
Daniela Sayão Vieira – danisayao@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Conjunto de atividades industriais compreendidas entre o refino
de matérias primas orgânicas fósseis e a transformação de
plásticos ou atividades ligadas à química fina.
28/09/2017
2
INTRODUÇÃO
As matérias primas básicas
para a ind. Petroquímica são
oriundas do processamento
inicial do petróleo e do gás
natural.
INTRODUÇÃO
Nafta ou gás natural
Produtos da ind. petroquímica
28/09/2017
3
➢ Composição Elementar Média:
❖ O petróleo, em sua composição química, é considerado uma mistura
complexa de hidrocarbonetos parafínicos, naftênicos e aromáticos em
proporções variáveis e,
❖ diversos tipos de impurezas nas mais variadas formas, entre elas:
enxofre, nitrogênio, oxigênio, organometálicos, resinas e asfaltenos,
sedimentos (areia), sais e água salgada
O PETRÓLEO
O PETRÓLEO
➢ Composição Elementar Média:
➢ Hidrocarbonetos formam cerca de 80% da composição do
petróleo
Elemento % em Peso
Carbono 83,9 a 86,8
Hidrogênio 11,4 a 14,0
Enxofre 0,06 a 9,00
Nitrogênio 0,11 a 1,70
Oxigênio 0,5
Metais (Fe, Ni, V, etc) 0,3
28/09/2017
4
❖ O petróleo pode ser classificado de acordo com:
➢ Razão dos componentes químicos presentes no óleo - Parafínico
(75% ou mais de parafinas), Parafínico – Naftênico (50 – 70%
parafinas, >20% de naftênicos), Naftênico (>70% de naftênicos),
Aromático (>50% de hidrocarbonetos aromáticos)
➢ Teor de enxofre na amostra - Petróleo Doce (“sweet”) – teor de
enxofre < 0,5% em massa ou Petróleo ácido (“sour”) – teor de
enxofre > 0,5% em massa
➢ Grau API (densidade)
CONSTITUIÇÃO DO PETRÓLEO
CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
TIPO DE PETRÓLEO PRODUTO
Parafínicos
QAV
Diesel
Lubrificantes
Parafinas
Naftênicos
Gasolina
Nafta Petroquímica
QAV
Lubrificantes
Aromáticos
Gasolina
Solventes
Asfaltos
Coque
28/09/2017
5
CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
Classificação de acordo com o Grau API (°API):
➢ Escala utilizada para medir a densidade relativa do óleo
➢ API = American Petroleum Institute
➢ Quanto maior °API, mais leve (menos denso) é o petróleo
➢ Quanto maior for o °API, maior é o valor do produto no mercado
CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
➢ Classificação de acordo com o °API:
Densidade ( °API) Classificação
API > 40 Extra – leve
40 > API > 33 Leve
33 > API > 27 Médio
27 > API > 19 Pesado
19 > API > 15 Extra – pesado
API < 15 Asfáltico
28/09/2017
6
CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
➢ Classificação de acordo com o °API:
Petróleo (Origem) °API
Nigéria 42
Brent 38
Árabe Leve 35
Árabe Pesado 28
Bachaquero (Venezuela) 12
Urucu 41,8
Alagoano 36
Tupi (UO-BS) 28
Albacora (UO-BC) 30
Marlim (UO-BC) 20 a 22
CLASSIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
➢ Rendimento das Frações Básicas:
Petróleo °API
Urucu 41,8
Alagoano 36
Albacora 30
Marlim 20 a 22
Bachaquero 12
28/09/2017
7
A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
Reservatório
Processamento 
Primário
RefinariaÓleo 
Estabilizado
Gás Natural Úmido 
Água Produzida
Óleo Cru
REFINARIA
➢ O refino do petróleo compreende uma série de operações
físicas e químicas interligadas entre si que garantem o
aproveitamento pleno de seu potencial energético através da
geração dos cortes, ou produtos fracionados derivados, de
composição e propriedades físico-químicas determinadas.
➢ Refinar petróleo é, portanto, separar suas frações e
processá-las, transformando-o em produtos de grande
utilidade.
➢ Os objetivos básicos de uma refinaria de petróleo são:
✓ Produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas;
✓ Produção de lubrificantes básicos e parafinas.
28/09/2017
8
A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
Poucas 
indústrias
Dezenas de 
indústrias
Mais de 5000 
indústrias
A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
Responsável pela transformação dos produtos do
processamento do petróleo e do gás natural em bens de
consumo final ou para indústrias.
28/09/2017
9
A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
DIVISÕES DA INDÚSTRIA 1ª GERAÇÃO
➢ Processo de fracionamento(crackers) da nafta ou do gás natural
Etano
Propano
Butano
Nafta
Eteno
Propeno
Buteno
Butadieno
Benzeno
Tolueno
28/09/2017
10
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
Produtores de Primeira Geração
➢ Fabricação de materiais de base ou produtos de 1ª geração.
➢ Através do petróleo e do gás natural obtém-se vários produtos básicos.
➢ Os produtores de primeira geração do Brasil, denominados
“craqueadores” fracionam ou “craqueiam” a nafta, seu principal insumo,
em petroquímicos básicos.
➢ As unidades de craqueamento compram nafta, que é subproduto do
processo de refino de petróleo, principalmente da Petrobras, bem como de
outros fornecedores localizados fora do Brasil. Os petroquímicos básicos
produzidos pelas unidades de craqueamento de nafta incluem:
✓ olefinas, principalmente eteno, propeno e butadieno;
✓ aromáticos, tais como benzeno, tolueno e xilenos
DIVISÕES DA INDÚSTRIA 1ª GERAÇÃO
➢ Petróleo
Petróleo
Refinarias
Gás combustível
Gasolina
Nafta
Querosene
Gasóleo
Lubrificantes
Óleo Combustível
Nafta
1ª Geração
Etileno
Propileno
Aromáticos
28/09/2017
11
DIVISÕES DA INDÚSTRIA 1ª GERAÇÃO
➢ Gás Natural
Gás Natural
Unidades de 
Processamento de 
Gás Natural UPGN
Etano
Propano
Butano
Etano
Propano
Butano
Etileno
Propileno
1ª Geração
DIVISÕES DA INDÚSTRIA 2ª GERAÇÃO
➢ Transformação através de processos químicos de purificação e
adição.
Eteno
Propeno
Buteno
Butadieno
Benzeno
Paraxileno
Polietileno
Polipropileno
Monocloreto de 
Vinila (MVC)
Estireno
Ácido acrílico
Resinas Termoplásticas
Produtos intermediários
28/09/2017
12
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
➢ Os petroquímicos básicos, que apresentam forma gasosa ou líquida,
são primordialmente transportados às plantas dos produtores de segunda
geração, em geral localizadas próximo às unidades de craqueamento de
nafta, por meio de dutos, para passarem por processamento adicional.
Produtores de Segunda Geração
➢ Os produtores de segunda geração processam os petroquímicos básicos
comprados das unidades de craqueamento de nafta, produzindo
petroquímicos intermediários. Esses petroquímicos intermediários
incluem:
✓ polietileno, poliestireno e PVC (produzidos a partir do eteno);
✓ polipropileno e acrilonitrila (produzidos a partir do propeno);
✓ caprolactama (produzida a partir do benzeno); e
✓ polibutadieno (produzido a partir do butadieno).
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
➢ Há aproximadamente 50 produtores de segunda geração operando no
Brasil. Os petroquímicos intermediários são produzidos na forma sólida em
péletes de plástico ou em pó e são transportados primordialmente por
caminhão a produtores de terceira geração que, em geral, não ficam
situados próximo aos produtores de segunda geração.
28/09/2017
13
DIVISÕES DA INDÚSTRIA 3ª GERAÇÃO
➢ Transformação dos produtos petroquímicos intermediários em
materiais e artefatos utilizados por diversos segmentos
(embalagens, construção civil, elétrico, eletrônico, automotivo).
Polietileno
Polipropileno
Monocloreto de 
Vinila (MVC)
Estireno
Ácido Acrílico
Plásticos
Fibras Acrílicas
ABS (acrilonitrila-
butadieno-estireno)
Nylon
Elastômeros
Policloreto de Vinila (PVC)
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
Produtores de Terceira Geração
➢ Os produtores de terceira geração, denominados transformadores,
compram os petroquímicos intermediários de produtores de segunda
geração e os transformam em produtos finais, incluindo:✓ plásticos (produzidos a partir de polietileno, polipropileno e PVC);
✓ fibras acrílicas (produzidas a partir de acrilonitrila);
✓ nylon (produzido a partir de caprolactama);
✓ elastômeros (produzidos a partir de butadieno); e
✓ embalagens descartáveis (produzidas a partir de poliestireno).
28/09/2017
14
DIVISÃO DA INDÚSTRIA
Produtores de Terceira Geração
➢ Os produtores de terceira geração fabricam vários bens de consumo e
industriais, inclusive recipientes e materiais de embalagem, tais como
sacos, filme e garrafas, tecidos, detergentes, tintas, autopeças, brinquedos
e bens de consumo eletrônicos. Existem mais de 5.000 produtores de
terceira geração operando no Brasil.
A INDÚSTRIA PETROQUÍMICA 
Três rotas principais definem o estudo dos produtos petroquímicos,
envolvendo a manipulação de olefinas, compostos aromáticos e gás
de síntese.
O uso de olefinas merece destaque, sendo o eteno, o propeno e o
butadieno as matérias-primas mais relevantes.
Os tipos de produtos petroquímicos gerados são influenciados pela
natureza dos hidrocarbonetos, temperatura de reação e tempo de
permanência na fornalha.
Os produtos finais da indústria petroquímica, dessa forma, são
agrupados como plásticos, elastômeros, fibras, fertilizantes,
solventes ou especialidades.
28/09/2017
15
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ É a principal matéria prima para a produção de petroquímicos
básicos
➢ Responsável pela produção de aproximadamente 47% dos
produtos petroquímicos no mundo e 86% dos produtos no Brasil
➢ O aumento da produção da nafta está diretamente relacionado à
qualidade do petróleo processado
➢ Com o aumento de processamento do petróleo nacional nas
refinarias (em substituição ao petróleo importado), há um
decréscimo no rendimento da nafta
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ O aumento da produção da nafta está diretamente
relacionado à qualidade do petróleo processado
➢ Com o aumento de processamento do petróleo nacional nas
refinarias (em substituição ao petróleo importado), há um
decréscimo no rendimento da nafta
Petróleo Brent Árabe Leve Marlim
°API 38 34 19,3
Nafta (%V/V) 37 17 9
28/09/2017
16
MATÉRIAS PRIMAS - NAFTA
➢ As cargas mais leves são responsáveis pela produção das naftas
mais parafínicas, enquanto os petróleos mais pesados produzem
naftas de baixa qualidade.
➢ A nafta parafínica, especialmente as com grandes quantidades de
cadeias normais, apresenta uma maior facilidade para o
craqueamento térmico
➢ A nafta parafínica é mais adequada para a produção de
olefinas, como eteno e propeno
teor de n-
parafinas
rendimento 
em eteno
MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
➢ Nafta
✓ 70% da nafta consumida poderia ser suprida pela Petrobras
✓ Apenas 30% da matéria-prima utilizada para a produção de
petroquímicos básicos deveria ser importada
28/09/2017
17
MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
NAFTA
Ind. 
Petroquímica
Pool de 
Gasolina
➢ Uma parte significativa da produção de nafta nas refinarias
nacionais está sendo encaminhada para compor o chamado “pool”
da gasolina (nafta é uma das correntes que entram na formulação
final da gasolina).
MATÉRIAS PRIMAS BASE - NAFTA
➢ Motivação para essa estratégia:
- Nafta segue os preços internacionais;
- Gasolina segue os preços internos (mais baixos que os do
produto importado devido ao subsídio do governo)
✓ A Petrobras está utilizando a nafta produzida localmente para
fabricar a gasolina e importanto mais a nafta para abastecer a
indústria petroquímica
Petrobras importa a gasolina
pelo preço “normal (de
marcado) e vende no Brasil por
um preço menor (subsidiado
pelo governo)
Gerando prejuízo 
para a Petrobras
28/09/2017
18
MATÉRIAS PRIMAS – GÁS NATURAL 
➢ Mistura de hidrocarbonetos, na sua maior parte gasosos, cujo
principal componente é o metano. Os outros componente são o
etano (fonte de produção de olefinas), propano, butano e uma fração
líquida leve, denominada gasolina natural
➢ É encontrado de forma isolada ou, mais frequentemente,
associado ao petróleo
➢ O gás natural passa por unidades de processamento de gás
natural (UPGN) onde é separado em 2 frações:
✓ Fração gasosa – gás seco – constituída basicamente de metano
✓ Fração líquida – LGN (líquido de gás natural) que pode ser,
posteriormente, fracionado em etano, GLP (mistura de propano e
butano) e condensado de gás natural (gasolina natural)
MATÉRIAS PRIMAS – GÁS NATURAL 
➢ O gás seco é utilizado principalmente na produção de hidrogênio,
amônia e metanol
➢ A fração líquida (etano, GLP e condensados) é utilizada na
produção de olefinas, particularmente na produção de ETENO
➢ O Oriente Médio e a América do Norte possuem algumas das
maiores reservas de gás - utilização do gás como principal matéria
prima para a produção de eteno
➢ O gás da Bacia de Campos tem cerca de 8% de etano
28/09/2017
19
MATÉRIAS PRIMAS – GÁS NATURAL 
➢ A separação do etano só é realizada quando se pretende utilizá-lo
como matéria prima – caso contrário, o etano não é recuperado,
permanecendo no gás residual
➢ O poder calorífico do etano, em volume, é cerca de 70% superior
ao de metano – com o etano presente no gás residual se tem uma
valorização deste gás como combustível
Composição Gás Volume (%) Massa (%)
Metano 82,97 66,1
Etano 8,2 12,3
Propano 4,9 10,8
Butano 2,0 6,1
Dióxido de Carbono 0,33 0,6
GÁS NATURAL
➢ Maior consumidor é o setor industrial (65%), seguido pela geração
de energia elétrica (usinas térmicas)
➢ Dentro do setor industrial, a indústria química é a maior
consumidora. Utiliza o gás como combustível e como matéria prima
➢ Na indústria, o gás natural é utilizado como combustível para
fornecimento de calor, geração de eletricidade e de força motriz,
como matéria-prima nos setores químico, petroquímico e de
fertilizantes, e como redutor siderúrgico na fabricação de aço
➢ O consumo de gás natural para a geração de energia elétrica
possui uma particularidade importante: ele é intermitente
➢ O fornecedor tem que ter parte da capacidade instalada
disponível para ser usada somente nos períodos necessários
28/09/2017
20
MATÉRIAS PRIMAS – GÁS NATURAL
A partir do gás natural se produz o gás de síntese que permite a
produção em grande escala do hidrogênio, fazendo possível a
produção posterior de amônia pela reação deste com nitrogênio e
metanol.
H2 + CO
➢ Produzido principalmente pela reforma a vapor do gás natural, o
gás de síntese é um termo usado para misturas de H2 e CO. A
reforma é o processo de produção mais importante quando o
metano é a fonte de carbono e hidrogênio. É obtido também a
partir do esterco, do carvão e de resíduos de óleo cru
PRODUTOS PETROQUÍMICOS BÁSICOS
28/09/2017
21
➢ A proporção entre H2 e CO na mistura é variável e depende do
tipo de carga, do método de produção e do destino a ser dado ao
gás
➢ Trata-se de um intermediário importante, sendo usado na forma
de mistura como fonte de monóxido de carbono e hidrogênio em
diversas reações de produção, tais como:
✓ Produção de metanol e amônia, as duas substâncias químicas
mais importantes baseadas no gás de síntese
✓ Oxidação parcial de óleos pesados e resíduos
✓ Síntese de vários hidrocarbonetos, de gases à nafta e gasóleos
PRODUTOS PETROQUÍMICOS BÁSICOS
MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Gás de Refinaria
➢ Mistura de hidrocarbonetos leves obtida de diferentes unidades
existentes em uma refinaria (craqueamento, reforma, coque, etc)
✓ Sua composição depende dos processos de refino existentes, do
petróleo utilizado e das condições de operação de cada unidade
✓ Em geral, apresenta grandes quantidades de Hidrogênio (10 a
30% V), etano (1,0 a 2,5% V) e eteno (10 a 20% V) o que o tornauma carga adequada para a produção de eteno
✓ O uso do gás de refinaria é limitado por razões de quantidade e
de logística - normalmente, as quantidades disponíveis em uma
refinaria são pequenas e o custo do transporte elimina a
possibilidade de reunir cargas de refinarias distantes uma das
outras
28/09/2017
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MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ GLP
✓ O propeno presente no GLP na unidade de craqueamento
catalítico pode ser enviado a uma unidade de recuperação do
propeno – para a obtenção de um propeno de alta pureza
(> 99,5%), de alto valor agregado
➢ Devido a maior disponibilidade de óleo crus mais pesados e a
necessidade de se aumentar a produção relativa de propeno, vários
processos foram desenvolvidos para a produção de olefinas e
aromáticos a partir de gasóleos pesados e, mesmo, óleos residuais
➢ Estes processos são baseados na tecnologia do FCC –
Craqueamento Catalítico Fluido, de largo uso no refino de petróleo
MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Nafta
✓ Olefinas leves – processo de pirólise
✓ Compostos aromáticos – processo de reforma catalítica
➢ Gás Natural (metano/etano e GLP)
✓ Hidrogênio, Amônia e Metanol
✓ Eteno
➢ Gás de Refinaria
✓ Eteno
✓ Propeno
➢ GLP
✓ Propeno
28/09/2017
23
MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Nafta
✓ Maior parte da nafta utilizada como matéria prima petroquímica
é produzida na unidade de destilação atmosférica
✓ Para a produção de olefinas leves – processo de pirólise
(processo clássico)
✓ Para a produção de compostos aromáticos – processo de
reforma catalítica
✓ Quanto mais PARAFÍNICA for a nafta, melhor será para a
PIRÓLISE
✓ Quanto mais NAFTÊNICA for a nafta, melhor será para a
REFORMA CATALÍTICA
OLEFINAS
Produção de Olefinas - Introdução
Olefinas leves, tais como propeno e eteno, utilizadas para produzir uma
ampla gama de produtos, e são tradicionalmente produzidas no país
através do processo de pirólise ou steam cracker (craqueamento a vapor)
em centrais petroquímicas, que utilizam nafta petroquímica como
matéria-prima
Devido à limitações técnicas causadas pela natureza do óleo brasileiro,
muito pesado e pobre em derivados leves, há uma redução na
disponibilidade de matérias-primas, mais especificamente da nafta
petroquímica.
Uma vantagem de usar cargas líquidas ao invés de cargas gasosas na
produção de olefinas é o largo espectro de coprodutos obtidos.
28/09/2017
24
OLEFINAS
Produção de Olefinas
Os dois principais processos de produção de olefinas leves são:
➢ Craqueamento a vapor (pirólise)
Olefinas leves são tradicionalmente produzidas através do processo 
de pirólise
➢ Craqueamento Catalítico Fluido (FCC)
Aumento de mercado de produtos petroquímicos e a baixa
disponibilidade de nafta petroquímica e gás natural levaram
diversas empresas a pesquisar e desenvolver processos para a
conversão de cargas mais pesadas em produtos petroquímicos
básicos.
MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Nafta
➢ Pirólise a vapor
✓ Também chamado de craqueamento térmico ou reforma com
vapor
✓ Craqueamento térmico de cargas líquidas ou gasosas na
presença de vapor d’água a altas temperaturas (>700ºC) e em
pressões relativamente baixas (< 200kPa)
✓ gera: Hidrogênio, metano, eteno, propeno, butenos, butadienos e
hidrocarbonetos mais pesados (C5+)
✓ O rendimento de eteno a partir do craqueamento a vapor é em
torno de 30% enquanto que o de propeno é próximo a 15%.
✓ Eteno é o principal produto
28/09/2017
25
OLEFINAS
Processos de Produção - Pirólise a Vapor
➢ Craqueamento térmico de cargas líquidas ou gasosas, na presença de
vapor d’água, a altas temperaturas (>700°C) e, em pressões
relativamente baixas (<200kPa)
Etano
Propano
Butano
Nafta
Gasóleo
Hidrogênio
Metano
Eteno
Propeno
Fração C4
Nafta de 
Pirólise: C5 
a 200°C
Óleo 
Combustível
Unidade de 
Pirólise a 
vapor
➢ Produtos gerados: Hidrogênio, Metano, Eteno, Propeno, Butenos,
Butadienos e hidrocarbonetos mais pesados
OLEFINAS
Ordem de facilidade de craqueamento dos hidrocarbonetos:
naftênicos > isoparafínicos > normal parafínico
➢ Principais Produtos da Pirólise a Vapor
➢ Geração de co-produtos da pirólise (base de projeto 1000t de eteno)
Etano Propano Butano Nafta Gasóleo
161 633 663 521 416 GC
1000 1000 1000 1000 1000 Eteno
54 785 900 668 1072 C3-C4
43 102 326 741 868 Nafta
- - - 195 1006 Óleo comb.
- 691 410 501 203 C3-C4 (olefínicos)
1258 2542 2889 3125 4362 Total
28/09/2017
26
OLEFINAS
Produção de Olefinas
As olefinas leves são tradicionalmente produzidas através do
processo de pirólise, porém devido ao aumento de mercado de
produtos petroquímicos e a baixa disponibilidade de nafta
petroquímica e gás natural levaram diversas empresas a pesquisar
e desenvolver processos para a conversão de cargas mais pesadas
em produtos petroquímicos básicos.
➢ Processos de Produção - FCC Petroquímico - Processo de
Craqueamento Catalítico Fluido
OLEFINAS
Processos de Produção - FCC Petroquímico - Processo de
Craqueamento Catalítico Fluido
É um processo de refino que visa aumentar a produção de gasolina, GLP
e olefinas de uma refinaria, através da conversão de cortes pesados
provenientes da destilação do petróleo (gasóleo e resíduos), em frações
mais leves.
O craqueamento catalítico corrige a produção de gasolina, GLP e
olefinas, suplementando a diferença entre a quantidade obtida
diretamente do petróleo e a requerida pela refinaria, atendendo ao
mercado de sua área de influência.
Baseado nos processos básicos de FCC:
28/09/2017
27
OLEFINAS
Na Petroquímica:
Aumento de mercado de produtos petroquímicos e a baixa
disponibilidade de nafta petroquímica e gás natural
FCC Petroquímico – gerar o aumento do rendimento das olefinas leves
com foco na maximização do propeno (que é a olefina que mais cresce no
mercado nos últimos anos)
FCC tradicional com modificações dos catalisadores e das principais
variáveis de processo (temperatura, tempo de residência, razão
catalisador/óleo e razão vapor/carga)
Processos de Produção - FCC Petroquímico - Processo de
Craqueamento Catalítico Fluido
MATÉRIAS PRIMAS BASE
➢ Nafta
➢ Reforma catalítica
✓ Tem como objetivo principal transformar uma nafta de destilação direta
(parafínica) em uma outra rica em hidrocarbonetos aromáticos
✓ É um processo de aromatização de compostos parafínicos e naftênicos -
As parafinas são transformadas em naftenos e estes, por sua vez em
aromáticos.
✓ Gera: gasolina de alta octanagem* e aromáticos leves (B, T, X), além da
produção de Hidrogênio
✓ Os aromáticos leves são os principais produtos
* Devido a restrições ambientais que limitam o teor máximo de aromáticos presentes
na gasolina, a nafta reformada deverá ser banida deste processo – ficando sua
produção destinada, quase que exclusivamente, para a produção de aromáticos para
posterior geração de compostos petroquímicos.
28/09/2017
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PROCESSO DE PRODUÇÃO DE AROMÁTICOS
➢ A reformação ou reforma catalítica tem como objetivo transformar a
nafta rica em hidrocarbonetos parafínicos em hidrocarbonetos
aromáticos (nafta de reforma).
Processo de Produção - Reforma Catalítica
➢ Este processo de aromatização de compostos parafínicos e naftênicos
visa primordialmente à produção de gasolina de alta octanagem e
produtos aromáticos leves (BTX’s) de elevada pureza para posterior
utilização na indústria petroquímica.
➢ Atualmente, no Brasil, esse processo de conversão química readquiriu
importância no refino, na formulação da gasolina, devido as crescentes
exigências de melhorias da qualidade desse combustível
AROMÁTICOS
➢ Os hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos são submetidos a
temperaturas entre 450 – 530° Ce, sob a ação de catalisadores, sofrem
modificações na sua estrutura que os transformam em aromáticos,
além de outros hidrocarbonetos
Processo de Produção - Reforma Catalítica
➢ Os hidrocarbonetos aromáticos já presentes na carga não sofrem
modificações no processo de reforma catalítica
➢ Os hidrocarbonetos naftênicos apresentam grande facilidade de
transformação em aromáticos
➢ Os hidrocarbonetos parafínicos precisam de condições mais severas
na reforma e maiores quantidade de catalisadores para serem
transformados em aromáticos
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➢ Composição Típica da carga e do produto da reforma catalítica
Hidrocarbonetos Carga (%) Produto (%)
Parafínicos 30 – 70 30 – 50
Olefínicos 0 – 2 0 – 2 
Naftênicos 20 – 60 0 – 3
Aromáticos 5 – 20 45 – 60
AROMÁTICOS
➢ Cargas típicas – Seleção da Nafta
✓ Corte adequado da nafta de destilação direta de um petróleo de
características naftênicas
✓ A faixa ideal de hidrocarbonetos é a de 6 a 8 átomos de Carbono –
faixa em que se concentram os hidrocarbonetos formadores de Benzeno,
Tolueno e Xileno (B, T, X)
Processo de Produção - Reforma Catalítica
AROMÁTICOS
➢ Tratamento da Nafta
✓ Necessário remover impurezas incompatíveis com os catalisadores da
reforma catalítica e as que, por serem corrosivas, prejudicam os
equipamentos limitando a vida operacional da unidade
✓ Existe uma unidade de tratamento de carga, onde as impurezas
devem ser eliminadas até alcançarem as especificações abaixo:
Impurezas Especificações
Enxofre < 0,5 ppm
Nitrogênio (como NH3) < 0,5 ppm
Oxigênio Ausente
Halogenetos Ausentes
Sais de Pb, As, Cu e Hg Ausentes
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Processo de Produção - Reforma Catalítica
AROMÁTICOS
➢ Tratamento da Nafta
✓ Aquece-se a carga na presença de Hidrogênio a cerca de 300°C e
pressão de 30 atm
✓ As impurezas são eliminadas passando por 1 vaso flash, e a nafta
segue para a torre de stripping, estando finalmente, adequada para ser
reformada.
REATOR 1 REATOR 2 REATOR 3 REATOR 4
FORNO 1 FORNO 2 FORNO 3 FORNO 4
TAMBOR 
DE FLASH COMPRESSOR DE HIDROGÊNIO
Nafta 
Pré-Tratada Reformado para
Estabilização
H2 para o
Pré-Tratamento
Processo de Produção - Reforma Catalítica – Seção da Reforma
AROMÁTICOS
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Durante o processo, uma mistura de hidrocarbonetos e hidrogênio é
posta em contato com o catalisador a uma temperatura entre 470°C e
530°C e uma pressão entre 10 e 40 kgf/cm2.
➢ Descrição do processo – Reforma Catalítica
AROMÁTICOS
As reações passam a altas pressões parciais de hidrogênio para se evitar
a formação de coque, que se deposita no catalisador desativando-o.
Como as reações são fortemente endotérmicas, a temperatura cai
rapidamente.
Para dar continuidade às reações, o efluente deste reator é reaquecido e
admitido no 2º reator, e assim, sucessivamente, dependendo do número
de estágios de reação do processo (normalmente 3 ou 4) – sendo que
para cada reator adicional, existe um forno de reaquecimento
➢ As reações de desidrogenação são altamente endotérmicas
➢ Reações viabilizadas por:
✓ catalisador (platina+metal nobre: Rênio/Germânio)
✓ temperatura (470ºC a 530ºC)
✓ pressão (10-40 kgf/cm2)
➢ Função do catalisador
✓ reduzir a energia de ativação
✓ direcionar as reações
AROMÁTICOS
Processo de Produção - Reforma Catalítica – Seção da Reforma
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➢ Tipos de processo (dependendo da frequência de regeneração do
catalisador)
✓ Processo semirregenerativo (SR) – a regeneração do catalisador é
realizada fora da operação normal, em intervalos que podem variar
entre 6 a 18 meses
O catalisador empregado utiliza platina associada a um metal de
transição nobre (rênio, ródio ou germânio), suportada em alumina.
AROMÁTICOS
✓ Processo cíclico – existência de um reator adicional de forma que,
quando a atividade do leito catalítico de um reator cai abaixo do nível
aceitável, esse reator é tirado de operação e outro reator, cujo leito já foi
regenerado, é alinhado em seu lugar
✓ Processo com regeneração contínua de catalisador (CCR) – a unidade
é projetada para permitir a remoção do catalisador, sua regeneração e
reposição nos reatores durante a operação normal
Processos de Extração de Aromáticos
AROMÁTICOS
➢ Separação dos Hidrocarbonetos reformados
✓ O produto reformado estabilizado é retirado na base da coluna e tem
que ser separado em seus produtos de interesse - extração dos
aromáticos
✓ Não é possível a separação por destilação do BTXs existentes nos
reformados ou craqueados devido a proximidade dos pontos de ebulição
dos hidrocarbonetos aromáticos, parafínicos e naftênicos de mesmo
número de átomos de carbono
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Processos de Extração de Aromáticos
AROMÁTICOS
✓ Certos solventes apresentam maiores solubilidades em alguns
aromáticos e ajudam na recuperação de aromáticos tanto dos reformados
quanto dos craqueados
✓ Solventes como o n-metil pirrolidona (NMP), o trietilenoglicol (TEG), a n-
formil-morfolina (NFM), entre outros, competem no mercado com o
dióxido de tetra-hidrotiofeno (mais conhecido pelo nome da marca
Sulfolane)
✓ O Sulfolane foi descoberto pela Shell e é mais utilizado pelo seu
desempenho eficiente e por sua simplicidade operacional
✓ O processo Sulfolane recupera cerca de 99,8% do benzeno e tolueno
presente no reformado ou craqueado e 98 a 99% dos xilenos
➢ Extração de Aromáticos
✓ O extrato aromático entra no fundo da coluna, é aquecido, vai para a
coluna de esgotamento (separa os aromáticos do solvente) e depois
para uma coluna de retificação (eliminar o resto do solvente).
Passa por uma torre de lavagem (retirar o solvente) e 
vai para as refinarias (pool da gasolina)
AROMÁTICOS
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Processos de Extração de Aromáticos
AROMÁTICOS
➢ Separação dos Hidrocarbonetos reformados
✓ O extrato do Sulfolane (ou de outro solvente) se apresenta como uma
mistura de aromáticos, cuja composição depende da matéria-prima e da
severidade utilizada na reforma.
✓ Esta mistura é submetida a uma destilação fracionada e poderá
resultar em:
✓ Uma fração de benzeno
✓ Uma fração de tolueno
✓ Uma outra fração contendo os 3 isômeros de xileno e etilbenzeno
✓ E, uma corrente mais pesada contendo basicamente isômeros de C9 e
algum C10
➢ Extração de Aromáticos
AROMÁTICOS

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