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Ciclo cardíaco Prof. Me. Renato Augusto Passos Diagrama de Wiggers (GUYTON, 2011, p.111-114) Variação de pressão nos átrios (pressão atrial) onda a - causada pela contração atrial. Pressão atrial direita aumenta de 4 a 6 mmHg durante a contração atrial e pressão atrial esquerda de 7 a 8 mmHg. onda c - quando os ventrículos começam a se contrair; ligeiro refluxo de sangue para os átrios; abaulamento das valvas A- V em direção aos átrios, em virtude da pressão crescente dos ventrículos. Variação de pressão nos átrios (pressão atrial) Onda v - final da contração ventricular. Resulta do lento fluxo de sangue das veias para os átrios, enquanto as valvas A-V estão fechadas durante a contração dos ventrículos. Quando a contração termina, as valvas A-V se abrem, permitindo que esse sangue atrial armazenado flua rapidamente para os ventrículos, causando o desaparecimento da onda v. Enchimento dos ventrículos durante a diástole (volume ventricular) Assim que a sístole termina e as pressões ventriculares retornam aos baixos valores diastólicos, as pressões moderadamente altas que se desenvolveram nos átrios durante a sístole ventricular forçam de imediato as valvas A-V a se abrirem. Enchimento dos ventrículos durante a diástole (volume ventricular) O período de enchimento rápido ventricular ocorre aproximadamente no primeiro terço da diástole. Durante o segundo terço, quantidade pequena de sangue nas condições normais flui para os ventrículos (fluxo a-v); Durante o último terço os átrios se contraem, dando impulso adicional ao fluxo sanguíneo para os ventrículos (20%) Obs.: Pressão aumentada na aorta Esvaziamento ventricular (pressão ventricular) Período de contração isovolumétrica (isométrica) – após o inicio da contração ventricular, a pressão sobe de modo abrupto fazendo com que as valvas A-V se fechem. É necessário mais 0,02 a 0,03 segundo para que o ventrículo gere pressão suficiente para abrir as valvas semilunares (aórtica e pulmonar) contra a pressão nas artérias aorta e pulmonar. Os ventrículos se contraem mas não ocorre esvaziamento. Esvaziamento ventricular (pressão ventricular) Período de ejeção – quando a pressão aumenta até cerca de 80 mmHg, a pressão ventricular força a abertura das valvas semilunares. Imediatamente, o sangue começa a ser lançado para adiante, para as artérias, e cerca de 70% do seu esvaziamento ocorrem durante o primeiro terço do período de ejeção (período de ejeção rápida), e os 30% restantes no outro terço do período (PE lenta) Esvaziamento ventricular (pressão ventricular) Período de relaxamento isovolumétrico (isométrico) – ao final da sístole, o relaxamento ventricular começa de modo repentino, fazendo com que as pressões intraventriculares direita e esquerda diminuam rapidamente. As altas pressões na artérias distendidas que acabaram de ser cheias com o sangue vindo dos ventrículos contraídos voltam a empurrar o sangue de volta para os ventrículos, causando o fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Durante mais 0,03 a 0,06 segundo, o músculo ventricular continua a relaxar, mesmo que o volume não se altere, originando o período de relaxamento isovolumétrico; As valvas A-V se abrem para iniciar novo ciclo ventricular. Curva da pressão aórtica Quando o ventrículo se contrai, a pressão ventricular aumenta rapidamente até que a valva aórtica se abra. A entrada de sangue nas artérias faz com que suas paredes sejam distendidas, e a pressão sobe para 120 mmHg. No final da sístole a pressão é mantida mais alta mesmo durante a diástole. A chamada incisura ocorre no momento em que a artéria aórtica se fecha. Após o fechamento da valva aórtica, a pressão na aorta cai vagarosamente durante a diástole, pois o sangue armazenado nas artérias distendidas flui de forma contínua para os vasos periféricos, até retornas às veias. Sons cardíacos Folhetos valvares e os líquidos que as banham vibram sob influência da variação da pressão. Quando os ventrículos se contraem, ouve-se o primeiro som causado pelo fechamento das valvas A-V. Essa vibração tem timbre baixo e duração longa, e é chamada de primeiro som cardíaco (ou primeira bulha). Quando as valvas aórtica e pulmonar se fecham, ao final da sístole, ouve-se rápido estalido por elas se fecharem rapidamente. Esse é o segundo som cardíaco.
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