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* * EDEMA AGUDO DE PULMÃO Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc * * EDEMA AGUDO DE PULMÃO O edema agudo de pulmão é uma condição clínica grave freqüêntimente secundário à ICC, mas também pode ocorrer por insuficiência renal, SARA, infecções pulmonares, reações de hipersensibilidade, entre outros. * * Definição Insuficiência Respiratória súbita e progressiva correspondente ao extravasamento de líquido seroso para espaço intersticial e/ou alvéolos pulmonares; Resultando em: Hipoxemia, Comprometimento das trocas gasosas (V/P) e Diminuição da Complacência Pulmonar. * * Fisiopatologia A inundação dos espaços alveolares ocorre obedecendo a uma seqüência previsível de eventos, a qual está dividida em três etapas sucessivas: 1. Congestão Venocapilar 2. Edema Intersticial 3. Edema Alveolar EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Fisiopatologia Pressão venosa pulmonar Ingurgitamento da vasculatura Pulmonar (Congestão) Aumento no extravasamento de líquido e colóides dos v. capilares p/ o interstício Fluxo linfático Qtde de líquido extravasado > capacidade da drenagem linfática EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Fisiopatologia Da qtde de líquido no interstício Líquido no espaço extracelular EDEMA INTERSTICIAL EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Fisiopatologia Pressão venosa pulmonar Rompem as junções frouxas do endotélio Rompem as junções íntimas dos alvéolos Extravasamento de líq. com eritrócitos e macromoléc. Inundação dos alvéolos EDEMA ALVEOLAR EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Etiologia POR DESEQUILÍBRIO DAS FORÇAS DE STARLING: Aumento da pressão capilar pulmonar. Aumento da pressão venosa pulmonar devido a ICC. EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Quadro Clínico Dispnéia rapidamente progressiva Taquipnéia Tosse Escarro espumoso e sangüinolento Ansiedade Sudorese Palidez Taquicardia PA aumentada Estertores bolhosos e roncos bilaterais Ritmo de galope Sopros cardíacos EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Radiografia de Tórax EDEMA AGUDO DE PULMÃO * * Tomografia de Tórax * * Estágios do Edema Pulmonar Estágio 1 - Distensão e recrutamento de pequenos vasos pulmonares Aumentam trocas gasosas e difusão de CO2 Ocorre apenas dispnéia aos esforços O exame físico revela discretos estertores inspiratórios por abertura das vias aéreas colabadas. Raio-x - redistribuição da circulação * * * * Estágios do Edema Pulmonar Estágio 2 - Edema intersticial Ocorre compressão das vias aéreas menores Pode haver broncoespasmo reflexo Alteração da ventilação/perfusão leva a hipoxemia proporcional à pressão capilar Taquipnéia por estimulação dos receptores J e de estiramento do interstício Raio-X mostra borramento para-hilar * * * * Estágios do Edema Pulmonar Estágio 3 - Inundação alveolar Hipoxemia severa e hipocapnia Em casos severos pode haver hipercapnia Secreção rósea espumosa Estertores crepitantes em “maré montante” Raio-X mostra edema alveolar em “asa de borboleta” * * * * Diagnóstico do EAP Síndrome clínica de instalação catastrófica Dispnéia intensa e progressiva com agitação Insuficiência ventilatória pela inundação dos alvéolos, com expectoração rósea Auscultam-se crepitantes profusamente Dor precordial sugere infarto do miocárdio Hipertensão arterial ou choque cardiogênico * * Tratamento Pré-hospitalar Ativar Sistema de Emergência O2 a 100% sob máscara Monitorização + oximetria Via venosa Eletrocardiograma Nitroglicerina SL ou Spray + furosemida (se não houver hipotensão arterial) * * Tratamento no Serviço de Emergência O2 100% + monitor + oximetria + via venosa Cabeceira elevada + MMII em declive Nitratos e diuréticos Tratar a causa subjacente (HAS - PAD) Corrigir fatores contribuintes Restrição de fluidos e de sódio * * Tratamento no Serviço de Emergência Torniquetes e sangria – Ultrapassado Antagonistas de cálcio – somente se há disfunção diastólica IECA – captopril 25 mg SL ß2 agonistas em spray – diminuem a taquicardia, arritmias e o trabalho cardíaco, e melhoram a função ventricular :Terbutalina, Albuterol e Salbutamol Teofilina e aminofilina – não indicadas por aumentarem o trabalho cardíaco, arritmias e isquemia * * Edema agudo ou Asma ? “Shotgun Therapy” Diurético + Beta-agonista * * Tratamento Farmacológico Furosemida – 40-80 mg IV + 80-120 mg IV 1 hora após a dose inicial Nitroglicerina SL ou Spray - 0,4-1,2 mg IV 20 mcg/m, 5-10 mcg cada 3-5 minutos Nitroprussiato de sódio – 10-15 mcg/m até 30-50 mcg/m com PAS > 90 mmHg Morfina 2-5 mg IV cada 10-15 minutos se PAS >/= 100 mmHg e FR >/= 20 mrm * * Tratamento Farmacológico Inotrópicos positivos Dopamina 5 mcg/Kg/min até 20 mcg/kg/m Dobutamina 2,5 mcg/Kg/min ( até 10-40 mcg/Kg/min ) * * Conclusões CPAP tem menor custo e é mais fácil de usar CPAP reduz significativamente a mortalidade CPAP e NPPV reduzem necessidade de intubação orotraqueal CPAP e NPPV não aumentam o risco de infarto do miocárdio Em pacientes hipercápnicos não há diferenças entre CPAP e NPPV * * * * * * * * * *
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