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aula 1 introdução a Embriologia e Histologia

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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA - SDE0028
Aula 1: INTRODUÇÃO À EMBRIOLOGIA e HISTOLOGIA
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
O desenvolvimento humano se inicia quando um ovócito da mulher é fertilizado por um espermatozoide do homem.
A partir desse acontecimento se inicia uma série eventos sucessivos que culminam com a formação do zigoto e finalmente um ser multicelular.
Esses eventos são:
	Divisão celular
	Migração celular
	Morte celular programada
	Diferenciação celular
	Crescimento e rearranjo celular
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Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Fases do desenvolvimento humano
Período pré-natal: antes do nascimento.
Período pós-natal: após o nascimento.
Período pré-natal:
Período embrionário – terceira à oitava semana de desenvolvimento.
Período fetal – a partir da nona semana de desenvolvimento.
Histologia e Embriologia
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
O período embrionário é o período em que ocorre a maioria das modificações visíveis.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Os nove meses da gestação podem ser divididos em 3 trimestres, sendo que o primeiro trimestre – período embrionário e início do fetal – abrange a fase mais crítica do desenvolvimento.
Grande parte dos abortos espontâneos.
Vulnerabilidade do embrião aos fatores do meio ambiente.
Malformações mais graves durante esse período.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
O conhecimento sobre o desenvolvimento normal e sobre as causas de defeitos congênitos é necessário para dar ao embrião e ao feto a maior chance possível de se desenvolver normalmente.
Os defeitos congênitos são as causas mais comuns durante a infância.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
A Embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos – mudanças estruturais que ocorrem desde a fecundação até a formação do feto.
Teratologia – divisão da embriologia que estuda o desenvolvimento anormal – estudo dos defeitos do nascimento.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Importância da embriologia:
Ponte entre o desenvolvimento pré-natal e a obstetrícia, medicina perinatal, pediatria, e anatomia clínica.
Desenvolve conhecimentos sobre o início da vida e as modificações que ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal.
Auxilia a compreensão das causas de variações na estrutura humana.
Evidencia a anatomia e explica como as relações normais e anormais se desenvolve.
Apoia pesquisas e aplicação de células-tronco para tratamento de doenças crônicas.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Estudos sobre o embrião e feto remontam ao ano de 3000 antes de Cristo, no antigo Egito.
Hipócrates de Cós (460-377 a. C.), pai da medicina, registrou em livros os primeiros estudos sobre o embrião.
Leonardo da Vinci (1452-1519) fez desenhos de úteros contendo fetos (figura ao lado).
Em 1775, Lazaro Spallanzani mostrou que eram necessários ovócito e espermatozoide para gerar um novo ser ou indivíduo.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Teoria celular e embriologia (1839):
O corpo é composto por células e produtos celulares.
O embrião se desenvolve a partir de uma célula – o zigoto.
O zigoto passa por várias divisões celulares, formando então o embrião.
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Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Envolvimento da genética:
Os Seres humanos possuem 46 cromossomos dispostos em 23 pares. Destes, 22 pares são semelhantes morfologicamente e portanto são chamados de autossomos. 
O último par possui diferenças morfológicas e forma o par de cromossomos sexuais.
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Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Padrão do número de cromossomos:
As espécies mantêm sempre o mesmo número de cromossomos – esse número não sofre alterações ao longo da vida.
Nos seres humanos são 46 cromossomos – 2 conjuntos (2n) – um conjunto materno (n) e outro conjunto paterno (n).
As células de um indivíduo são chamadas de somáticas por possuírem 2 conjuntos de cromossomos – todas são 2n.
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Histologia e Embriologia
Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Padrão do número de cromossomos:
Para manter esse número constante, as células germinativas (ovócito e espermatozoide) somente possuem metade do número, isto é, um conjunto (n).
Durante sua formação, as células que dão origem às células germinativas passam por várias divisões celulares em que o número de cromossomos é reduzido a um conjunto. O nome dessa divisão é meiose.
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Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Quando o espermatozoide (n) fertiliza o ovócito (n) o padrão é reestabelecido – 2n.
 A partir daí, outro tipo de divisão celular se inicia – a mitose – que será responsável pelo crescimento em número de células do embrião e do feto.
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Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Cromossomos e malformações
Alguns erros podem ocorrer durante a divisão meiótica (meiose) podendo gerar malformações – 25% das malformações são de origem genética.
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Desenvolvimento Humano
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Síndrome de Turner – ausência de um cromossomo sexual.
Infantilismo sexual, em consequência da formação de ovários vestigiais, baixa estatura e pregas pterigonucais, que conferem às portadoras da doença o chamado pescoço de esfinge ou pescoço alado. A inteligência é, regra geral, normal.
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Desenvolvimento Humano
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Síndrome de Down – trissomia do par 21.
Características físicas parecidas com outros portadores: dorso do nariz achatado, língua saliente, orelhas com pequenas dobras salientes, dedos curtos, com o quinto dedo curvado.
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Histologia
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Histologia – É o estudo dos tecidos do corpo e como se organizam para formar os órgãos.
Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que elas próprias produzem.
Há intensa interação entre as células e a MEC que, apesar de ser produzida pelas células, influenciam nestas direta e intensamente.
A MEC é constituída por fibras proteicas e polissacarídeos.
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Histologia
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Histologia
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
As moléculas da matriz se ligam a receptores específicos na membrana celular e se conectam a moléculas no citoplasma das células.
As células e a matriz extracelular (MEC) funcionam em conjunto e respondem às necessidades do organismo.
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Histologia
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
A MEC tem como funções:
Rodeia as células dando suporte às mesmas e preenchendo os espaços;
Permite a interação e o contato entre as células;
Permite a migração de células;
Permite a difusão de substâncias como nutrientes ou outras;
Em muitos tecidos confere resistência à tensão e pressão.
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Histologia e Embriologia
Histologia
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
As células são microscópicas:
O pequeno tamanho das células e da matriz torna o estudo dependente de microscópio.
Células vermelhas 
do sangue (10,000 nm)
0
75
150
225
300
nm
2500
nm
0
750
nm
0
375
E. coli (1000 nm x 3000 nm)
Poliovírus
(30 nm)
Pox Vírus
(200 nm x300 nm)
Bacteriófago T4 
(50 nm x 225 nm)
Vírus mosaico do tabaco
(15 nm x 300 nm)
BACTERIÓFAGO MS2 (24 nm)
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Histologia
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Microscópio óptico ou de luz ou fotônico.
A imagem é formada após um feixe de luz atravessar alguma estrutura: camada delgada de tecido; células vivas; 
Material sofre preparação para melhor observação – maior parte dos tecidos são espessos.
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Histologia e Embriologia
Histologia
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Processo de preparo do material para microscopia:
Fixação – retirada do tecido do corpo (fragmentos) – química ou física.
Desidratação – banhos sucessivos em soluções de diferentes concentrações de etanol.
Clareamento – banho em xilol – torna o material transparente ou translúcido. Retira os lipídeos.
Inclusão – material é embebido em parafina – confere consistência rígida ao material.
Coloração – uso de corantes para marcar as estruturas celulares. Corantes basófilos e acidófilos.
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Histologia e Embriologia
Histologia
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A amostra do tecido depois de fixada é colocada em parafina, formando um bloquete. Esse pequeno bloco de parafina com a amostra será “fatiada” no aparelho chamado de micrótomo. 
O micrótomo faz cortes de tecidos muito finos o que permite a passagem da luz através da amostra.
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Histologia
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Depois de cortado, o material será corado – cada corante possui afinidade por estruturas determinadas. 
A afinidade, na maioria dos casos, é dada pelo pH do corante e das estruturas celulares:
Corantes basófilos – pH básico – coram estruturas ácidas como: ácidos nucleicos; glicosaminoglicanos; glicoproteínas ácidas.
Corantes acidófilos – pH ácido – coram estruturas básicas como: mitocôndrias, grânulos de secreção; proteínas citoplasmáticas e colágeno.
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Histologia
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Hematoxilina e eosina (HE):
Hematoxilina – azul ou violeta. É um corante basófilo.
Eosina – cor-de-rosa. É um corante acidófilo.
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Núcleos – roxos (hematoxilina)
Citoplasma – cor-de-rosa (eosina)
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Histologia
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Aplicação médica:
Diagnósticos laboratoriais são realizados a partir de procedimentos histoquímicos:
Reação de Perls para ferro: diagnóstico de hemocromatose.
Reação de PAS-amilase para glicogênio: glicogenoses.
Reação de Alcian blue para glicosaminoglicanos: esfingolipidoses.
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Histologia
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Método de visualização – Poder de resolução:
É a distância mínima que deve existir entre dois pontos para que consigamos visualizá-los de forma discriminada;
Interfere na qualidade da imagem, no que diz respeito à claridade e à riqueza de detalhes;
O olho humano tem poder de resolução de 0,1 mm (100µm);
O poder de resolução dos microscópios variam conforme o tipo de microscópio.
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Histologia
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Microscópio óptico:
Foi o primeiro microscópio desenvolvido, que permitiu o conhecimento da célula a partir da sua visualização;
Também chamado de microscópio de luz, uma vez que esta é fundamental para a formação de uma imagem ampliada do objeto examinado;
Possui um conjunto de lentes que aumenta o objeto 1.000 a 1.500 vezes e permite sua visualização com um poder de resolução de 0,2µm.
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Histologia
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Microscopia eletrônica:
Diferente dos microscópios de luz, esta não é fundamental para a formação de uma imagem ampliada do objeto examinado, e sim um feixe de elétrons;
Permite a observação de subestruturas celulares e até de macromoléculas, com poder de resolução muito maior;
Podem ser de transmissão ou de varredura, de acordo com a forma que o feixe de elétrons incide sobre o material examinado.
Tipos:
Transmissão 
Varredura
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Histologia
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Transmissão:
Um feixe de elétrons atravessa as estruturas e a imagem se forma a partir da dispersão dos elétrons;
Possui poder de resolução de 3ƞm, o que permite a visualização de estruturas com aumento de até 500.000 vezes, como a membrana plasmática e as organelas celulares.
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Histologia
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Varredura:
Neste tipo de microscópio, o feixe de elétrons não atravessa a estrutura, apenas incide sobre sua superfície e é refletido, formando uma imagem tridimensional de sua superfície;
Possui poder de resolução de 10ƞm, o que permite a visualização da superfície das células e tecidos com alta fidelidade e riqueza de detalhes.
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Bibliografia
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia
Histologia e Embriologia
Moore K L., Persaud T. V. N. Embriologia Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
Moore, K. Embriologia Básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
Sadler, T. W. Langman: Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan., 2008. 
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Assuntos da próxima aula:
Aparelho reprodutor masculino.
Aparelho reprodutor feminino.
Gametogênese masculina e feminina.
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