aulas hidroginástica 05/11

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AULA 08: EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE TREINAMENTO NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
METODOLOGIA DA HIDROGINÁSTICA 
Aula 08: Equipamentos e métodos de treinamento 
na hidroginástica 
AULA 08: EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE TREINAMENTO NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
Temas desta aula 
1. Tipos de equipamentos aquáticos; 
2. Métodos de treinamento aplicados. 
AULA 08: EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE TREINAMENTO NA HIDROGINÁSTICA 
Metodologia da hidroginástica 
Introdução 
O professor de hidroginástica deve conhecer os tipos de equipamentos aquáticos disponíveis no mercado e suas 
principais características, bem como estratégias para variar o formato da aula baseadas nos métodos do 
treinamento esportivo, como intervalado, contínuo, circuito; entre outros. Quando temos alunos de nível 
intermediário e/ou avançado, a variação das sessões, pelo uso de diferentes equipamentos e/ou métodos, traz 
novos desafios e enriquece o programa de exercícios. 
Assim como em outras aulas, adotaremos as sugestões da Aquatic Exercise Association quanto aos tipos de 
equipamentos, analisando suas consequências para as ações musculares e intensidade do treinamento. 
Lembre-se sempre de que o meio aquático é bastante diferente do terrestre e isso se reflete também nas 
contrações musculares e no controle do esforço aplicado para a realização dos exercícios. 
Outra estratégia interessante para diversificar a aula é a aplicação de métodos diferentes de treinamento na parte 
específica (ou principal) da sessão, procurando respeitar seus princípios e as particularidades do meio aquático ao 
mesmo tempo. 
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Metodologia da hidroginástica 
Equipamentos 
Hoje, há muitos equipamentos disponíveis para a hidroginástica, sendo alguns criados originalmente para o uso no meio 
terrestre, enquanto outros foram elaborados pensando nas propriedades físicas da água, como a flutuação e o arrasto. 
Há também materiais que caracterizam um tipo de aula, como as bicicletas, as esteiras, os steps e os jumps. 
Na água, o arrasto influencia na realização do movimento em todas as direções, resultando em contrações concêntricas 
dos pares musculares quando não são usados equipamentos. 
O detalhe mais importante quanto ao tipo de equipamento utilizado na hidroginástica é a ação muscular, tanto em 
relação ao músculo agonista como sobre a contração que está sendo realizada. No meio aquático, não podemos pegar 
um equipamento qualquer e repetir movimentos sem conhecer exatamente os seus princípios, pois, muitas vezes o 
músculo principal envolvido em um exercício é diferente do responsável pela mesma ação fora da água. 
Para esse estudo, agruparemos os equipamentos em 5 categorias: flutuantes (que geram resistência), de arrasto, com 
peso, emborrachado e de flutuação (que ajuda o aluno a flutuar); porém, essa última não será detalhada, pois está 
relacionada diretamente à posição corporal e não representa uma sobrecarga muscular direta. 
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Equipamentos flutuantes 
Os equipamentos flutuantes podem ser feitos com espuma ou preenchidos com ar, apresentando muito baixa 
densidade e, dessa maneira, permanecem sobre a superfície da água quando nenhuma força é aplicada sobre eles 
para alterar sua posição. Específicos do meio aquático, estão baseados na propriedade física “flutuação”. 
Resumidamente, ao usar um equipamento flutuante para baixo há resistência da flutuação e as ações musculares 
geralmente são concêntricas; nos movimentos para cima, a flutuação “assiste” ou auxilia na execução e a contração 
é do tipo excêntrica, pois “o músculo precisa gerar força à medida que alonga no sentido de controlar o movimento 
para cima, que é facilitado pela flutuabilidade” (AEA, 2014, p. 119). 
Usando como referência o exercício de flexão do cotovelo em pé (posição ereta, flexão e extensão), teremos uma 
ação excêntrica do tríceps durante a flexão e uma ação concêntrica desse músculo na extensão do cotovelo. 
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Equipamentos flutuantes 
• Na imagem, os equipamentos usados são flutuantes, 
pois seu material é de espuma; 
• Nesse exercício, eles não estão sendo usados contra 
ou a favor da flutuação; 
• Quando usamos os materiais flutuantes, na superfície 
da água, temos uma “flutuação suportada”, de 
acordo com a AEA. 
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Equipamentos com peso 
De acordo com a AEA, os equipamentos com peso são complementares aos flutuantes, pois facilitam a solicitação 
de alguns músculos, como o deltoide e os abdutores do quadril, que são difíceis de se recrutar em movimentos com 
os materiais flutuantes. 
Esse tipo de equipamento gera uma ação da musculatura semelhante a do exercício em terra: na flexão do cotovelo 
em pé, portanto, o movimento de flexão tem no bíceps o agonista realizando uma ação concêntrica; na extensão, o 
mesmo músculo apresenta uma contração excêntrica. 
Em piscina funda, o uso desse tipo de equipamento deve ser rigorosamente controlado, pois dificulta a manutenção 
de uma boa posição corporal para os exercícios. 
Lembre-se que o equipamento com peso será sempre afetado pela ação da gravidade, mesmo dentro da água, 
desde que seja mais denso do que ela e, dessa maneira, afunde. 
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Equipamentos com peso 
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Equipamentos de arrasto 
O equipamento de arrasto traz o mesmo tipo de ação muscular verificada na condição sem equipamento; ou seja, 
trabalha os pares musculares de forma concêntrica. 
Haverá resistência em todas as direções e, dependendo da quantidade de turbulência gerada pelo material e da sua 
área de superfície, a intensidade será maior. 
Segundo a AEA (2014, p. 120) “a quantidade de resistência criada por uma peça de equipamento de arrasto é 
baseada em área frontal de resistência, forma, rapidez ou velocidade de movimento, e em turbulência e densidade 
do meio”. 
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No movimento de flexão do cotovelo, haverá ação concêntrica do bíceps e, na extensão da articulação, o mesmo 
tipo de contração, só que do tríceps. 
Porém, parece haver alguma ação excêntrica do músculo antagonista quando os movimentos realizados com 
equipamento de arrasto são contínuos. Alberton et al. (2006) apud AEA (2014) verificaram que, com esse tipo de 
equipamento, em movimentos contínuos (nesse estudo, chutes para a frente com a perna estendida), 
provavelmente, a turbulência criada faz com que, na mudança de direção (retornar o membro inferior para o chão), 
haja ação excêntrica dos músculos isquiotibiais para desacelerar o movimento e possibilitar que a direção seja 
alterada. 
Veja no link a seguir um dos mais recentes lançamentos de material de arrasto: <www.aqualogixfitness.com>, 
acessado em 15/12/2016. 
Equipamentos de arrasto 
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Metodologia da hidroginástica 
Variações no formato das sessões trazem novos estímulos e desafios aos alunos, devendo ser utilizadas pelos 
professores de hidroginástica. Como mais uma sugestão para diversificar as aulas, há os métodos estabelecidos para 
o treinamento físico e que podem ser adaptados de acordo com o nível dos alunos. 
O método contínuo, que não apresenta oscilações na intensidade, é bastante recomendado para iniciantes, mas à 
medida que os alunos evoluem quantoa sua aptidão física, aulas baseadas nos princípios do treinamento 
intervalado (alternando entre estímulos fortes e leves a moderados) e do farlek (que pode ser considerado um 
intervalado sem o controle rigoroso dos estímulos e pausas) são bem-vindas e geram novas adaptações 
cardiorrespiratórias. 
O circuito também é um formato muito popular na hidroginástica, no qual, geralmente, as estações são compostas 
por exercícios com equipamentos e os intervalos entre elas ocupados com movimentos para os grandes grupos 
musculares a fim de se evitar a perda acentuada de calor e a sensação de frio. 
Adaptar os métodos de treinamento para a hidroginástica requer, primeiramente, um estudo atento sobre eles, seus 
princípios e suas características; a testagem dos exercícios na água; e também a análise do nível dos alunos que 
realizarão a aula. 
Métodos de treinamento 
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Metodologia da hidroginástica 
Referências 
ALBERTON, C. L. et al. Muscle activation in water exercise: 
agonist and antagonist action with or without resistive 
equipment. Laboratório de Pesquisa do Exercício – GPAT-
ESEF-UFRGS, Porto Alegre, Brasil e UDESC/ Laboratório de 
Biomecânica, Florianópolis, Brasil, 2006. 
 
AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION. Fitness aquático: um 
guia completo para profissionais. 
Barueri: Manole, 2014. 
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Metodologia da hidroginástica