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METODOLOGIA DA HIDROGINÁSTICA material

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04/08/2017 
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METODOLOGIA DA 
HIDROGINÁSTICA 
MATERIAL DE ESTUDO 
COMPLEMENTAR VERSÃO 2017/1 
04/08/2017 
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Unidade 1 - Introdução à disciplina 
• 1.1.Conceitos 
• 1.2. Histórico 
• 1.3. Tipos de hidroginástica: shallow water e 
deep water 
• 1.4. Modalidades associadas (hidrobike, 
watsu, acquajump, hidrostep) 
Unidade 2 - Propriedades físicas 
aplicadas 
• 2.1. Resistência (arrasto) e tensão superficial 
• 2.2. Flutuação (empuxo) 
• 2.3. Densidade relativa 
• 2.4. Pressão hidrostática 
• 2.5. Calor específico 
• 2.6. Refração 
 
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Unidade 3 - Aspectos fisiológicos e 
biomecânicos em imersão vertical 
• 3.1. Efeitos sobre o sistema cardiovascular 
• 3.2. Efeitos sobre o sistema respiratório 
• 3.3. Efeitos sobre o sistema renal 
• 3.4. Efeitos sobre o sistema termorregulatório 
• 3.5. Contração muscular na hidroginástica 
• 3.6. Ações musculares nos exercícios 
Unidade 4 - Componentes da aptidão 
física e hidroginástica 
• 4.1. Aptidão cardiorrespiratória 
• 4.2. Força dinâmica e força de resistência 
(RML) 
• 4.3. Flexibilidade 
• 4.4. Composição corporal 
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Unidade 5 - Estrutura de uma sessão 
de hidroginástica 
• 5.1. Aquecimento 
• 5.2. Parte específica 
• 5.3. Relaxamento ou esfriamento 
Unidade 6 - Formas de alteração da 
intensidade nos exercícios de 
hidroginástica 
• 6.1. Alavanca 
• 6.2. Resistência frontal 
• 6.3. Leis de Newton 
• 6.4. Tempos de execução dos exercícios (tempo 
de terra, meio tempo de água e tempo de água) 
• 6.5. Posições corporais (ancorada, suspensão, 
rebote e neutra) 
• 6.6. Utilização de equipamentos (flutuantes, 
densos, elásticos, resistivos) 
• 6.7. Turbulência 
 
 
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Unidade 7 - Técnicas de ensino e 
estratégias de aulas 
• 7.1. Controle da intensidade sobre o sistema 
cardiovascular (teste da fala, freqüência 
cardíaca e Escala de Borg) 
• 7.2. Aspectos didáticos para demonstração de 
exercícios 
• 7.3. Aplicação dos métodos de treinamento na 
hidroginástica (contínuo, circuito, intervalado 
e fartlek) 
Bibliografia 
• AQUATIC EXERCISE 
ASSOCIATION. Fitness 
aquático: um guia 
completo para 
profissionais. Barueri: 
Manole, 2014. 
 
 
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Bibliografia 
Richard G. Ruoti, David M. Morris, Andrew J. Cole, Reabilitação Aquática, editora: 
Manole, edição: 1, ano:2000 
 capítulo: 2. Princípios Físicos da Água, nº de páginas: 11 
 capítulo: 3. Efeitos Fisiológicos da Imersão em Repouso, nº de páginas: 14 
 capítulo: 4. Respostas Fisiológicas ao Exercício na Água, nº de páginas: 21 
 capítulo: 20. Equipamento de Exercício no Ambiente Aquático, nº de 
páginas: 13 
 
Susan J. Hall, Biomecânica Básica, editora: Guanabara Koogan, edição: 6, ano:2013 
 capítulo: Movimento em um Meio Fluido, nº de páginas: 27 
 
DiMasi, Fabrizio; Brasil, Roxanna. A ciência aplicada à hidroginástica. Rio de Janeiro: 
Sprint, 2006. 
 
Gobbi, Sebastião; Villar, Rodrigo; Zago, Anderson Sarans. Educação Física no ensino 
superior: bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 205. 
 
McArdle, William D.; Katch, Frank I.; Katch, Victor L. Fisiologia do exercício: energia, 
nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
Referências complementares 
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Referências complementares 
1. DE AGUIAR, Jaina Bezerra; GURGEL, Luilma Albuquerque. Investigação dos 
efeitos da hidroginástica sobre a qualidade de vida, a força de membros 
inferiores e a flexibilidade de idosas: um estudo no Serviço Social do Comércio-
Fortaleza. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 23, n. 4, p. 335-344, 
2009. 
2. OLKOSKI, Mabel Micheline; MATHEUS, S. C.; ALEXANDRE, F. Respostas 
bioquímicas e físicas ao treinamento realizado dentro e fora da água em atletas 
de futsal. Motriz, Rio Claro, v. 19, n. 2, p. 432-40, 2013. 
3. KELLER, Kalina Durigon et al. Avaliação da pressão arterial e da frequência 
cardíaca durante imersão em repouso e caminhada. Fisioter Mov, v. 24, n. 4, p. 
729-36, 2011. 
4. OLKOSKI, Mabel Micheline; LOPES, Adair da Silva. Comportamento da frequência 
cardíaca em imersão nas situações de repouso e durante exercícios de 
hidroginástica. Fisioter. mov, v. 26, n. 3, p. 689-695, 2013. 
5. MOTA, Jorge. Aptidão física relacionada à saúde de idosos: influência da 
hidroginástica. Rev bras med esporte, v. 10, n. 1.2004, 2001. 
6. ROBERGS, Robert A.; LANDWEHR, Roberto. The surprising history of the" 
HRmax= 220-age" equation. Journal of Exercise Physiology Online, v. 5, n. 2, p. 
1-10, 2002. 
7. Marino, P. O talk test na prescrição do exercício. Rev DERC, v.22, n. 1, 2016. 
Filmes recomendados 
• À Espera de um Milagre (esperança, ética) 
• Gattaca – Experiência Genética (ética) 
• Invencível (resiliência, superação) 
• Lucy (cérebro) 
• Mandela – Longo Caminho para Liberdade 
(gratidão, esperança, resiliência, amor à causa) 
• Sem Limites (cérebro) 
• The Barkley Marathons (superação, vício em 
exercício) 
• Um sonho de liberdade (esperança, resiliência) 
 
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Estudo dirigido 
1. O que é hidroginástica? Quais são as suas possibilidades? 
2. Quais as diferenças entre shallow e deep water? 
3. “A hidroginástica sempre proporciona benefícios à saúde”. Você 
concorda com a afirmação? Por quê? 
4. O que é aptidão física? 
5. A hidroginástica pode aprimorar a aptidão física? Por quê? 
6. Critique os conceitos de saúde e qualidade de vida. 
7. Cite três mudanças que afetam o corpo quando da passagem do meio 
terrestre para o aquático. 
8. Quais são os quatro vetores amplamente estudados que geram 
repercussões importantes na submersão? Desenhe os vetores. 
9. Quem tende a flutuar mais na água, uma pessoa com mais ou menos 
gordura corporal? Por quê? Confira sua resposta levando em 
consideração um ou mais princípios físicos da água. 
10. Confira um exemplo prático que envolva o fenômeno da refração na vida 
do Profissional de Educação Física que trabalha com a hidroginástica. 
Estudo dirigido 
11. Quais são as opções de impacto, as formas de alteração de intensidade e 
métodos na hidroginástica? 
12. Confira três exemplos de situações relacionadas com a orientação e 
condução de sessões de hidroginástica que podem contribuir para a 
adesão de alunos na modalidade. 
13. Quais são os elementos básicos de um plano de aula de hidroginástica? 
14. Em relação aos objetivos da hidroginástica, quais seriam seus contextos 
principais, levando em consideração posicionamentos oficiais de 
entidades reconhecidas internacionalmente por integrar informações 
sobre atividade física e saúde pública? 
15. Como aprimorar a aptidão cardiorrespiratória em uma sessão de 
hidroginástica? 
16. Como controlar a intensidade em sessões de hidroginástica? Apresente 
pontos positivos e negativos para cada uma das possibilidades discutidas 
em sala de aula. 
17. Que aspectos da imersão afetam o sistema cardiovascular? Explique. 
18. Que aspectos da imersão afetam o sistema respiratório? Explique. 
19. Que aspectos da imersão afetam a termorregulação? Explique. 
20. Que aspectos da imersão afetam o sistema renal? Explique. 
 
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CONCEITOS, HISTÓRICO, TIPOS E 
MODALIDADES ASSOCIADAS 
Hidroginástica 
• Grande variedade de propostas ou programas 
de exercício aquáticos, praticados em posição 
predominantemente vertical, voltada para o 
aprimoramento da aptidão física em 
sedentários, ou ainda como programa 
complementar à preparação física de atletas 
de várias modalidades*; 
• Fitness aquático, hidroaeróbica, ginástica 
aquática, hydro power, hidro jump, aqua gym. 
*BAUM, G. Aquaeróbica. São Paulo: Manole, 2000 
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Materiais 
• Luvas• Halteres flutuantes 
• Cinturão flutuante 
• Macarrões 
• Barbatanas (mãos e 
pés) 
• Bolas de borracha 
• Pára-quedas 
• Pranchas 
• Ergômetros (hidrobike, 
esteira, ski) 
• Acquajump 
• Hidrostep 
 
 
Shallow water 
• Programa de exercícios aquáticos praticados 
na parte rasa da piscina; 
• Pés apoiados no chão ou em flutuação; 
• Movimentos rítmicos, coreografados ou não; 
• Efeito da resistência e flutuação da água com 
ou sem auxílio de acessórios como sobrecarga 
de trabalho. 
AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION, 2001. 
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Deep water 
• Programa de exercícios aquáticos realizado 
suspenso na água em uma profundidade 
acima do tamanho da pessoa; 
• Nova abordagem ao fitness aquático: 
totalmente sem impacto; 
• Equipamentos para uma flutuação neutra: 
concentração no trabalho contra as forças de 
arrasto; 
• Treinamento sem impacto que pode oferecer 
uma completa amplitude de movimento; 
AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION, 2001. 
Deep water 
• Possível vantagem: ao deslizar em posição 
vertical a resistência do exercício é 
aumentada em torno de 75% em relação a 
natação (executada na horizontal); 
• Indicações específicas: condições 
gravitacionais próximas de zero e sem 
impacto; 
– Grávidas: alívio (na flutuação o bebê deixa de 
pressionar o colo do útero reduzindo o estresse 
nas articulações; 
 
AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION, 2001. 
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Deep water 
– Atletas lesionados; 
– Pessoas com artrites, hérnias discais, em 
reabilitação muscular e esquelética; 
• Nem todas as piscinas possuem profundidade 
suficiente. 
AQUATIC EXERCISE ASSOCIATION, 2001. 
Contraindicações e/ou precauções 
• Hidrofobia; 
• Pessoas não adaptadas ao meio-liquido (coletes de 
flutuação, meias ou sapatilhas anti derrapantes); 
• Infecções cutâneas; 
• Alterações renais ou esfincterianas; 
• Cardiopatias agudas; 
• Sensibilidade ao cloro; 
• Hiper ou hipotensão sem controle; 
• Labirintite aguda; 
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• Estado caracterizado pela execução de atividades diárias 
e/ou atléticas com vigor, sem fadiga excessiva e com 
menos chances de desenvolver lesões (coletivo de autores). 
– Componentes clássicos 
» Força 
» RML 
» Aptidão cardiorrespiratória 
» Composição corporal 
» Flexibilidade 
Outros componentes 
Equilíbrio 
Coordenação motora 
Agilidade 
Consciência corporal 
Postura 
APTIDÃO FÍSICA 
• Estado caracterizado pela execução de atividades diárias 
e/ou atléticas com vigor, sem fadiga excessiva e com 
menos chances de desenvolver lesões (coletivo de autores). 
– Componentes clássicos 
» Força 
» RML 
» Aptidão cardiorrespiratória 
» Composição corporal 
» Flexibilidade 
– Outros componentes 
» Equilíbrio 
» Coordenação motora 
» Agilidade 
» Consciência corporal 
» Postura 
APTIDÃO FÍSICA 
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Saúde 
• OMS 
– “Estado de completo bem-estar físico, mental e 
social e não meramente a ausência de doenças e 
ou sofrimentos”; 
– Não somente a ausência de mal-estar ou 
enfermidade. 
 
Saúde 
• Briceño-León: 
– “A saúde é uma síntese; síntese de uma multiplicidade 
de processos, do que acontece com a biologia do 
corpo, com o ambiente que nos rodeia, com as 
relações sociais, com a política e a economia 
internacional. A saúde é um índice de bem estar, 
talvez o mais importante a ser alcançado por uma 
população. É uma amostra palpável do 
desenvolvimento social alcançado por uma sociedade 
e uma condição essencial para a continuidade desse 
mesmo desenvolvimento”. 
 
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Saúde 
• Daniel Kupermann (Doutor em Teoria 
Psicanalítica): 
– “Capacidade para o amor e o trabalho criativo”. 
Qualidade de vida 
• Bouchard e colaboradores, 1994: 
– “Está relacionada à saúde e à habilidade de 
realizar atividades do cotidiano levando-se em 
consideração também o sentimento de bem estar 
e satisfação com a situação de vida”. 
 
 
 
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Qualidade de vida 
• Fatores físicos, capacidade funcional, estado 
de saúde, energia, vitalidade, função sexual; 
• Fatores sociais, interação social, lazer; 
• Fatores emocionais e cognitivos, bem estar, 
satisfação com a vida; 
• Fatores econômicos. 
 
Spirduso, 2005 
Qualidade de vida 
• É uma categoria tangível? 
• É fácil de ser medida com objetividade e 
precisão? 
• Exercício físico melhora qualidade de vida no 
curto e longo prazo? 
• Tendência mundial em associar aptidão física 
com uma melhor qualidade de vida, 
especialmente a medicina esportiva. 
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Qualidade de vida 
• “Bem estar total” (Cooper, 1982): 
– Mais energia pessoal; 
– Tempo de lazer mais aproveitável e mais ativo; 
– Maior capacidade de combater o estresse doméstico e profissional; 
– Menos depressão, menos hipocondria e menos ansiedade “flutuante”; 
– Menos queixas físicas; 
– Digestão mais eficiente e menos problemas de prisão de ventre; 
– Melhor imagem de si mesmo e mais confiança em si; 
– Corpo mais esbelto e atraente, inclusive controle de peso mais eficaz; 
– Ossos mais fortes; 
– Retardamento do processos de envelhecimento; 
– Gravidez e parto mais fáceis; 
– Sono mais tranquilo e eficiente; 
– Melhor concentração no trabalho e maior perseverança em todas as tarefas 
diárias; 
– Menos dores, inclusive nas costas. 
Qualidade de vida 
• Aptidão física e qualidade de vida são categorias que 
dependem do aperfeiçoamento das capacidade 
motoras; 
• Não se deve esquecer os valores sociais embutidos nas 
intervenções; 
• O mundo está envelhecendo: 
– Envelhecimento biológico: um dos maiores desafios para a 
saúde pública mundial; 
– Envelhecimento patológico: muito sofrimento e gastos 
infindáveis; 
– Exercício, prevenção primária e/ou tratamento da saúde. 
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PROPRIEDADES FÍSICAS APLICADAS 
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Conteúdo 
• Resistência (arrasto) e tensão superficial; 
• Flutuação (empuxo); 
• Pressão hidrostática; 
• Calor específico; 
• Refração. 
Fernandes e Costa, 2006. 
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Efeitos clássicos 
• Fluxo sanguíneo desviado das extremidades e 
vasos abdominais para grandes veias do 
coração e tórax; 
• Aumento do volume de ejeção e débito 
cardíaco; 
• Resistência vascular sistêmica reduz; 
• Circulação muscular aumenta; 
• Retorno linfático aumenta (benefício sobre 
edema). 
Ruoti et al., 2000. 
Fisiologia Humana 
Veias 
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Flutuação 
• Força oposta à gravidade; 
• Força “para cima” gerada pelo volume de 
água deslocado; 
• Origem: a pressão em um líquido aumenta 
com a profundidade. 
Ruoti et al., 2000. 
Flutuação 
• Gravidade específica da água: 1 quando a 4o 
C; 
• Massa corporal magra (ossos, músculos, 
tecido conjuntivo e órgãos): 1,1; 
• Massa gorda (gordura corporal essencial e 
gordura excedente): 0,90; 
• Gravidade específica do homem: 0,974; 
• Homem x mulher; 
• Densidade e performance: etnia. 
Ruoti et al., 2000. 
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Benefícios da flutuação 
• Corpo submerso até o pescoço pesa 10% 
quando comparado à terra; 
• Até o peito: 25-35%; 
• Cintura: 50%. 
• *Podem variar conforme a posição do corpo. 
Flutuabilidade 
Flutuabilidade 
Velocidade 
Velocidade 
• A locomoção aquática não depende somente das habilidades propulsivas, 
mas também da capacidade de redução do arrasto durante o nado 
(Counsilman, 1977). 
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Arrasto 
• Resistência que você sente para movimentar 
a água; 
• Em terra: carga diminui quando você aumenta 
a velocidade; 
• Na água: carga aumenta na mesma situação; 
• Combinação: viscosidade (fricção) x forma e 
tamanho(objeto ou pessoa imersa). 
Arrasto 
• De forma: 
– Tamanho e forma do corpo; 
• De onda: 
– Deriva das ondas provocadas pela pessoa ao 
deslocar-se na água; 
• Friccional: 
– Resulta do contato da pele/corpo com a água. 
 
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Fluxo: laminar x turbulento 
• Água: 
– Moléculas que tendem a flutuar em correntes 
regulares até que algum corpo interrompa o 
movimento; 
• Fluxo laminar (menor resistência ao avanço); 
• Fluxo turbulento. 
Costill et al., 1995. 
Pressão hidrostática 
• Pressão exercida pelas moléculas de um 
fluido sobre um corpo submerso; 
• Aumenta de acordo com profundidade e 
densidade; 
– Água do mar, em uma determinada 
profundidade, exerce maior pressão que a 
potável. 
 
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Pressão hidrostática 
• Pressão exercida sobre um corpo em 
profundidade: recurso terapêutico; 
– Corpo imerso a 1,20 m; 
– Força igual a 88,9 mmHg; 
– Redução de edema; 
– Retorno venoso e bomba muscular. 
 
 
Ruoti et al., 2000. 
Calor específico 
• Calor produzido pelo metabolismo: 
– Radiação: transferência de calor por vasodilatação 
da superfície dos vasos; 
– Evaporação: suor evapora na pele; 
– Condução: transferência de calor para uma 
substância ou objeto em contato com o corpo; 
– Convenção: transferência de calor pela 
movimentação de líquido ou gás por áreas de 
temperatura diferente. 
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Calor específico 
• Água retém 1000 vezes mais calor do que um 
volume equivalente de ar: 
– Água (15o C): 1,00 x Ar: 0,001; 
– Gelo (-5o C): 0,50; 
– Álcool: 0,58; 
• Troca de calor: 
– Água e metais conduzem bem o calor (bons 
condutores); 
– Gazes e materiais conduzem mal o calor (bons 
isolantes). 
Ruoti et al., 2000. 
Temperaturas recomendadas (AEA) 
“Modalidade” Temperatura em graus 
Celsius 
Equipe de natação 25,5 – 27,5 
Treinamento de resistência 28 – 30 
Terapia e reabilitação 33 – 35 
Gravidez 25,5 – 29 
Fibromialgia 30 – 35,5 
Obesos 26,5 – 30 
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Refração 
• Exemplo da refração da 
imagem de um lápis ao 
ser submerso num copo 
cheio de água. 
• Mudança na direção de 
uma onda ao 
atravessar a fronteira 
entre dois meios com 
diferentes índices de 
refração (relação entre 
a velocidade da luz no 
vácuo e a velocidade da 
luz em um determinado 
meio). 
 
FORMAS DE ALTERAÇÕES DE 
INTENSIDADES E TÉCNICAS DE ENSINO 
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Opções de impacto 
• Ancorada: em contato com o fundo da piscina; 
• Rebote (impulsionado): derivado da 
pliometria (exercício cíclico de alongamento 
encurtamento), envolve saltos; 
• Suspensão; 
• Neutra. 
Formas de alteração de intensidade 
• Aceleração: terra x água; 
• Resistência: resistência horizontal e 
viscosidade; 
• Posições de mão; 
• Alavancas; 
• Flutuabilidade: fase resistida ou assistida; 
• Arrasto: força que se opõe aos movimentos na 
água. 
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Métodos 
• Circuito; 
• Intervalado; 
• Fartlek; 
• Contínuo; 
• Dança aquática; 
• Step, bike, corrida; 
• Kickboxing, pilates, ioga. 
Tempos de execução do movimento 
• Tempo de terra: alta velocidade, baixa 
amplitude; 
• Tempo de água: ritmo apropriado de 
velocidade usado no ambiente aquático para 
permitir reação mais lenta e amplitude total 
de movimento em coreografia aquática; 
• Meio tempo de água. 
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Tipos de equipamentos aquáticos 
• Flutuante: proporciona resistência assistida ou 
em apenas uma fase do movimento; 
• De arrasto ou resistivo: proporciona 
resistência em todas as fases do movimento; 
• De flutuação: auxilia o aluno a flutuar 
adequadamente; 
• Com peso. 
Equipamentos 
• Luvas (“mão de pato”); 
• Halteres de espuma; 
• Remos; 
• Boia tipo espaguete; 
• Cinto de flutuação; 
• Paraquedas de arrasto; 
• Bolas; 
• Vários halteres para 
segurar com a mão; 
• Pranchas de natação; 
• Placas de espuma; 
• Ergômetros aquáticos; 
• Steps. 
 
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A arte da orientação 
• De forma e segurança; 
• Motivacionais; 
• Transicionais (suavidade e fluidez); 
• Numéricas; 
• De movimento; 
• De ritmo; 
• Audíveis, visuais e tátil: 
– A partir do deck; 
– A partir da piscina; 
– Indo e voltando entre o deck e a piscina. 
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A arte da orientação 
• Lei da atração: pessoas são atraídas por nossos 
pensamentos dominantes e valores; 
• Motivação: 
– Reforço intrínseco: a própria atividade é a recompensa, 
sensações de bem-estar; 
– Reforço extrínseco: incentivos e recompensas externos 
fornecem motivação; 
– Reforço indireto: ambiente (iluminação, limpeza, etc.), 
atmosfera agradável; 
• Dependência do exercício: linha tênue entre 
benefícios e prejuízos. 
O que não fazer? 
• Exercícios de impacto e pessoas com 
restrições? 
• Movimentos acima da linha da cabeça; 
• Batida de perna: 
– Fitness x natação; 
– Rosto na água; 
• Apoio na parede: 
– Períodos prolongados: ombros, punhos e dedos. 
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DINÂMICA PRÁTICA 
Prática 
Atividade “Plano B” Objetivo Duração 
Caminhar ao 
redor da piscina 
(fora e dentro – 
após aq.) 
Ambientação / 
confiança 
5 min 
Tocar no joelho da 
dupla; along. 
dinâmico 
Aquecimento 5 min 
Exercícios 
ancorados com 
halteres: “supino 
+ remada”, “abd + 
ad ombros”, 
“bíceps + tríceps”, 
“crucifixo”, 
“remada em pé” 
RML 10 min 
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Atividade “Plano B” Objetivo Duração 
HIIT: salto com 
abd. do quadril; 
corrida; “coice” 
com palmateio 
(abdominal na 
rec. ativa) 
Aptidão 
cardiorrespiratóri
a 
12 min 30 seg 
Macarrão: bike 
com palmateio e 
deslocamento, 
tocar o pé no 
macarrão, passar 
o pé no macarrão 
(fora e dentro), 
girar lado e outro 
Coordenação 7 min 30 seg 
Revezamento de 
bicicleta com o 
macarrão 
Recreação 7 min 30 seg 
ESTRUTURA DE UMA SESSÃO DE 
HIDROGINÁSTICA 
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Exercícios de endurance 
ACSM, 1998 (adaptado). 
Submáxima Máxima Supramáxima 
Duração ~ 10/20 min 
em diante* 
~ 40 seg a 3 
min* 
~ até 20/30 
seg* 
Sistema 
energético 
predominante 
“aeróbio”, 
oxidativo 
“anaeróbio 
lático” 
“anaeróbio 
alático” 
Sensação de 
esforço 
percebido 
Muito leve a 
moderado 
(*pesado) 
Muito pesado 
(máximo, 
exaustivo) 
 
* 
%FCmáx ~ até 70/80% ~ entre 80 a 
100% 
* 
%VO2máx ~ até 60/70% ~ 70 a 100% * 
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Questões 
1. Como aprimorar a aptidão cardiorrespiratória? 
2. Indicações/recomendações de saúde pública? 
3. Prazer e diversão: 40 min contínuos ou 20 min 
intervalados? 
4. O que é HIIT? 
5. Qualquer um pode fazer HIIT? 
6. HIIT apenas em esteira? 
7. Sair da zona de conforto? 
8. Benefícios do HIIT? 
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COMPONENTES DA APTIDÃO FÍSICA 
E HIDROGINÁSTICA 
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• Background: o exercício físico aprimora a 
aptidão física; 
• Objetivo: verificar o efeito da hidroginástica 
sobre a aptidão física do idoso; 
• Métodos: 
– 74 idosas em dois grupos de 37; 
– Força e resistência de membros inferiores 
(levantar e sentar na cadeira); 
– Força e resistência de membros superiores (flexão 
do antebraço); 
– Mobilidade física (sentado, alcançar os membros 
inferiores com as mãos); 
– Velocidade, agilidade e equilíbrio (levantar, 
caminhar 2,44m e volta a sentar); 
– Flexibilidade dos membros superiores (alcançar 
atrás das costas com as mãos); 
– Resistência aeróbia (andar seis minutos); 
• Tempo do programa de hidroginástica: 3 
meses.04/08/2017 
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CONTROLE DA INTENSIDADE 
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n formas 
• VO2; 
• Débito cardíaco; 
• Limiar de lactato; 
• Escala de dor; 
• FC; 
• TEP; 
• Relação custo x benefício? 
 
Frequência cardíaca 
• Equação de Karvonen (leitura sugerida: artigo “FC 
max Robergs”) 
• Zona alvo de treinamento (leitura: livro Fitness 
Aquático – um guia completo para profissionais, AEA, 
Manole, 2010 – páginas 5 a 7) 
• *Precisão da equação 
• *Teste de esforço máximo e especificidade da atividade 
• *Fármacos 
• *Drift cardiovascular (leitura: McArdle, fisio do 
exercício) 
 
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Percepção subjetiva de esforço 
• (ex.: Escala de Borg, leve/moderado/pesado) 
• Mecanismos antecipatórios 
• Hipotálamo, amígdala, hipocampo 
• (leitura: McArdle, fisio do exercício) 
• *Subestimação x superestimação da PSE 
 
Teste da fala 
• Aumento da ventilação, aumento do ciclo 
respiratório 
• Redirecionamento do fluxo sanguíneo para o 
córtex motor 
• (leitura: artigo anexo) 
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Fisionomia 
• Rubor facial, pele avermelhada 
• Hipotálamo anterior: aumento da condutância 
vascular cutânea 
• Termorregulação: radiação (60%), evaporação 
(22%), condução (3%), convecção (15%) 
• (leitura: McArdle, fisio do exercício) 
 
 
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ASPECTOS FISIOLÓGICOS EM 
IMERSÃO 
Plano de aula 
-Métodos 
-Fisiologia 
-Biomecânica 
-Princípios do treinamento 
-Pilares da atuação do 
profissional da saúde 
-Saber e sabedoria 
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SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Breve revisão 
• Funções; 
• Lados direito e esquerdo; 
• Formas de controle; 
• Q; 
• PA. 
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Distribuição do sangue no corpo 
 
Q: repouso x exercício 
REPOUSO Débito cardíaco Frequência 
cardíaca 
Volume 
sistólico de 
ejeção 
Destreinados 5000 ml/min 70 bpm 71 ml 
Treinados 5000 ml/min 50 bpm 100 ml 
EXERCÍCIO 
MÁXIMO 
Débito cardíaco Frequência 
cardíaca 
Volume 
sistólico de 
ejeção 
Destreinados 22000 ml/min 195 bpm 113 ml 
Treinados 35000 ml/min 195 bpm 179 ml 
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Fisiologia Humana 
Veias 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
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Breve revisão 
• Funções; 
• Mecânica pulmonar: 
– Ventilação; 
– Respiração externa/hematose; 
– Respiração tecidual interna. 
Respiração ou ventilação pulmonar 
• Dependente de gradientes de pressão; 
• Pressão intrapulmonar antes da inspiração: 
760 mmHg (1 atmosfera); 
• Inspiração: permite o ar entrar nos pulmões, 
pois aumenta o seu volume e reduz a pressão 
no interior dos alvéolos (758 mmHg) em relação à 
pressão atmosférica; 
• Expiração: redução do volume de ar e 
aumento da pressão alveolar (762 mmHg); 
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55 
Respiração ou ventilação pulmonar 
• Inspiração: 
– Primeiro estágio da expansão 
pulmonar ocorre com a 
contração do diafragma e 
músculos intercostais externos; 
– Diafragma: 
• Aumenta o diâmetro vertical da 
cavidade torácica; 
• Responsável por 75% do ar que 
chega aos pulmões; 
• Alteração de 1 cm na respiração 
normal e 10 cm no exercício 
vigoroso; 
– Intercostais externos: 
tracionam as costelas para cima 
e esterno para frente. 
 
 
EXPANSÃO 
TORÁCICA 
Respiração ou ventilação pulmonar 
• Expiração: 
– Início: momento em que 
músculos inspiratórios 
relaxam e reduzem a 
cavidade torácica; 
– Fibras elásticas esticadas 
na inspiração retraem e 
atingem tamanho normal; 
– Tração para dentro da 
parede pulmonar. 
 
CONTRAÇÃO/ 
RETRAÇÃO 
TORÁCICA 
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Respiração ou ventilação pulmonar 
• Músculos acessórios na inspiração profunda: 
esternocleidomastóideo, escalenos (ambos na 
região cervical) e peitorais menores (região torácica); 
• Expiração forçada: intercostais internos, 
abdominais, grande dorsais e quadrados 
lombares; 
– Força o diafragma para cima; 
– Retrai os pulmões, reduzindo seus volumes de ar, 
aumentando a pressão alveolar. 
 
• Em imersão: pressão hidrostática atua como 
uma carga para contração do diafragma 
durante a inspiração, resultando em um 
exercício para essa musculatura, além de 
auxiliar na sua elevação e consequentemente 
na saída do ar durante a expiração. 
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TERMORREGULAÇÃO 
Temperatura interna 
• Homeostase: 36,5 a 37,3 graus; 
• Acima de 41 graus: desnaturação e perda da 
função de enzimas e proteínas; 
• Abaixo de 34 graus: redução do metabolismo 
celular, inconsciência, arritmias cardíacas. 
 
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Hipotálamo 
• Funções vitais: 
– Termorregulação; 
• Hipotálamo: termostato ajustado em 37 graus; 
– Ritmo circadiano; 
– Sistema Nervoso Autônomo; 
– Sistema endócrino; 
– Sentimentos, estado emocional, motivação; 
– Mecanismos antecipatórios; 
– HOMEOSTASE. 
Principles of Neural Science, Eric Kandel, 4th_Edition, 2000 
 
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Termorregulação 
• Radiação: transferência de calor por 
vasodilatação da superfície dos vasos. 
Termorregulação 
• Evaporação: suor evapora na pele; 
• Durante o exercício: principal mecanismo. 
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Termorregulação 
• Condução: transferência de calor para uma substância 
ou objeto em contato com o corpo; 
– Urina e fezes são formas de condução. 
Termorregulação 
• Convecção: transferência de calor pela 
movimentação de líquido ou gás por áreas de 
temperatura diferente. 
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RENAL 
Funções 
• Regulação da composição iônica do sangue; 
• Manutenção da osmolaridade do sangue; 
• Regulação do volume sanguíneo; 
• Regulação da pressão arterial; 
• Regulação do pH sanguíneo; 
• Liberação de hormônios. 
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Efeito diurético na imersão 
• Mecanoreceptores (receptores sensoriais 
sensíveis ao estímulo mecânico) 
cardiopulmonares e baroreceptores arteriais 
são ativados com o aumento do volume 
sanguíneo: liberação de fatores e aumento da 
diurese; 
Efeito diurético na imersão 
• Diminuição da atuação simpática; 
• No sistema renal: 
– Aumento do fluxo sanguíneo; 
– aumento do transporte de sódio tubular e 
excreção aumentada de sódio; 
• Supressão do hormônio antidiurético (devido 
ao aumento da pressão venosa): aumento da 
excreção de sódio e potássio e aumento da 
diurese.

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