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CASOS CONCRETOS CIVIL IV

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SEMANA 01
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas:
 a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Ronaldo é considerado funcionário público, pois conforme o art. 327 considera-se funcionário público todo indivíduo que exerce cargo, emprego ou função pública, remunerado ou não, sendo certo que Ronaldo não está nomeado pelo juiz para função pública de perito do juízo.
 b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente.
Crime de corrupção passiva, disposto no art. 317 do CP e está consumado porque se trata de crime formal, no qual se consuma no momento em que o agente solicita a vantagem indevida, independentemente da realização do pagamento.
SEMANA 02 
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
O crime de resistência é se opor a ordem de funcionário público com violência ou grave ameaça. Desobediência é se opor sem violência ou grave ameaça e desacato significa ofender funcionário público no exercício da função ou em razão dela.
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Nesta hipótese temos o crime de resistência, art. 329 do CP.
SEMANA 03
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Lauro não é partícipe. Responderá pelo crime de favorecimento real, art.349 do CP, pois não presta auxílio na consumação do crime. Lauro somente prestou auxílio para ocultar o produto do crime. Quando Arnaldo fez contato para pedir ajuda o roubo já estava consumado.
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO?
De acordo com o entendimento majoritário, a resposta é não. O fato de Arnaldo ser inimputável não apaga o crime de Lauro, significando apenas que este menor responderá por ato infracional perante a Vara da Infância e Juventude.
SEMANA 04
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
Tentativa de roubo de tênis termina com morte de uma adolescente em SP O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 anos, chegou com vida ao hospital, mas não resistiu.
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura. Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas:
 a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Neste caso, o crime é de latrocínio consumado, pois de acordo com a jurisprudência do STF, no roubo, se a subtração é tentada e a morte consumada, o crime de latrocínio é consumado, Súmula 610 do STF.
 b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada.
O prazo para progressão de regime, se o réu é reincidente e como latrocínio é crime hediondo é de 3/5 da pena, conforme art. 2º, §2º da Lei de Crimes Hediondos.
SEMANA 05
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido à criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta.
Na hipótese temos crime de tortura, uma vez que foi usada violência intensa como forma de castigo pessoal a quem está sob sua guarda ou responsabilidade, crime previsto no art. 1º, II da Lei 9.455/97.
SEMANA 06
LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. Nocarro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput, da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. 
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Na presente hipótese não cabe aplicação do princípio da insignificância, uma vez que a quantidade de cocaína não é desprezível. Embora alguns entenderem pela possibilidade de aplicação desse princípio no crime de posse para uso, é necessário que a quantidade de droga apreendida seja desprezível. Em relação a segunda tese, a apelação merece acolhimento, pois em razão das circunstâncias da prisão do réu, nada comprova que a sua droga seria destinada a venda.
SEMANA 07
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser exp ulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. 
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade?
SEMANA 08
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas:
Membro de organização criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. Acusado foi preso com maconha, crack e uma escopeta calibre 12. Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha.
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em liberd ade. “A gravidade dos crimes imputados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará. Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas.
 b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque.
SEMANA 09
Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizá-las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de forma objetiva e fundamentada às questões: 
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO?
 b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas?
SEMANA 10
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local, NORBERTO, também de forma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY- 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou lesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a prática do fatodelituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais." 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada
SEMANA 11
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
Foi instaurado inquérito policial pela Delegacia de Polícia Fazendária SR/DPF/RJ, em face de FERNANDO ALBERTO CHIQUE, com o fim de investigar suposto delito de sonegação fiscal, relativo à declaração do IRPF, entre os anos 2002 a 2005. Sendo certo que ainda tramitava procedimento administrativo-fiscal quando da instauração do inquérito policial, FERNANDO ALBERTO CHIQUE impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento da ação penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a ordem econômica, indaga-se: 
a) Identifique, sob o aspecto jurídico-penal, as condutas de sonegação fiscal na Legislação Penal Especial? 
b) Qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de trancamento da ação penal?
SEMANA 12
CELSO, conhecido como Professor Celso, foi denunciado por ter estabelecido e explorado atividade irregular de Educação Infantil e Ensino Fundamental, bem como por ter promovido publicida de e celebrado contratos, omitindo de seus contratantes que a referida instituição não estava credenciada e autorizada perante a Secretaria de Estado de Educação do Estado para funcionar. Tal denúncia teve por objeto a notícia crime apresentada por NAYARA, mãe de alunos da referida escola, sob a alegação de que a escola contratada não estava apta a oferecer os serviços relativos à educação fundamental e no momento que optou por rescindir o referido contrato descobriu a inexistência da referida autorização, tendo sido necessário o ajuizamento de Ação de Reparação de Danos perante o Primeiro Juizado Especial Cível da Comarca da Capital. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra as relações de consumo, responda de forma objetiva e fundamentada: qual a correta capitulação da conduta de CELSO?
SEMANA 13
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas:
Operação investiga empresa suspeita de lavagem de dinheiro em Jundiaí Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta sexta-feira (25). Operação está relacionada com as atividades da empresa RDA.
A Polícia Civil de Jundiaí (SP), por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), cumpre 12 mandados busca e apreensão nesta sexta-feira (25), em uma megaoperação que visa levantar informações e documentos de um esquema de captação e lavagem de dinheiro. A operação está relacionada com as atividades da empresa RDA de Jundiaí, que é investigada por fazer a captação de recursos de várias pessoas e pagar uma taxa de juros muito superior ao que é determinada pelo mercado. Desde 2014 os clientes desta empresa tentam recuperar o dinheiro que investiram, sem sucesso. Durante a manhã, foram apreendidos diversos computadores, 10 laptops, muitos contratos, extratos bancários, documentos de veículos e até uma máquina para contar dinheiro. “O objetivo da operação é conseguir levantar ou pelo menos mensurar a quantidade de vítimas, o prejuízo que elas sofreram. Além disso, é feito também o levantamento de provas para saber o que era feito com esse dinheiro, se ficava no Brasil ou se era aplicado”, explica o delegado da DIG de Jundiaí, Carlos Eduardo Barbosa. Ainda segundo a polícia, a empresa fazia contratos de gaveta para a prestação do serviço financeiro e a estimativa é que pelo menos 10 mil pessoas tenham caído no golpe. “A gente sabe que existem várias empresas dos mesmos donos e já temos uma movimentação financeira apurada pelo setor em São Paulo onde foi descoberto que era tirado o dinheiro de algumas empresas e colocadas em outras, o que não é permitido. Estamos apurando para saber se tem mais locais que temos que levantar.” Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os policiais estranharam que os suspeitos, mesmo não tendo uma fonte de renda, ostentavam moradias e carros de alto padrão. “Das 12 residências que visitamos, algumas eram de alto padrão, condomínios de luxo. Alguns veículos caros e é isso que estranhamos, já que as pessoas que constam como suspeitas não teriam condições de manter um padrão tão elevado", acrescenta o delegado da DIG. A Polícia Civil já ouviu os envolvidos, inclusive o dono da empresa, e encaminhou os inquéritos à Polícia Federal. Se condenados, os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Nenhum representante da empresa foi encontrado para comentar a operação da DIG.
 A partir da situação narrada, identifique de forma objetiva e fundamentada a tipificação do Delito de Lavagem de Capitais, sua finalidade, fases e técnicas.
SEMANA 14
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: JOSIVALDO, no dia 30 de janeiro de 2014, por volta de 12h30, com livre vontade e consciência, submeteu a filha adolescente E. A, de 14 anos à época dos fatos, com emprego de violência, a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo pessoal, prevalecendo -se de relações domésticas e familiares. Em tese defensiva alegou não ter causado intenso sofrimento físico e mental, mas apenas ter batido na vítima com cinto sob o argumento de que a filha só queria ficar na rua, à noite e com más companhias, bem como relatou que a filha lhe disse que estava fumando NARGUILÉ, razão pela qual teria perdido o controle e batido nela, tendo a filha revidado o arranhando no rosto e braços. Dos fatos, JOSIVALDO restou denunciado pela conduta de tortura artigo 1º, inciso II c/c §4º, inciso II, da Lei 9.455/97, tendo a defesa suscitado a desclassificação para o delito de lesões corporais. Ante o exposto, com base nos estudos realizados, indaga-se: 
a) Caso a tese defensiva seja aceita, qual a correta tipificação da conduta de JOSIVALDO? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) Diferencie Violência Discriminatória de Gênero e Violência Doméstica.
SEMANA 15
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. Condenado por um dos maiores crimes ambientais no PA é preso em SP (disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1732645-condenado-por-um-dos-maiorescrimes-ambientais-no-pa-e-preso-em-sp.shtml; atualizado em 22/01/2016) O dono da empresa CBB (Companhia Brasileira de Bauxita), condenado por uma das maiores contaminações ambientais do Pará, foi preso em São Paulo na última quarta-feira (20), informou o Ministério Público do Estado. Pedro Antônio Pereira da Silva estava foragido desde novembro de 2014, quando foi decretada sua prisão preventiva. Responsável pela disposição inadequada de mais de 30 mil toneladas de resíduos tóxicos em Ulianópolis (a 390 km de Belém), Silva foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão e multa por crime ambiental e estelionato. Ele foi localizado por uma equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de São Paulo no último dia 16, em um condomínio em Vinhedo, no interior paulista, e preso pela Polícia Militar. A Uspam (Usina de Passivos Ambientais), divisão da CBB, recebeu os rejeitos industriais de várias multinacionais entre 1999 e 2002 –entre elas, Pepsi, Vale, Petrobras, Shell, Brastemp, Philips e Yamaha. A Uspam deveria tratar e dar um destino final adequado aos resíduos tóxicos, que continham cloro, chumbo e pesticidas. Em dezembro, o MPE ajuizou denúncias contra 17 empresas que encaminharam seus rejeitos para a CBB, por entender que houve coautoria do crime ambiental praticado por Pedro Silva. Em nota, o Ministério Público do Pará afirma que o crime ambiental foi "um dos mais danosos já praticados contra a natureza do Estado do Pará, com repercussões gravíssimas para a flora, a fauna, os recursos hídricos e a saúde da populaçãodo Município de Ulianópolis". O órgão acrescenta que as substâncias, "em sua maioria de alta periculosidade", apresentam "elevado risco à saúde e à vida" daqueles que as manusearem ou ingerirem. Em 2003, a Justiça do Pará encerrou as atividades da Uspam, após perícias do governo do Estado apontarem contaminação do solo, com riscos à saúde humana e ao ambiente. O vazamento das substâncias era provocado por tambores danificados e chegava a atingir um rio nas proximidades da região. "Na tramitação do processo criminal, ficaram evidenciados o desrespeito e o desinteresse de Pedro Antônio Pereira da Silva pela sociedade e pela justiça paraense, dentre outros fatos, pela sua inércia processual" e "pela utilização de várias artimanhas para atrasar a marcha do processo", ressaltaram os promotores de Justiça que atuaram no caso. Após a publicação da sentença, segundo a Promotoria, o réu "continuou se escondendo para evitar a aplicação da lei penal, utilizando diversos subterfúgios, como não declarar imposto de renda, o que ensejou a suspensão do seu CPF". 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados, responda de forma objetiva e fundamentada:
 a) Qual a objetividade jurídica dos delitos ambientais? 
b) Qual a correta capitulação da conduta do dono da empresa CBB face aos ditames da Lei n.9065/1998?
c) A empresa CBB poderá ser responsabilizada criminalmente pelo delito ambiental?

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