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Resumo Direito Constitucional II av1

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Direito Constitucional II
Organização dos Estados:
Forma Federativa de Estado: Estado composto por coordenação, caracterizado por um organização politico-administrativa descentralizada e a ser realizada pelos chamados entes federativos autônomos. Cabe ressaltar que é a forma mais adequada de para o funcionamento de um Estado Democrático de Direito, em razão da aproximação entre os representantes e o soberano (povo).
O federalismo se deu início no Brasil no ano de 1891, momento em que se iniciou a República Brasileira. Os EUA foi uma grade referência, contudo a forma adotada por eles é de Federalismo Centrífugo, ou por desagregação, diferente da forma adotado no Brasil. 
Artigo 18, caput: “A organização politico-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. 
Autonomia política: significa que os entes federativos devem ter capacidade de exercer o governo (estrutura de poder executivo), legislar (poder legislativo) e administração pública (competência tributária e auto-organização).
Autogoverno: União (Presidente da República); Estados (Governadores); Municípios (Prefeitos); e Distrito Federal (Governadores do DF).
Auto legislação: União (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal); Estados (Assembleia Legislativa); Municípios (Câmara dos Vereadores); e Distrito Federal (Câmara Legislativa).
Administração Pública: União (AGU); Estados (PGE); Municípios (PGM); e DF (PGDF).
Autonomia Financeira: União (imposto de renda); Estados (IPVA); Municípios (IPTU); e DF (IPTU + IPVA).
Auto-organização: União (CF/88); Estados (Constituições Estaduais); Municípios (Leis Orgânicas Municipais); e DF (Leis Orgânicas do DF).
Artigo 18, §3º, CF/88: “Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para de anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plesbicito, e do Congresso Nacional”. 
Criação de um novo Estado: Primeiramente, haverá uma consulta plesbicitaria à população diretamente interessada, e posteriormente, havendo a aprovação, será encaminhado para o Congresso Nacional para ser elaborada uma lei Complementar que regulamente o novo ente federativo. Caso haja rejeição, o projeto será arquivado. 
Obs: O SFT entende e determina que o Congresso Nacional não está vinculado com o resultado do plesbicito e deve examinar a viabilidade para o desempenho das capacidades antes que regulamente um novo Estado. 
Artigo 18, §4º, CF/88: “A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e despenderão de consulta prévia, mediante plesbicito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei”.
Criação de um novo Município: Primeiramente, haverá um Estudo de Viabilidade Municipal; posteriormente a consulta plesbicitaria à população diretamente interessada; e dependendo do resultado é encaminhado ao Congresso Nacional para criação de uma Lei Federal estabelecendo um prazo para que a Assembleia Legislativa do Estado regulamente; feita a regulamentação, criar-se-á a Lei Orgânica do novo Município.
Repartição de Competências: O poder constituinte optou pelo Princípio da Predominância dos interesses e pela técnica de enumeração de poderes para distribuir as competências entre os entes federativos.
União: ente federativo que responde pelas matérias de interesse nacional, mesmo porque abrange todo o território federal.
Competência Exclusiva: trata de matéria administrativa executáveis através do poder executivo federal, que é absolutamente indelegável LER ARTIGO 21CF.
Competência Privativa: art. 22, CF/88, admite delegação para os Estados legislarem sobre as matérias específicas relacionadas a este artigo LER ARTIGO 22 CF.
Estados: Competência Residual ou Remanescente (art. 25, §1º CF), reservas as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição. Única competência que a Constituição prevê para os Estados é a regulamentação dos serviços de gás encanado (art. 25, §2º) LER ARTIGO 25.
Municípios: previsto no artigo 30 da CF/88 as competências exercidas pelos Municípios LER ART. 30 CF.
Distrito Federal: Por sua natureza híbrida o DF acumula as atribuições dos estados e dos municípios encontra a sua organização no at. 32 da CF LER ARTIGO 32 CF.
Competência COMUM: prevista no artigo 23 CF as atribuições de caráter administrativo executáveis harmonicamente (de forma cumulativa) por todos os entes federativos LER ART. 23 CF.
Competência CONCORRENTE: prevista no art. 24 da CF, são matérias de natureza legislativa. Exclui dos Municípios e deve ser trabalho de forma não cumulativa, isto é, cabe a União estabelecer normas gerais e os Estados legislar de forma a adequar as normas gerais às suas necessidades LER ART. 24 CF. 
ATENÇÃO Art. 24, §4º “A superveniência de lei federal sobre as normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário”.
OBS: O STF no julgamento da constitucionalidade do Estatuto da Cidade do Rio de janeiro, em matéria de direito urbanístico, decidiu que em casos específicos a competência concorrente abrangerá os municípios (não cumulativamente).
Intervenção: medida excepcional que acarreta a suspensão da autonomia política do ente federativo, razão pela qual só poderá ocorrer nas hipóteses taxativamente previstas na Constituição.
1º - O DF e os Municípios não possuem capacidade interventiva.
2º- A União pode sofrer decretação de intervenção autorizada pela ONU, no caso de descumprimento das normas do Jus cogens Internacional.
3º- art. 35, caput, CF, in fine – quem possui competência para intervir em Municípios localizados no território federal é a União.
Espécies de Intervenção:
Espontânea: ocorre nas hipóteses em que o responsável pela decretação está autorizado a agir de ofício. Cabe ressaltar que a competência para decretar intervenção é exclusiva do chefe do executivo. Hipóteses:
Artigo 34, I: “manter a integridade nacional”;
Artigo 34, II: “repelir invasão estrangeria ou de uma unidade da federação em outra”;
Art. 34, III: “pôr tempo a grave comprometimento da ordem pública”;
Art. 34, V: “reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
Suspender o paramento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
Deixar de entregar aos Municípios receita tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei”.
Art. 35, I: “deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos a dívida fundada;
Art. 35, II: “não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
Art. 35, III: “não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino nas ações e serviços públicos de saúde”.
Provocada:
2.1- Por Solicitação: Art. 34, IV: “ o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial”. 
O chefe do Poder coapto (Governador do Estado ou DF – Poder Executivo e Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa – Poder Legislativo) notifica diretamente o Presidente da República pedindo a intervenção.
2.2- Por Requisição: 
Via Parecer: Art. 34, IV, in fine – ordem ou decisão judicial – com relação ao Poder Judiciário. O Presidente do Tribunal de Justiça ou do DF encaminhará o ao Presidente do STF um pedido de opinamento, via parecer que posteriormente será remetido ao Presidente da República; 
ATENÇÃO O ato de decretar a intervenção com relação a todas as hipóteses acima é discricionário, isto é, não é vinculado a qualquer provocação.
 2.3- Por Requisição Via Judicial: art. 34, VI, 1ª parte, VII. Hipóteses em que a decretação da intervenção dependeráde ajuizamento de uma representação interventiva pelo chefe do Ministério Público perante o STF. Julgada procedente o Chefe do Executivo será comunicado para cumprir a decisão sob risco de praticar crime de responsabilidade.
ATENÇÃO Art. 34, VII trata-se dos chamados Princípios Constitucionais Sensíveis.
Decreto Interventivo: Estabelecer área abrangida; tempo de duração; e fato determinado (que motivou). Faltando 1 desses requisitos é considerado inconstitucional.
Nomear um interventor, se couber.
Será submetido à apreciação do Congresso nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de 24hs.
Expedido o decreto interventivo, este será remetido ao respectivo poder legislativo para que seja feita a fiscalização de sua constitucionalidade.
Estado de defesa: art. 136 CF. Calamidade pública de grandes proporções, visando preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional. O estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem.
Estado de Sítio: art. 137 CF. Nos casos de comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa, ou declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

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