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Aula 6 Mãos à Obra

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Aula 6 - Mãos à Obra
O trabalho: um ato de transformação.
O termo trabalho se refere a uma atividade própria do homem. Também outros seres atuam dirigindo suas energias coordenadamente e com uma finalidade determinada.
Entretanto, o trabalho propriamente dito, entendido como um processo entre a natureza e o homem, é exclusivamente humano. Nesse processo, o homem se enfrenta como um poder natural, em palavras de Karl Marx, com a matéria da natureza.
A diferença entre a aranha que tece a sua teia e o homem é que este realiza o seu fim na matéria. Ao final do processo do trabalho humano, surge um resultado que antes do início do processo já existia na mente do homem.
Trabalho, em sentido amplo, é toda a atividade humana que transforma a natureza a partir de certa matéria dada. A palavra deriva do latim tripaliare, que significa torturar passando a ideia de sofrer ou esforçar-se e, finalmente, de trabalhar ou agir. O trabalho, em sentido econômico, é toda a atividade desenvolvida pelo homem sobre uma matéria-prima, geralmente com a ajuda de instrumentos ou máquinas, com a finalidade de produzir bens e serviços.
Hoje vivemos o momento em que o trabalho está diretamente ligado à alta tecnologia, que facilita, aperfeiçoa, acelera e multiplica os diferentes modos de fazer-produzir
Analisando o trabalho historicamente, desde os tempos pré-históricos das armas de pedra lascada ou polida às usinas da era atômica, poderemos caracterizar a forma de vida da humanidade, seu nível tecnológico, recursos disponíveis e necessidades.
O conhecimento da organização do trabalho de uma sociedade é que abre caminho ao reconhecimento dos diferentes processos da vida social, da divisão da sociedade em grupos distintos, das formas de organização política dos grupos e dos diferentes níveis tecnológicos.
No processo de trabalho, são desenvolvidas relações sociais de produção, que se dão entre os proprietários dos meios de produção (o patrão, a firma, a multinacional, o conglomerado etc.) e os trabalhadores.
Para compreender como essas relações acontecem hoje, precisamos diferenciar três processos de produção ao longo da história: o artesanato, a manufatura e a fábrica. Eles são  diferentes em vários sentidos: no processo de trabalho em si, na relação do trabalhador com o produto que ele elabora e ainda na divisão dos elementos envolvidos no processo de trabalho na produção. É o que chamamos de cooperação.
No trabalho artesanal, todos os trabalhadores envolvidos,  mestres e aprendizes, realizam as mesmas tarefas durante o processo de trabalho. É o que chamamos de cooperação simples. Hoje em dia podemos observar essas características no trabalho de alguns artesãos, em suas oficinas de barro, couro, cerâmica.
Na produção da manufatureira, há dois tipos de trabalhadores: aqueles que lidam diretamente com os instrumentos de trabalho- os trabalhadores diretos, como os tecelões- e aqueles que lidam indiretamente com os instrumentos, realizando uma atividade de coordenação das diversas etapas - trabalhadores indiretos, como supervisores. Nesse tipo de trabalho, já há uma divisão técnica: há um proprietário do estabelecimento e os trabalhadores. Hoje em dia podemos observar essas características no trabalho de manufatura de bolsas e calçados.
Nas indústrias modernas, há um fato novo: a máquina, pela qual se amplia a divisão técnica do trabalho e a progressiva especialização dos elementos envolvidos na produção. Quanto à divisão social do trabalho, encontraremos de um modo mais ampliado (há vários tipos de empregados- operários, técnicos, engenheiros etc.) a mesma da produção manufatureira.
Questão para reflexão: 
Por que quanto mais complexa a sociedade, maior é a divisão do trabalho e maior a especialização?
O trabalho e as necessidades básicas  de homens e mulheres
Homens e mulheres são seres necessitados. Eles precisam de:
alimentação
saúde
educação
moradia
lazer
vestuário
As necessidades básicas são vividas pelas crianças em seu cotidiano e a escola deverá analisá-las através de todos os componentes curriculares, sendo que as ciências Geografia e História, por trabalhar com os grupos sociais, suas relações e formas de vida, encontram nesse assunto um importante objeto de análise.
No trabalho com o tema nos primeiros anos do Ensino Fundamental, o professor deverá começar pela primeira necessidade básica: a alimentação.
Para analisá-la, seria recomendável que ele lançasse para a turma questões como: Quais os alimentos que vocês mais gostam? De onde vêm esses alimentos?
Qual é o nome do produto?
De onde ele veio? 
Como ele chegou até sua casa?
Nesse trabalho, é interessante que a turma traga rótulos e embalagens de produtos consumidos pelas famílias. A exploração deverá ser feita por meio de perguntas como: Qual é o nome do produto? De onde ele veio? Como ele chegou até sua casa? O objetivo dessa atividade é comparar dois tipos de produtos: o natural e o industrializado, ambos de origem semelhantes: o campo. Exemplos como a batata, o pão, o biscoito e o leite seriam característicos para fazê-los perceber que os processos se diferenciam. Enquanto a batata é transportada para a área da venda, o milho, o trigo e o leite vão para a indústria, sendo transformados em biscoitos ou pães.
O professor deverá discutir com os alunos essas etapas e quem são os profissionais que as executam, para que eles percebam que até o alimento chegar às suas mesas, um longo caminho foi percorrido.
Podemos ainda analisar os alimentos através dos tempos. As questões propostas devem levar os alunos a descobrirem que, antigamente, a alimentação era diferente da dos dias atuais; os alimentos não eram empacotados, mas vendidos a granel em armazéns ou vendas. Alguns alimentos, hoje tão consumidos, como margarina, pizza, cachorro-quente, não existiam no passado, como a maior parte dos alimentos industrializados.
É claro que a questão da alimentação não se esgota aí, pois no Brasil há milhões de pessoas que passam fome, a questão social também deve ser discutida com os alunos. Por que há tanta fome? Por que as pessoas não têm condições de adquirir os alimentos para a sua sobrevivência? Este é um assunto que faz parte do dia a dia do aluno, seja pelos meios de comunicação e, por que não dizer, pela sua própria condição de vida.
Moradia
Outra necessidade básica do ser humano é a moradia. Essa necessidade, da mesma forma que a alimentação, é uma das questões sociais mais graves em nosso país.
O professor deverá discutir com seus alunos as relações entre diferentes formas de morar, condições econômicas e razões pelas quais isso acontece. A análise da casa onde o aluno vive é de fundamental importância para o conhecimento do espaço. A criança, ao descrever sua casa, está explorando-a: o número de cômodos; se tem água encanada, luz, esgoto, de que tipo de material é feita; quantas pessoas moram nela; se é grande ou pequena. Ao compará-la com outros tipos de habitação, irá perceber que existe relação entre o tipo de moradia e a qualidade de vida de seus habitantes.
Outros objetos fazem parte das necessidades básicas do homem. A análise é iniciada com os objetos que os alunos utilizam na escola. O levantamento da matéria-prima, que é empregada nesses objetos, levará à percepção da relação que o Homem tem com a natureza, transformando-a através do trabalho.
Atualmente, pela pressão da sociedade de consumo, as necessidades básicas se ampliaram. Celulares, computadores, automóveis, televisores de plasma etc. parecem, hoje, indispensáveis à vida. Muitas vezes as pessoas delegam para segundo plano, tratamentos dentários, reparos urgentes na casa para adquirir esses bens.
Um dos fatores que provoca o consumo exagerado é a propaganda, que nos dias atuais apresenta-se muito intensa. O professor deve discutir com os alunos essa questão indicando os malefícios dessa prática.
Questão para reflexão: 
Quais as semelhanças e diferenças das necessidades básicas em povos de culturas diferentes?
O ensino das profissões na 1ª fase do FundamentalNo desenvolvimento do conceito de trabalho com os alunos da 1ª fase do Fundamental, é interessante que eles compreendam o processo produtivo desde a origem até o consumo. 
Três conceitos fundamentais deverão ser trabalhados: produção, comércio e prestação de serviços.
Por produção, entende-se o ato de criar um produto. Nela se incluem profissões ligadas às atividades primárias (agricultura, pecuária ou extrativismo), artesanato e indústria.
O comércio é o ato de compra e venda.
A prestação de serviços significa a ação de se conseguir de pessoas e estabelecimentos como: firmas, bancos, escolas, hospitais etc., tarefas ou atividades feitas através de profissionais como mecânicos, médicos, professores, advogados.
A classificação das profissões, segundo os três critérios vistos, facilitará a caracterização a partir do 4º ano das atividades econômicas do Município e do Estado em que ela vive.
A criança já possui um conhecimento sobre o significado do trabalho e seus problemas, pelas suas experiências de vida. O convívio com o emprego ou desemprego na família e com as suas próprias atividades produtivas já a coloca bem à vontade com o tema. Por isso, essa construção conceitual deve ter início a partir das profissões conhecidas por elas: profissões dos pais, pessoas da escola, vizinhos, etc.
A discussão do assunto deve levar em conta o que essas pessoas fazem, que instrumentos e máquinas utilizam para realizar as suas tarefas, que matérias-primas necessitam, quais as etapas do trabalho, quais os resultados obtidos e do que gostam e não gostam nessas atividades. Com isso, a construção dos conceitos de setores das atividades ficará mais fácil.
Pode-se também trazer para o estudo alguns exemplos de profissões desconhecidas das crianças, profissões que estão se extinguindo pelas novas tecnologias, ampliando o leque de análise do funcionamento da sociedade.
A classificação das profissões, segundo os três critérios vistos, facilitará a caracterização a partir do 4º ano das atividades econômicas do Município e do Estado em que ela vive.
A criança já possui um conhecimento sobre o significado do trabalho e seus problemas, pelas suas experiências de vida. O convívio com o emprego ou desemprego na família e com as suas próprias atividades produtivas já a coloca bem à vontade com o tema. Por isso, essa construção conceitual deve ter início a partir das profissões conhecidas por elas: profissões dos pais, pessoas da escola, vizinhos, etc.
A discussão do assunto deve levar em conta o que essas pessoas fazem, que instrumentos e máquinas utilizam para realizar as suas tarefas, que matérias-primas necessitam, quais as etapas do trabalho, quais os resultados obtidos e do que gostam e não gostam nessas atividades. Com isso, a construção dos conceitos de setores das atividades ficará mais fácil.
Pode-se também trazer para o estudo alguns exemplos de profissões desconhecidas das crianças, profissões que estão se extinguindo pelas novas tecnologias, ampliando o leque de análise do funcionamento da sociedade.
Outra questão importante dentro desse tema é a forma como se dá  a relação trabalho/natureza. Para tal, a análise dos rótulos dos produtos que os alunos consomem levará à identificação da matéria-prima, das modificações sofridas no processo de produção e da importância desses produtos para a sociedade.
O conceito de Tempo estará incluído nessa análise quando, ao se levantarem as profissões e os produtos do passado, caracterizarmos o tipo de sociedade que fazia uso deles, identificando as semelhanças e diferenças  em relação à sociedade atual. Também o conceito de espaço será desenvolvido a partir da análise da organização dos locais de produção e venda. Questões como: “Por que o caixa da padaria encontra-se na entrada da loja?” Com isso, estamos fazendo a leitura da organização espacial, relacionando-o à divisão técnica e social do trabalho.
Como recurso, o professor poderá utilizar os livros de literatura infantil, principalmente os que contam histórias sobre o trabalho em diferentes sociedades; poderá também lançar mão de notícias sobre o preço dos produtos e o salário recebido pelos profissionais questionando a existência do lucro excessivo recebido pelo produtor, entrevistas com profissionais e visitas às fábricas, escritórios ou áreas agrícolas. 
Por fim, é preciso atentar que essa nova modalidade de desenvolver o assunto profissões, que tradicionalmente era feita a partir de um jogo de palavras “Quem faz o pão é o padeiro...” ou “ Quem faz o sapato é o sapateiro”... tem o objetivo  de levar a criança a entender o funcionamento da sociedade em que vive.
Questão para reflexão: 
Os conceitos de Tempo e Espaço devem estar presentes no estudo das profissões. Como isso pode ser feito?

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