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FISIOLOGIA ENDÓCRINA 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DOS HORMÔNIOS 
DEFINIÇÃO. Em uma definição clássica, hormônios são produtos secretórios de glândulas 
endócrinas, liberados na corrente sanguínea e transportados a células ou órgãos-alvo 
específicos, onde eles provocam respostas fisiológicas, morfológicas e bioquímicas. Na 
realidade, a necessidade de que os hormônios sejam secretados na corrente sanguínea é 
muito restritiva; pois existem hormônios que agem localmente. Há, ainda, substâncias de ação 
endócrina que não são secretadas por glândulas. 
MÉTODOS DE SINALIZAÇÃO CELULAR PROVOCADA POR HORMÔNIOS 
1. AÇÃO AUTÓCRINA. Hormônios regulam a atividade das mesmas células que os 
produzem. 
2. AÇÃO PARÁCRINA. Hormônios atingem células-alvo através de difusão intersticial. 
 
3. AÇÃO ENDÓCRINA. Hormônios atingem as células-alvo através da corrente sanguínea. 
 
4. AÇÃO NEURÓCRINA. Envolve a liberação de mensageiros químicos através de 
terminações nervosas. As substâncias de natureza neurócrina podem atingir seus alvos 
de três maneiras: 
a. O neurotransmissor é liberado diretamente para o espaço intercelular, na fenda 
sináptica, e agirá inibindo ou estimulando a célula pós-sináptica. 
 
b. Um sinalizador neural é transferido através de uma junção do tipo gap ou junção 
comunicante (nexo), que é uma especialização de membrana encontrada entre 
neurônios, entre neurônios e células endócrinas e entre células endócrinas. As 
junções comunicantes permitem o movimento de pequenas moléculas e sinais 
elétricos, criando um sincício funcional. 
 
c. O neuro-hormônio é liberado por um neurônio neurossecretório para o sangue e 
atinge uma célula-alvo distante. Como exemplos, podemos citar a ocitocina e o 
ADH. 
 
TECIDOS SECRETORES DE HORMÔNIOS 
 Embora, virtualmente, todos os órgãos possam exibir atividade endócrina, os órgãos 
endócrinos mais estudados são: 
a. Hipófise 
b. Hipotálamo 
c. Tireóide 
d. Adrenais 
e. Paratireóides 
f. Gônadas (testículos e ovários) 
g. Ilhotas pancreáticas (de Langerhans) 
 
Outros órgãos que também podem apresentar atividade endócrina estão listados 
abaixo: 
a. Coração: produz o peptídeo atrial natriurético. 
b. Rins: produzem o calcitriol (vitamina D). 
c. Fígado: produz o calcidiol (vitamina D) e a somatomedina (fator de crescimento 
insulina-símile). 
d. Glândula pineal: produz melatonina. 
e. Pele: produz calciferol (vitamina D). 
f. Trato gastrintestinal: produz gastrina, colecistocinina, secretina, dentre outros 
hormônios. 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
 As três maiores classes de hormônios são: esteróides, proteínas (e peptídeos) e os 
derivados de aminoácidos. Ainda não foram descobertos hormônios polissacarídicos ou ácidos 
nucleicos de ação hormonal. 
RECEPTORES HORMONAIS 
 Representam um grupo único de moléculas presentes na superfície da célula ou dentro 
dela capazes de interagir com os hormônios e originar uma resposta celular. A especificidade 
de um hormônio depende de sua interação espacial com um receptor através de uma ligação 
não covalente. 
 Os receptores podem se localizar na membrana da célula (receptores de membrana), 
no citossol (receptores citossólicos) ou no núcleo (receptores nucleares ou gênicos). 
 Existem 4 classes de receptores de membrana: 
a. Receptores acoplados à proteína G. Estes receptores se acoplam a uma enzima através 
da proteína G. Estas enzimas geram a formação de segundos mensageiros (mecanismo 
do segundo mensageiro) como o AMP cíclico, o GMP cíclico, o trifosfato de inositol e 
os íons Ca2+. Estes segundos mensageiros ativam enzimas intracelulares (quinases). 
São exemplos de hormônios que utilizam este tipo de receptor: os hormônios 
hipofisários e outros hormônios peptídicos, a adrenalina e a noradrenalina. 
b. Receptores ligados a canais iônicos, como aqueles utilizados pela acetilcolina e outros 
neurotransmissores. 
c. Quinases. Os próprios receptores apresentam atividade efetora, como os receptores 
de insulina e da somatomedina. 
d. Receptores ligados a quinases. Os receptores não apresentam atividade efetora 
intrínseca, mas estão associados a enzimas efetoras (quinases). São utilizados, por 
exemplo, pelo hormônio do crescimento e pela prolactina. 
 
Os receptores citossólicos se ligam aos seus hormônios específicos e migram para o 
núcleo onde interagem na forma de um complexo (receptor-hormônio) com genes. Os 
esteróides podem utilizar estes tipos de receptores. 
Os receptores nucleares, utilizados por esteróides e hormônios tireoideanos, estão 
vinculados a genes e, assim como os citossólicos, controlam processos de transcrição. 
 
HIPÓFISE 
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO 
EMBRIOLOGIA 
 A hipófise mantém relação anatômica próxima com o hipotálamo. Esta relação tem 
significância embriológica e fisiológica. 
 O lobo anterior da hipófise ou adeno-hipófise é derivado de uma bolsa originada a 
partir do epitélio da cavidade oro-nasal primitiva (estomodeu). Tem, portanto, origem 
ectodérmica. A regulação do funcionamento da adeno-hipófise é realizada por hormônios 
hipotalâmicos liberados no sistema porta hipotálamo-hipofisário. Estes hormônios são 
liberados no interior dos vasos hipotalâmicos e são conduzidos pela corrente sanguínea até a 
hipófise, onde estimulam a produção dos hormônios hipofisários. 
 
 
 O lobo posterior da hipófise ou neuro-hipófise se desenvolve a partir de uma 
evaginação do tubo neural na base do hipotálamo e, portanto, representa uma extensão do 
encéfalo. A regulação da neuro-hipófise é conseguida através de conexões neurais. Os 
hormônios produzidos pelos corpos celulares de neurônios hipotalâmicos são levados por via 
axonal até a neuro-hipófise, onde ganham a corrente sanguínea em direção aos órgãos-alvo. 
Sua origem embriológica é, também, ectodérmica (neuroectodérmica). 
 
HORMÔNIOS DO LOBO POSTERIOR DA HIPÓFISE: ADH E OCITOCINA 
 
 Os aspectos fisiológicos do ADH já foram discutidos quando estudamos a fisiologia 
renal. 
 A ocitocina é sintetizada dentro dos corpos celulares de neurônios hipotalâmicos e, 
assim, como o ADH, é armazenada no lobo posterior da hipófise. 
 A estimulação de receptores táteis na região areolar da mama feminina ativa vias 
neurais somestésicas que transmitem sinais para o hipotálamo. Isto leva à secreção reflexa de 
ocitocina e à liberação do leite armazenado na mama. Este é o chamado reflexo da ejeção 
láctea. 
 A ocitocina ocasiona a ejeção do leite por promover a contração das células 
mioepiteliais que circundam os ácinos mamários. O reflexo de secreção da ocitocina, com o 
passar do tempo, pode ser condicionado de tal forma que não seja mais necessário a 
estimulação areolar. Mulheres que amamentam podem secretar ocitocina em resposta à visão 
do bebê ou à percepção de sons emitidos por ele. 
 
 A estimulação da região genital tal como ocorre no intercurso sexual ou durante o 
trabalho de parto também é capaz de estimular a liberação de ocitocina. 
 Embora os homens também produzam ocitocina em resposta à estimulação genital, o 
papel desse hormônio no sexo masculino é ainda desconhecido. 
 A secreção de ocitocina pode ser inibida pelo estresse emocional; por fatores psíquicos 
como o medo; pela ativação do sistema nervoso simpático e a liberação de adrenalina e 
noradrenalina; e pela ingestão de álcool etílico. 
 Seus efeitos fisiológicos podem ser resumidos em estimular a contração das células 
mioepiteliais da mama, provocando a ejeção do leite; e estimular a contração da musculatura 
lisa uterina, desempenhando papel importante durante o trabalho de parto. 
HORMÔNIOS DO LOBO ANTERIOR DA HIPÓFISE 
1. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO. Também conhecidocomo GH (growth hormone), STH 
(somatotropic hormone), hormônio somatotrópico e somatotropina. 
O GH é secretado, episodicamente, em intervalos de 2 horas. Suas grandes flutuações 
diurnas dependem de uma série de fatores regulatórios. Um pico regular noturno ocorre cerca 
de 1 a 2 horas após o início do sono profundo. Ao contrário do que se pode pensar, a 
concentração plasmática de GH em crianças em crescimento não é significantemente mais 
elevada que em adultos. 
O SRH (somatotropin-releasing hormone) ou GHRH (growth hormone-releasing 
hormone) ou hormônio liberador do hormônio do crescimento produzido pelo hipotálamo é o 
fator hormonal que estimula a produção e liberação de GH pela hipófise. No entanto, vários 
outros fatores são capazes de estimular este processo. 
A somatostatina é o principal fator hormonal inibidor da produção de GH. 
Regulação da secreção de GH 
 
Estimulação Inibição 
GHRH 
Hipoglicemia 
Diminuição dos níveis de ácidos graxos livres 
Elevação dos níveis de aminoácidos 
Jejum 
Sono profundo 
Estresse 
Exercícios físicos 
Glucagon 
Estrógenos e andrógenos 
Somatostatina 
Hiperglicemia 
Elevação dos ácidos graxos 
Somatomedinas 
GH 
Cortisol 
Gravidez 
Obesidade 
Envelhecimento 
 
 
 São efeitos metabólicos do GH: 
 
a. Estimulação do crescimento dos ossos, cartilagens e tecidos conectivos 
Os efeitos sobre o esqueleto são mediados por peptídeos denominados 
somatomedinas (também chamados fatores de crescimento insulina-símile ou IGF – insulin-like 
growth factors), produzidos principalmente pelo fígado. Os principais efeitos de crescimento 
do GH podem ser atribuídos às somatomedinas. 
As somatomedinas possuem efeitos semelhantes aos da insulina nos tecidos. 
Provocam lipogênese e aumento da oxidação da glicose no tecido adiposo e aumento da 
captação de glicose e aminoácidos pelos músculos. 
O GH, através das somatomedinas, provoca proliferação de condrócitos e 
aparecimento de osteoblastos. Após a fusão epifisária, o aumento longitudinal dos ossos não 
pode mais ser estimulado pelo GH, mas o espessamento pode continuar ocorrendo através de 
crescimento periosteal. Este crescimento em espessura é o responsável pelas alterações 
ósseas e conectivas que ocorrem na acromegalia. 
b. Metabolismo protéico. 
O GH tem efeitos predominantemente anabólicos sobre a musculatura cardíaca e 
esquelética. Ele estimula a síntese de DNA, RNA e proteínas. Promove o transporte de 
aminoácidos para dentro da célula e sua incorporação às proteínas. 
Ele não aumenta a massa ou a força muscular em adultos jovens que produzem níveis 
normais de GH, embora seja muito comum seu uso em atletas. 
c. Metabolismo lipídico. 
O GH tem um efeito predominantemente catabólico sobre o tecido adiposo. Estimula a 
mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando os níveis sanguíneos de ácidos 
graxos livres. Aumenta a oxidação de ácidos graxos no fígado, formando corpos cetônicos, 
acetoacetato e beta-hidroxibutirato. Com isso, os músculos podem utilizar todos os produtos 
da lipólise (ácidos graxos, glicerol, acetoacetato e beta-hidroxibutirato) para converter em 
acetil-CoA. 
d. Metabolismo dos carboidratos. 
O GH promove hiperglicemia, em virtude de seus efeitos anti-insulínicos. 
Como induz a lipólise e aumenta os níveis de ácidos graxos livres no plasma, termina 
por provocar inibição da captação da glicose pelo músculo esquelético e pelo tecido adiposo, 
já que os ácidos graxos antagonizam os efeitos da insulina. Estimula, ainda, a gliconeogênese, 
que seria a utilização de aminoácidos das proteínas musculares, o lactato-piruvato do 
glicogênio muscular e o glicerol do tecido adiposo como substratos para a síntese de glicose. 
O GH inibe a glicólise, inibe a captação de glicose pelas células e a quebra do 
glicogênio. Esta manutenção do glicogênio muscular recebe o nome de efeito glicostático do 
GH, isto é, o GH poupa carboidratos. 
Por seu efeito hiperglicemiante, aumenta os níveis basais de insulina (efeito 
insulinotrópico). 
e. Metabolismo mineral. 
O GH promove reabsorção renal de Ca2+, fosfato e Na+. 
I. Desordens associadas com níveis elevados de GH. 
a. Gigantismo: decorrente de superprodução de GH durante a adolescência, é 
caracterizado pelo crescimento excessivo dos ossos longos. 
 
b. Acromegalia: decorrente da secreção excessiva de GH durante a idade adulta, após o 
fechamento dos discos epifisários dos ossos longos. Nestes casos, continua ocorrendo 
crescimento ósseo a partir do periósteo (crescimento em espessura) e nas regiões 
onde persistem cartilagens. Isso ocasiona estranhas feições faciais, prognatismo 
mandibular, sobrancelhas proeminentes, mãos e pés crescidos e hipertrofia de 
vísceras (hepatomegalia, cardiomegalia e renomegalia) 
 
 
II. Desordens associadas com níveis diminuídos de GH 
a. Nanismo hipofisário: decorrente da secreção diminuída de GH em pessoas ainda 
imaturas, e, normalmente, acompanhado de imaturidade sexual, hipotireoidismo e 
insuficiência adrenal. 
 
b. A deficiência seletiva de GH em adultos é rara. As manifestações clínicas podem incluir 
diminuição do crescimento capilar e tendência a apresentar hipoglicemia no jejum. 
 
2. PROLACTINA. Também conhecida como hormônio lactogênico, hormônio 
mamotrópico e hormônio galactopoiético. 
O único papel claramente estabelecido da prolactina é iniciar e manter a lactação. 
A prolactina tem sua produção regulada pelo hipotálamo através de dois fatores. O 
TRH, que também estimula a produção de TSH pela hipófise, estimula a liberação de 
prolactina. A dopamina inibe esta liberação. 
Outros fatores, como o sono profundo, o estresse e o exercício físico também 
estimulam a liberação de prolactina. 
A amamentação e o estímulo táctil da mama estimulam a liberação de prolactina, 
efeito que parece ser mediado pela ocitocina. Os estrógenos também estimulam a produção 
de prolactina. 
 
A produção de prolactina parece sofrer constante tônus inibidor por parte do 
hipotálamo, através da ação da dopamina. Isto pode ser evidenciado pelo fato de que fatores 
patológicos que interferem com a circulação hipotálamo-hipofisária e que, portanto, impedem 
a chegada da dopamina, provocam aumento dos níveis de prolactina. 
 
A prolactina interfere, também, na formação das estruturas secretoras da mama 
(lóbulos e ácinos) durante a gravidez. 
 
A prolactina inibe a produção de GnRH (gonadotropin-releasing hormone ou hormônio 
liberador de gonadotropinas) pelo hipotálamo, ocasionando baixos níveis de FSH e LH no pós-
parto. 
Pessoas que sofrem de hiperprolactinemia podem apresentar infertilidade e amenorréia 
(em mulheres); disfunção erétil e diminuição da libido (em homens). 
 
3. ACTH (adrenocorticotropin hormone). Também conhecido como hormônio 
adrenocorticotrópico ou corticotropina. 
Os neurônios hipotalâmicos liberam o CRH (corticotropin-releasing hormone) que, 
levado pelo sistema porta hipotálamo-hipofisário, estimula a secreção de ACTH pela adeno-
hipófise. O ADH liberado na eminência mediana também é capaz de estimular a produção de 
ACTH. 
A produção de ACTH e endorfinas também pode ser estimulada pelo estresse e por 
exercícios físicos. Por sua vez, esta produção é inibida pelo cortisol oriundo das glândulas 
adrenais. 
 
Sua principal função é estimular as zonas fasciculada e reticular do córtex adrenal, onde 
são produzidos o cortisol e o DHEA (de-hidroepiandrosterona). 
 
4. FSH (follicle-stimulating hormone). Também conhecido como hormônio folículo-
estimulante. 
O FSH exercerá seus efeitos nas gônadas masculina e feminina. 
No homem, a ação do FSH é exercida sobre as células de Sertoli. Sua ação sobre estascélulas promove a gametogênese através da produção de proteínas reguladoras, como a ABP 
(androgen-binding protein), que se liga à testosterona e à di-hidrotestosterona, mantendo um 
pool androgênico necessário à espermatogênese. O FSH estimula, ainda, as células de Sertoli a 
produzirem a inibina, que inibe a secreção de FSH pela hipófise por feedback 
(retoralimentação) negativo. 
O FSH afeta apenas indiretamente a síntese de testosterona, por aumentar a 
expressão dos receptores de LH nas células de Leydig. 
Na mulher, o FSH atua sobre o folículo ovariano. Agindo sobre as células da teca, induz 
o aumento da expressão de receptores para o LH. Sobre as células granulosas foliculares, age 
induzindo proliferação celular e produção de estrógenos a partir de andrógenos. 
 
5. LH (luteinizing hormone). Também conhecido como hormônio luteinizante, 
luteotropina ou ICSH (intersticial cells-stimulating hormone ou hormônio estimulador 
das células intersticiais). 
O LH atua no homem estimulando as células intersticiais de Leydig a produzir 
testosterona, que, por sua vez, inibe por feedback negativo a produção de LH. 
Nas mulheres, o LH atua sobre as células da teca estimulando sua proliferação e a 
produção de andrógenos, que serão fornecidos às células granulosas. Age também 
estimulando a ovulação. 
Tanto a produção de FSH como a de LH pela hipófise são estimuladas por um 
hormônio hipotalâmico denominado GnRH (gonadotropin-releasing hormone ou hormônio 
liberador de gonadotropinas). 
As ações das gonadotropinas (FSH e LH) serão mais detalhadas quando estudarmos 
ovários e testículos. 
 
 
 
6. TSH (thyroid-stimulating hormone). Também conhecido como hormônio estimulador 
da tireóide ou tireotropina. 
Tem sua produção estimulada pelo TRH (tireotropin-releasing hormone) hipotalâmico e 
inibida pelos hormônios tireoideanos. Estimula várias funções nas células foliculares 
tireoideanas, responsáveis pela produção de T3 e T4. Suas ações serão mais detalhadas 
quando do estudo da tireóide.

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