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Diante dos alunos m ais difíceis, a professora está sempre propondo atividades d esafiadoras e a rotina não repetitiva, sempre voltando ao contudo da do , onde esta , aliás, é uma ref lexão importante para motivar não apenas os estudantes com transtornos, mas toda a turma. Durante a minha interação, em quanto auxiliava em uma atividade de leitura, onde cada um escolheu seu próprio livro na mini biblioteca da professora, percebi que a turma apresenta um desempenho razoável na leitura. No entanto, há quatro alunos que apresentam dificuldades em ler, até p alavras simples. Diante disso, surgiu a necessidade d e passar aos alun os com dificulda des, a tividades diferenciadas como, por exemplo, atividade feita nos cadernos dos alunos. Nesse sentido ressa lta Zabala: “Sobre a concepção de aprendizagem, o autor afirma que não é possível ensinarmos sem nos determos nas referências de como os alunos aprendem, chamando a atenção para as particul aridades dos processo s de aprendizagem de cada aluno (diversidade).” (ZABAL A, 1998, p.2) Pode -se dizer que o professor tem que levar em consideração a particularidade de cada aluno, no que diz respeito a questão dos processos d e ap rendizagem, diagnosticand o a dificuldade do aluno e posteriormente m inistrar o e nsino de aco rdo com sua capacidade de aprendizagem. Na integração com a sala onde participei no acompanhamento de participação da s atividades, auxiliando os alunos em um exercício de expressões numéricas, observei que os a lunos n ão acompanham as aulas por igual, que cada um tem o seu m omento, cada um tem sua dificuldade, uns acompanham mais rápido, outros tem mais dificuldade. Segundo Hoffmann (2005,p.53), se valorizarmos o s “erros” dos alunos, considerando - os essenciais para o “vir a ser” do processo educativo, temos que assumir também as possibilidades das incertezas, das dúvidas, dos questionamentos que possam ocorrer conosco a partir da análise da s respostas deles, favorecendo, então, a discussão sobre essas ideias novas ou dife rentes. Isso fo i percebido com clareza que quando o aluno erra, não é rotulado e sim mostrado o seu erro e explicado n o quad ro para que a turma toda perceba e o ajude a pensar onde errou. Demo ressalta que “o bom professor não é aquele que soluciona os problema s, mas justamente o que ensina os alunos a problematizarem” (ibidem). Aprender é construir conhecimentos através da problematização, da dúvida, e o erro gera a d úvida. Se a correção incide a penas sobr e o produto fina l, o professor pode rá ter uma lição sem erros, o que não signif ica que o a luno tenha a prendido. Mas quando é sob re o processo de aprendizagem, ela é fundamental, porque corresponde e xatamente à intervenção que se espera do profe ssor – alertar o aluno para alguma inadequação da atividade que está sendo realizada, reorientar a a ção do ap rendiz, alertá -lo para algo que ele nã o con siderou ou percebeu, levantar questõ es que o ajudem a pensar sobre isso, “o professor deveria ter, na verdade, uma f unção de motivação, de estímulo, de avaliação e de orientação” (DEMO, Nova Escola, 2001). Porque o objetivo do en sino é que o aluno tenha uma aprendizagem significativa, construa seu conhecimento, tenha acesso a n ovas informações, torne -se autônomo e crítico, nã o que faça lições sem erros ou que tenha um caderno " perfeito". Segundo o que foi ministrado no curso de pedagogia na aula de Fundamentos Teó ricos e Metodológicos de História e Geografia, sempre que e stiver ensinando aos alunos podemos dar aulas expo sitivas e dialogadas, questionar o porque disso ou daquilo, deixar os alunos se manifestarem sobre algo que aconteceu no seu cotidiano. Nesse período de estar n a sala de aula é muito importante para compreender como agir em um primeir o momento, ob servando as vivências dos alunos e a vida cotidiana da sala de aula, com todos os problemas que surgem. Estava colaborando em uma a tividade de produção d e texto, e p ude perceber que os a lunos usam suas experiências do cotidiano no s trechos que li, e suas experiências pessoas, vivência e convívio com a família. Conforme Comenius, citado por Kulesza, Wojciech A. (1992) ao abordar os p roblemas ed ucacionais do ponto de vista de uma f ilosofia de vida to tal, Comenius mexeu com problemas que e stão lon ge de estar solucionados, e o modo como ele fez isso é relevante não somente pa ra o mundo do século dezessete, mas para o mundo de hoje. Podemos observar que cada dia pode ser imprevisível. Ocorrem problemas, desafios, dificuldades, mas também é repleto d e alegrias e realizações, com crianças ansiosas pe la vida e pela descoberta do saber. Os alunos cantam na sa la de aula e nas apresentações festivas da escola. Tive a oportunidade de assistir e participar de algumas apresentações d a turma no dia das crian ças e homenagem aos professores, e confesso que é algo comovente de se ver. Segundo Hoffmann (2005), A postura do p rofessor f rente às alternativas de so lução construídas pelo aluno deveria estar necessariamente comprometida com ta l concepção de erro construtivo. Podemos considerar que o conhecimento p roduzido pelo educando, em um certo momento de sua experiência de vida é um conhecimento em p rocesso de superação. O En sino Fundamental p assou por m udanças esses últim os anos, com a implantação do 9º ano e da entrada na 1ª série com seis anos. Cada vez mais ce do as crianças adquirem mais respon sabilidade. A escola também enfrenta grandes desaf ios com os avanços tecnológicos, descobertas científicas, mudança de valores, atitudes, costumes. Hoje temos também a responsabilidade social de ensinar na escola a consciência sobre o meio ambiente, sensibilizar sobre a problemática do lixo, com o objetivo de que as crianças desenvolvam as competências ne cessárias p ara o exercício de uma cidadania responsável. A profe ssora fazia um trab alho de leitura com eles funcionava assim: cada um escolhia o livro que queria ler. Quando algum estava Folheando, o outro já estava esperando a sua vez com um livro na mão. Podia observar a evolução dos alunos no dia a dia. Durante o curso de p edagogia compreendendo que a Cultura do livro é uma herança de contexto fa miliar, porém com a modernidade, onde as mães trabalham e não tem tempo para incentivar a leitura aos filhos. As crianças não gostam de ficar presa a um livro, q uando tem um computador a sua frente. A professora tomava a leitura e escrevia em que estágio de desenvolvimento estavam, para fazer o registro dessas informações. O e xercício da docência é um constante repensar ações frente a pessoa s em formação. Ta l compromisso demanda um d espojar de ideias pré -concebidas acerca de diferentes histórias d e vida em seus amplos contextos sociais. Foi partindo desse pressuposto que nos enveredamos ao estágio na Escola Municipal Professo ra Arminda Moreira Pádova, cientes do compromisso social que a s instituições de ensino têm para com seus alunos ecertos de encontrar um am biente prop ício n ão só à aquisição do saber regulamentar, ma s tam bém, da formação de cidadãos comp rometidos com o desenvolvimento da sociedade. 2.2 - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS Nos desenvolvimentos das atividades, percebi que den tre todas as dificuldades a que é mais nítida, é a leitura e a interpretação de texto. A turma sente dificuldade na s palavras dife rentes, nos coletivo, palavras com dígrafos, híf en e encontros vocálicos. 90% da turma lê, porém somente 30% lê sem d ificuldades e entendendo o que se lê. 50% possui uma leitura pausada, com muita d ificuldade e 10% ainda silaba mu ito e não reconhece ou não conseguem ler palavras com dígrafos e encontros consonantais. Tendo em vista esta dificuldade, as atividades que pratiquei bastante com as crianças são as de vocabulário, p rodução e interpretação d e te xto. A professora Flávia é bastante organizada, cada aluno tem seu caderno de vocabulário, sua caixa c om várias leituras curtas e perguntas acerca das leitu ras, costumo fa zer rodízios d e 4 em 4 na mesa. Começamos pelo vocabulário, ajudo a corrigir o que f oi pa ra a casa no dia anterior, infelizmente m uitos não fazem. depois pegamos a leitu ra do dia. Cada al uno possui sua caixa e cada caixa tem 1 5 leituras curtas diferentes, atrás d e cada cartão, tem p erguntas a respeito da leitura. Cada um escolhe sua história e lê trechos, e m voz alta, logo apó s responde as perguntas no caderno. Com as leitu ras encerradas, cada um é desafiado a f azer um pequeno texto, pode se basear na história e scolhida ou a do colega. Eu reviso, corrijo as pa lavras com eles, dou as explicações necessárias e etc. No final da aula, alguns são escolhidos para ler seu texto na frente. Falando sobre os alunos especiais e as atividades desenvolvidas, o cadeirante João, que tem 10 a nos, usa os pés para desenhar, a professora confessa a dificuldade em avaliá-lo, tendo em vista que ele fa lta mu ito, vai apenas uma vez na semana devido as dificulda des que sua mãe tem de locomovê -lo, e ele também n ão fala, apenas balbucia. A professora reconhece que o aluno tem boas aptidões cognitivas. Reconhece números, co res, letras, seu nome, o nome de familiares e colegas. João aponta com o pé quand o é inda gado, e acerta sempre as perguntas feitas. Outro dia sua professora perguntou qual era o nu mero 9, dan do -lhe algumas opções de numero, ele ap ontou o número corretamente, assim fazendo com fo rmas, cores, letras e etc. Com o João consegui fazer apena s uma atividade, a proposta era para que a turma escolhessem palavras no quadro e desenvolvessem um te xto ou frases com elas e fizessem um desenho. (descreverei a atividade abaixo). Com o João pedi que escolhesse uma das palavras (de vido sua limitação), e desenhasse o que ela significava p ara ele, Ele escolheu amor e fez um co ração, percebi que e le reconhece as letras, pelo balbucio reconheci a let ra A e O. Ele não quis trocar de u desenho pois no f inal fiz um amigo oculto de desenhos, ao invés insistiu e m e ntregá-lo a sua mãe que o acompanha sempre nas aulas. Pedi permissão a professora Flávia para e xecutar uma a tividade de produção de texto n a semana das crianças. Primeiramente espalhei no quadro algumas palavras como amor, carinho, afeto, compaixão, escola, f amília, amigos, vida e etc. Depois pedi que esco lhessem três palavras e escrevessem um pequeno texto o u frases que incluíssem as três palavras escolhida. O titulo era " sou criança". Alguns com a grafia mais desenvolvida escreveram, sou criança e preciso de carinho e amor da minha família e amigos. Ou tros escreveram apenas o b ásico como Sou criança e gosto de amor, carinho e amizade. Depois pedi que f izessem u m lindo desenho observando seu texto. Se gundo Garcia (2002:301): ‘’ap render a es crever é, em grande parte, se não principalmente, ap render a pensar, a prender a encontrar idéias e a concatená -las, pois, assim como não é p ossível dar o que não se tem, n ão se pode transmitir o que a m ente não criou ou não aprisionou.’’ No final eu os surpree ndi fa zendo com que eles sorteassem um amigo para entregar o seu desenho, assim cada um ganhou um desenho. Meus objetivos f oram, trabalhar novas p alavras, grafias e produção de texto, inserir a lógica do que se construiu na arte do desenho. e a confra ternização na troca dos desenhos. A atividade fo i muito bem aceita por todos, e uma experiência incrível para mim. Sobre os a lunos Nickolas e João Felipe que possuem deficiência intelectual, ambos com 1 1 e 10 anos respectivamente. João Fel ipe tem o grau mais avançado, ele não reconhece n em cores, números, letras, apenas a letra A. Já seu n ome ele escreve apenas o primeiro, com ceta dificuldade. E le também não tem uma b oa d icção, fa la com muita dificuldade, balbuciando muitas vezes, não reco nh ece o nome dos colegas de turma, e seu comportamen to não é dos melhores, ele se irrita com muita f acilidade, e muitas vezes é agressivo com os colegas de turma. Com João Felipe não consegui realizar ati vidade, tendo em vista que ele rejeita o novo. Eu te ntei fazer um jogo com palavras e números com ele e ele não quis, a baixou a cabeça e com o que entendi de sua fala (já que e le articula com muita dificuldade, muita s vezes balbu ciando) ele não queria. Já Nickolas é ma is sociável e carinhoso com todos, apes ar de sua intensa e extrema agitação. Consegue ler e reconhecer n úmeros, letras, sons, a maioria dos dígrafos e encontros co nsonantais, é muito articulado, fala muito bem explicado, e percebe-se que não tem f iltro, f ala o que tem vontade e quando tem vonta de. Tem um letra cursiva linda, muito elogiada pe los demais colegas de turma. Su a leitura é pausada, ele lê, pára e p ensa e relê já com o en tendimento da palavra. Reconhece o nome de todos os colegas, até o da profe ssora. Consegui desenvolver uma atividade com ele, ele precisava associar as palavras as f iguras a presentada, num jogo que tem na sala, reconheceu todas, até as m ais difíceis. A professora disse que ele tem tudo para ir para o quarto an o, já que lê tudo, mesmo que pausadamente, escreve m uito bem, a pesar de sua produção d e texto não ser pontuada nem acentuada, conseguimos entender o que escreveu. Na primeira semana de estágio, observei bem a turma, suas maiores dificuldades, seu desempenho e concentração nas atividades p ropostas. A p artir da segunda semana com o aval da p rofessora, e percebendo que a maior dificuldade deles era realmente na leitura e interpretação de textos, desenvolvi junto a professora, algumas a tividades de leitura e produção de texto. De acordo com Isabel Solé, ler é um processo de interação entre o leitor e o texto. (Solé, 1987a). A professora requisitou que eu ajudasse quatro alunos que ainda nã o conseguem ler (com exceção de um, todos repetentes ma is de uma vez), sentados emgrupo, eles escolheram alguns livr os e pedi que eles listassem as palavras que conseguissem reconhecer, e nvolvessem as vogais delas e lessem a s que conseguissem, pude p erceber que muitos tem medo do erro, por isso na atividade inte grada se isolam e preferem não interagir. Na atividade com poucos, p ude reparar que eles tem sim muitas dificuldades, mas conseguiram com autonomia, ler algumas palavras, além de reconhecerem todas as letras e alguns dos dígrafos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse relatório de estágio tem como objet ivo Mostrar minha forma de enxergar a escola como um todo, minhas percepções acerca da educação básica e os propósitos num contexto geral que se espera para o ensino fundamental. No ensino das primeiras séries do ensino fundamental, as instituições se demonstram de forma significativa na vida de seu aluno, com a necessidade social que está culturalmente descrita. E é neste caminho que o professor desempenha papel fundamental, já que ele organizará o dia a dia das vivências que os a lunos terão acesso na e scola, e bem como todas as formas que os levarão a atingir maiores níveis de desenvolvimento. O estágio das primeiras séries do ensino fundamental está relacionado às ações que envolvem a Docência com o objetivo de observar e ana lisar o processo de ensino com crianças desta faixa etária. É importante conhecer as peculiaridades do trabalho pedagógico. Devemos assim, conhecer as crianças que vem para essas instituições, quem nós atenderemos. Conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão se desenvolvendo. Para ser professor é preciso ter amor pela educação, compromisso, respeito as fases do aluno, paciência e criatividade. Durante a minha observação percebi que há um planejamento de aula por parte da professora Flavia, segue uma lógica d e conteúdos, aproveita o tempo que possui na sala de aula, mantém contato com o restante do corpo docente, com isso compartilhando experiências, e compartilhando dos ideais educacionais da instituição. Fazer o estágio foi muito gratificante, é uma experiência inesquecível. Essa etapa do Estágio Supervisionado é de grande importância para a minha formação profissional já que serve como um experimento para meu futuro. Esse estágio de observação supervisionado me possibilitou conhecer a realidade educacional e comparar o que aprendi na teoria com a prática, pois existe muita diferença entre o ver e o fazer, me permitindo a compreensão da importância da interação entre professor-aluno, num processo de ensino aprendizagem sendo determinante na construção de conhecimento, sendo que aos acadêmicos desempenham um papel ativo observando e refletindo sobre os processos educativos. Na observação de uma turma de 3º ano, verificou -se muitos aspectos positivos, visto que a professora mostrou empenho, dedicação, compromisso, bem como a ocorrência de troca de saberes instigando-os sempre a pesquisar e trazer discussões para o grupo e a experiência entre professor-aluno ocasionando portanto uma aprendizagem significativa e nossa troca de experiência se deu de forma bem natural respeitando sempre as suas ideias e comungando as minhas. Precisam para tanto, conhecer as crianças concretas que vem para essas instituições, isto é, conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão se constituindo, bem como conhecer as especificidades e necessidades dessa faixa etária levando em conta esses conhecimentos na organização de suas propostas pedagógicas. Sabe -se que para educar, necessitamos de um suporte que vá além dos significados e conteúdos de diferentes disciplinas. Isso só será possível realmente se a profissão de educar/ensinar estiver de acordo com atitudes éticas abertas à ação e a reflexão sobre o que realizamos no nosso dia a dia na escola. Para responder as novas demandas e exigências da educação, precisamos de estratégias, habilidades e procedimentos que respondam na prática as novas necessidades e expectativas da educação. Atualmente as pessoas necessitam de habilidades, recursos e estratégias para aprender com autonomia, então a educação não deve mais se fundamentar na simples repetição de respostas, mas na formulação e construção de perguntas e conhecimentos. Vivenciada cada dia de forma completa e agradável, repleta de atividades pedagógicas e lúdicas, em um ambiente educativo e seguro. Valorizando a afetividade, a autoestima e as relações pessoais: cada criança é um indivíduo. A escola entende que a Educação é um direito de todos, que a escola tem um papel fundamental para a formação de cidadãos conscientes, capazes de contri bu írem para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A Direção da escola bem como seus educadores possui uma boa relação com a comunidade escolar (pais, funcionários, comunidade). Essa boa relação é fundamental para a boa convivência entre rede escolar e comunidade além de contribuir para a formação dos educandos, pois são estimulados a exercitar suas capacidades. (...) “Nosso papel como educadores é o de ajudar o aluno a construir sua identidade, que será sempre única e singular, levando -o transformar-se e a entender criticamente os valores a serem adotados para criação de um mundo melhor para si próprio e para os outros.” (MULTIEDUCAÇAO, 1996, p. 188). Tanto a direção quanto educadores devem estar atentos e m busca de novas ideias e materiais para aplicação no trabalho em sala de aula. O desenvolvimento das atividades para serem utilizadas no centro de informática tem também como objetivo, além da utilização pelos educandos, adquirir experiência na forma de d esenvolver e aplicar as atividades fazendo com que as mesmas sejam criativas, dinâmicas e contribuam com o desenvolvimento intelectual do educando sem esquecer os aspectos afetivos e sociais. Ao terminar o estágio exigido pela disciplina Estágio Supervisionado, confirmei a real importância de conhecer a realidade de uma unidade escolar. A interação com todos os profissionais envolvidos no processo, foi extremamente enriquecedora, conforme minhas expectativas pude vivenciar a rotina do cotid iano escolar e realização de diversas atividades. Diante de todo o contexto que rodeia a nossa atuação profissional, esta vivência na escola mostrou-me a importância da formação continuada e do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, das necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais. A prática em sala de aula nos leva a refletir como será nosso dia-a-dia sendo professor. Enquanto estamos estudando somente as teorias, não temos ideia do que é estar frente a uma classe com 25 ou 30 alunos. Onde cada uma deles tem sua peculiaridade, peronalidade. Ou, cada indivíduo aprende de um jeito, e o professor deve estar preparado e atento, sempre refletindo sobre sua prática educativa. Educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter -relações que convergem para a formação de traços de personalidade social e do caráter, implicando uma concepção de mundo, ideias, valores, modos de agir, que se traduzem em convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e desafios da vida prática. Neste sentido, educação é instituição social que se ordena no sistema educacional de um país, num determinado momento histórico; é um produto, significando os resultados obtidos da ação educativa conforme propósitos sociais e políticos pretendidos; é processo por consistir de transformação sucessiva tanto no sentido histórico quanto no de desenvolvimento da personalidade. (LIBÂNEO, 1994). A educação escolar constitui-se num sistema de instrução e ensino com propósitos intencionais, práticas sistematizadas e alto grau de o rganização, ligado intimamenteás demais práticas sociais”. É preciso construir a sala de aula como espaço da palavra, portanto como espaço de escuta. Será preciso redesenhar a configuração imaginária da escola que vive na memória de cada um e de cada uma: em geral a escola do silêncio, da palmatória, dos grãos de milho, do rosto virado para a parede, do um atrás do outro, do absolutismo do professor. Esta escola que, muitas vezes, os retirou da cena escolar, é – contraditoriamente - a escola esperada. É também a escola da cópia, do caderno cheio, da correção da professora em letra vermelha, da voz uníssona da professora e do sentido total da obediência. No entanto, a minha função como estagiária é tentar modificar essa visão do aluno que vai p ara a sala de aula, e pensa, que só aprende se encheu o caderno com palavras, independente, se sabe o significado de cada uma delas. Sei também que nem todos os alunos compartilham da mesma ideia, apenas eles foram introduzidos na escola através de um pe nsame nto padronizado. O estágio foi importante para me familiarizar com a prática em sala de aula, com o convívio com os alunos e professores. Também para me habituar ao ambiente escolar com seus problemas, desafios e dificuldades, em um ambiente cheio de crianças com vontade de aprender. Ao realizar as atividades de estágio no Ensino Fundamental, pude perceber as grandes mudanças nos últimos anos, exemplo disso e a recente implantação do ensino Fundamental de 9 anos, em que as crianças com seis anos devem frequentar o 1º ano, com isso as crianças estão vindo para a escola cada vez mais cedo. A educação e consequentemente a Escola, enfrenta também grandes desafios com os espantosos avanços tecnológicos e descobertas científicas que surgem a cada dia e que transformam nossa sociedade de maneira vertiginosa, mudando valores, atitudes, costumes. Teve como objetivo, observar como se desenvolve o ensino em sala de aula, de que maneira a professora conduz a aprendizagem, como se processa a apreensão do conhecimento pela criança. Por outro lado o objetivo foi analisar como é a interação dos alunos com a professora, dos alunos entre si e com o ambiente no cotidiano escolar. Observei que o aluno necessita de um professor bem informado e preparad o para trabalhar conteúdos e dar conta das exigências de uma educação moderna e atualizada, em um mundo globalizado, que desperte o interesse e a vontade da criança apropriar-se de novos conhecimentos e experiências positivas, a alegria da convivên cia e descobertas de saberes, valores e lições de cidadania que a acompanharão pela vida, tornando-a cidadã instruída, consciente de seus direitos e de seus deveres. Que saiba conviver e respeitar a diversidade, a natureza e faça pleno uso dos meios de informação e tecnologias disponíveis. A realização desse estágio mostrou-me que a união entre familiares e educadores, compartilhando verdadeiramente a tarefa de educar a criança é fundamental. Temos que sempre fazer uma ponte articulada entre casa-esco la. A escola sozinha não consegue nada, precisamos estar juntos com a família, pois a educação engloba diversos aspectos, colocar todas as expectativas e responsabilidades na escola é um erro muito grande que percebo em algumas famílias. Pude executar algumas atividade, apesar do frio na barriga, tendo em vista que a minha frente estava uma profissional muito competente por sinal, com 25 anos de experiência. Fiquei receosa de atrapalha-la, modificar sua rotina, incomodar de alguma maneira, mas como previsto fui muito bem recepcionada por todos. Minha atividades foram bem aceitas e bastante comentada pelos alunos. Esse estágio foi instrumento de aquisição de um mundo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor. Na qual vivenciamos experiências novas e diferentes, que nos trouxeram a realidade da nossa sociedade, da educação, e do sistema escolar. Esse contato contribuiu bastante para minha formação profissional e pessoal. O Estágio Supervisionado é uma parte do currículo muito impo rtante na formação do futuro professor porque é a oportunidade de experimentar e realizar, na prática, o conhecimento teórico adquirido no decorrer da sua formação acadêmica. No entanto, a apreensão e a ansiedade no início são normais, devido a pouca exper iência, e a responsabilidade de realizar um bom trabalho.O estágio deu -me a oportunidade de estar,esporadicamente como regente na sala de aula. Tem-se a oportunidade de estar na “pele” do professor, literalmente. Percebemos como será nossa prática, nosso d ia-a- dia em uma escola. Quando verificamos a prática pedagógica de qualquer educador, observei que, anterior ao que ele faz, há sempre um conjunto de ideias que as orienta. Esse contato é de suma importância, pois ele assim, tem uma ideia real do cotidiano na sala de aula, e, também poderá pensar sobre sua futura prática educativa. Segundo (WEIDUSCHAT , 2007, p. 34): “[...] queremos dizer que existe um exercício intencional do professor que o leva, constantemente, a refletir sobre o que realizou, a mudar a sua ação sempre que necessário e a refletir novamente sobre os rumos de sua nova ação. Assim temos: Ação- reflexão -ação”. A arte de educar certamente é a mais nobre de todas. (W EIDUSCHAT 2007, p. 49) nos informa que: “Certamente, a grande preocupação que se apresenta gira em torno da formação do educador e da educadora para que estes deem conta de discutir e de participar da construção de uma escola com valores humanísticos, de formação de sujeitos autônomos”. O mestre, professor, deve sempre estar atento a sua formação, pois, o mundo esta em constante transformação. Citando Paulo Freire “Esta atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes”. (apud W EIDUSCHAT. 2007, p.51). Finalizo este estágio tendo em mente todo aprendizado e lembranças gratificantes que obtive no decorrer desta trajetória. Pude verificar que o mundo globalizado em que vivemos e todas os avanços tecnológicos contribuem para o aprendizado dos alunos, e que, muitos se validam dela para aprender. Os símbolos, as figuras, a mídia, etc. percebi que tudo que envolve a vida do a luno pode ser usado na sala de aula para o aprendizado significativo, que é aquele que envolve e deixa marcas inesquecíveis na memória e no viver do aluno. Basta o professor saber separar o proveitoso e planejar as aulas em volta dos temas diversos que estão em evidência no dia a dia do aluno 3.1 - REFERENCI AS BIBLIOGRÁFICAS COMENIUS: a persistência da utopia em educação / Wojciech A Kulesza Campinas, SP.:Editora da Unicamp,1992(coleção repertórios). GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 21 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002. 3.1 - REFERENCI AS BIBLIOGRÁFICAS COMENIUS: a persistência da utopia em educação / Wojciech A Kulesza Campinas, SP.:Editora da Unicamp,1992(coleção repertórios). GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 21 ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2002.
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