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Diante dos alunos m ais difíceis

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Diante dos alunos m ais difíceis, a professora está sempre propondo 
atividades d esafiadoras e a rotina não repetitiva, sempre voltando ao contudo da do , 
onde esta , aliás, é uma ref lexão importante para motivar não apenas os estudantes 
com transtornos, mas toda a turma. Durante a minha interação, em quanto auxiliava em 
uma atividade de leitura, onde cada um escolheu seu próprio livro na mini biblioteca da 
professora, percebi que a turma apresenta um desempenho razoável na leitura. No 
entanto, há quatro alunos que apresentam dificuldades em ler, até p alavras simples. 
Diante disso, surgiu a necessidade d e passar aos alun os com dificulda des, a tividades 
diferenciadas como, por exemplo, atividade feita nos cadernos dos alunos. Nesse 
sentido ressa lta Zabala: “Sobre a concepção de aprendizagem, o autor afirma que não 
é possível ensinarmos sem nos determos nas referências de como os alunos 
aprendem, chamando a atenção para as particul aridades dos processo s de 
aprendizagem de cada aluno (diversidade).” (ZABAL A, 1998, p.2) Pode -se dizer que o 
professor tem que levar em consideração a particularidade de cada aluno, no que diz 
respeito a questão dos processos d e ap rendizagem, diagnosticand o a dificuldade do 
aluno e posteriormente m inistrar o e nsino de aco rdo com sua capacidade de 
aprendizagem. 
Na integração com a sala onde participei no acompanhamento de 
participação da s atividades, auxiliando os alunos em um exercício de expressões 
numéricas, observei que os a lunos n ão acompanham as aulas por igual, que cada um 
tem o seu m omento, cada um tem sua dificuldade, uns acompanham mais rápido, 
outros tem mais dificuldade. Segundo Hoffmann (2005,p.53), se valorizarmos o s “erros” 
dos alunos, considerando - os essenciais para o “vir a ser” do processo educativo, 
temos que assumir também as possibilidades das incertezas, das dúvidas, dos 
questionamentos que possam ocorrer conosco a partir da análise da s respostas deles, 
favorecendo, então, a discussão sobre essas ideias novas ou dife rentes. Isso fo i 
percebido com clareza que quando o aluno erra, não é rotulado e sim mostrado o seu 
erro e explicado n o quad ro para que a turma toda perceba e o ajude a pensar onde 
errou. Demo ressalta que “o bom professor não é aquele que soluciona os problema s, 
mas justamente o que ensina os alunos a problematizarem” (ibidem). Aprender é 
construir conhecimentos através da problematização, da dúvida, e o erro gera a d úvida. 
Se a correção incide a penas sobr e o produto fina l, o professor pode rá ter uma lição 
sem erros, o que não signif ica que o a luno tenha a prendido. Mas quando é sob re o 
processo de aprendizagem, ela é fundamental, porque corresponde e xatamente à 
intervenção que se espera do profe ssor – alertar o aluno para alguma inadequação da 
atividade que está sendo realizada, reorientar a a ção do ap rendiz, alertá -lo para algo 
que ele nã o con siderou ou percebeu, levantar questõ es que o ajudem a pensar sobre 
isso, “o professor deveria ter, na verdade, uma f unção de motivação, de estímulo, de 
avaliação e de orientação” (DEMO, Nova Escola, 2001). Porque o objetivo do en sino é 
que o aluno tenha uma aprendizagem significativa, construa seu conhecimento, tenha 
acesso a n ovas informações, torne -se autônomo e crítico, nã o que faça lições sem 
erros ou que tenha um caderno " perfeito". Segundo o que foi ministrado no curso de 
pedagogia na aula de Fundamentos Teó ricos e Metodológicos de História e Geografia, 
sempre que e stiver ensinando aos alunos podemos dar aulas expo sitivas e dialogadas, 
questionar o porque disso ou daquilo, deixar os alunos se manifestarem sobre algo que 
aconteceu no seu cotidiano. 
Nesse período de estar n a sala de aula é muito importante para 
compreender como agir em um primeir o momento, ob servando as vivências dos alunos 
e a vida cotidiana da sala de aula, com todos os problemas que surgem. Estava 
colaborando em uma a tividade de produção d e texto, e p ude perceber que os a lunos 
usam suas experiências do cotidiano no s trechos que li, e suas experiências pessoas, 
vivência e convívio com a família. Conforme Comenius, citado por Kulesza, Wojciech A. 
(1992) ao abordar os p roblemas ed ucacionais do ponto de vista de uma f ilosofia de 
vida to tal, Comenius mexeu com problemas que e stão lon ge de estar solucionados, e o 
modo como ele fez isso é relevante não somente pa ra o mundo do século dezessete, 
mas para o mundo de hoje. Podemos observar que cada dia pode ser imprevisível. 
Ocorrem problemas, desafios, dificuldades, mas também é repleto d e alegrias e 
realizações, com crianças ansiosas pe la vida e pela descoberta do saber. Os alunos 
cantam na sa la de aula e nas apresentações festivas da escola. Tive a oportunidade de 
assistir e participar de algumas apresentações d a turma no dia das crian ças e 
homenagem aos professores, e confesso que é algo comovente de se ver. Segundo 
Hoffmann (2005), A postura do p rofessor f rente às alternativas de so lução construídas 
pelo aluno deveria estar necessariamente comprometida com ta l concepção de erro 
construtivo. Podemos considerar que o conhecimento p roduzido pelo educando, em um 
certo momento de sua experiência de vida é um conhecimento em p rocesso de 
superação. 
O En sino Fundamental p assou por m udanças esses últim os anos, com a 
implantação do 9º ano e da entrada na 1ª série com seis anos. Cada vez mais ce do as 
crianças adquirem mais respon sabilidade. A escola também enfrenta grandes desaf ios 
com os avanços tecnológicos, descobertas científicas, mudança de valores, atitudes, 
costumes. Hoje temos também a responsabilidade social de ensinar na escola a 
consciência sobre o meio ambiente, sensibilizar sobre a problemática do lixo, com o 
objetivo de que as crianças desenvolvam as competências ne cessárias p ara o 
exercício de uma cidadania responsável. A profe ssora fazia um trab alho de leitura com 
eles funcionava assim: cada um escolhia o livro que queria ler. Quando algum estava 
Folheando, o outro já estava esperando a sua vez com um livro na mão. Podia 
observar a evolução dos alunos no dia a dia. Durante o curso de p edagogia 
compreendendo que a Cultura do livro é uma herança de contexto fa miliar, porém com 
a modernidade, onde as mães trabalham e não tem tempo para incentivar a leitura aos 
filhos. As crianças não gostam de ficar presa a um livro, q uando tem um computador a 
sua frente. A professora tomava a leitura e escrevia em que estágio de 
desenvolvimento estavam, para fazer o registro dessas informações. 
 O e xercício da docência é um constante repensar ações frente a pessoa s 
em formação. Ta l compromisso demanda um d espojar de ideias pré -concebidas acerca 
de diferentes histórias d e vida em seus amplos contextos sociais. Foi partindo desse 
pressuposto que nos enveredamos ao estágio na Escola Municipal Professo ra Arminda 
Moreira Pádova, cientes do compromisso social que a s instituições de ensino têm para 
com seus alunos ecertos de encontrar um am biente prop ício n ão só à aquisição do 
saber regulamentar, ma s tam bém, da formação de cidadãos comp rometidos com o 
desenvolvimento da sociedade. 
2.2 - DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES REALIZADAS 
 
 
 Nos desenvolvimentos das atividades, percebi que den tre todas as 
dificuldades a que é mais nítida, é a leitura e a interpretação de texto. A turma sente 
dificuldade na s palavras dife rentes, nos coletivo, palavras com dígrafos, híf en e 
encontros vocálicos. 90% da turma lê, porém somente 30% lê sem d ificuldades e 
entendendo o que se lê. 50% possui uma leitura pausada, com muita d ificuldade e 10% 
ainda silaba mu ito e não reconhece ou não conseguem ler palavras com dígrafos e 
encontros consonantais. 
Tendo em vista esta dificuldade, as atividades que pratiquei bastante com as 
crianças são as de vocabulário, p rodução e interpretação d e te xto. A professora Flávia 
é bastante organizada, cada aluno tem seu caderno de vocabulário, sua caixa c om 
várias leituras curtas e perguntas acerca das leitu ras, costumo fa zer rodízios d e 4 em 4 
na mesa. Começamos pelo vocabulário, ajudo a corrigir o que f oi pa ra a casa no dia 
anterior, infelizmente m uitos não fazem. depois pegamos a leitu ra do dia. Cada al uno 
possui sua caixa e cada caixa tem 1 5 leituras curtas diferentes, atrás d e cada cartão, 
tem p erguntas a respeito da leitura. Cada um escolhe sua história e lê trechos, e m voz 
alta, logo apó s responde as perguntas no caderno. Com as leitu ras encerradas, cada 
um é desafiado a f azer um pequeno texto, pode se basear na história e scolhida ou a do 
colega. Eu reviso, corrijo as pa lavras com eles, dou as explicações necessárias e etc. 
No final da aula, alguns são escolhidos para ler seu texto na frente. 
Falando sobre os alunos especiais e as atividades desenvolvidas, o 
cadeirante João, que tem 10 a nos, usa os pés para desenhar, a professora confessa a 
dificuldade em avaliá-lo, tendo em vista que ele fa lta mu ito, vai apenas uma vez na 
semana devido as dificulda des que sua mãe tem de locomovê -lo, e ele também n ão 
fala, apenas balbucia. A professora reconhece que o aluno tem boas aptidões 
cognitivas. Reconhece números, co res, letras, seu nome, o nome de familiares e 
colegas. João aponta com o pé quand o é inda gado, e acerta sempre as perguntas 
feitas. Outro dia sua professora perguntou qual era o nu mero 9, dan do -lhe algumas 
opções de numero, ele ap ontou o número corretamente, assim fazendo com fo rmas, 
cores, letras e etc. Com o João consegui fazer apena s uma atividade, a proposta era 
para que a turma escolhessem palavras no quadro e desenvolvessem um te xto ou 
frases com elas e fizessem um desenho. (descreverei a atividade abaixo). Com o João 
pedi que escolhesse uma das palavras (de vido sua limitação), e desenhasse o que ela 
significava p ara ele, Ele escolheu amor e fez um co ração, percebi que e le reconhece 
as letras, pelo balbucio reconheci a let ra A e O. Ele não quis trocar de u desenho pois 
no f inal fiz um amigo oculto de desenhos, ao invés insistiu e m e ntregá-lo a sua mãe 
que o acompanha sempre nas aulas. 
Pedi permissão a professora Flávia para e xecutar uma a tividade de produção 
de texto n a semana das crianças. Primeiramente espalhei no quadro algumas palavras 
como amor, carinho, afeto, compaixão, escola, f amília, amigos, vida e etc. Depois pedi 
que esco lhessem três palavras e escrevessem um pequeno texto o u frases que 
incluíssem as três palavras escolhida. O titulo era " sou criança". Alguns com a grafia 
mais desenvolvida escreveram, sou criança e preciso de carinho e amor da minha 
família e amigos. Ou tros escreveram apenas o b ásico como Sou criança e gosto de 
amor, carinho e amizade. Depois pedi que f izessem u m lindo desenho observando seu 
texto. Se gundo Garcia (2002:301): ‘’ap render a es crever é, em grande parte, se não 
principalmente, ap render a pensar, a prender a encontrar idéias e a concatená -las, pois, 
assim como não é p ossível dar o que não se tem, n ão se pode transmitir o que a m ente 
não criou ou não aprisionou.’’ No final eu os surpree ndi fa zendo com que eles 
sorteassem um amigo para entregar o seu desenho, assim cada um ganhou um 
desenho. Meus objetivos f oram, trabalhar novas p alavras, grafias e produção de texto, 
inserir a lógica do que se construiu na arte do desenho. e a confra ternização na troca 
dos desenhos. A atividade fo i muito bem aceita por todos, e uma experiência incrível 
para mim. 
Sobre os a lunos Nickolas e João Felipe que possuem deficiência intelectual, 
ambos com 1 1 e 10 anos respectivamente. João Fel ipe tem o grau mais avançado, ele 
não reconhece n em cores, números, letras, apenas a letra A. Já seu n ome ele escreve 
apenas o primeiro, com ceta dificuldade. E le também não tem uma b oa d icção, fa la 
com muita dificuldade, balbuciando muitas vezes, não reco nh ece o nome dos colegas 
de turma, e seu comportamen to não é dos melhores, ele se irrita com muita f acilidade, 
e muitas vezes é agressivo com os colegas de turma. Com João Felipe não consegui 
realizar ati vidade, tendo em vista que ele rejeita o novo. Eu te ntei fazer um jogo com 
palavras e números com ele e ele não quis, a baixou a cabeça e com o que entendi de 
sua fala (já que e le articula com muita dificuldade, muita s vezes balbu ciando) ele não 
queria. Já Nickolas é ma is sociável e carinhoso com todos, apes ar de sua intensa e 
extrema agitação. Consegue ler e reconhecer n úmeros, letras, sons, a maioria dos 
dígrafos e encontros co nsonantais, é muito articulado, fala muito bem explicado, e 
percebe-se que não tem f iltro, f ala o que tem vontade e quando tem vonta de. Tem um 
letra cursiva linda, muito elogiada pe los demais colegas de turma. Su a leitura é 
pausada, ele lê, pára e p ensa e relê já com o en tendimento da palavra. Reconhece o 
nome de todos os colegas, até o da profe ssora. Consegui desenvolver uma atividade 
com ele, ele precisava associar as palavras as f iguras a presentada, num jogo que tem 
na sala, reconheceu todas, até as m ais difíceis. A professora disse que ele tem tudo 
para ir para o quarto an o, já que lê tudo, mesmo que pausadamente, escreve m uito 
bem, a pesar de sua produção d e texto não ser pontuada nem acentuada, conseguimos 
entender o que escreveu. 
Na primeira semana de estágio, observei bem a turma, suas maiores 
dificuldades, seu desempenho e concentração nas atividades p ropostas. A p artir da 
segunda semana com o aval da p rofessora, e percebendo que a maior dificuldade 
deles era realmente na leitura e interpretação de textos, desenvolvi junto a professora, 
algumas a tividades de leitura e produção de texto. De acordo com Isabel Solé, ler é um 
processo de interação entre o leitor e o texto. (Solé, 1987a). A professora requisitou 
que eu ajudasse quatro alunos que ainda nã o conseguem ler (com exceção de um, 
todos repetentes ma is de uma vez), sentados emgrupo, eles escolheram alguns livr os 
e pedi que eles listassem as palavras que conseguissem reconhecer, e nvolvessem as 
vogais delas e lessem a s que conseguissem, pude p erceber que muitos tem medo do 
erro, por isso na atividade inte grada se isolam e preferem não interagir. Na atividade 
com poucos, p ude reparar que eles tem sim muitas dificuldades, mas conseguiram com 
autonomia, ler algumas palavras, além de reconhecerem todas as letras e alguns dos 
dígrafos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 Esse relatório de estágio tem como objet ivo Mostrar minha forma de enxergar 
a escola como um todo, minhas percepções acerca da educação básica e os 
propósitos num contexto geral que se espera para o ensino fundamental. No ensino 
das primeiras séries do ensino fundamental, as instituições se demonstram de forma 
significativa na vida de seu aluno, com a necessidade social que está culturalmente 
descrita. E é neste caminho que o professor desempenha papel fundamental, já que 
ele organizará o dia a dia das vivências que os a lunos terão acesso na e scola, e bem 
como todas as formas que os levarão a atingir maiores níveis de desenvolvimento. O 
estágio das primeiras séries do ensino fundamental está relacionado às ações que 
envolvem a Docência com o objetivo de observar e ana lisar o processo de ensino com 
crianças desta faixa etária. É importante conhecer as peculiaridades do trabalho 
pedagógico. Devemos assim, conhecer as crianças que vem para essas instituições, 
quem nós atenderemos. Conhecer os saberes, valores e práticas nos quais elas estão 
se desenvolvendo. 
Para ser professor é preciso ter amor pela educação, compromisso, respeito 
as fases do aluno, paciência e criatividade. Durante a minha observação percebi que 
há um planejamento de aula por parte da professora Flavia, segue uma lógica d e 
conteúdos, aproveita o tempo que possui na sala de aula, mantém contato com o 
restante do corpo docente, com isso compartilhando experiências, e compartilhando 
dos ideais educacionais da instituição. Fazer o estágio foi muito gratificante, é uma 
experiência inesquecível. Essa etapa do Estágio Supervisionado é de grande 
importância para a minha formação profissional já que serve como um experimento 
para meu futuro. 
 Esse estágio de observação supervisionado me possibilitou conhecer a 
realidade educacional e comparar o que aprendi na teoria com a prática, pois existe 
muita diferença entre o ver e o fazer, me permitindo a compreensão da importância da 
interação entre professor-aluno, num processo de ensino aprendizagem sendo 
determinante na construção de conhecimento, sendo que aos acadêmicos 
desempenham um papel ativo observando e refletindo sobre os processos educativos. 
Na observação de uma turma de 3º ano, verificou -se muitos aspectos positivos, visto 
que a professora mostrou empenho, dedicação, compromisso, bem como a ocorrência 
de troca de saberes instigando-os sempre a pesquisar e trazer discussões para o grupo 
e a experiência entre professor-aluno ocasionando portanto uma aprendizagem 
significativa e nossa troca de experiência se deu de forma bem natural respeitando 
sempre as suas ideias e comungando as minhas. Precisam para tanto, conhecer as 
crianças concretas que vem para essas instituições, isto é, conhecer os saberes, 
valores e práticas nos quais elas estão se constituindo, bem como conhecer as 
especificidades e necessidades dessa faixa etária levando em conta esses 
conhecimentos na organização de suas propostas pedagógicas. Sabe -se que para 
educar, necessitamos de um suporte que vá além dos significados e conteúdos de 
diferentes disciplinas. Isso só será possível realmente se a profissão de educar/ensinar 
estiver de acordo com atitudes éticas abertas à ação e a reflexão sobre o que 
realizamos no nosso dia a dia na escola. Para responder as novas demandas e 
exigências da educação, precisamos de estratégias, habilidades e procedimentos que 
respondam na prática as novas necessidades e expectativas da educação. 
Atualmente as pessoas necessitam de habilidades, recursos e estratégias 
para aprender com autonomia, então a educação não deve mais se fundamentar na 
simples repetição de respostas, mas na formulação e construção de perguntas e 
conhecimentos. Vivenciada cada dia de forma completa e agradável, repleta de 
atividades pedagógicas e lúdicas, em um ambiente educativo e seguro. Valorizando a 
afetividade, a autoestima e as relações pessoais: cada criança é um indivíduo. A escola 
entende que a Educação é um direito de todos, que a escola tem um papel 
fundamental para a formação de cidadãos conscientes, capazes de contri bu írem para a 
construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A Direção da escola bem como 
seus educadores possui uma boa relação com a comunidade escolar (pais, 
funcionários, comunidade). Essa boa relação é fundamental para a boa convivência 
entre rede escolar e comunidade além de contribuir para a formação dos educandos, 
pois são estimulados a exercitar suas capacidades. 
 (...) “Nosso papel como educadores é o de ajudar o aluno a construir sua 
identidade, que será sempre única e singular, levando -o transformar-se e a entender 
criticamente os valores a serem adotados para criação de um mundo melhor para si 
próprio e para os outros.” (MULTIEDUCAÇAO, 1996, p. 188). 
Tanto a direção quanto educadores devem estar atentos e m busca de novas 
ideias e materiais para aplicação no trabalho em sala de aula. O desenvolvimento das 
atividades para serem utilizadas no centro de informática tem também como objetivo, 
além da utilização pelos educandos, adquirir experiência na forma de d esenvolver e 
aplicar as atividades fazendo com que as mesmas sejam criativas, dinâmicas e 
contribuam com o desenvolvimento intelectual do educando sem esquecer os aspectos 
afetivos e sociais. 
 Ao terminar o estágio exigido pela disciplina Estágio Supervisionado, 
confirmei a real importância de conhecer a realidade de uma unidade escolar. A 
interação com todos os profissionais envolvidos no processo, foi extremamente 
enriquecedora, conforme minhas expectativas pude vivenciar a rotina do cotid iano 
escolar e realização de diversas atividades. Diante de todo o contexto que rodeia a 
nossa atuação profissional, esta vivência na escola mostrou-me a importância da 
formação continuada e do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, das 
necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais. 
A prática em sala de aula nos leva a refletir como será nosso dia-a-dia sendo 
professor. Enquanto estamos estudando somente as teorias, não temos ideia do que é 
estar frente a uma classe com 25 ou 30 alunos. Onde cada uma deles tem sua 
peculiaridade, peronalidade. Ou, cada indivíduo aprende de um jeito, e o professor 
deve estar preparado e atento, sempre refletindo sobre sua prática educativa. 
Educação corresponde, pois, a toda modalidade de influências e inter -relações que 
convergem para a formação de traços de personalidade social e do caráter, implicando 
uma concepção de mundo, ideias, valores, modos de agir, que se traduzem em 
convicções ideológicas, morais, políticas, princípios de ação frente a situações reais e 
desafios da vida prática. Neste sentido, educação é instituição social que se ordena no 
sistema educacional de um país, num determinado momento histórico; é um produto, 
significando os resultados obtidos da ação educativa conforme propósitos sociais e 
políticos pretendidos; é processo por consistir de transformação sucessiva tanto no 
sentido histórico quanto no de desenvolvimento da personalidade. (LIBÂNEO, 1994). A 
educação escolar constitui-se num sistema de instrução e ensino com propósitos 
intencionais, práticas sistematizadas e alto grau de o rganização, ligado intimamenteás 
demais práticas sociais”. É preciso construir a sala de aula como espaço da palavra, 
portanto como espaço de escuta. Será preciso redesenhar a configuração imaginária 
da escola que vive na memória de cada um e de cada uma: em geral a escola do 
silêncio, da palmatória, dos grãos de milho, do rosto virado para a parede, do um atrás 
do outro, do absolutismo do professor. Esta escola que, muitas vezes, os retirou da 
cena escolar, é – contraditoriamente - a escola esperada. É também a escola da cópia, 
do caderno cheio, da correção da professora em letra vermelha, da voz uníssona da 
professora e do sentido total da obediência. No entanto, a minha função como 
estagiária é tentar modificar essa visão do aluno que vai p ara a sala de aula, e pensa, 
que só aprende se encheu o caderno com palavras, independente, se sabe o 
significado de cada uma delas. Sei também que nem todos os alunos compartilham da 
mesma ideia, apenas eles foram introduzidos na escola através de um pe nsame nto 
padronizado. 
 O estágio foi importante para me familiarizar com a prática em sala de aula, 
com o convívio com os alunos e professores. Também para me habituar ao ambiente 
escolar com seus problemas, desafios e dificuldades, em um ambiente cheio de 
crianças com vontade de aprender. Ao realizar as atividades de estágio no Ensino 
Fundamental, pude perceber as grandes mudanças nos últimos anos, exemplo disso e 
a recente implantação do ensino Fundamental de 9 anos, em que as crianças com seis 
anos devem frequentar o 1º ano, com isso as crianças estão vindo para a escola cada 
vez mais cedo. A educação e consequentemente a Escola, enfrenta também grandes 
desafios com os espantosos avanços tecnológicos e descobertas científicas que 
surgem a cada dia e que transformam nossa sociedade de maneira vertiginosa, 
mudando valores, atitudes, costumes. Teve como objetivo, observar como se 
desenvolve o ensino em sala de aula, de que maneira a professora conduz a 
aprendizagem, como se processa a apreensão do conhecimento pela criança. Por 
outro lado o objetivo foi analisar como é a interação dos alunos com a professora, dos 
alunos entre si e com o ambiente no cotidiano escolar. 
 Observei que o aluno necessita de um professor bem informado e preparad o 
para trabalhar conteúdos e dar conta das exigências de uma educação moderna e 
atualizada, em um mundo globalizado, que desperte o interesse e a vontade da criança 
apropriar-se de novos conhecimentos e experiências positivas, a alegria da convivên cia 
e descobertas de saberes, valores e lições de cidadania que a acompanharão pela 
vida, tornando-a cidadã instruída, consciente de seus direitos e de seus deveres. Que 
saiba conviver e respeitar a diversidade, a natureza e faça pleno uso dos meios de 
informação e tecnologias disponíveis. 
A realização desse estágio mostrou-me que a união entre familiares e 
educadores, compartilhando verdadeiramente a tarefa de educar a criança é 
fundamental. Temos que sempre fazer uma ponte articulada entre casa-esco la. A 
escola sozinha não consegue nada, precisamos estar juntos com a família, pois a 
educação engloba diversos aspectos, colocar todas as expectativas e 
responsabilidades na escola é um erro muito grande que percebo em algumas famílias. 
Pude executar algumas atividade, apesar do frio na barriga, tendo em vista que a 
minha frente estava uma profissional muito competente por sinal, com 25 anos de 
experiência. Fiquei receosa de atrapalha-la, modificar sua rotina, incomodar de alguma 
maneira, mas como previsto fui muito bem recepcionada por todos. Minha atividades 
foram bem aceitas e bastante comentada pelos alunos. Esse estágio foi instrumento de 
aquisição de um mundo novo, num ponto de vista crítico e esclarecedor. Na qual 
vivenciamos experiências novas e diferentes, que nos trouxeram a realidade da nossa 
sociedade, da educação, e do sistema escolar. Esse contato contribuiu bastante para 
minha formação profissional e pessoal. 
 O Estágio Supervisionado é uma parte do currículo muito impo rtante na 
formação do futuro professor porque é a oportunidade de experimentar e realizar, na 
prática, o conhecimento teórico adquirido no decorrer da sua formação acadêmica. No 
entanto, a apreensão e a ansiedade no início são normais, devido a pouca exper iência, 
e a responsabilidade de realizar um bom trabalho.O estágio deu -me a oportunidade de 
estar,esporadicamente como regente na sala de aula. Tem-se a oportunidade de estar 
na “pele” do professor, literalmente. Percebemos como será nossa prática, nosso d ia-a-
dia em uma escola. Quando verificamos a prática pedagógica de qualquer educador, 
observei que, anterior ao que ele faz, há sempre um conjunto de ideias que as orienta. 
Esse contato é de suma importância, pois ele assim, tem uma ideia real do cotidiano na 
sala de aula, e, também poderá pensar sobre sua futura prática educativa. 
 Segundo (WEIDUSCHAT , 2007, p. 34): “[...] queremos dizer que existe um 
exercício intencional do professor que o leva, constantemente, a refletir sobre o que 
realizou, a mudar a sua ação sempre que necessário e a refletir novamente sobre os 
rumos de sua nova ação. Assim temos: Ação- reflexão -ação”. 
 A arte de educar certamente é a mais nobre de todas. (W EIDUSCHAT 2007, 
p. 49) nos informa que: “Certamente, a grande preocupação que se apresenta gira em 
torno da formação do educador e da educadora para que estes deem conta de discutir 
e de participar da construção de uma escola com valores humanísticos, de formação 
de sujeitos autônomos”. O mestre, professor, deve sempre estar atento a sua 
formação, pois, o mundo esta em constante transformação. Citando Paulo Freire “Esta 
atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem 
processos permanentes”. (apud W EIDUSCHAT. 2007, p.51).
Finalizo este estágio tendo em mente todo aprendizado e lembranças 
gratificantes que obtive no decorrer desta trajetória. Pude verificar que o mundo 
globalizado em que vivemos e todas os avanços tecnológicos contribuem para o 
aprendizado dos alunos, e que, muitos se validam dela para aprender. Os símbolos, as 
figuras, a mídia, etc. percebi que tudo que envolve a vida do a luno pode ser usado na 
sala de aula para o aprendizado significativo, que é aquele que envolve e deixa marcas 
inesquecíveis na memória e no viver do aluno. Basta o professor saber separar o 
proveitoso e planejar as aulas em volta dos temas diversos que estão em evidência no 
dia a dia do aluno
3.1 - REFERENCI AS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
COMENIUS: a persistência da utopia em educação / Wojciech A Kulesza Campinas, 
SP.:Editora da Unicamp,1992(coleção repertórios). 
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 21 ed. Rio de Janeiro: 
Fundação Getúlio Vargas, 2002. 
3.1 - REFERENCI AS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
COMENIUS: a persistência da utopia em educação / Wojciech A Kulesza Campinas, 
SP.:Editora da Unicamp,1992(coleção repertórios). 
GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. 21 ed. Rio de Janeiro: 
Fundação Getúlio Vargas, 2002.

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