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Foi publicada a Lei n. 12.815, de 5 de junho de 2013, mais conhecida como “nova Lei dos Portos”. A reformulação do marco regulatório dos portos através da Lei n° 12.815/2013 não apenas modificou a competência de órgãos do Poder Executivo com atuação no setor, como também instituiu mecanismos ainda mais explícitos para fomentar a competitividade intra e entre os portos. Com objetivo de estimular o desenvolvimento do País, a Lei 12.815/2013 promove uma nova abertura dos portos à iniciativa privada, franqueando a exploração destas infraestruturas mediante concessão, arrendamento ou autorização. A nova lei traça as diretrizes para a expansão, modernização, otimização da infraestrutura e da superestrutura portuária, e ao mesmo tempo em que elimina a diferença entre o conceito de carga própria e de terceiros, pretende garantir aplicabilidade aos princípios da modicidade e da publicidade de tarifas e preços. O texto da nova lei, todavia, não terá o condão de garantir, por si só, a efetividade das normas nele previstas que precisarão ser regulamentadas de modo a disciplinar a situação daqueles atores que já operam nos portos, uma vez que a nova lei se inclina a contemplar com mais clareza os novos interessados em investir em portos. No cenário de competição e concorrência que se pretende instaurar entre os portos novos e os já existentes, a regulação econômica e do direito de acesso à infraestrutura serão fatores condicionantes para que os operadores portuários, por exemplo, mantenham-se competitivos, mesmo com a liberação da movimentação de qualquer tipo de carga pelos Terminais Privados. Ao retirar o poder deliberativo do CAP, esvaziando consequentemente sua representatividade local e diluindo a participação dos empresários, a nova lei desloca a esfera decisória para Brasília onde estão localizadas as sedes da SEP e ANTAQ. Esta é uma modificação que preocupa, pois remete a um processo de recentralização levada a cabo pela Portobrás, cujo modelo de gestão ficou marcado pela ineficiência burocrata. Importante ressalvar que, em que pese o viés nitidamente centralizador reinaugurado pela lei, em contrapartida existe no texto a previsão de utilização da arbitragem regulamentada pela lei 9.307/96 para resolução de conflitos surgidos em virtude da inadimplência de concessionárias, arrendatárias, autorizatárias e operadoras. Por último, outro ponto positivo que merece destaque é a previsão, espera-se que pragmática (e não somente programática), de que as Companhias Docas firmem com SEP compromissos de metas e desempenho empresarial que estabelecerão objetivos, metas e resultados a serem atingidos (e prazos para sua consecução), indicadores e critérios de avaliação de desempenho, retribuição adicional em virtude do seu cumprimento e critérios para a profissionalização da gestão das Docas. Em linhas gerais, a nova lei de per si, ao contrário do que prevê o governo não tem o condão de promover isoladamente a revitalização do complexo setor portuário, cujo desenvolvimento não parece depender somente da atração de novos investimentos privados, que por sua vez também não se encontram garantidos pela edição de novas regras. Há necessidade, portanto, de melhor articular e integrar a logística portuária juntamente com a logística rodoviária e ferroviária de acesso aos portos, sem as quais os problemas atualmente enfrentados por aqueles que necessitam movimentar suas cargas pela via marítima ou lacustre correm o risco de se perpetuarem por mais uma geração legal. O que é uma instalação portuária? Consiste em um local utilizado para movimentação de passageiros ou para movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquaviário. A instalação portuária pode estar localizada dentro ou fora da área do porto organizado. É possível a exploração de portos e instalações portuárias por pessoa física? Não. As concessões, os arrendamentos e as autorizações para exploração dos portos e instalações portuárias somente poderão ser outorgados a pessoa jurídica. Esta deverá demonstrar capacidade para seu desempenho e exercerá a exploração por sua conta e risco (§ 3º do art. 1º da Lei). Como pode ser feita a exploração dos portos e instalações portuárias? Poderá ser realizada direta ou indiretamente pela União. A exploração direta é aquela realizada pela própria União. Na indireta, a União transfere a uma pessoa jurídica a exploração dos portos e instalações portuárias. Esta exploração indireta é feita por meio de qual instrumento jurídico? A Lei n. 12.815/2013 determina o seguinte: Exploração indireta do (as)... Instrumento Porto organizado CONCESSÃO Instalações portuárias localizadas dentro de um porto organizado ARRENDAMENTO DE BEM PÚBLICO Instalações portuárias localizadas fora da área do porto organizado AUTORIZAÇÃO
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