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Fig. 1.0 plratdrlo; g) sistema digestivo; h) sistema urlnarln: i) sistema genital - feminino e masculino; j) sistema endncrlno: I) sistema sensorial. Alguns sistemas podem ser agrupados formando os aparelhos: a) aparelho locomotor: constltuldo pelos siste- mas esqueletlen e muscular; b) aparelho urogenital: constituido pelos sistemas urlnarlo e genital (mascu- Iino ou feminino) . 2.0 - Conceito de Varia~io Anatomica e Normal Uma vez que a Anatomia utiliza como material de estudo 0 corpo do animal e, no caso da Anatomia Huma- na, 0 homem, torna-se necessarlc fazer alguns comen- tarlcs sobre este material. A simples observacaode urn grupamento humano evidencia de imediato dtterencas morfologicas entre os elementos que compiiem 0 gru- po. Estas diferencas morfologicas sao denominadasva· ria~iies·anatomicas e podem apresentar-se externamen- te ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isto traga prejuizo funcional para 0 individuo. Observeas duas figuras abaixo (Fig. 1.0) 1.0 - Considera~iies gerais No seu conceito rnais amplo, a Anatomia e a ciencia que estuda, macro e microscopicamente, a constituicao e 0 desenvolvimento dos seres organizados.Com a des- . coberta do mlcrescnplo desenvolveram-se ciencias que, embora constituam espectallzaedes. sao ramos da Ana- tomia. Assim, a Citologia (estudo da celulal. a Histo- logia (estudo dos tecidos e de como estes se organi- zam para a formacao de orgaos) e a ElJlbriologia (es- tudo do desenvolvimento do individuo). Do mesmo mo- do poder-se-ia ainda considerar uma Anatomia Hadiol6· gica (que estuda os orgaos, quer no vivente, quer no cadaver, por meio dos HaiosX), uma Anatomia Antropo· logica (que se ocupa dos tipos raciais), uma Anatomia Biotipologica ou Constitucional (que se ocupa dos tipos mnrfnldpieus constitucionais), uma Anatomia Compara- rativa (que se refere ao estudo comparado dos orgaos de individuos de espeeles diferentes) e uma Anatomia de Superflcle (estudo dos relevos mnrfuldqlcos na su- perficie do corpo do individuo) . Especificamente, a Anatomia (ana = em partes; tomein = cortar) macrnscoplea e estudada pela disse- cacao de pscas previamente fixadas por sol~cii.e8apro- priadas. Este livro refere-se aos dados anatomicos rna- crosceplcos considerados fundamentais para f) reco~h~- cimento dos orgaos e dos sistemas por eles cnnstltul- dos e em termos comparativos entre mamiferos, visan- do a melhor compreensao de sua estrutura. Os siste- mas que, em conjunto, compiiem 0 organismo do indi- viduo sao os seguintes: a) sistema tegumentar; b) sistema esqueletlcn, compreendendo 0 estudo dos ossos, cartilagens e das conexiies entre os ossos; c) sistema muscular; d) sis- tema nervoso; e) sistema ctrculatorio: f) sistema res- Introducao ao Estudo da Inatomia Capftulo I mal, numa conceltuacao, portanto, puramente estatisti- ca. Para 0 medico, normal tem outra sentido : nao e 0 que se apresenta na maioria dos casas, mas sim 0 que e sadio, ou com saude, higido, nao doente. 3.0 - Anomalia e Monstruosidade Dissemos que na varia~ao anatomlca nao ha pre- juizo da fun~ao. Entretanto, podem ocorrer vartaedes mnrfnldqicas que determinam perturbacac funcional: por exemplo, 0 individuo pode nascer com um dedo a menos na mao direita . Ouando0 desvio do padrae ana- tdmlco perturba a fun~ao, diz.se que se trata de uma anomalia e nao de uma varia~ao. Se a anomalla for tao acentuada de modo a deformar profundamente a cons- tru~ao do corpo do individuo, sendo, em geral, incom- pativel com a vida, denomina-se monstruosidade; por exernplo, a agenesia (nao formacanl do encetalo. 0 estudo deste assunto e feito em Teratologia. 4. 0 - Fatores gerais de varia~ao As varia~iles anatdmlcas ditas individuais, devern- se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo, da raea, do tipo constitucional e da evolucao. Estes sao, em conjunto, denorninadosfatores gerais de varia- . ~ao anatomica. A - Idade - e 0 tempo decorrido ou a dura~ao da vida. Notaveis rnodifica~iles anatomlcas ocorrem nas fases da vida intra e extra-uterina do mamifero, bern como nos principais periodos em que cada fase se subdivide. Em cada periodo 0 individuo recebe nome especial a saber: a) Fase intra-uterina 1) ovo - quinze primeiros dias 2) embriao - ate 0 fim do 2.° mes 3) feto - ate 0 9.° mes b) Fase extra-uterina 4) recem-nascido - ate 1 mes apds 0 nas- cimento 5) infante - ate 0 fim 2.° ana 6) menino - ate 0 fim do 10.° ana 7) pre-piibere - ate a puberdade 8) pubere - dos 12 aos 14 anos, correspon- dendo II maturidade sexual que e varlavel nos lirnites da fase enos sexos 9) jovem - ate os 21 anos no sexo femi- nino e 25 anos no sexo masculino 10) adulto - ate a menopausa (castracao fi- slnldqlca natural) feminina (cerca de 50 anos) e ao correspondente processo no .homem (cerca de 60 anos) 11) velho - alem dos 60 anos. B - Sexo - e 0 carater de masculinidade ou fe- minilidade. t possivel reconhecer orgaos de um e de outro sexo, qracas a caracteristicas especiais, mesmo fora da esfera genital. Fig. 1.1 Esquematicamente,ve-se a representacao do esto- mago em dois individuos. Note como a forma e dife- rente: 0 estdmaqoA e alongado, com grande eixo ver- tical e 0 estomago B apresenta-semais horizontalmen- te. Isto, entretanto, nao perturba os fencmenos digesti- vos que ocorrem no orgao referido. Esta varia~ao ena- tomica ocorreu em um orgao do sistema digestivo, sen- do portanto intema. Visto que 0 material utilizado pa- ra 0 estudo da Anatomia e 0 cadaver, 0 estudante deve ter sempre presente a possibilidade de varill\:oes anato- micas: 0 que ele observa em um cadaver podenao repro- zir exatamente 0 que um Atlas de Anatomia representa; em dois cadaveres, um mesmo elemento pode apresen- tar-sa diferentemente; uma arteria pode, por exemplo, dividir-se em duasao nivel da fossa do cotovelo em um cadaver e, em outro, a divisao pode ocorrer ao nivel da axila. A comprovacan e facil. Com a mao esquerda fa- ~a um garrote em torno do seu brace direito e verifi- que como as veias superficiais, no antebraco, tornam- se mais visiveis e salientes. Observe 0 padrao de dis- tribui~ao destas veias. Fa~aa mesma experiencla usan- do agora a mao direita como garrote. 0 padrae de dis- tribui~ao das veias superficiais no antebraco esquerdo nao e ldentlco ao direito. Assim ate em um mesmo individuo ocorrem varlaenes anatomtcas quando compa- ramos os dels lados. Dai dizer-se que a varia~ao, em Anatomia, e uma constante. Ouandoexaminar pecas lso- ladas ou cadaveres, nao se esqueca deste importante conceito. Nao espere encontrar sempre no seu material de estudo a reproducae exata de figuras de Atlas ou de livros-textos que estiver utilizando. As descrlcdes ana- tomlcas obedecem, necessariamente, a um padrao que nao inclui a possibilidade dasvarlaedes. Este padrancor- responde ao que ocorre na maioria dos casos, ao que e mais frequente; para 0 anatomista 0 padrao e 0 nor- BA E evidente que a contormacao externa dos dois in- dividuos representados nao e a mesma. No entanto, es- te fato nao prejudica, por exemplo, 0 equilibrio na po- si~ao bipede, em nenhum dos dois. As dlfereneas no- tadas sao varia~oesanatomicas externas. Note agora a figura seguinte (Fig. 1.1) 2 CAPITULO I Fig. 1.3 - Sancho Panca, segundo DORIO Os bmilineos sao individuos atarracados, em ge- ral baixos, com pescneo curto, torax de grande dia- metro antero-posterior,. membros curtos em relacao a altura do tronco. A figura de Sancho Panca [Fig. 1.3) representa a de urn brevilineo. Os mediolineos apresentam caracteres ntermedla- rios aos dos tipos precedentes. E - Evolu~iio - lnfluencla 0 apareclmento de dl- Ierencas merfuldqlcas, no decorrer dos tempos, como fOi demonstrado pelo estudo dos ftissels. Alem das variacoes individuais e daquelas que sao condicionadas pelos fatores gerais de variacao acima referidos, 0 estudantede Anatomia deve ter presente 0 fato de que notavets modificacoes ocorrem, em tempo rnais ou menos curto, pela cessacao do estado de vida que, na grande maioria dos casos, e causada por pro- cessos morhldos. Assim, 0 estudo do material cadave- rico deve ser sempre referido ao do animal vivo OU cnmparado ao do vivente, 0 que pode ser obtido por outros metndos, como a radiografia e a radioscopia e os exames endesccplces. Esta nOCaoe de fundamental hnpnrtencla : 0 que se ve nos cadaveres nao corres- ponde, exatamente, ao que e encontrado in vivo, prin- cipalmente com referencta a coloracso. conslstencla, elasticidade, forma e ate mesmo a posicao ocupada pe- los elementos anatdmlcns. INTRODU\:AO AO ESTUDO DA ANATOMIA 3 Fig. 1.2 - D. Quixote, segundo DORIO C - Ra~a - e a denominacao conferida a cada grupamento humano que possui caracteres fisicos co- muns, externa e internamente, pel os quais se distin- guem dos demais. Conhecem-se, por exemplo, repre- sentantes das races Branca, Negra e Amarela e seus mestleos, ou seja, "0 produto do seu entrecruzamento ~. D - Bi6tipo - e a resultante da soma dos carac- teres herdados e dos caracteres adquiridos por influen- cia do meio e da sua lnterrelacso. Os bldtlpos cons- titucionais existem em cada grupo racial. Na grande variabilidade morfulcqlca humana ha possibilidade de reconhecer 0 tipo medlo e os tipos extremos, embora toda sorte de transicao ocorra entre os mesmos. Naturalmente, tipos mistos sao, tambem, descritos. Os dois tipos extremos sao chamados longilineo e brevilineo e sua comparacao denota melhor as diferen- cas. tanto nos caracteres morfoldqlcns internos quanto nos externos; acarretando uma construcae corpdrea di- versa. Os longilineos sao individuos magros, em geral al- tos, com pescoen longo, tdrax muito achatado antern- posteriormente, com membros longos em relacao a al- tura do tronco. Urn exemplo seria 0 da conhecida figu- ra de D. Ouixote (Fig. 1.2) . ('} Embora os termos punho e tomozelo nAo eslejam consignados na Nomenclatura Anal{)mica. foram aqUL incluidos em virtude do liCU consagrado uso no meio bicmt!idico. Ombro { :~~~~fa~o Mao (palma e dorso da mao) Ouadril { ~~~I~a Pe {planta e dorso do pel { Raiz • Parte livre 6.0 - Divisao do corpo humino o corpe humane divide-sa em cabe~a. pesco~o. troneo e membros. A cabeca correspcnde a extremide- de superior do cnrpe estende unida ao treece par uma jiJr~ao estreltada, 0 pesco~o_ 0 ~ronco compreende n lorax e 0 abdome com as respecuva, cavidades torici· ca e abdominal; a cavidade abdominal prulenqa-se infe- riermente na cavidade pelvica _ Des men bros, dais sao superiores ou toracicos e dais inferiorts ou pelvicos. Cada membro aprescllta uma rail, pcla qual esta Jiga- do ao tronco, e uma parle livre. A chilVe scgutnte in· clui as partes principais do corpo humano : nn. - nervos fr. - famus VV. - veias n. - nervo r. - ramo v. - "reia estrutura. Dentro deste principia, foram abelidos os eponimos [nome de pesseas para desiqnar coisasl e as termos Indicam : a forma (musculo trapezial: a sua posicao ou situac;ao (nerve medianol: 0 seu traieto (arteria clrcunllexa ria escapulal: as suas conexiies ou inlcrreiaciies (ligamento sacro-iliacol: a sua relac;ao com 0 esqueleto {arteria radian; sua fUIH;lio (m. le- vantador da escaeula): criteric misto (m_ flexor super- ficial do:, uedos·fun~ao c situacaol. Entretame, hoi na- mes improprios au nao muuo 16gicos que foram censer- vados. parque estan censaqradcs pelo usa (figado. par exemplo, tern etimoloqia discutlda] _ usam-se as sc- Quintcs abreviaturas para os termos gerais de anatomia : a. - arteria aa. - artenas Iasc. - lasciculo !II. - glandula lig. - ligamenta HUg. - ligamclllos m. - musculo mm. - musculus Na transic;ao entre 0 bralfo e 0 antebrac;o Ita 0 cotoweloj entre 0 antebrac;c e a mao. 0 punho; entre il coxa e a perna, 0 joetho. e entre a perna e 0 pe, 0 tornozelo. C·) A regiao posterior do pescolfO e deno- minada fluca e a do tronco. do~o. As mldega~ corres· pondc (] regtao gilitea. Membros Troneo Inferiores (p£Hvicos) Curpo Humann 5.0 - Nomenclatura Anatomica Como toda ciencia. a Analomia tem sua linguaQem propria. Au corquntn de termes empregados para desig- nar e desc.ever e organismo OU suas partes oa·se 0 no- me de Nomenclatura Anatomica. Com 0 extraordimirin acumulo de ccnheeimentes no final do seculn passado. gralt<lsans trabalhos de imponantes "eseolas anatomt- cas" Isobretudo na Italia, Franca, Inglaterra e Alema- nita), as mesmas estruturas do corpo humane receblam dennminacoes djfercntes nestes centres de esuidos e pesquisas. Em razao desta talta de metodo!oyia e de inevilaveis arbitranedades. mais de 20.000 termos ana- tomicos chegaram a ser consignados (boje reduzidos a peuco mais de 5. DOO} _ A primeira tentanva de unitor- mizar e criar lima nomenclatura anatomica internecio- nal ecerreu em 1895. Em secesstsos cunqresses de Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram fcitas revisoes e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficiaJ- mente a Nomenclatura Anatomica. conhecida sob a si- ola de P. N.A. {Paris Nomina Anatomical. Revisoes sebsequentes foram Ieitas em 1960, 1965 e 1970, vis- ta que a nomenclatura anatomica tem carater dinami· co, podendo ser sempre critlcada e modificada. desde que haja razoes suficientes para as modificaciies e que estas sejam aprovadas em Congressos lnternacianals de Anatomia, realizadcs de cmce em cinco anos. A lin- gua oficia!mente adotada e 0 latim (por ser -lingua morta"I. perem cada pais pode traduzl-la para seu pro· prio vermiculo _ Ao designar uma cstrutura do organis· mo. a nomenclatura procura adotar termos que nao sc- jam apenas sinais para a memoria, mas tragilm tam· bern alguma informalf3o au descrif(ao subre a referida Cabe~a Pesco~o 4 CAPITULO I { Torax Abdome { Rail Soperiores (tOriiCicos] Parte livre Tem-se assim, para as faces desse solido, es se- guintes pianos correspondentes : a) Dols planes verticals, urn tangente ao ventre - plano ventral au anterior - e outin ao dor- so - plano dorsal eu ptJsferior. Estes e outros a eles paralelos sao tambem designados como pianos frontais, per serem paralelos a "fran- te". Via de regra, as denornina~oes yentral e dorsal sao reservados an tronco e anterior c posterior aos membros (Fig. 1.6). Fig. 1.5 ,: .~-' --.... 8.0 - Planas de delimita~io e s~iia do corpo humano Na posir;ao anatomiea 0 corpo humano pode ser delimitado par pianos tangentes a sua superficie, os quais, com suas interseccoes, determinam a formacao de • urn solido geometrico. um paralelepipedo. A figura abat- xo (1.5] lIustra 0 fato : INTRODUCAO AO ESTUDO DA ANATOMIA 5 Observe que ela 58 assemelha a posi~ao fundamen· tal da Educat;io Hsica ~ individuo em posiCao creta (em pe, posi{,:ao ortostatica ou bipede). com a face vet- tad a para a frente, 0 olhar dirigido para 0 hortzonte. memhros superinres estendidos, aplicados ao trance e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos. com as puntas dos pes dirigfdas para frente. Nao importa. pnrtantn, que 0 cadaver esteja sabre a mesa em decubtto dorsal (com 0 dorsa acolado iI mesa). decublto ventral (com 0 ventre acolado a me- sa) ou decubttn lateral (de lado) : as descricoes anate- micas sao Iettas considerando 0 indtviduo em posiCao anatdmlca, Para os animals quadrupedes. a posif1ao ana- tiimica reiere-se an animal na sua posir;50 ordinaria. de pe. 7.0 - Posi~iio anatomica Para evitar 0 usa de termos diferentes nas des- crj~oes anatdmicas, conslderendo-se que a posiClio po- de ser varlavel, optou-se por uma posicao padrao, de- nominada posi!;ao de desc:ri!;io anatOmiea (ptJsi~ao anatiimica). Oeste modo, os anatomistas, quando es- crevem seus textos. relerem-se ao objeto de descrilfao censideranda 0 individuo na posicao padrenizada. A posicao enatomleapode ser vista na figura abaixo (Fig. 1.4). .. Fig. 1.10 Fig. 1.9 - Plano mediano, que divide 0 corpo em duas metades Os pianos descritos sao de delimita~ao. £ possivel tracer tam bern pianos de sec~ao : a) 0 plano que divide 0 corpo humano em meta- des direita e esquerda e denominado mediano (Fig. 1.9). Toda seccao do corpo feita por pla- . nos paralelos ao mediano e uma saceao sagi- tal (corte sagital) e os pianos de seccao sao tambern chamados sagitais. 0 nome deriva do fato de que 0 plano mediano passa pela sa- gitta (que significa seta) do cranln fetal, flqu- ra representada pelos espacos suturais media- nos, de direciio antero-posterior. Observe na figura abaixo (1.10) urn cranlo de teto em vista superior para localizar a sagitta. , , Fig. 1.8 '-====:I:22::::::=_: o tronco isolado e limitado, inferiormente, pelo plano horizontal que tangencia 0 vertlce do c6ccix, ou seja, 0 osso que no homem e 0 ves.tigio da cauda de outros anima is . Por esta razao, este plano e denomina- do caudal. Fig. 1.7 c) Dois pianos horizontais, urn tangente a cabe- ~a - plano cranial ou superior - e outro a planta dos pes - plano podalico (de podos =f1le) ou inferior (Fig. 1.8). Fig. 1.6 b) Dais pianos verticais tangentes aos lados do corpo - pianos laterals direito e esquerdo' (Fig. 1.7). 6 CAPITULO I 9.0 - Eixos do corpo humano Sao linhas imaqlnarias tracadas no indivfduo cons[, derado incluido no paralelepfpedo. Os eixos principais seguem tres direl{oes ortogonais : a) eixo sagital, amero-posterior, unindo 0 centro do plano ventral ao centro do plano dorsal. ~ urn elxo heteropolar pots suas extremidades tocam em pnrcdes nao correspondentes do corpo; Fig. 1.13 - Pianos de seccao transversais (ou frontais) nos quadrupedes 8. 1 - Pianos de delimital{ao e secl{ao nos quadru- pedes Consideradaa posil{ao anatdmlca dos quadnipedes, torna-se necessarto fazer algumas conslderacbes sdbre os pIanos de delimital{ao e seceae naqueles animais. Os pianos ventral, dorsal, laterais direito e esquerdo, cranial e caudal, tern a mesma referencla utilizada no corpo humano. Entretanto, os slnonimos nao cabem na nomenclatura anatdmlca veterlnerla. Assim, nos qua- drupedes, os termos anterior e posterior nao podem ser empregadossubstituindo ventral e dorsal, como no ho- mem, uma vez que, naqueles animais, anterior e poste- rior seriam, quando muito, sindnlmos de cranial e cau- dal, respectivamente. Ainda assim, neste caso, usam- se estes iiltimos termos. Do mesmo modo, superior e inferior sao empregados, no homem, como sintmlmns de cranial e caudal, 0 que de modo algum se justi- fica nos quadriipedes. Nestes existe tamhem 0 plano pndalicc deserlto para 0 homem, mas, em ambos, naoe de uso corrente. Quanto aos pIanos de secl{ao, 0 plano mediano, bern como os sagitais, tern a mesma conotal{iiiJque no homem. Ja os cortes transversais, que no homem sao feitos pur pIanos horizontais, nos quadriipedessao pro- duzidos por planes verticais, paralelos aos pIanos cra- nial e caudal, e denominados transversais ou frontais (Fig. 1.13). Repare pois que 0 plano frontal no he- mem guarda paralelismo com os pIanos ventral e dor- sal, enquanto que nos quadriipedes ele e paralelo aos pIanos cranial e caudal. INTRODUC;;AO AO ESTUDO DA ANATOMIA 7 Fig. 1.12 - Plano de seccao transversal c) Os pianos de secl{ao que sao paralelos aos pla- nos cranial, podalico e caudal sao horizontais. A secl{ao e denominada transversal (corte tranversal). Observea figura 1.12. ~ {:-:? Fig. 1.11 - Plano de seccso frontal b) Os pIanos de seccso que sao paralelos aos pIanos ventral e dorsal sao ditos frontais e a seccae e tambem denominada frontal (corte frontal). Com ja foi assinalado, 0 plano ven- tral (ou anterior) e tangente 11fronte do in- divfduo, donde 0 adjetivo - frontal (Fig. 1.11) . rais, em rela~ao a f; por outro lado, a estrutura e esta situada entre f (que e medial) e d (que e lateral), sendo, por isso, considerada interme- dia. Note os conceitos que se seguem : a) a estrutura que se situa mais proxima do pia- no mediano em rela~iio a uma outra e dita medial. Par exemplo, 0 V dedo (minimo) e medial em rela~iio ao polegar. b) a estrutura Que se situa mais proxima do pla- y A - A linha xy corresponde ao plano mediano. Estru- turas situadas neste plano sao, por esta raziio, de- nominadas medianas: a, b e c. Exemplos de es- truturas medlanas : coluna vertebral, nariz, clca- catriz umbilical. 8 - Observe agora as estruturas d, e e f: consideradas em conjunto, a estrutura f e a que se coloca mais proxima do plano mediano em rela~ao a dee, sendo denominada medial; dee estao mais pro- ximas do plano lateral dire ito e siio ditas late- Fig. 1.14 9E=+~ 8 exemplo, uma face que olha para 0 plano mediano e medial, e a que esta voltada para 0 plano de urn dos lados Ii lateral. A situa~ao e a posi~ao dos orgaos sao indicadas, tambem, em fun~iio desses pianos: urn orgiio proximo ao plano mediano e medial ou se acha medialmerrte em rela~ao a outro Que Ihe fica lateralmente, ou seja, mais {M't.9 00- {lo'a.'M' ,'ate,ra,l, l),i,re.it.9£lJ.1 e~~l!'.r.w. D.aJ11 gr.an- de Importancia de conhecer-se os pianos de delimita- Cao e seCCaodo corpo, uma vez que as termos deseri- tivos da posi~iio e dire~iio dos orgaos sao utilizados em funcao deles. Observe a figura abaixo, Que representa, de modo escuematlce, urn corte transversal ao nivel do totax. ~ttutUras estatr ar' COlbt'cru'dS"enr JM1~1ii%"ulirffi~ sas. Acompanhe 0 texto que se segue examinando a fi- gura 1.14. b) eixo longitudinal, cranio-caudal, unindo 0 cen- tro do plano cranial ao centro do plano pnda- lico (caudal nos quadrupedes). E, igualmente, heteropolar. c) eixo transversal, latere-lateral, unindo 0 cen- tro do plano lateral direito ao centro do plano lateral esquerdo. Este e homopolar pois suas extremieaees mcam em punms C"I1l1'\rl,1Mru'e.y- tes do corpo. 10. 0 - Termos de posi~io e dire~io o estudo da forma des orgaos vale-se, geralmente, da C0I110arl!CaO_geometrica. Assim, conforme 0 orgao, sio descritos faces, margens, extremldades ou angu- los, designados de acordo com as correspondentes pia- nos fundamentais para os quais estan voltados. Por 8 CAPITULO I rer que uma estrutura esteja situada entre ou- tras duas que sao respectivamente interna e ex- terna em relacao a ela. Neste caso ela sera media. F - Nos membros empregam-se term os especiais de posi~ao. como os adjetivos proximal e distal, con- forme a parte considerada se encontre mais pro- xima ou rnais distante da raiz do membro. Por exemplo. a mao e distal em relacao ao antebra- co e este tambem 0 e em relacao ao brace: 0 antebraco e proximal em rela~ao II mao. As ex- pressoes proximal e distal sao aplicadas tambem aos segmentos dos vasos em relacao ao orgao central. 0 cora~ao. e dos nervos em rela~ao ao chamado neuro-elxn, que inclui 0 encetalo e a medula. Pode ocorrer que uma estrutura se sl- tue entre duas outras que sao respectivamente. proximal e distal a ela: neste casu sera media. Por example, nos dedos ha 3 falanges: proximal, media e distal. Observe. portanto, este fato: 0 termo medio (media) indica estruturas que estao entre duas outras que podem ser ventral (ante- rior) e dorsal (posterior). cranial (superior) e caudal (inferior). interna e externa. proximal e distal em rela~ao a elas. 10.1 - Termos de posi~ao e dire~ao nos quadrupedes Os termos utilizados para 0 corpo humano servem perfeitamente para os quadnlpedes, excecao feita pa- ra superior e inferior. anterior e posterior. Naqueles animais deve-se empregar sempre dorsal e ventral e cranial e caudal. respectivamente. 11.0 - Principios gerais de eenstrueao corporea nos vertebrados . o corpo humano e construido segundo alguns prln- cipios fundamentais que prevalecem para os vertebra- dos e sao os seguintes: a) Antimeria - 0 plano mediano divide 0 corpo do individuo em duas metades. dlrelta e es· querda, como ja vimos. Estas metades sao denominadas antimeros e sao semelhantes. morfuloqlca e funcionalmente. donde dizer-se que 0 homem. como os vertebrados. e cons- truido segundo 0 principio da simetria bllata- teral. Na realidade. nao ha simetria perfeita porque nao existe correspondencla exata de todos os orgaos. Ela e mais nntavel no inicio do desenvolvimento. urn fato que podera ser comprovado no estudo da Embriologia. Com o evolver do individuo. em grande parte. ela se perde, surgindo secundariamente a asslme- tria: as hemifaces de urn mesmo individuo nao sao identlcas: ha dlfereneas na altura dos ombros; 0 comprimento dos membros nan e 0 mesmo II direita e II esquerda. Os orgaos pro- INTRODUCAO AO ESTUDO DA ANATOMIA 9 ra que se situa mais proxima do pla- rsal em relacao a uma outra e dita dor- (ou posterior). Por exemplo, 0 dorso da - e posterior em rela~ao II palma; ra que se situa entre duas outras que - • respectivamente. anterior (ventral) e pos- . (dorsal) a ela e dita media. . 1.14 representa estruturas que estao mento transversal (d, e e f) ou antero- .... ·ior (i, h, gJ. Entretanto. as estruturas pn- tar em alinhamento lonqltudlnal ou cranln- estes cases, a estrutura mais proxima cranial (ou superior) e dita cranial (ou - r) em relacao a uma outra que Ihe sera (ou inferior). Esta ultima estara mais pro- o plano caudal do que a primeira. Os ter- cranial e caudal. como foi dlto, sao empre- mais comumente para estruturas situadas co. ocorrer que uma estrutura se situe entre as sio. respectivamente. cranial (ou superior) dal (ou inferior) em relacao a ela. Neste ela sera media. Por exemplo. 0 nariz e me- em relacso aos olhos e aos lablos. adjetivos interno e externo sao tambem uti- as como termos de posi~ao. indicando a si- -0 da parte voltada para 0 interior ou 0 ex- . r de uma cavidade. Por example, a face in- de uma costela olha para dentro e a face olha para fora da cavidade toraclca. Vol· a figura 1.14 e repare os mimeros 1 e 2 que m 0 exemplo. Pode. eventualmente. ccor- raj (direito ou esquerdo) em rela~ao a a e dita lateral. Por exemplo. 0 pole- e lateral em rela~ao ao V dsdo: ra que se situa entre duas outras que - respectivamente medial e lateral em re- - a ela, e dita lntermedla, ora as estruturas g, h e i consideradas 0: a estrutura i e a que se coloca •. a do plano ventral ou anterior. em re- e h, e e denominada ventral (ou ante- e b estao rnais prdximas do plano dorsal ,.m-wr e sao ditas dorsais (ou posteriores) - a i; por outro lado, a estrutura h es-.l_iIda entre i (que e ventral) e g (que e dor- • por lsso, considerada media. nceitos que se seguem : ra que se situa mais proxima do pla- al em rela~ao a uma outra e dita ven· lou anterior). Por example, os dedos do • - anteriores em relaeao ao tornozelo; a e anterior em relacao ao dorso da 7 Fig. 1.16 Fig. 1.15 - Paqufmeros no e construldo por camadas (estratos) que se superpiiem, reconhecendo-se portanto uma estratimeria ou estratificacao• Observe na figura 1.16 como a pele (1) e a camada mais superficial, vindo a seguir a te- la subcutanea (2), a fascia muscular (3), os musculos (4) e os ossos (5). Note como podem ocorrer vasos e nervos ao nivel da te- la subeutanea (6), ou na profundidade, entre musculos (7). As estruturas que se situam fora da lamina de envoltura dos musculus (fascia muscular) sao ditas superficiais; as que se srtuam par~ dentro desta lamina sao protundas. A estratlgrafia ocnrre tambem nos organs oces, como 0 estilmago. As paredes destes orgaos sao constituidas por camadas super- postas que serao estudadas em Histologia. fundos apresentam assimetrias ainda mais evi· dentes: 0 coracsn apresenta-se deslocado pa- ra a esquerda; 0 figado quase todo esta a dl- reita e 0 baco pertence somente ao antlme- ro esquerdo; 0 rim direito esta em nivel in- ferior ao esquerdo. Todos esses sao exemplos de assimetrias morfologicas. Ao lado delas existem as assimetrias funcionais, das quais urn exemplo e 0 predominio do uso do mem- bro sup.erior direito, na malorla dos lndlvl- duos, e que e conhecido como dextrismo. b) Metameria - Por metameria entende-se a su- perposicao, no sentido longitudinal, de seq- mentos semelhantes, cada segmento corres- pondendo a urn metamere, Mais ainda que a antimeria, a metamerla e evidente na fase em- brionarla. conservando-se no adulto apenas em algumas estruturas, como por exemplo na co- luna vertebral (superposlcau de vertebras) e caixa toraclca (as costelas estao superpostas em serie longitudinal deixando entre elas os chamados espacos intercostais) . c) Paquimeria - £ 0 prlnclpio segundo 0 qual 0 segmento axial do corpo do individuo e cons- tituido, esquematicamente. por dois tubos, co- mo ilustra a fig. 1.15. Os tubes, denomlnados paquimeros, sao res- pectivamente, ventral e dorsal. 0 paquimero ventral, maim, contem a maioria das visceras e. por esta razao, e tambem denominado pa- quimero visceral. 0 paquimero dorsal com- preende a cavldade craniana e 0 canal verte- bral (situado dentro da coluna vertebral) e aloja 0 sistema nervoso central: 0 encefalo na cavidade craniana e a medula no canal ver- tebral da coluna; esta e a razao pela qual ele e tambern denominado paquimero neural. d) Estratificacao - A figura abalxo (1.16) llus-: tra 0 principlo segundo 0 qual 0 corpo hums- 10 CAPITULO I 10. citar as partes constituintes do corpo humano; 11. descrever a • Posi~ao de Descri~o Anatomlca' no homem enos mamiferos quadrupedes; 12. descrever os • pianos de delimlta~ao e sec~ao· do corpo humano e dos mamiferos quadnlpedes; 13. cltar os eixos do corpo humano descrevendo seu trajeto: 14. definir os tennos de posj~ao e dire~o: medial. lateral, mediane, superior. interior, anterior, pos- terior. ventral. dorsal, caudal. medlo, intermedio. distal, proximal, interno, externo, cranial, superfi. cial, profunda: 15. definir os principios de constru~ao do corpo bu- mano: estranficacao, antimeria, metamerla e pa- quimerta, e citar exemplos; 16. demonstrar. com exemplos, que a simetria bila- teral Ii apenas aparente. OBJETIVOS ESPECfACOS DO CAPITULO I INTRODUCAO AO ESTUDO DA ANATOMIA 11 Ap6s 0 estudo deste capitulo 0 aluno deve ser ca- paz de: .1. conceituar Anatomia em sentldo amplo e em sentldo restrlto; 2. citar os sistemas e os aparelhos do organismo; 3. conceltuar normal em Anatomla. varia~ao anato. mica. anamalla e monstruosidade; 4. elter os fatores gerais de varia~o anatomica; 5. deflnir bi6tipo; 6. deflnlr longilineo. brevilineo. mediolineo e citar suas caracterlsticas morfol6gicas; 7. deflnfr Nomenclatura Anatomica; 8. citar os princlpios fundamentals da Nomenclatura Anatomica usados para designar estruturas do corpo humano. exemplificando; 9. char as abreviaturas utllizadas em Anatomia. pa- ra os tennos gerais; Como fun~i'ies Importantes para 0 esqueleto pode- mos apontar : prote~ao (para orgaos como 0 cora~ao, pulmiies e sistema nervoso central); sustenta~ao e con- formacao do corpc: local de armazenamento de ions Ca e P (durante a gravidez a calciflca9io fetal se faz, em grande parte, pela reabso~ao destes elementos ar- mazenados no organismo matemo); sistema de alavan- cas que movimentadas pelos muscules permitem os des- locarnentos do corpo, no todo ou em parte e, finalmen- te, local de produ9ao de certas calulas do sangue. FIg. 2.0 - DynMtes tityrus. com seu exosqueleto 3. 0 - npos de esquefetos o esqueleto pode-se apresentar com todas as pe- 9as ou com ossos isolados inteiramente uns dos outros. No primeiro caso fala-se em esqoeleto articulado; no segundo, esquefeto desarticulado. No caso de tratar-se de urn esqueleto articulado, podemos verificar que a uoiao entre os OSS08 pode set natural (istoe, feita pelos pr6prios ligamentos e carti· lagens dessecadas), artificial (ligacao dos ossos por meio de peeas metalicas) e pode ser nUsto (quando sao usados os dols processos de interligacao). Quando se percorre a escala zool6gica, verlflca-se Interessante morlifica9ao na posi9aO do arcabou90 de sustenta980 dos organismos. . Assim ve-se entre os artnipodos. que a base de sus- tenta9ao e externa:- M um exosqueleto e a esta por~80 externa mals rfglda se prendem as partes moles, (Fig. 2.0). Siste.a EsquehUicD Capftulo II 2.0 - Fun¢es do esquefeta j .0 - C.ooceito de eslluefeto Osteologla, em sentido restrito e etimologicamen- te, e 0 estudo dos O$SOS. Em senti do mals amplo in- elul 0 estudo das forma~oes Intimamente ligadas ou re- laclonadas com os OSSOS, com eles formando urn todo - 0 esqueleto. Este. a juJgar pelo emprego rotfneiro do termn, po- deria significar a simples reuoilio dos OSSOS. mas na realidade transcends este sentide sigoificandD "area- !wU90· (dar esqueleto fibroso do cora~o, esqueleto cartilag[neo etc.). Assrm sendo, podemos definir 0 es- quelem como 0 eenlumn de esses e cartUagens que se interligam para formar 0 arcabouco do corpn do ant- mal e desempenhar vanas fun~oes. Por sua vez os DSSOS SiD definidos como peeas rijas, de numelo, colo- raCao e forma variciveis e que, em cenluntn, constituem o esqueleto. meio de cilJlural: alcapulsr (au toraclea, eonstitulda pela escapule e clavlcula) e ,elvica, eonstituida pelos ossos do quadrll (coxals). Observe as flguras seguin- tes que representam as esqueletos axial, apendicular, e as clnturas, eseapular e pelvlca, com as ossos que as constituem (Figs. 2.3, 2.4, 2.5, 2.6, 2.7) 4.0 - DlvlsiO do elqueleto o esqueleto pode ser dividido em duas grandes por~oes. Ume mediana, formando 0 elxo do corpo, e composta pelos ossos da cabeca, pesceco e troneo (t6- rax e abdome) : e ° esqueleto axial; outra, apensa a esta, forma as membros e constitui 0 esqueleto apen- dicular. A uniao entre estas duas porcoes se faz par Nos pelxes, nos tatus, nos quelonlos, nos croeodl- Ao homem restou apenas a endosqueleto, podendo- 108, podemos verlflcar a presence de urn endosqueleto se olhar a estratlflcacao da eplderme e a cornelfice· j~ bern desenvolvldo, embora esteja alnda censerva- Cao de sua camada mals externa como a ·Iembran~a· de do, como resto da condi~o prtmltiva, um exosqueleto eondlcao primitive. com graus de desenvolvlmento multo varlaveis ••• ~ (Fig. 2.2). Fig. 2.1 - Endoaqueletode quadnlpede (bovlno) queleto (menos tunclonal para a tipo avancadn de anl- mal) (Rg. 2.1). Com a evolu~o aparece um esqueleto Inter- no, endOlqueleto que, pouco a pouco substltul ° exos- SISTEMA ESaUEL£TICa 13 "t 2.3 - ~.to _aI to CAI'lTUI.O II F•• 2 .• B - E~u.l'lo do mlMbro IUI)e'tor • .1110poo,.,l- SISTe.<A£SOUEUnco IS Flq 2 4 A _ E~uel'1D &1 rnembro lu~rlor. .. ... toua.,'" I' CAllTUlO II Slnll •• pOblu fig "_ [I.,.l.to d. ctfttu-,.pjlY1ca......10ant.nor-_. Crl,c. ,IlliCit [~~------~--- I,.. ./ /., .- tIlI ,l/, J . I ~. \' I OJ" I "---'F.. 2 , - ,.~ ...... c.ruur:. Uo(;\.p.;dit'. "''''10 p~t.- Duo dO Quadtd S.D - Clnslr~ dOl IUOI iii WNS mandril de classlliear os O$SO$. Eles pedell. pOI' 8J.el1Plo. Itt dJsslfiudoi peta SA po~~ ~ IDpogrillca. reeonhtcelld~ ouoa ultls (que per. tencem eo 8SqtJeleto axlall e 'jlCndiulJIIIS [qce Imm p3l1e do eaquelelo apeNllculal). EnlllllnllI. , ciani· f~ 111111dlhlndldt 6 lqUela que len em conslde· ~o a retII. des OSSOI. classlflR8do-cr ~o • predomiftWi. d. Ullta .IS dlmera6u (CIIIIlpnmnlll, Ilrgura ou eSjlHSura) IObre as OU'Ias dUls. As$III. reo conhKera..e : a) OSlO loDge - £ Iq~ qoe .,mCIIII l1li cornprfmtrto consl4emelmeat. lIIaIor que a IlIgura e a tsptl1tuta. EUIlPlos tlplcos lio 08 _ do esqueJeto Iptndieular: femur. lirnero. radio. uina. lillia. '''''II. ratalQet. A ligln 2.10 repmenlJ ItIII tISO loago. Ob=ervt como 0 0110 ItIlgo ,presen" duas nlrealldades. duominades epllisa e UID ttrPO •• dliIIM. Ettl pussil. no SE1I Interior, _I cmdlde - ual MdIIar (fig. 2.15). que olola a medola ilssH. Pur es1a mJo 81 oStos longo$ do lalibUt cllam"'O$ tubula. m. NOI lISsa' el1l qe • tsSifl~io alMa nIo " CO'IlplttoCJ. • ,assl,,1 Vlsufruf entra , apillse e a dI'"" am disco cartlUailO1o- cartilagem aplllslaJ. relaclOllodo com 0 eres- clmenLO do OlIO em cor.plimentt. (fig. 2.IS.A) . POI outro lido. ntIS IIIdhlduos IIUllo 140- MS, III ~ocl. para • sol~ da oIols 011 IIIIS IJlSOS. Imndo • alN iil1liluf;Jo de nu n4lmel1l.6tal E4te lato ocom princIpal- ileA" enue 01 0$$0$ do cllnlo (dllO$lolO)• plutetMlolrusfonur a ab6beQ CIIIIIw era all Ilnlco IIS$O. b) Fatal" Indiyldosll - Em ,lgUM IndlvldaOl pode bver pertlllintia da divlsIo de OWl IIIiIIW no dJJto e _ .. .,..rrlrUIs po- dCli Dt8fm', deletmll1Zl!l!t YlriaflO no ,.. maIO de OSSOi. c) Crilfriel de _.-. ... - Os lM,oJllaw UI" Ilwn IS _. aI!fM' r.utto pwNia plla 1_ , ClCIaStIll do ®11m de OS$OS do es- qtJtllto e ISio exptltl I divarg6ncla de mu~ tados qtJlnilo 01 col'IIjJ;nmos. As$flll. 01 OSIIS cllmldos on.1I6lda (Inch". ell teM6es maarlarts) ... collpmdol ou .. III conta- gem glo~l, segundo 0 autor. 0 MIIIIO OCOO" It COlli as ollicuioa ~o oU'o'ldo medlo, ora COmputaiM. 0It IJII. Fl. 2.' - 0- do ........ do _ • ~ I.. o 0$$0 do quldlli. no Itlo. ~ tlllstilaido de tm pillet. I~, ,.,be e ilia, que pos- letlomeam sa fOld!JI JI8R 10r1l3t um 0$$lI ~ 10 adultl (FIlj.2.9). ~ Av· i • - CriI1Io , .... 5.0- ......... _ lID Indlvl6ao adult •• Id"'. III qual Ie comldeta compl,tJdo 0 d"emlvimenlo orgbleo. 0 na.,tro de _, , da 20&. &.. numl!lO. todlVla. nrle. A liver· •• III ccmld~ 01 ~ IItQlU: I) flllm dirih - Do IIoIIdI'ItMD i aenllldlde h. UlII' dlmlna~ 010 n~1I8rO de DUO•• Isto dmoCe '0 '''0 de qUI. certo$ DUDI. no f"IC6I.nasddo .... foIlIId .. de partes "'US qUI sa selcbm dlnllle , ~_lwtaeIIc.010 IndiYIdllOpara eonstinri, am ouo IInICIJ '0 Idulto. As$lm. 0 01$0 lrantJl e lomldo por dll. p~lieI.HPon ao ,lao medlano. A flgura UaIXD. 2.8 • .w. III ainIo d. IClo 0Gde. Iat, pode IIIo~. 11 CAl'IAAO II RO. 2.H.C - Osso do QUadriI. vi..., lI_m ..... Rg. 2.II.S - _. vim __ b) CIAo 1l1li_ - Tambem cbamado (improprl&- mille) ,._, E 0 que 3prtSeota CIKDIIri- IIIeIIrllE eqlMleatea. ~m sam a espessIn. 0_ do a8aIo. Cl!Illl D patte- tal, frontal, ~clpllllf e outm COIIO • esdpu- I. e 0 osso do ~uadril.$10 exellJllos belli dtlRlllttmiYDs (Ag. 2.11). sr~ EsouEltnco19 tV e V 0.'0-1 do matoLOtRFetanoe mWla riO. 2.12.A - &01/11010 da .... -Carpo -Falange m4wa. t I. \I 0950 do ",araC3tpO B do tam sao excal.entes exomplos (Fig. 2.12) . 0) 0110 m1II - E aqUIla que ap!1lssnta eQuiva. liacla diD tres dlmem6es. OS-O$$O$ do caqle 20 CAPITUlo II .J Out "'_'Iice - AjlI'aeIIU .... III Nil uvldt6". d. vole. VlflMI. remlldaa de 111IIC0SI e contendo It. Eslal uridtde, ftc:. bern 0 nomI de ,I •• ou .. to. O. 0'* f.Rev. m4t1cos cltlo .ltu.4oa no crlnlo: &0011• ma- xlilr. lempotlll, ellndlde • etfendlde lAt . :!.14} • SI$1'D.IA ,..,.., mec 21 no 2.".' - ,_raI.......10'... _. ;'" a ___ que nio ,ode .. .., claullic:ado. I.. tIpoa dmritn leill' • .... porest. ,. _1d."I,II080 que rhe lio peculiar ... eelo- de uma das calegorl" Ilgulnltl: ... lmtIW - AprNntl Umt morfoloell .-,luI que nao etIc.nttli cor".pond'lICla • .... geGiDCll11* codeclUt. As vate· lira I 0 _ tmporaI do IIClllplOl IIIIR:IIt- .. (fig. 2.(3). Bepm qlll bj _ que. dada .. _ peculllIf. Corp. dl ..,'elltl dade. morfol69I1*. do d.JJlfleados 1111.111 d. III ,"'po: • h,"lil. POt eJt18j)Io. 6 UII •.,0 I..... _ ... pneull\i!ic:o; 0 .... ,., , ~. _ ... b6. pltllldlice. II 0Iw MI,"'1Ia - O~ .. SlllIIJaclJde _1-,," II da dpIIa a. !nil qa eIMIYt a1fM 1r1icII~ Os prt. _IIUI de ella.... ' OJ .. .... ,.,..... , A flill~ l!pice de ....,8$UI6Ide 1IIIr1ll1ld1.. !fit. 2.5). 7.0 - Tlpo. de wbllncll ._o 8sludo mlCfoJC6plcodo tecl~o 6 0 dlllingul II~' "...~ ••npeefo Embore o. ellmento. constlhllnll ... J•• 01 m,_1 DOl doll II· POIde IIIlmillCladua•• lie. dbjI6tnt-... lIemlllln- te com.,. 0 Ilpo eollldttlldo e _ IIpIetO 1IIt_ ~ IUIWI!I dd",. Na .... bela 6uu CtIIpKII, IS 1.. ICIIba ~I Iieddo ._ _._ ,.nnIHII IIIIdaI _ " IUIrII peta _ ,-, - ... Iuja ~ lYre Inlerporto. ,. 1111 rete. IS1t IIpe ... .,_ • rI)e. HI ~ .._ apIIjlllll ..... ~ .... "-. .. Im,ullres HI Imu • tIIUIIIII. II llI1nj111 de 10I1III• debar .nln .1 I"'~ 0111_ nil quI II eo.. unlCM UI'DIICOli as tutra. AI nnu. ~6es .ball. !!IOslTalli01 dol. llPOI d•• ilhtJoda 'lUI num .SIO longo•• m cort. lraatal ••• com tras¥er. III. !Av. 2.(5). flO 2 1.5 8 - CortD tnanJwrsal 10 "rvel cia d;Mise de t:m ono kwtoo fl. 1.S.A - Cor" t_ do __ " _ conllldJ nos tspa~ ex!Jttnttsealll n II1Weolade ,ubstJncla 0,,6. eaponloaa. Ohern nat dUellI"tra~, I pres~ do QIIII meilvlar que ,!ola a modula 6sso•. Em tJmbem 0 en- .. CAPITuLO " 1O·.O-N~ Os 0=, saja devUloa sua f~ belDopelellca. aejil pelo laiD de 58 ~reRIIImIII allD IIllI IlesenYoIri- menlO lenlo e CORtiJlDO,sao aIlatnesre v2ISClIlqrizados. As arterlll$ do peri6steo panetram no 0$$0, IrrigandCHJ e disllibuinl»se na .ellul. 6ssea. Pal estJ ram, des- plorido do seu periostea 0 esse della de ser fliIIrldoe morre, No vlveote e no cad4ver 0 ossa se elConlra sem- pre reve$l)do POI deIiuda rnemlnne cnnjlQlin. com me~iio das 5uperficil!s articulms. £SI.a mCJllbrau e denomlnade perl61teo e 'plesm!a dois folhetos: UIII supeniclal e CIIItO profundo, estr ell _II. diret. com a superficle 6ssea. A CSlIIada p~ e cba_ de osreogenfca pelo lalo de suas celolas se transr.r- .artm elll celulas 6sseas, que s!o iDl:OtpOradu i $II- perficle do 1lUI, Jl{I!DIIl\'l!DIIn assim • seu espessaIIIeD- LO. Esle mecanismo, asslm como Ii l1Iinticias eSlltlhf. rais. clevem ser estudadas elOwnologla. SIST1"NA ESOOB£nCO Zl 8.0 - Elementos descriliws cia mperflclil dot OUlll 0$ osso, apresentam OS sua wperflcle. depressoBS, sall!nclas e i)berturas que consfiwem elemenlO$ ~es.- crltlvO$ para seu estudo. As saliencias se!Vern para ar· licular os OSSO$ entre $1 ou pare a flxa~o de museu- los. flgamulos, cartilagens ere, As snper!itles qu se desllnsm a articula~io com oUlre(s} pe~(sl esquele- tlcl(s) S20dltas arlicullres; S80 Ii.sas e reveslidas de cartJlBJetI, COIOUlllelflehiallna, que e deslnlid! durilll- te 0 processo de pr8para~ao dos OSSO$pm estudo. Ell· tre as sali~nclas reconhecem-se: cabe~a$, ~ndllO$, aistn, enUJlenclas. luberculos. tubcrosldades. proces- ~O$, linkas, espinhas, lnicleas etc. As de~es pe. dem, como as salienclss, ser articulares ou nao, e en- tre ellS cillTm-seas !ossas, fosutas, impressiies, sui- cos, recessos, etc, ElItre as aberturas, em gmt destiaa· du b passagem de neNOS ou vasos, encoDlrm·se 08 forame.l, meates. os1IOS, poros, ete, ImpoNe oms res- .alva; es crltl!tios para eslas denDlDilI~es nem sem- pre sao loglc08, sendo conscrvadas pele consagra~o do uso. de obteo~o DB prepara~o, nill exlstem em grallde rui- lIiIrO. Pm resolwr 0 "obIema. elias p~ lalio iI diSJlllsi~ dos irupDS em tIIll3 DUmats metal,. detlOlDl· nadas"MIlS. Sa mencionadas no. rolelros, devem ser procunda peIos CDlllpanentes do tlllJlO. SendD de COli- IUha col.liva, as p~as d. meSliI neutllS ~ao devem ter IRIlSportadilS pan OOtlllsmesas. ..0 - Nonce pe~ a aaxOlo do Professer antes de lenler, dentro do seu grupo, COllIIndas is inlorma- ~es e _10. qu1 tell! a sea dispor, resolver a diliCIII· dade. 0 oprenililBdo depend!! mUlto da sua eapacida· ~e ~e obaervar. raciutinar, Climparar. dllCUllr e dedu- zlr, jDnID com S!US coIegas de !l1llpO. f'oIqve, .I~m de Anatomia, ba urn objelivo maior que S1! deseja vel aliI!- gldo ~ .. eder I .".....er. 5.0 - &111 consldere~e$ geran 580villm pa- ra tDdas as aulas pritleas, 5$ qual fer 0 munto. Me. IHo, rigJ)r • rttllD de estIdo, siD cond~es cssenci.tIs para collier boos resultados. CONStOERACOES SERAIS SOBRE AS AUlAS PIIiTlCAS '.0 - AnIlKIia ~ i ON dl$clphll! ess8l1Claimml. pritIca. £ evidslle cpI8 cOllt"ilUl\!6e$ ledllcaS faulll pane do seu u1Udo e. por e$ta razlo. Ii ElO! segull 1$ 11IIC11'1Sde ,mica selll a COIIIplemee- ~ da parle pur1IIIll8te tllirlea qw es &III!U~",. Ma"mo porque. O!Iste livID. 1111$ vezes encODtran!mOl UN "I)In. ~ leOrfu"• 2.0 - 0 estudo deve lei feilll em gropo e OS re- tens .. emilO$ para sere. seguidos rlgomamen· te. safbr pidgrafes. 00 _ !rases, debar de se- gulr eslJ'ibalenl! II Inslru~es. pode levar 0 grupo a perder a legil:ilbde da ~ COli prejulzos que Ie teflelim ne l11lDI!IIto da eutlHYllI~, 0 lim •. 'to contEn! todas as 11u!t1J~6es ilIdl.peosiivets. G que Uo ~e 0 e&l)ftge do AlIas de Aaaltmll 00 ~ ¢es stlp!!1IIfJlta.~J•• watade d~grvpo. 3. Q - 0 Illiterill tJtllizatu pelo gllljlt de estodo dM aD adequdo II estzr em I!o5s CD!IIIi96es de COl)- serv~. Eatrelanto, ~s hi que, pela dillcoldad. 2A CA?lfUU) II OSSO$ e que partes de!es (vern estes relevos. Obser· ve 0 releva da clavicula. lID eslBniOe OOSC811du. £D- miDe estes ossos go esqueleto. Passe agora 11 col_ ,erteIIraI: Pale como as vitteIns, 00 esqueletil, lem VOlUlll8difereDle embwc sua forma seja. basicameme. semelbao!e. Elas podem Set separadas em tres 9JlI- !lOS: 7 cenicais [no pescG!1II), 12 torii:icas (00 Ilirax) e :; Ioabaea (correspWldem ao abdome). Ell! oulros animais, eatre1anto, 0 mimero de vertebras varia.. No cavalO, ba 18 todck:as e no boi 13. EJD quase lodos 0$ mamiferos, todawia. incMndo a girafa. 0 Dlimero de vwbras C!!IYital$.e de 1. Observecamo as vertebras de cada glllpo tem caracterislicas pniprias e difuren- ciam·$!! das dos OUlfOS gIllPO$.·Que·parle das vErtebras p.ode ser palpada na ,orona vertelJraI do seu colega? CooIjra sua resposia na fig. 2.13.1\ P~ a ele para lIetir 0 1Orax. Cllmo Sf fusse apanhar O.ID obleto 110 chao. selll dobrar as pernas. e repare como os releyos 00 colonavertebrallomam-se moi1u mais nilidos. Guar· de esie eonceito: relevos produzidDspOI ossos aa .sa- pedicle do C81j10 podem ser mal; salieotes na depen· deo.:ia I!o moYimgijta rcalizado. Agora. em \"OOe _, palpe os ossos da pelYe, priDCipaJmente ~ clmmada crislJ ilia que pode ser identificada nas figS. 2.7 e 2.11. Observe taaibem es relews produzidos ao aiver do jaellla. tonmelo e pi. Procure identificar 00 esqueleto qlliis OSSO$ e que par· tes deles produzem estes relevnS. RomRO PARAAUlA Pi!Aru:A Of SISTEJ.IA ESOUlliTlCO SISTEMA ssounmco 25 1.0 - Examiae a estru1ura a sua freete. Observe Clllno eta em C8RS!ilUlda. de partes articoladas elllre si, arfilicialmeJllB.Estis paries sao es _ e, DOC811- junlO.a estrvlUra Iidenominada RqJelelD. Identifique as ~ que C8rmporJdem ill! ~ IeID uiaJ e an esqvelelD JpeIIdicular (figs. 2.3, 2.4 e 2.51. Repare que 0 esqueIetD .~iC8lill ei!i apen- so 80 axial pur OO$OS que ronstilDm as ciabRa. ~ calize as tilttt!raS esrapolar e pilvica e id@liflque os ossos que delas lazem parte [figs. 2.6 e 2.1). 2.0 - Com.o auxiTio lias fi!p. 2.3,2.4.2.5.2.6 e 2.7 yore identificou maitos 0SSClS do esquell!lll alial e apendiWlar. lias aiAda naG iden1ifiCOtl os do eri· nio.· Alguns 0$SllS craniaoos sao frequenlemeJJte des- tmidO$ duraote a pre~() do material. Isto llC8tre princlpalmentt na .orbit! e cavidade nasal, mas, no mil- m_entv.oeohum deles ser.i objeto de estodo. Asslm, C8Q10 awcilio das fillS. 2.16,2.17 e 2.18 identifiqoe OS DssOS segointes! fnm1JI, _I. ligolllilico. 1UIiIar. .... ilnda. parietal, temponl, esfea8i~e e OtCipital. 3.1] - Os essos ja [0rE1l1 JdenlifJCados. Pe~ en-m a OQl coIega do grupe para despir 0 Ilirax. Esco- lha om que seja suiftientemenlB magio para servir de IIllideiO, pllis vames estodar urn pouC8 de AIIa1DlIliade ~Qe. ObsetVequaisrelMlS ajlarecemna :wperfi· ele do C8rpG.do sea coIega ao nive! doolOllro,co_ lo, pIIIIIo e 1IIio. Tente Identifkar 00 esqueleto quais ~. t tI- er-. "'* __ ';'.,< '. , F ...... ::.... __ Orbit. SIS'lt1M (6CJIAl.[T1CO 2'7 FIg 2.18 - Cranlo. vrsto inleriormente 28 CAPITULO II 12.0 - N.a IIts. aeaua 1m.. colocados _ de I.ndrviduos lov"" onde a caI1ilagern epifill., pode ser Idenllflcada. Urn delel e 0 osso do quadril 'p,e- stnundo-se tri,anldo: IdeJItiliqUt .0sle osso 0 1110. isqlio e, ~e. 11.0- Ha.ea neutrl U =os Irescos de .m ruls em que 0 pet!6sleo foi·c_rvadO. ObstMl-GS e ldentlfiqlle 0 peri6steo Re. 2.1t • - Cone _ .... do 16<... '- "II$UI. COOl" 10.0 - OMerv! urn 05$0 COtla6o (roll1aJrnenleI (fig. 2.15) e Idenillique a Sflbslincll 6sse. compBC· ___~... hi e npOliJosa. bell toliO 0 canal meduler. Em, es- lIVlUIU LlDlWII podtm Set YiSllaJlmIaJ 'III ossas cor· bidIIs twIMnaI_nlt. 9.0 - Em u. osso lango ldenillique as ",Ubes e a _lie (Ag 2 10). 8.0 - C!asslflque morlologic'lIIenle 01 seguin- filial" _: ame, •• r.IrI'lD. ossa, do carpo. ,.1_ gel. dlVicIda. ex..,. teIIp!llili. froatal•• anrlr.trla. _I .. rirtellR. ossa do QAdriI. ,_,. libll•.~ dneo . .as do .ellLllSII. 1.0 - TOM 190.... Uti O$SO IlOIa60. como 0 Ie. lIIlIr. e Db'elYe como SIa strpMicle 6 Imguw. III" iiellTlDdodepreollitl. ..,Icos. 1013mes (orificios). SI- llencial. etc. P•• ~ue servem estes aeldentes 6sstos? 6.0 - ObseMi tlmbera a tWJn~abr de l1l1I ~. Rt]ft CD" • dlviClia Iauiste 01 • 1\1- dilaeal3r. eoq_ ~ ., 1liiie. f be;; *-1- YiIb &II pMIlcllar co"lomtal)io do 10m dos qu.dni- pedes Iaz COlI que os plKe$SOS esp 'MoSIS das v&1e- bru It loraea milia lUis pmetDlncnlts. Impedlnda que IqGela ani.,11 paua,. deil1ll"st lObre 0 dono. Observe a Intlln~io dos ISIOS do quadril nOi quo· doipedes e 110homem ). medida que 0 aniln" IGlasu· lllillllo • pos~ bf,ue •• pelve pauw I 1l1li' ~ IRis ~ pi1ltiiilillll .... st is -- uJsto- das d. eqIiIibno 5.0 - Ouuo 1610 ~ue deve str oburvado nos quadnjpedes e 0 gl1llde desenvommenl. 60s ossas d, aetx.po e lletmrstl em relal)io lOS lID 110•• 11. 0 .u.ro de lied•• ~IE nri!nl: u. ao trliio. dols nos IVlDil1llltes (bol. carneIro. bode). qualra no porco. clw:o no hamem. 4.0 - £maae. -1IIIelIIe, i <*IJI~O tIa CIlIa Itridu , da peM !It l1li esqueleu 1Iu_. e CD!IIIpft co. as de ... el4lllt1tD de III!I ~ (este liltiato esI.i 81 mesa MUm). Note que 0 I6tax.0 quadr~pede , lIuilD mais IIlptlea e que IS eenelas 110seu le~o dOrlal Ilio Bple~tam aID ilgulo lio pro- ... rjado co... lqlltle OHma4o lIaS costeles do ,sque- ItIII __ AI Ilgtm a]),lJII lIIOSInIID •• ,~ : 23. observar as diferencas mais ootaveis entre 0 es- queleto humano e 0 de um quadn1pede. no que se refere A caixa tcraclca, pelve, essos do me- tacarpo e metetarso, e cintura escapular. 13. definir eartllagem epifisial des pontos de vista rDorfol6gicoe funcionaJ; 14. eitar as difere~as mais notaveis entre 0 esque- leta humano e 0 do quadrupede, em re~~o 80 tom e it pelve; 15. identificar os tlpos de esqueleto; 16. identilicar 0$ OSSOf que constituem es esquele- tos axial, apendicular e as einturas escapular e pelvlca; 17. identiftcar o~ tipos de ossos do esqueleto; 18. Identiflear, macroscoplcamente, as substfulcias 08se85 compacta e esponjosa. e 0 canal me- dular; 19. Identiticar, macroscoplcamente, 0 peridstec: 20. Identificar, macroscopieamentl'", a cartilagem epi· flsial. eplfises. diafise; 21. observar "In vivo" os releves produzidos por acl- dentes dos ossos e identiflear estes aeidentes no esqueleto; 22. identifiear, no esqueleto artlculedo, tipo e mime- mere de vertebras de cada reglao da caluna ver- tebral: OBJETIVOS ESPECfFlCOS DO CApfTUlO II ApOs 0 estudo deste capitulo 0 afuno deve ser capaz de; 1 . conceltuar esqueleto dos pootos de vista estru- tural e funcional; 2. eltar as fun~s do esqueleto; 3. eitar os upes de esqueleto e suas diferen~as; 4. eitar os OSSOS que constituem os esqueletns axial, apendieular e as eintuTas escaputar e pel· vlea; 5. eltar os fatores que determlnam as variaciies no ntimero de nsses do esqueleto humano: 6. dar exemplos de vari~6es no numero de ossos do esqueleto humano. decorrentes de fatores eta- rios e Individuals; 7. eitar e deserever os tipns de essos do esqueleto; 8. definir, do ponto de vista macrosc6pico. as subs- tincias Osseas compacta e esponfosa e 0 ea- nal medular: 9. cltar a Importancis funclonal dos elementos des- critlvos observsveis na superficie dos ossos: to. deftnir periasteo do ponto de vista macrosce- pieo; 11. eltar os aspectos morfolOgieos mais importantes na ntltrlcao dos OSSOS e justlficar esta Impor- taneia; 12. eitar a localiz~ao topogrcifica da medula dssea: 30 CAPITULO II Fig. 3.1 - Sutura escamosa FlO. 3.0 - Sutura plane "turn serreaclas (uniao em linha "dentea- da"). As flguras 3.0, 3.1 e 3.2 exemplili· cam as lipos de sutures. de maneira esque- matJca. Junturas Capitulo III 1.0 - Conceito Os ossos unem-se uns aos euirce para consti- tuir 0 esqueleto _ Esta uniao nao tern a linalidade exclusiva de coloear os ossos em contato, mas tambem a de permulr mobllidade. Por outre lado, como esta uniiio nao se faz da mesma maneira entre todos os ossos. a maior ou menor pos- sibilldade de movlmento varia com 0 llpo de uniao. Para designer a conexao exlstenta entre qualsquer par- tes rlgldas do esqueletn. quer selam OSSOS, quer car- tilagens, empregamos as termos iutltur. ou articlll- ~. 2.0 - CllssiHc~io das jloturas Embora apresentem censideraveis variaebes entre elas. as junluras possuem certos aspectos estruturais e funcionais em eomum que permltern classllica-las em tres grandes grupos: fibrosas, tartilaginosas e ai- noviais. 0 criteria para ssta divisao e u da natureza do elemellto que S8 interpoe as pacas que se articulam. 2. 1 - Junturas fibrosas As lunturas nas Quais 0 elemento que se tnter- pOe as pe~as que Be articulam e a tecldc conjuntlvo fibroso sao ditas fibrosas, e a grande maiorta delas se apresenta no cranio. ~ evidente que.a mobllidade nes- tas junturas Ii extremameme neduzida, embora 0 teci- do conjuntivo interposto conflra uma certa elastielda- de ao cranio. Ha dois tlpos de junturas flbrosas : al Suturas - sao encontradas entre os osses do cranio , A maneira pela qual as bordas dos ossos articulados entram em contato Ii varia- vel, reconhecendo-se AlUras plllIas (un lao U- near retilinea 011 aproximadamente rstllinea}, SulUras eSCilfllOSis (uniao em bisel) e ~ ! r• Tambem as junturas que se fazem entre ea eor- pas das vertebras podem ser ennslderadas como sln- fise, uma vez Que se interpoe entre eles urn disco de fibrocartilagem - 0 diSCI ioIenertefJral. 2_3 - Jullns sinoviais A mobiJidade eii!le livre deslizamento de uma superficie ossea contra outra e isto e impossivel quando entre elas interpde-se um meio de liga- t;ao. seja conjuntivo fibroso ou cartilagineo. Para que tulja D grau desejavel de movimento, em muitas junturas, 0. elemento que se interpiie as pe~as que se articulam e um Ifquido denomiRallo siJt6yia, ou IiqlitiJ tiJovial. Oeste modo. os meios de uniao entre as pB~ esqueleticas articuladas nan se prendem nas $Uperticies de artj~liJ4;ao. como ncer- re nas junturas tibrosas e cartllaginosas: nas jumu- ras sinoviais 0 principal melo de uniao e represenla- do peJa cipsItIa artic8Jar, eSp8cie de iDanguito que envolve a articura~ao prendendo-se nos ossos que se articulam. 0 desenbo da fig. 3.4. A e B ilustra 0 fato. 2.2 - JUlluras cartilaginosas Neste grupo de junturas 0 teeido que se interpiie e cartilagiDoso. Quando se trata de cartilagem Uiiaa, temes as sincoMrosesi aas sinflses a cartilagem Ii ~ 'lI'8Sl. Em alllbas a mobilldade Ii reduzida. As slncen- dreses sao raras e 0 exemplo majs tipieo Ii a lilldll- drose esfetlHCCipital que pode ser visuanzada na ba- se do cranio (Fi!J. 2.18). Exemplo desinfise enccntramos na uniao. no plano mediano. entre as por~oes pUbicas dO&0$$0& M quadnl. constiM!Jdo a .i.nfise pi"ica (Fig. 2.7). b) SiadesIDOSeI - Nestas junturas 0 tecido In- terposto Ii tambem 0 conjuntivo fibrosa. mas nao ocorrem entre os OSSOs do cranio. Na verdade. a NlJmem:latura Anatiimlca sO regis· tra um ex.emplo: sioIes.ose liW.lllHllar. Isto e. a que se faz entre as .extremidades distais da tibia e da fibula. pGItOI fracos na estnJtura do cramo. denominados tom.eJas OIl foDtiCliles e wlgarmente chamados •mo- leiras". Desaparecem quando se cOllpleta a ossifica- ~ dos 05SO$ do cninio. Embora ja tenha sido descrila no capitulo ante- rior, seria interessante lembrar que na i~ade avaR(:a- da pode ocorrer ossifi~iio do tecido illterposto (sf. nottose). fazendo com que as suturas, pooco a pon- co. desaparet;am e. rom elas. a elasticidade do crinio. Se observer atentameote a figuril acima. que reo presenta urn cranio de felo em vista superior, urn ou-- tro faro pooe ser notado: em alguns pontos a sepi1171- fi80 entre os ossos e maior pela presern;:a de maior quantldade de tecido conjuntivo fibrosa. Estes sao Fig 3.3 - Cranlo fetal. onde se notam as fontaneIas No crsmo, a juntura entre as nssos nasals Ii uma sutura plana; entre os perretais. surura denteada: en- tre 0 parietal e 0 temporal, escamosa. As figuras 2_16 e 2.17 mostram estes exemploS. No crania do teto e recem-nascrdo. onde a ossl- fic~ao ainda Ii Ineompleta, a quantidade de tecido conjuntiva fibrosa mterpesto e muito maier, expllcan- do. a grande separa!;lio entre os ossos e uma maior mobilidade. t lsta que pennile. no momenta do parto, uma redu~oo bastante apreci.wel do volume da cabe- eli fetal pelo "eavalqamento". digamos assim, dos asses do cranio. Esta reducao de volume facilila a expulsao do feto para 0 meio exterior (Fig. 3.3). Fig. 3.2 - Sutura serreada 32 CAPITULO III F19 3 4.8 - Capsula a,Ucul., da articuJ~liD do quadrll Ctlpsula articular JUNTURAS 33 o corte frontal (esquematico) de uma juntura si- novial mostra a preserw;a de uma clYl.~e .. icur .. (Figs. 3.4. Ae 3.5) A cavidade articular Ii urn espaeo virtual ande se encontra 0 IIquido sfnovlal. Este e a lubrlflcante na- tural da junlura, que permite 0 deslizamento com urn mInima de atrilo e desgaste. Note que a ca,sura articu.lar, caviuH articulir e 114111110sinovill (slnGvla) sao caracteristlcas da juntu- ra slnavlal. Nos t6picos seguintes certas consldere- ~ijes sao feltas com relacao a este importante npn de juntura. 2.3.1 - S.,..-ffcles artJcuIarea e III revutillfJlllO· Sabemos que sUperfiCies articllares sao aquc· las que enllsm em cantata numa determinada JUIltu· ra. Estas superffcies sao revestidas em toda a SUB ex- tensao,· por cartilagem hialina (cartilage.. artit.llr) que representa a porcao do osso que nlio fOi invadi- da pela osslflca~iio. Em virtude deste rcvestimento as superficies articulares se apresentam lisas, polidas e de cor esbranquicada (Fig. 3.6). sao 8uperfleles de movimento e. portanto, suas fun~iies estao eondlclene- das 8 ele: a raducao de mobllidade na articula~ pode levar 6 fibrose da cartilagem articular. com In' qalJose de juntura (parda da mobilidade). A carnle- gem articular Ii avascular e nao posstJl tambem lner- v~o. SUa Illltricao, portanto, principalmente nas areas mals centrals, II pre~rja, 0 que lorna a rege- neracao. em caso de lesoea, mais dlficil a lerna. A ._ .. Ilnoviil e a mais intema das cama- das da c~psula articular. £ abundantemente vascularl· zada e tnervada, sendo encarregada da produ~ao da IiIlMa (11l11ido aitoviaI). Oiscute·se se a sinOvia Ii uma vertiadeira secre~ao ou urn ultra-mtrado do san- gue. mas e certo que contem acitto hiaJlrillico que Jhe contere a viscosidade necessaria a sua run~ao Jubrifi- cadora. Ugamentos e capsula articular tern ))Or flnalidade manter a uniao entre as cssos. lI1as alem disto. im- pedem 0 movimenta em pIanos indesejaveis e limitam a amplitude dos movimentos consid9ra~$ normals. 2.3.2 - capsula articular Foi descrlta neste capitulo como sendo uma mem- brana conjuntivlI que envolve a juntura sinovlal como um manguito. Apresenta-se com dlJa$ cama- d.u: a _.-..a fibrosa (external e a aUl•• na 111IOW1ai (internal. A primeira Ii mais resis- tente e pode estar ref!Jrcada, em alguns pontos. por feixes tambem fibroses. que constituem os lill_.tos capsulate., destinados a aumenlar sua re- sistencia. Em muitas junturas sinoviais. todavia, axis- tem ligamentos independentes da capsula articular de- nomlnados eltruapsulares ou ICeS$lrios e em algu- mas, como na do joelho. aparecem tambem tipne. tal iatr.. rticalares (fig. 3.6). Fig. 3.5 - Corte frontal da a~ do ombro \ CApsula arttcut 34 CAPITULO III Fig. :US - Artlcul~Io' do Joelho. "late .nterlormente. A c4p1U1. artlcul.r {of retlrada e 11md. ,,'suallrer-eee. clemal. estruturos llgemento extra-capsular Llgamento Intra-articular Superflclo articular Monlaco JUNTURAS 35 Fig. 3.8 - ArtlculalfiO estemoc!avlcular. 00 !ado es QUerdo for felta 11m corte frOlltaj para mestrer 0 disco 2.3.4 - Princ:ipals m,vimentos rullzadOl peiOl I,,' meBtosdo C:IN,. o movimento em uma 8rticula~ao faz-se, obrigato· rlamente, em torno de um elxo, denomlnado em de mi· vim_o, A dir~80 destes eixos e iDtero-posteritr Iven. tre-dersal). latera·lateral e longitudinal (cranio-caudal). Na analise do movlmentri reallzado, it determjna~o lID eixo de movimento e felta obedeceOOo a regra. segun. do a Qual,a dj~io do elxo de mevimento e lempre Fig. 3.7 - Artlcula~ilo do Joelho, vista poaterlormente perpendlcuJar ao plano n. qual se realiza 0 moville. Em varias junturas sinovlais. interpostas as super- ficies articulares, encentram-se forA1~Oes fibro-carti- laglneas, os dileos e .ettiscos intTHrtiCliiares, de LigaOl nto intra-arttcuter fun~iio dlscutida: servirlarn a rnelhor adaptacao das superficies que se articularn Itemando-as ctnglWelltea) ou seriam estruturas destinadas a receber violantes pres- soes, aglOOo como amortecedores. MeniscDs, corn sua caracteristica forma de mela lua, sao encenrrades na articula~ao do joelho (Figs. 3.6 e 3.7) . Exemplo de disco lntra-artlcular encontramos nas art;culacOes esternoclavlcular e temporomandibular (Fig. 3.8). Os rneniscos do joelho sao frequefltemente lesa- dos e sua rettrada cirurglca e bastante comum. Algu- mas vezes, ap6s a retirada, forma-se urn novo menis- CO. replica do primetre, porem, nao rnaIs constituldo de fib~ocartilagem mas slm de conjuntivo fibroso den- so, meoos resistente. 2.3.3 - DISCIS e lIIenilCOs 36 CAPITULO III c) ~ - £ 0 movimento em que 0 segmen- mento glra em tome de urn eixo longitudinal (vertical). Assim. nes membros, pode-se re- conhecer uma fIl~ _lal, quando a face anterior do membro gila em dir~iio ao plano medlano do COrpD, e uma ro~ lateral, no movlmento oposto. Repare que a regra gersl continua a ser obedecida, lato e, a rot~D. conslderada a posiCao de des~rlt;ao anatGml· ea, e felta em plano horizontal e 0 eiXD de movll.ento, perpendicular a este plano e ver- tical. b) Ad~!1) e abdu~ - Sao movimentos nos quais 0 segmento e deslocado, respectivamen- te, em direcao ao plano mediano ou em dire- cao oposta, isto e, afastando-se dele. Para os dedos prevalece 0 plano mediano do membro. Os movimentos da aducao e abdu~o de- senvolvem-se em plano frontal e s e u eixo de movimento e antero·posterior. £ preciso ter sempre em mente QI/e a realize- Clio do movimento e feita levando-se em con- sidera~ao a posi~iio de descri~iio anatomiea. Ol/sse sempre 0 estudante ao realizar a adu- ~ao ou abducao da mao flete 0 antebraco. Nesta talsa poslcao 0 plano do movimento passe a ser horizontal e 0 estudante deter- mlna 0 eixo de movimento, erradamente, co- mo sendo vertical. Fig. 3.9 Ag.3.10 Os movimentos angulares de flexao e ex- tensiio ocorremem plano l8titll (ventre-dor- sal) e, seguindo a regra ,0 elxo desses movi- mentos e latero-Iateral. A fig. 3.10 ilustra os movimentes de fte- do do pe. Neste caso 1180 usamus a expres- siio euetai. " pe: os movimentos sao de- finidos como flexit .. ",I e floio pl.. tar do pIi. tente entre 0 s8ijmento que se desloca e aque- Ie que permanece fixo. Ouando ncerre a di- II'Ilnllf~ao do angulo dtz-se que ha fJexiD; quando ncerre 0 aumenlo, reallzeu-se a el- leaio. A figura abaixo mostra a f1exao e a ertsnsao do antebraco (Fig. 3.9). JUNTURAS sr ........ Assim, todo Rlovimento e realizado em _ plano determinadn e 0 seu eixo de movimento e per- pendicular aqllele plano. Os movimentos executados pe- Ies seglllentos do corpo recebem nomes especificos e • serao definidos apenas os mais importantes. a) Utvimeatos IngIlares - Nestes movimentos he uma diminui~ao ou aumento do angulo exis- 2.3 ..6 - Classlfi~o mortolcigica das juntms sl. noviais o criterio de base para a classificacao morfol6- gica das Junturas sinoviais e a forma des superficies articulares. £' fora de duvida que 0 simples exame destas superffcies indica ccnsideravels variaciies mOT· fologicas. lstn e tanto mais importante quando se sa· be que a variedade e mesmo a amplitude dos mavi· mentes realizaveis em uma articula~o dependem do tlpo de "encaixe dssee", ou seja, da morfologia das superficies que entram em contato. Ha grandes dl- vergencias entre os autores quanto a nomenclatura a ser empregada nesta dassifica~ao. Nos tipos que sao descrttos a seguir. se conservou a nomenclatura ofl- elal, com as ressalvas que pareceram validas. a) P'ana - As superficies articulares sao pla- nas ou ligeirarnente curves. permitindo des- lisamento de uma superficie sabre a outra em qualquer direciio. A articul~ SICfO-iliaca (entre 0 sacro e a po~ao illaca do OSso do Quadril) e urn example. Oeslisamento exlsta em todas as junturas siooviais mas nas artl· cuiacoe$ planas ele e dlscreto, 'azeooo COli Que a amplitude ~II movlmento seja bastan· te reduzida. Entretanto. deve-se ressaltar que pequenos deslizamentos entre varios OSSDS sr- ticOlados permitem Bprecidvel variedade e amplitude de movirnen10. r isto que ecorre. por example. nils articulacoes entre os OSSOS ~urtos do cerpe, tarso e entnl os corpos da'1 vertebras. b) G(nglimo - Este tipo de articul~o e tam- bem denomlnade dobradica e os nomes rete- rem-sa muito mais sn movimento que elas realizam do que a forma das superflctes artl- eelares : flexac e extensao (movimentos an- gulares). A articulapo do cofoveia 4 um bom exemplo de gfnglimo e a simples abser- vseao mostra como a -superficie articular do umern. que entra em contato com a ulna. aprssenta-se em forma de carretel; todavla. as articulaciies entre as falanges tambem sao do tipo ginglimo e nelas a forma das super- ficies articulares nao se assernelha a um car- retel. £5te e um coso concreto em Que 0 criteria morfol6gico nao foi rigorosamenle obedecido. Realizando apenas flexao e exten· sao. as junturas sinoviais de tipo ginglimo sao mono·axiais. c) . TflcOide - Neste tipo as superficies articlJ- lares sao segmentos de cilindro e, por eSla razao, cilindniides talvez fosse 11m termo mai·s apropriado para deslgna-Ias. Estas juntu· turas permitem rota~o e seu eixo de movi· o movimenm nas articulacoes depende, essencial- menta. da forma das superficies que entrem em cen- taro e dos meios de unilia que podem limits·lo. Na dependentla destes fatares as artlcula~oes podem rea- liza. movlmentos em torne de um. dols ou Hes eixos. &te e 0 criterio adotado para classilica-Ias funclonal- lIlente. Ouando uma articul~iio reaUza movimentos apenas em torno de urn elxo, diNe que e 1IIOnO-oi81 ou que possul urn " ,tlU tie Iiberdade: sera bi·axial a qlJ8 os reeliza em toroo de dois eixos(dola graul de lillerdade); e tJi.axial S8 eles forem realizados em tor- no de tees eixos (Ire, graus de liherdade). Asslm. as aF ticul8~oes que s6 permltem a flexao e extensao. co- mo 8 do catovete, sao rnona·axlais; aquelas Que rea· lizam extensao, flexao, adu~ao e abduclio. como a ri· Ifio.drpka (articulaclio do punho)! sao bi-axiais; fi- na(lIIente, as que alel'ft de flexaa. extensao. abdu~iio e aducao. permilem tambem a rotacao. sao ditas tri- axial" cuios exemplos tfpicos sao as articula~oes do ..,.. do qladrll. 2_3_5 - tlmiftea;ao funcional das junturas iinovlais Flo_ 3_" d) Cireundu~io - fm alguns segmentos do car- po, especial mente nos membres, 0 movimen- to combinatOrio que inclui a adu~iio. exteo- sao. abdu~o e Hexao resulta Ita tircund~ao. Neste tipo de movimento, a extremidade dis- tal do segmento descreve um eireula e 0 cor- po do segmento. urn cone. cujo vertice e re- presentado pela articula~ao que se movlmen- ta (fi g _3_f f) _ 38 CAPITULO III Urn fato que se deve ter presente: a determina- ~ao da direcao do elxo de movimento deve levar em considera~ao a posicao ordinaria do animal. tal como. no bomem. S8 leva em cORSide~iio a posiCao de des- cricao anat6mica. Jil fOi dito que 0 movimento depende muito da forma das superficies que se arncutam, alem de eu- tros fateres. Ouando exammamns 0 esqueleto de ani· mais dom~sticos, e facil perceber que Ita diferen~as morfol6glcas apreciaveis no ponto de contato das pe- cas esquelettcas quando comparadas com 0 esqueleto humano. A ausencia ou presenea rudimentar da cla- vicula naqueles animais limita sobremaneira a pass I· bilidade de movimentos da articula~o do ombro. No homem. a variedade de movimentos da articula~ao do ombro esta intimamente relacionada aos deslocamen- tos da escapula e estes deslecameotss exigem slmul- taneo movimento da articula~o estemoclavlcular (en- tre 0 esterno e a extremidade medial da 4.:lavlcula). Nos animais sem clavicula ecorre. pertanto. uma re- du~lio na amplitude dos movimentos realizados pela articulacao escepule-umeral, embora ela sela. como no bomem, esferdide e tri·axial. Ha verdade. os doIs Uni· cos mcvlmentas Importantes desta articula~ao, naque- les animals. sao a flexao e a extensso. Nao sera de- mais lembrar que os membros, nos quadriJpedes tlpl· CGS. sao destinados especIal mente a sustenta~iio e 10- como~ao. £ interessante observar qoo. no homem, este papel e desempenhado. prineipalmente pelos membros inferiores. e embora a .uticul~ao do quadrll seja bas- tante m6vel. a sua possibilida<le de movimento Ii me· nor que a do ombro: os membros superiores. embo- ra participandb da deambula~ao (ato de caminhar. 10- comover-se) sao destlnados. principaimente. 8 apreen- sao dos alimentos e colocam 0 individuo em rela~oo com 0 meio, atraves da gestlculaliAo. 3.0 - AJgomas conslde~s fmeis Ouando apenas dois nssos entram em cantata nu· rna juntura sinoviaJ dlz-se Que ela e simples (por exem- plo, a articula~ao do embre): quando tres ou mais 0880Sparticipam da juntura ela e denominada compos- UI (a artlculacao do cotovelo envolvp tres ossos : ume- rooulna e radio) . 2.3. 7 - JllJlturas sinoviah linaples e composta JUNTURAS 39 f) EsferOide - As !lrticul~oes de tipo esferoi- des apresentam superficies articulares que sao segmentos de esferas e se' en- caixam em receptaculos ocos. 0 suporte de uma caneta de mesa. que pode ser movilTl~:1- tado em qualquer direcao. e um exemplo nao anatDmico de uma articulaclio esferoide. Es- te tlpo de juntura permlte movimentos em tomo de tres eixos. sendo portanto. tri-axial. Assim. 8 articul~ do OItbro (entre 0 ume· ro e a escapula) e a do ",lIIril (entre 0 osso do quadri( e 0 femur) permitem movi· mentos de flexao. extensao. 8d~jjo. abdu~ao. rota~ao e circundu~ao. mento, unico. e verticaJ: sao 1I0»axiais. Urn exemplo tipico e a articula~ao radio-Dlur proximal (entre 0 radio e a ulna) response- vel pelos movlmentos de P~D e Slpi- ~o do antebrace. Na pronacao ocorre uma rotacao medial do radio e. na suplnacao, ro- t~ao lateral. Ha posir;allde descricao anato- mica 0 antebracn esta em supina~ao. d) Co.dllar - As superficies articulares sao de forma eliptica e elipliiide seria talvez um ter- mo mais adequade. Estas junturas permitem flexio, extenio, ahdu~o e IIChl~80. mas nao a ro~D. Possuem dois eixos de mcvtmen- to. sendo portanto bi.axiais. A articll~ ri- ~io-drplca (au do punhc) e urn exemplo. Ou- tro Ii a artiCld~ temponnulldiboJer (en- tte 0 OSl)O temporal e a mandibula}. e) E. lela - Nesse tipo de articular;ao a suo perficie articular de uma peea esquelsttca tern a forma de sela, apresentando concavi- dade num sentido e convexidade em outre, e S8 encaixa numa segunda pe~ onde can- vexldade e concavidade apresentam-se no sentido inverso de primeira. A artil:lJ~ carpo-IM!tadrpica do poIegar (entre 0 osso trapezio do earpo e 0 I osso do metacarpo) Ii exemplo tipico. E interessante notar que esta artlculacan permite flexio, extenio, ah- ~, Id~ e ~ (consequentemente, tambem circunducao) mas Ii classlficada co- mo bi-axial. 0 fato Ii justlficado porque a roo t~ao isolada nlio pode ser realizada pelo pe- legar: ela so e pussivel com a comblnaliAo dos outros movimentos.
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