Buscar

Capitulos I, II e III Dangelo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Fig. 1.0
plratdrlo; g) sistema digestivo; h) sistema urlnarln: i)
sistema genital - feminino e masculino; j) sistema
endncrlno: I) sistema sensorial.
Alguns sistemas podem ser agrupados formando os
aparelhos:
a) aparelho locomotor: constltuldo pelos siste-
mas esqueletlen e muscular; b) aparelho urogenital:
constituido pelos sistemas urlnarlo e genital (mascu-
Iino ou feminino) .
2.0 - Conceito de Varia~io Anatomica e Normal
Uma vez que a Anatomia utiliza como material de
estudo 0 corpo do animal e, no caso da Anatomia Huma-
na, 0 homem, torna-se necessarlc fazer alguns comen-
tarlcs sobre este material. A simples observacaode urn
grupamento humano evidencia de imediato dtterencas
morfologicas entre os elementos que compiiem 0 gru-
po. Estas diferencas morfologicas sao denominadasva·
ria~iies·anatomicas e podem apresentar-se externamen-
te ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que
isto traga prejuizo funcional para 0 individuo.
Observeas duas figuras abaixo (Fig. 1.0)
1.0 - Considera~iies gerais
No seu conceito rnais amplo, a Anatomia e a ciencia
que estuda, macro e microscopicamente, a constituicao
e 0 desenvolvimento dos seres organizados.Com a des-
. coberta do mlcrescnplo desenvolveram-se ciencias que,
embora constituam espectallzaedes. sao ramos da Ana-
tomia. Assim, a Citologia (estudo da celulal. a Histo-
logia (estudo dos tecidos e de como estes se organi-
zam para a formacao de orgaos) e a ElJlbriologia (es-
tudo do desenvolvimento do individuo). Do mesmo mo-
do poder-se-ia ainda considerar uma Anatomia Hadiol6·
gica (que estuda os orgaos, quer no vivente, quer no
cadaver, por meio dos HaiosX), uma Anatomia Antropo·
logica (que se ocupa dos tipos raciais), uma Anatomia
Biotipologica ou Constitucional (que se ocupa dos tipos
mnrfnldpieus constitucionais), uma Anatomia Compara-
rativa (que se refere ao estudo comparado dos orgaos
de individuos de espeeles diferentes) e uma Anatomia
de Superflcle (estudo dos relevos mnrfuldqlcos na su-
perficie do corpo do individuo) .
Especificamente, a Anatomia (ana = em partes;
tomein = cortar) macrnscoplea e estudada pela disse-
cacao de pscas previamente fixadas por sol~cii.e8apro-
priadas. Este livro refere-se aos dados anatomicos rna-
crosceplcos considerados fundamentais para f) reco~h~-
cimento dos orgaos e dos sistemas por eles cnnstltul-
dos e em termos comparativos entre mamiferos, visan-
do a melhor compreensao de sua estrutura. Os siste-
mas que, em conjunto, compiiem 0 organismo do indi-
viduo sao os seguintes:
a) sistema tegumentar; b) sistema esqueletlcn,
compreendendo 0 estudo dos ossos, cartilagens e das
conexiies entre os ossos; c) sistema muscular; d) sis-
tema nervoso; e) sistema ctrculatorio: f) sistema res-
Introducao ao Estudo da Inatomia
Capftulo I
mal, numa conceltuacao, portanto, puramente estatisti-
ca. Para 0 medico, normal tem outra sentido : nao e 0
que se apresenta na maioria dos casas, mas sim 0 que
e sadio, ou com saude, higido, nao doente.
3.0 - Anomalia e Monstruosidade
Dissemos que na varia~ao anatomlca nao ha pre-
juizo da fun~ao. Entretanto, podem ocorrer vartaedes
mnrfnldqicas que determinam perturbacac funcional:
por exemplo, 0 individuo pode nascer com um dedo a
menos na mao direita . Ouando0 desvio do padrae ana-
tdmlco perturba a fun~ao, diz.se que se trata de uma
anomalia e nao de uma varia~ao. Se a anomalla for tao
acentuada de modo a deformar profundamente a cons-
tru~ao do corpo do individuo, sendo, em geral, incom-
pativel com a vida, denomina-se monstruosidade; por
exernplo, a agenesia (nao formacanl do encetalo. 0
estudo deste assunto e feito em Teratologia.
4. 0 - Fatores gerais de varia~ao
As varia~iles anatdmlcas ditas individuais, devern-
se acrescentar aquelas decorrentes da idade, do sexo,
da raea, do tipo constitucional e da evolucao. Estes
sao, em conjunto, denorninadosfatores gerais de varia- .
~ao anatomica.
A - Idade - e 0 tempo decorrido ou a dura~ao
da vida. Notaveis rnodifica~iles anatomlcas ocorrem
nas fases da vida intra e extra-uterina do mamifero,
bern como nos principais periodos em que cada fase se
subdivide. Em cada periodo 0 individuo recebe nome
especial a saber:
a) Fase intra-uterina
1) ovo - quinze primeiros dias
2) embriao - ate 0 fim do 2.° mes
3) feto - ate 0 9.° mes
b) Fase extra-uterina
4) recem-nascido - ate 1 mes apds 0 nas-
cimento
5) infante - ate 0 fim 2.° ana
6) menino - ate 0 fim do 10.° ana
7) pre-piibere - ate a puberdade
8) pubere - dos 12 aos 14 anos, correspon-
dendo II maturidade sexual que e varlavel
nos lirnites da fase enos sexos
9) jovem - ate os 21 anos no sexo femi-
nino e 25 anos no sexo masculino
10) adulto - ate a menopausa (castracao fi-
slnldqlca natural) feminina (cerca de 50
anos) e ao correspondente processo no
.homem (cerca de 60 anos)
11) velho - alem dos 60 anos.
B - Sexo - e 0 carater de masculinidade ou fe-
minilidade. t possivel reconhecer orgaos de um e de
outro sexo, qracas a caracteristicas especiais, mesmo
fora da esfera genital.
Fig. 1.1
Esquematicamente,ve-se a representacao do esto-
mago em dois individuos. Note como a forma e dife-
rente: 0 estdmaqoA e alongado, com grande eixo ver-
tical e 0 estomago B apresenta-semais horizontalmen-
te. Isto, entretanto, nao perturba os fencmenos digesti-
vos que ocorrem no orgao referido. Esta varia~ao ena-
tomica ocorreu em um orgao do sistema digestivo, sen-
do portanto intema. Visto que 0 material utilizado pa-
ra 0 estudo da Anatomia e 0 cadaver, 0 estudante deve
ter sempre presente a possibilidade de varill\:oes anato-
micas: 0 que ele observa em um cadaver podenao repro-
zir exatamente 0 que um Atlas de Anatomia representa;
em dois cadaveres, um mesmo elemento pode apresen-
tar-sa diferentemente; uma arteria pode, por exemplo,
dividir-se em duasao nivel da fossa do cotovelo em um
cadaver e, em outro, a divisao pode ocorrer ao nivel da
axila. A comprovacan e facil. Com a mao esquerda fa-
~a um garrote em torno do seu brace direito e verifi-
que como as veias superficiais, no antebraco, tornam-
se mais visiveis e salientes. Observe 0 padrao de dis-
tribui~ao destas veias. Fa~aa mesma experiencla usan-
do agora a mao direita como garrote. 0 padrae de dis-
tribui~ao das veias superficiais no antebraco esquerdo
nao e ldentlco ao direito. Assim ate em um mesmo
individuo ocorrem varlaenes anatomtcas quando compa-
ramos os dels lados. Dai dizer-se que a varia~ao, em
Anatomia, e uma constante. Ouandoexaminar pecas lso-
ladas ou cadaveres, nao se esqueca deste importante
conceito. Nao espere encontrar sempre no seu material
de estudo a reproducae exata de figuras de Atlas ou de
livros-textos que estiver utilizando. As descrlcdes ana-
tomlcas obedecem, necessariamente, a um padrao que
nao inclui a possibilidade dasvarlaedes. Este padrancor-
responde ao que ocorre na maioria dos casos, ao que
e mais frequente; para 0 anatomista 0 padrao e 0 nor-
BA
E evidente que a contormacao externa dos dois in-
dividuos representados nao e a mesma. No entanto, es-
te fato nao prejudica, por exemplo, 0 equilibrio na po-
si~ao bipede, em nenhum dos dois. As dlfereneas no-
tadas sao varia~oesanatomicas externas.
Note agora a figura seguinte (Fig. 1.1)
2 CAPITULO I
Fig. 1.3 - Sancho Panca, segundo DORIO
Os bmilineos sao individuos atarracados, em ge-
ral baixos, com pescneo curto, torax de grande dia-
metro antero-posterior,. membros curtos em relacao a
altura do tronco. A figura de Sancho Panca [Fig. 1.3)
representa a de urn brevilineo.
Os mediolineos apresentam caracteres ntermedla-
rios aos dos tipos precedentes.
E - Evolu~iio - lnfluencla 0 apareclmento de dl-
Ierencas merfuldqlcas, no decorrer dos tempos, como
fOi demonstrado pelo estudo dos ftissels.
Alem das variacoes individuais e daquelas que sao
condicionadas pelos fatores gerais de variacao acima
referidos, 0 estudantede Anatomia deve ter presente 0
fato de que notavets modificacoes ocorrem, em tempo
rnais ou menos curto, pela cessacao do estado de vida
que, na grande maioria dos casos, e causada por pro-
cessos morhldos. Assim, 0 estudo do material cadave-
rico deve ser sempre referido ao do animal vivo OU
cnmparado ao do vivente, 0 que pode ser obtido por
outros metndos, como a radiografia e a radioscopia e
os exames endesccplces. Esta nOCaoe de fundamental
hnpnrtencla : 0 que se ve nos cadaveres nao corres-
ponde, exatamente, ao que e encontrado in vivo, prin-
cipalmente com referencta a coloracso. conslstencla,
elasticidade, forma e ate mesmo a posicao ocupada pe-
los elementos anatdmlcns.
INTRODU\:AO AO ESTUDO DA ANATOMIA 3
Fig. 1.2 - D. Quixote, segundo DORIO
C - Ra~a - e a denominacao conferida a cada
grupamento humano que possui caracteres fisicos co-
muns, externa e internamente, pel os quais se distin-
guem dos demais. Conhecem-se, por exemplo, repre-
sentantes das races Branca, Negra e Amarela e seus
mestleos, ou seja, "0 produto do seu entrecruzamento ~.
D - Bi6tipo - e a resultante da soma dos carac-
teres herdados e dos caracteres adquiridos por influen-
cia do meio e da sua lnterrelacso. Os bldtlpos cons-
titucionais existem em cada grupo racial.
Na grande variabilidade morfulcqlca humana ha
possibilidade de reconhecer 0 tipo medlo e os tipos
extremos, embora toda sorte de transicao ocorra entre
os mesmos. Naturalmente, tipos mistos sao, tambem,
descritos.
Os dois tipos extremos sao chamados longilineo e
brevilineo e sua comparacao denota melhor as diferen-
cas. tanto nos caracteres morfoldqlcns internos quanto
nos externos; acarretando uma construcae corpdrea di-
versa.
Os longilineos sao individuos magros, em geral al-
tos, com pescoen longo, tdrax muito achatado antern-
posteriormente, com membros longos em relacao a al-
tura do tronco. Urn exemplo seria 0 da conhecida figu-
ra de D. Ouixote (Fig. 1.2) .
('} Embora os termos punho e tomozelo nAo eslejam
consignados na Nomenclatura Anal{)mica. foram
aqUL incluidos em virtude do liCU consagrado uso
no meio bicmt!idico.
Ombro
{
:~~~~fa~o
Mao (palma e dorso
da mao)
Ouadril
{
~~~I~a
Pe {planta e dorso
do pel
{
Raiz
• Parte livre
6.0 - Divisao do corpo humino
o corpe humane divide-sa em cabe~a. pesco~o.
troneo e membros. A cabeca correspcnde a extremide-
de superior do cnrpe estende unida ao treece par uma
jiJr~ao estreltada, 0 pesco~o_ 0 ~ronco compreende n
lorax e 0 abdome com as respecuva, cavidades torici·
ca e abdominal; a cavidade abdominal prulenqa-se infe-
riermente na cavidade pelvica _ Des men bros, dais sao
superiores ou toracicos e dais inferiorts ou pelvicos.
Cada membro aprescllta uma rail, pcla qual esta Jiga-
do ao tronco, e uma parle livre. A chilVe scgutnte in·
clui as partes principais do corpo humano :
nn. - nervos
fr. - famus
VV. - veias
n. - nervo
r. - ramo
v. - "reia
estrutura. Dentro deste principia, foram abelidos os
eponimos [nome de pesseas para desiqnar coisasl e as
termos Indicam : a forma (musculo trapezial: a sua
posicao ou situac;ao (nerve medianol: 0 seu traieto
(arteria clrcunllexa ria escapulal: as suas conexiies ou
inlcrreiaciies (ligamento sacro-iliacol: a sua relac;ao
com 0 esqueleto {arteria radian; sua fUIH;lio (m. le-
vantador da escaeula): criteric misto (m_ flexor super-
ficial do:, uedos·fun~ao c situacaol. Entretame, hoi na-
mes improprios au nao muuo 16gicos que foram censer-
vados. parque estan censaqradcs pelo usa (figado. par
exemplo, tern etimoloqia discutlda] _ usam-se as sc-
Quintcs abreviaturas para os termos gerais de anatomia :
a. - arteria aa. - artenas
Iasc. - lasciculo !II. - glandula
lig. - ligamenta HUg. - ligamclllos
m. - musculo mm. - musculus
Na transic;ao entre 0 bralfo e 0 antebrac;o Ita 0
cotoweloj entre 0 antebrac;c e a mao. 0 punho; entre
il coxa e a perna, 0 joetho. e entre a perna e 0 pe, 0
tornozelo. C·) A regiao posterior do pescolfO e deno-
minada fluca e a do tronco. do~o. As mldega~ corres·
pondc (] regtao gilitea.
Membros
Troneo
Inferiores
(p£Hvicos)
Curpo
Humann
5.0 - Nomenclatura Anatomica
Como toda ciencia. a Analomia tem sua linguaQem
propria. Au corquntn de termes empregados para desig-
nar e desc.ever e organismo OU suas partes oa·se 0 no-
me de Nomenclatura Anatomica. Com 0 extraordimirin
acumulo de ccnheeimentes no final do seculn passado.
gralt<lsans trabalhos de imponantes "eseolas anatomt-
cas" Isobretudo na Italia, Franca, Inglaterra e Alema-
nita), as mesmas estruturas do corpo humane receblam
dennminacoes djfercntes nestes centres de esuidos e
pesquisas. Em razao desta talta de metodo!oyia e de
inevilaveis arbitranedades. mais de 20.000 termos ana-
tomicos chegaram a ser consignados (boje reduzidos a
peuco mais de 5. DOO} _ A primeira tentanva de unitor-
mizar e criar lima nomenclatura anatomica internecio-
nal ecerreu em 1895. Em secesstsos cunqresses de
Anatomia em 1933, 1936 e 1950 foram fcitas revisoes
e finalmente em 1955, em Paris, foi aprovada oficiaJ-
mente a Nomenclatura Anatomica. conhecida sob a si-
ola de P. N.A. {Paris Nomina Anatomical. Revisoes
sebsequentes foram Ieitas em 1960, 1965 e 1970, vis-
ta que a nomenclatura anatomica tem carater dinami·
co, podendo ser sempre critlcada e modificada. desde
que haja razoes suficientes para as modificaciies e que
estas sejam aprovadas em Congressos lnternacianals
de Anatomia, realizadcs de cmce em cinco anos. A lin-
gua oficia!mente adotada e 0 latim (por ser -lingua
morta"I. perem cada pais pode traduzl-la para seu pro·
prio vermiculo _ Ao designar uma cstrutura do organis·
mo. a nomenclatura procura adotar termos que nao sc-
jam apenas sinais para a memoria, mas tragilm tam·
bern alguma informalf3o au descrif(ao subre a referida
Cabe~a
Pesco~o
4 CAPITULO I
{
Torax
Abdome { Rail
Soperiores
(tOriiCicos] Parte livre
Tem-se assim, para as faces desse solido, es se-
guintes pianos correspondentes :
a) Dols planes verticals, urn tangente ao ventre
- plano ventral au anterior - e outin ao dor-
so - plano dorsal eu ptJsferior. Estes e outros
a eles paralelos sao tambem designados como
pianos frontais, per serem paralelos a "fran-
te". Via de regra, as denornina~oes yentral e
dorsal sao reservados an tronco e anterior c
posterior aos membros (Fig. 1.6).
Fig. 1.5
,: .~-' --....
8.0 - Planas de delimita~io e s~iia do corpo
humano
Na posir;ao anatomiea 0 corpo humano pode ser
delimitado par pianos tangentes a sua superficie, os
quais, com suas interseccoes, determinam a formacao de
• urn solido geometrico. um paralelepipedo. A figura abat-
xo (1.5] lIustra 0 fato :
INTRODUCAO AO ESTUDO DA ANATOMIA 5
Observe que ela 58 assemelha a posi~ao fundamen·
tal da Educat;io Hsica ~ individuo em posiCao creta
(em pe, posi{,:ao ortostatica ou bipede). com a face vet-
tad a para a frente, 0 olhar dirigido para 0 hortzonte.
memhros superinres estendidos, aplicados ao trance e
com as palmas voltadas para frente, membros inferiores
unidos. com as puntas dos pes dirigfdas para frente.
Nao importa. pnrtantn, que 0 cadaver esteja sabre a
mesa em decubtto dorsal (com 0 dorsa acolado iI
mesa). decublto ventral (com 0 ventre acolado a me-
sa) ou decubttn lateral (de lado) : as descricoes anate-
micas sao Iettas considerando 0 indtviduo em posiCao
anatdmlca, Para os animals quadrupedes. a posif1ao ana-
tiimica reiere-se an animal na sua posir;50 ordinaria.
de pe.
7.0 - Posi~iio anatomica
Para evitar 0 usa de termos diferentes nas des-
crj~oes anatdmicas, conslderendo-se que a posiClio po-
de ser varlavel, optou-se por uma posicao padrao, de-
nominada posi!;ao de desc:ri!;io anatOmiea (ptJsi~ao
anatiimica). Oeste modo, os anatomistas, quando es-
crevem seus textos. relerem-se ao objeto de descrilfao
censideranda 0 individuo na posicao padrenizada. A
posicao enatomleapode ser vista na figura abaixo
(Fig. 1.4).
..
Fig. 1.10
Fig. 1.9 - Plano mediano, que divide 0 corpo em duas
metades
Os pianos descritos sao de delimita~ao. £ possivel
tracer tam bern pianos de sec~ao :
a) 0 plano que divide 0 corpo humano em meta-
des direita e esquerda e denominado mediano
(Fig. 1.9). Toda seccao do corpo feita por pla-
. nos paralelos ao mediano e uma saceao sagi-
tal (corte sagital) e os pianos de seccao sao
tambern chamados sagitais. 0 nome deriva do
fato de que 0 plano mediano passa pela sa-
gitta (que significa seta) do cranln fetal, flqu-
ra representada pelos espacos suturais media-
nos, de direciio antero-posterior. Observe na
figura abaixo (1.10) urn cranlo de teto em
vista superior para localizar a sagitta.
,
,
Fig. 1.8 '-====:I:22::::::=_:
o tronco isolado e limitado, inferiormente, pelo
plano horizontal que tangencia 0 vertlce do c6ccix, ou
seja, 0 osso que no homem e 0 ves.tigio da cauda de
outros anima is . Por esta razao, este plano e denomina-
do caudal.
Fig. 1.7
c) Dois pianos horizontais, urn tangente a cabe-
~a - plano cranial ou superior - e outro a
planta dos pes - plano podalico (de podos
=f1le) ou inferior (Fig. 1.8).
Fig. 1.6
b) Dais pianos verticais tangentes aos lados do
corpo - pianos laterals direito e esquerdo'
(Fig. 1.7).
6 CAPITULO I
9.0 - Eixos do corpo humano
Sao linhas imaqlnarias tracadas no indivfduo cons[,
derado incluido no paralelepfpedo. Os eixos principais
seguem tres direl{oes ortogonais :
a) eixo sagital, amero-posterior, unindo 0 centro
do plano ventral ao centro do plano dorsal. ~
urn elxo heteropolar pots suas extremidades
tocam em pnrcdes nao correspondentes do
corpo;
Fig. 1.13 - Pianos de seccao transversais (ou frontais)
nos quadrupedes
8. 1 - Pianos de delimital{ao e secl{ao nos quadru-
pedes
Consideradaa posil{ao anatdmlca dos quadnipedes,
torna-se necessarto fazer algumas conslderacbes sdbre
os pIanos de delimital{ao e seceae naqueles animais.
Os pianos ventral, dorsal, laterais direito e esquerdo,
cranial e caudal, tern a mesma referencla utilizada no
corpo humano. Entretanto, os slnonimos nao cabem na
nomenclatura anatdmlca veterlnerla. Assim, nos qua-
drupedes, os termos anterior e posterior nao podem ser
empregadossubstituindo ventral e dorsal, como no ho-
mem, uma vez que, naqueles animais, anterior e poste-
rior seriam, quando muito, sindnlmos de cranial e cau-
dal, respectivamente. Ainda assim, neste caso, usam-
se estes iiltimos termos. Do mesmo modo, superior e
inferior sao empregados, no homem, como sintmlmns
de cranial e caudal, 0 que de modo algum se justi-
fica nos quadriipedes. Nestes existe tamhem 0 plano
pndalicc deserlto para 0 homem, mas, em ambos, naoe de uso corrente.
Quanto aos pIanos de secl{ao, 0 plano mediano,
bern como os sagitais, tern a mesma conotal{iiiJque no
homem. Ja os cortes transversais, que no homem sao
feitos pur pIanos horizontais, nos quadriipedessao pro-
duzidos por planes verticais, paralelos aos pIanos cra-
nial e caudal, e denominados transversais ou frontais
(Fig. 1.13). Repare pois que 0 plano frontal no he-
mem guarda paralelismo com os pIanos ventral e dor-
sal, enquanto que nos quadriipedes ele e paralelo aos
pIanos cranial e caudal.
INTRODUC;;AO AO ESTUDO DA ANATOMIA 7
Fig. 1.12 - Plano de seccao transversal
c) Os pianos de secl{ao que sao paralelos aos pla-
nos cranial, podalico e caudal sao horizontais.
A secl{ao e denominada transversal (corte
tranversal). Observea figura 1.12.
~
{:-:?
Fig. 1.11 - Plano de seccso frontal
b) Os pIanos de seccso que sao paralelos aos
pIanos ventral e dorsal sao ditos frontais e a
seccae e tambem denominada frontal (corte
frontal). Com ja foi assinalado, 0 plano ven-
tral (ou anterior) e tangente 11fronte do in-
divfduo, donde 0 adjetivo - frontal (Fig.
1.11) .
rais, em rela~ao a f; por outro lado, a estrutura
e esta situada entre f (que e medial) e d (que e
lateral), sendo, por isso, considerada interme-
dia.
Note os conceitos que se seguem :
a) a estrutura que se situa mais proxima do pia-
no mediano em rela~iio a uma outra e dita
medial. Par exemplo, 0 V dedo (minimo) e
medial em rela~iio ao polegar.
b) a estrutura Que se situa mais proxima do pla-
y
A - A linha xy corresponde ao plano mediano. Estru-
turas situadas neste plano sao, por esta raziio, de-
nominadas medianas: a, b e c. Exemplos de es-
truturas medlanas : coluna vertebral, nariz, clca-
catriz umbilical.
8 - Observe agora as estruturas d, e e f: consideradas
em conjunto, a estrutura f e a que se coloca mais
proxima do plano mediano em rela~ao a dee,
sendo denominada medial; dee estao mais pro-
ximas do plano lateral dire ito e siio ditas late-
Fig. 1.14
9E=+~
8
exemplo, uma face que olha para 0 plano mediano e
medial, e a que esta voltada para 0 plano de urn dos
lados Ii lateral.
A situa~ao e a posi~ao dos orgaos sao indicadas,
tambem, em fun~iio desses pianos: urn orgiio proximo
ao plano mediano e medial ou se acha medialmerrte em
rela~ao a outro Que Ihe fica lateralmente, ou seja, mais
{M't.9 00- {lo'a.'M' ,'ate,ra,l, l),i,re.it.9£lJ.1 e~~l!'.r.w. D.aJ11 gr.an-
de Importancia de conhecer-se os pianos de delimita-
Cao e seCCaodo corpo, uma vez que as termos deseri-
tivos da posi~iio e dire~iio dos orgaos sao utilizados em
funcao deles. Observe a figura abaixo, Que representa,
de modo escuematlce, urn corte transversal ao nivel do
totax. ~ttutUras estatr ar' COlbt'cru'dS"enr JM1~1ii%"ulirffi~
sas. Acompanhe 0 texto que se segue examinando a fi-
gura 1.14.
b) eixo longitudinal, cranio-caudal, unindo 0 cen-
tro do plano cranial ao centro do plano pnda-
lico (caudal nos quadrupedes). E, igualmente,
heteropolar.
c) eixo transversal, latere-lateral, unindo 0 cen-
tro do plano lateral direito ao centro do plano
lateral esquerdo. Este e homopolar pois suas
extremieaees mcam em punms C"I1l1'\rl,1Mru'e.y-
tes do corpo.
10. 0 - Termos de posi~io e dire~io
o estudo da forma des orgaos vale-se, geralmente,
da C0I110arl!CaO_geometrica. Assim, conforme 0 orgao,
sio descritos faces, margens, extremldades ou angu-
los, designados de acordo com as correspondentes pia-
nos fundamentais para os quais estan voltados. Por
8 CAPITULO I
rer que uma estrutura esteja situada entre ou-
tras duas que sao respectivamente interna e ex-
terna em relacao a ela. Neste caso ela sera
media.
F - Nos membros empregam-se term os especiais de
posi~ao. como os adjetivos proximal e distal, con-
forme a parte considerada se encontre mais pro-
xima ou rnais distante da raiz do membro. Por
exemplo. a mao e distal em relacao ao antebra-
co e este tambem 0 e em relacao ao brace: 0
antebraco e proximal em rela~ao II mao. As ex-
pressoes proximal e distal sao aplicadas tambem
aos segmentos dos vasos em relacao ao orgao
central. 0 cora~ao. e dos nervos em rela~ao ao
chamado neuro-elxn, que inclui 0 encetalo e a
medula. Pode ocorrer que uma estrutura se sl-
tue entre duas outras que sao respectivamente.
proximal e distal a ela: neste casu sera media.
Por example, nos dedos ha 3 falanges: proximal,
media e distal. Observe. portanto, este fato: 0
termo medio (media) indica estruturas que estao
entre duas outras que podem ser ventral (ante-
rior) e dorsal (posterior). cranial (superior) e
caudal (inferior). interna e externa. proximal e
distal em rela~ao a elas.
10.1 - Termos de posi~ao e dire~ao nos quadrupedes
Os termos utilizados para 0 corpo humano servem
perfeitamente para os quadnlpedes, excecao feita pa-
ra superior e inferior. anterior e posterior. Naqueles
animais deve-se empregar sempre dorsal e ventral e
cranial e caudal. respectivamente.
11.0 - Principios gerais de eenstrueao corporea nos
vertebrados .
o corpo humano e construido segundo alguns prln-
cipios fundamentais que prevalecem para os vertebra-
dos e sao os seguintes:
a) Antimeria - 0 plano mediano divide 0 corpo
do individuo em duas metades. dlrelta e es·
querda, como ja vimos. Estas metades sao
denominadas antimeros e sao semelhantes.
morfuloqlca e funcionalmente. donde dizer-se
que 0 homem. como os vertebrados. e cons-
truido segundo 0 principio da simetria bllata-
teral. Na realidade. nao ha simetria perfeita
porque nao existe correspondencla exata de
todos os orgaos. Ela e mais nntavel no inicio
do desenvolvimento. urn fato que podera ser
comprovado no estudo da Embriologia. Com
o evolver do individuo. em grande parte. ela
se perde, surgindo secundariamente a asslme-
tria: as hemifaces de urn mesmo individuo
nao sao identlcas: ha dlfereneas na altura dos
ombros; 0 comprimento dos membros nan e 0
mesmo II direita e II esquerda. Os orgaos pro-
INTRODUCAO AO ESTUDO DA ANATOMIA 9
ra que se situa mais proxima do pla-
rsal em relacao a uma outra e dita dor-
(ou posterior). Por exemplo, 0 dorso da
- e posterior em rela~ao II palma;
ra que se situa entre duas outras que
- • respectivamente. anterior (ventral) e pos-
. (dorsal) a ela e dita media.
. 1.14 representa estruturas que estao
mento transversal (d, e e f) ou antero-
.... ·ior (i, h, gJ. Entretanto. as estruturas pn-
tar em alinhamento lonqltudlnal ou cranln-
estes cases, a estrutura mais proxima
cranial (ou superior) e dita cranial (ou
- r) em relacao a uma outra que Ihe sera
(ou inferior). Esta ultima estara mais pro-
o plano caudal do que a primeira. Os ter-
cranial e caudal. como foi dlto, sao empre-
mais comumente para estruturas situadas
co.
ocorrer que uma estrutura se situe entre as
sio. respectivamente. cranial (ou superior)
dal (ou inferior) em relacao a ela. Neste
ela sera media. Por exemplo. 0 nariz e me-
em relacso aos olhos e aos lablos.
adjetivos interno e externo sao tambem uti-
as como termos de posi~ao. indicando a si-
-0 da parte voltada para 0 interior ou 0 ex-
. r de uma cavidade. Por example, a face in-
de uma costela olha para dentro e a face
olha para fora da cavidade toraclca. Vol·
a figura 1.14 e repare os mimeros 1 e 2 que
m 0 exemplo. Pode. eventualmente. ccor-
raj (direito ou esquerdo) em rela~ao a
a e dita lateral. Por exemplo. 0 pole-
e lateral em rela~ao ao V dsdo:
ra que se situa entre duas outras que
- respectivamente medial e lateral em re-
- a ela, e dita lntermedla,
ora as estruturas g, h e i consideradas
0: a estrutura i e a que se coloca
•. a do plano ventral ou anterior. em re-
e h, e e denominada ventral (ou ante-
e b estao rnais prdximas do plano dorsal
,.m-wr e sao ditas dorsais (ou posteriores)
- a i; por outro lado, a estrutura h es-.l_iIda entre i (que e ventral) e g (que e dor-
• por lsso, considerada media.
nceitos que se seguem :
ra que se situa mais proxima do pla-
al em rela~ao a uma outra e dita ven·
lou anterior). Por example, os dedos do
• - anteriores em relaeao ao tornozelo; a
e anterior em relacao ao dorso da
7
Fig. 1.16
Fig. 1.15 - Paqufmeros
no e construldo por camadas (estratos) que
se superpiiem, reconhecendo-se portanto
uma estratimeria ou estratificacao•
Observe na figura 1.16 como a pele (1) e a
camada mais superficial, vindo a seguir a te-
la subcutanea (2), a fascia muscular (3), os
musculos (4) e os ossos (5). Note como
podem ocorrer vasos e nervos ao nivel da te-
la subeutanea (6), ou na profundidade, entre
musculos (7). As estruturas que se situam
fora da lamina de envoltura dos musculus
(fascia muscular) sao ditas superficiais; as
que se srtuam par~ dentro desta lamina sao
protundas.
A estratlgrafia ocnrre tambem nos organs
oces, como 0 estilmago. As paredes destes
orgaos sao constituidas por camadas super-
postas que serao estudadas em Histologia.
fundos apresentam assimetrias ainda mais evi·
dentes: 0 coracsn apresenta-se deslocado pa-
ra a esquerda; 0 figado quase todo esta a dl-
reita e 0 baco pertence somente ao antlme-
ro esquerdo; 0 rim direito esta em nivel in-
ferior ao esquerdo. Todos esses sao exemplos
de assimetrias morfologicas. Ao lado delas
existem as assimetrias funcionais, das quais
urn exemplo e 0 predominio do uso do mem-
bro sup.erior direito, na malorla dos lndlvl-
duos, e que e conhecido como dextrismo.
b) Metameria - Por metameria entende-se a su-
perposicao, no sentido longitudinal, de seq-
mentos semelhantes, cada segmento corres-
pondendo a urn metamere, Mais ainda que a
antimeria, a metamerla e evidente na fase em-
brionarla. conservando-se no adulto apenas em
algumas estruturas, como por exemplo na co-
luna vertebral (superposlcau de vertebras) e
caixa toraclca (as costelas estao superpostas
em serie longitudinal deixando entre elas os
chamados espacos intercostais) .
c) Paquimeria - £ 0 prlnclpio segundo 0 qual 0
segmento axial do corpo do individuo e cons-
tituido, esquematicamente. por dois tubos, co-
mo ilustra a fig. 1.15.
Os tubes, denomlnados paquimeros, sao res-
pectivamente, ventral e dorsal. 0 paquimero
ventral, maim, contem a maioria das visceras
e. por esta razao, e tambem denominado pa-
quimero visceral. 0 paquimero dorsal com-
preende a cavldade craniana e 0 canal verte-
bral (situado dentro da coluna vertebral) e
aloja 0 sistema nervoso central: 0 encefalo
na cavidade craniana e a medula no canal ver-
tebral da coluna; esta e a razao pela qual ele
e tambern denominado paquimero neural.
d) Estratificacao - A figura abalxo (1.16) llus-:
tra 0 principlo segundo 0 qual 0 corpo hums-
10 CAPITULO I
10. citar as partes constituintes do corpo humano;
11. descrever a • Posi~ao de Descri~o Anatomlca' no
homem enos mamiferos quadrupedes;
12. descrever os • pianos de delimlta~ao e sec~ao·
do corpo humano e dos mamiferos quadnlpedes;
13. cltar os eixos do corpo humano descrevendo seu
trajeto:
14. definir os tennos de posj~ao e dire~o: medial.
lateral, mediane, superior. interior, anterior, pos-
terior. ventral. dorsal, caudal. medlo, intermedio.
distal, proximal, interno, externo, cranial, superfi.
cial, profunda:
15. definir os principios de constru~ao do corpo bu-
mano: estranficacao, antimeria, metamerla e pa-
quimerta, e citar exemplos;
16. demonstrar. com exemplos, que a simetria bila-
teral Ii apenas aparente.
OBJETIVOS ESPECfACOS DO CAPITULO I
INTRODUCAO AO ESTUDO DA ANATOMIA 11
Ap6s 0 estudo deste capitulo 0 aluno deve ser ca-
paz de:
.1. conceituar Anatomia em sentldo amplo e em
sentldo restrlto;
2. citar os sistemas e os aparelhos do organismo;
3. conceltuar normal em Anatomla. varia~ao anato.
mica. anamalla e monstruosidade;
4. elter os fatores gerais de varia~o anatomica;
5. deflnir bi6tipo;
6. deflnlr longilineo. brevilineo. mediolineo e citar
suas caracterlsticas morfol6gicas;
7. deflnfr Nomenclatura Anatomica;
8. citar os princlpios fundamentals da Nomenclatura
Anatomica usados para designar estruturas do
corpo humano. exemplificando;
9. char as abreviaturas utllizadas em Anatomia. pa-
ra os tennos gerais;
Como fun~i'ies Importantes para 0 esqueleto pode-
mos apontar : prote~ao (para orgaos como 0 cora~ao,
pulmiies e sistema nervoso central); sustenta~ao e con-
formacao do corpc: local de armazenamento de ions
Ca e P (durante a gravidez a calciflca9io fetal se faz,
em grande parte, pela reabso~ao destes elementos ar-
mazenados no organismo matemo); sistema de alavan-
cas que movimentadas pelos muscules permitem os des-
locarnentos do corpo, no todo ou em parte e, finalmen-
te, local de produ9ao de certas calulas do sangue. FIg. 2.0 - DynMtes tityrus. com seu exosqueleto
3. 0 - npos de esquefetos
o esqueleto pode-se apresentar com todas as pe-
9as ou com ossos isolados inteiramente uns dos outros.
No primeiro caso fala-se em esqoeleto articulado; no
segundo, esquefeto desarticulado.
No caso de tratar-se de urn esqueleto articulado,
podemos verificar que a uoiao entre os OSS08 pode set
natural (istoe, feita pelos pr6prios ligamentos e carti·
lagens dessecadas), artificial (ligacao dos ossos por
meio de peeas metalicas) e pode ser nUsto (quando
sao usados os dols processos de interligacao). Quando
se percorre a escala zool6gica, verlflca-se Interessante
morlifica9ao na posi9aO do arcabou90 de sustenta980
dos organismos. .
Assim ve-se entre os artnipodos. que a base de sus-
tenta9ao e externa:- M um exosqueleto e a esta por~80
externa mals rfglda se prendem as partes moles,
(Fig. 2.0).
Siste.a EsquehUicD
Capftulo II
2.0 - Fun¢es do esquefeta
j .0 - C.ooceito de eslluefeto
Osteologla, em sentido restrito e etimologicamen-
te, e 0 estudo dos O$SOS. Em senti do mals amplo in-
elul 0 estudo das forma~oes Intimamente ligadas ou re-
laclonadas com os OSSOS, com eles formando urn todo
- 0 esqueleto.
Este. a juJgar pelo emprego rotfneiro do termn, po-
deria significar a simples reuoilio dos OSSOS. mas na
realidade transcends este sentide sigoificandD "area-
!wU90· (dar esqueleto fibroso do cora~o, esqueleto
cartilag[neo etc.). Assrm sendo, podemos definir 0 es-
quelem como 0 eenlumn de esses e cartUagens que
se interligam para formar 0 arcabouco do corpn do ant-
mal e desempenhar vanas fun~oes. Por sua vez os
DSSOS SiD definidos como peeas rijas, de numelo, colo-
raCao e forma variciveis e que, em cenluntn, constituem
o esqueleto.
meio de cilJlural: alcapulsr (au toraclea, eonstitulda
pela escapule e clavlcula) e ,elvica, eonstituida pelos
ossos do quadrll (coxals). Observe as flguras seguin-
tes que representam as esqueletos axial, apendicular,
e as clnturas, eseapular e pelvlca, com as ossos que
as constituem (Figs. 2.3, 2.4, 2.5, 2.6, 2.7)
4.0 - DlvlsiO do elqueleto
o esqueleto pode ser dividido em duas grandes
por~oes. Ume mediana, formando 0 elxo do corpo, e
composta pelos ossos da cabeca, pesceco e troneo (t6-
rax e abdome) : e ° esqueleto axial; outra, apensa a
esta, forma as membros e constitui 0 esqueleto apen-
dicular. A uniao entre estas duas porcoes se faz par
Nos pelxes, nos tatus, nos quelonlos, nos croeodl- Ao homem restou apenas a endosqueleto, podendo-
108, podemos verlflcar a presence de urn endosqueleto se olhar a estratlflcacao da eplderme e a cornelfice·
j~ bern desenvolvldo, embora esteja alnda censerva- Cao de sua camada mals externa como a ·Iembran~a· de
do, como resto da condi~o prtmltiva, um exosqueleto eondlcao primitive.
com graus de desenvolvlmento multo varlaveis ••• ~
(Fig. 2.2).
Fig. 2.1 - Endoaqueletode quadnlpede (bovlno)
queleto (menos tunclonal para a tipo avancadn de anl-
mal) (Rg. 2.1).
Com a evolu~o aparece um esqueleto Inter-
no, endOlqueleto que, pouco a pouco substltul ° exos-
SISTEMA ESaUEL£TICa 13
"t 2.3 - ~.to _aI
to CAI'lTUI.O II
F•• 2 .• B - E~u.l'lo do mlMbro IUI)e'tor •
.1110poo,.,l-
SISTe.<A£SOUEUnco IS
Flq 2 4 A _ E~uel'1D &1 rnembro lu~rlor.
.. ... toua.,'"
I' CAllTUlO II
Slnll •• pOblu
fig "_ [I.,.l.to d. ctfttu-,.pjlY1ca......10ant.nor-_.
Crl,c. ,IlliCit
[~~------~---
I,..
./ /., .- tIlI ,l/,
J . I ~.
\' I OJ" I
"---'F.. 2 , - ,.~ ...... c.ruur:. Uo(;\.p.;dit'. "''''10 p~t.-
Duo dO Quadtd
S.D - Clnslr~ dOl IUOI
iii WNS mandril de classlliear os O$SO$. Eles
pedell. pOI' 8J.el1Plo. Itt dJsslfiudoi peta SA po~~
~ IDpogrillca. reeonhtcelld~ ouoa ultls (que per.
tencem eo 8SqtJeleto axlall e 'jlCndiulJIIIS [qce Imm
p3l1e do eaquelelo apeNllculal). EnlllllnllI. , ciani·
f~ 111111dlhlndldt 6 lqUela que len em conslde·
~o a retII. des OSSOI. classlflR8do-cr ~o •
predomiftWi. d. Ullta .IS dlmera6u (CIIIIlpnmnlll,
Ilrgura ou eSjlHSura) IObre as OU'Ias dUls. As$III. reo
conhKera..e :
a) OSlO loDge - £ Iq~ qoe .,mCIIII l1li
cornprfmtrto consl4emelmeat. lIIaIor que a
IlIgura e a tsptl1tuta. EUIlPlos tlplcos lio
08 _ do esqueJeto Iptndieular: femur.
lirnero. radio. uina. lillia. '''''II. ratalQet. A
ligln 2.10 repmenlJ ItIII tISO loago.
Ob=ervt como 0 0110 ItIlgo ,presen" duas
nlrealldades. duominades epllisa e UID
ttrPO •• dliIIM. Ettl pussil. no SE1I Interior,
_I cmdlde - ual MdIIar (fig. 2.15).
que olola a medola ilssH. Pur es1a mJo 81
oStos longo$ do lalibUt cllam"'O$ tubula.
m. NOI lISsa' el1l qe • tsSifl~io alMa
nIo " CO'IlplttoCJ. • ,assl,,1 Vlsufruf entra
, apillse e a dI'"" am disco cartlUailO1o-
cartilagem aplllslaJ. relaclOllodo com 0 eres-
clmenLO do OlIO em cor.plimentt. (fig.
2.IS.A) .
POI outro lido. ntIS IIIdhlduos IIUllo 140-
MS, III ~ocl. para • sol~ da oIols
011 IIIIS IJlSOS. Imndo • alN iil1liluf;Jo de
nu n4lmel1l.6tal E4te lato ocom princIpal-
ileA" enue 01 0$$0$ do cllnlo (dllO$lolO)•
plutetMlolrusfonur a ab6beQ CIIIIIw era
all Ilnlco IIS$O.
b) Fatal" Indiyldosll - Em ,lgUM IndlvldaOl
pode bver pertlllintia da divlsIo de OWl
IIIiIIW no dJJto e _ .. .,..rrlrUIs po-
dCli Dt8fm', deletmll1Zl!l!t YlriaflO no ,..
maIO de OSSOi.
c) Crilfriel de _.-. ... - Os lM,oJllaw UI"
Ilwn IS _. aI!fM' r.utto pwNia plla
1_ , ClCIaStIll do ®11m de OS$OS do es-
qtJtllto e ISio exptltl I divarg6ncla de mu~
tados qtJlnilo 01 col'IIjJ;nmos. As$flll. 01 OSIIS
cllmldos on.1I6lda (Inch". ell teM6es
maarlarts) ... collpmdol ou .. III conta-
gem glo~l, segundo 0 autor. 0 MIIIIO OCOO"
It COlli as ollicuioa ~o oU'o'ldo medlo, ora
COmputaiM. 0It IJII.
Fl. 2.' - 0- do ........ do _ • ~
I..
o 0$$0 do quldlli. no Itlo. ~ tlllstilaido
de tm pillet. I~, ,.,be e ilia, que pos-
letlomeam sa fOld!JI JI8R 10r1l3t um 0$$lI
~ 10 adultl (FIlj.2.9).
~
Av· i • - CriI1Io , ....
5.0- ......... _
lID Indlvl6ao adult •• Id"'. III qual Ie comldeta
compl,tJdo 0 d"emlvimenlo orgbleo. 0 na.,tro de
_, , da 20&. &.. numl!lO. todlVla. nrle. A liver·
•• III ccmld~ 01 ~ IItQlU:
I) flllm dirih - Do IIoIIdI'ItMD i aenllldlde
h. UlII' dlmlna~ 010 n~1I8rO de DUO•• Isto
dmoCe '0 '''0 de qUI. certo$ DUDI. no
f"IC6I.nasddo .... foIlIId .. de partes "'US
qUI sa selcbm dlnllle , ~_lwtaeIIc.010
IndiYIdllOpara eonstinri, am ouo IInICIJ '0
Idulto. As$lm. 0 01$0 lrantJl e lomldo por
dll. p~lieI.HPon ao ,lao medlano. A
flgura UaIXD. 2.8 • .w. III ainIo d. IClo
0Gde. Iat, pode IIIo~.
11 CAl'IAAO II
RO. 2.H.C - Osso do QUadriI. vi..., lI_m .....
Rg. 2.II.S - _. vim __
b) CIAo 1l1li_ - Tambem cbamado (improprl&-
mille) ,._, E 0 que 3prtSeota CIKDIIri-
IIIeIIrllE eqlMleatea. ~m sam
a espessIn. 0_ do a8aIo. Cl!Illl D patte-
tal, frontal, ~clpllllf e outm COIIO • esdpu-
I. e 0 osso do ~uadril.$10 exellJllos belli
dtlRlllttmiYDs (Ag. 2.11).
sr~ EsouEltnco19
tV e V 0.'0-1 do matoLOtRFetanoe mWla
riO. 2.12.A - &01/11010 da ....
-Carpo
-Falange m4wa.
t
I.
\I 0950 do ",araC3tpO
B do tam sao excal.entes exomplos (Fig.
2.12) .
0) 0110 m1II - E aqUIla que ap!1lssnta eQuiva.
liacla diD tres dlmem6es. OS-O$$O$ do caqle
20 CAPITUlo II
.J Out "'_'Iice - AjlI'aeIIU .... III Nil
uvldt6". d. vole. VlflMI. remlldaa de
111IIC0SI e contendo It. Eslal uridtde, ftc:.
bern 0 nomI de ,I •• ou .. to. O. 0'* f.Rev.
m4t1cos cltlo .ltu.4oa no crlnlo: &0011• ma-
xlilr. lempotlll, ellndlde • etfendlde lAt .
:!.14} •
SI$1'D.IA ,..,.., mec 21
no 2.".' - ,_raI.......10'... _.
;'" a
___ que nio ,ode .. .., claullic:ado. I..
tIpoa dmritn leill' • .... porest. ,.
_1d."I,II080 que rhe lio peculiar ... eelo-
de uma das calegorl" Ilgulnltl:
... lmtIW - AprNntl Umt morfoloell
.-,luI que nao etIc.nttli cor".pond'lICla
• .... geGiDCll11* codeclUt. As vate·
lira I 0 _ tmporaI do IIClllplOl IIIIR:IIt-
.. (fig. 2.(3).
Bepm qlll bj _ que. dada .. _ peculllIf.
Corp. dl ..,'elltl dade. morfol69I1*. do d.JJlfleados 1111.111 d. III
,"'po: • h,"lil. POt eJt18j)Io. 6 UII •.,0 I..... _
... pneull\i!ic:o; 0 .... ,., , ~. _ ...
b6. pltllldlice.
II 0Iw MI,"'1Ia - O~ ..
SlllIIJaclJde _1-,," II da dpIIa a.
!nil qa eIMIYt a1fM 1r1icII~ Os prt.
_IIUI de ella.... ' OJ ..
.... ,.,..... , A flill~
l!pice de ....,8$UI6Ide 1IIIr1ll1ld1.. !fit.
2.5).
7.0 - Tlpo. de wbllncll ._o 8sludo mlCfoJC6plcodo tecl~o 6 0 dlllingul II~' "...~ ••npeefo Embore o.
ellmento. constlhllnll ... J•• 01 m,_1 DOl doll II·
POIde IIIlmillCladua•• lie. dbjI6tnt-... lIemlllln-
te com.,. 0 Ilpo eollldttlldo e _ IIpIetO 1IIt_
~ IUIWI!I dd",. Na .... bela 6uu CtIIpKII,
IS 1.. ICIIba ~I Iieddo ._ _._ ,.nnIHII
IIIIdaI _ " IUIrII peta _ ,-, - ... Iuja
~ lYre Inlerporto. ,. 1111 rete. IS1t IIpe ...
.,_ • rI)e. HI ~ .._ apIIjlllll ..... ~
.... "-. .. Im,ullres HI Imu • tIIUIIIII. II
llI1nj111 de 10I1III• debar .nln .1 I"'~ 0111_
nil quI II eo.. unlCM UI'DIICOli as tutra. AI nnu.
~6es .ball. !!IOslTalli01 dol. llPOI d•• ilhtJoda 'lUI
num .SIO longo•• m cort. lraatal ••• com tras¥er.
III. !Av. 2.(5).
flO 2 1.5 8 - CortD tnanJwrsal 10 "rvel cia d;Mise de
t:m ono kwtoo
fl. 1.S.A - Cor" t_ do __ " _
conllldJ nos tspa~ ex!Jttnttsealll n II1Weolade
,ubstJncla 0,,6. eaponloaa.
Ohern nat dUellI"tra~, I pres~ do QIIII
meilvlar que ,!ola a modula 6sso•. Em tJmbem 0 en-
.. CAPITuLO "
1O·.O-N~
Os 0=, saja devUloa sua f~ belDopelellca.
aejil pelo laiD de 58 ~reRIIImIII allD IIllI IlesenYoIri-
menlO lenlo e CORtiJlDO,sao aIlatnesre v2ISClIlqrizados.
As arterlll$ do peri6steo panetram no 0$$0, IrrigandCHJ
e disllibuinl»se na .ellul. 6ssea. Pal estJ ram, des-
plorido do seu periostea 0 esse della de ser fliIIrldoe
morre,
No vlveote e no cad4ver 0 ossa se elConlra sem-
pre reve$l)do POI deIiuda rnemlnne cnnjlQlin. com
me~iio das 5uperficil!s articulms. £SI.a mCJllbrau e
denomlnade perl61teo e 'plesm!a dois folhetos: UIII
supeniclal e CIIItO profundo, estr ell _II. diret.
com a superficle 6ssea. A CSlIIada p~ e cba_
de osreogenfca pelo lalo de suas celolas se transr.r-
.artm elll celulas 6sseas, que s!o iDl:OtpOradu i $II-
perficle do 1lUI, Jl{I!DIIl\'l!DIIn assim • seu espessaIIIeD-
LO. Esle mecanismo, asslm como Ii l1Iinticias eSlltlhf.
rais. clevem ser estudadas elOwnologla.
SIST1"NA ESOOB£nCO Zl
8.0 - Elementos descriliws cia mperflclil dot OUlll
0$ osso, apresentam OS sua wperflcle. depressoBS,
sall!nclas e i)berturas que consfiwem elemenlO$ ~es.-
crltlvO$ para seu estudo. As saliencias se!Vern para ar·
licular os OSSO$ entre $1 ou pare a flxa~o de museu-
los. flgamulos, cartilagens ere, As snper!itles qu se
desllnsm a articula~io com oUlre(s} pe~(sl esquele-
tlcl(s) S20dltas arlicullres; S80 Ii.sas e reveslidas de
cartJlBJetI, COIOUlllelflehiallna, que e deslnlid! durilll-
te 0 processo de pr8para~ao dos OSSO$pm estudo. Ell·
tre as sali~nclas reconhecem-se: cabe~a$, ~ndllO$,
aistn, enUJlenclas. luberculos. tubcrosldades. proces-
~O$, linkas, espinhas, lnicleas etc. As de~es pe.
dem, como as salienclss, ser articulares ou nao, e en-
tre ellS cillTm-seas !ossas, fosutas, impressiies, sui-
cos, recessos, etc, ElItre as aberturas, em gmt destiaa·
du b passagem de neNOS ou vasos, encoDlrm·se 08
forame.l, meates. os1IOS, poros, ete, ImpoNe oms res-
.alva; es crltl!tios para eslas denDlDilI~es nem sem-
pre sao loglc08, sendo conscrvadas pele consagra~o
do uso.
de obteo~o DB prepara~o, nill exlstem em grallde rui-
lIiIrO. Pm resolwr 0 "obIema. elias p~ lalio iI
diSJlllsi~ dos irupDS em tIIll3 DUmats metal,. detlOlDl·
nadas"MIlS. Sa mencionadas no. rolelros, devem ser
procunda peIos CDlllpanentes do tlllJlO. SendD de COli-
IUha col.liva, as p~as d. meSliI neutllS ~ao devem
ter IRIlSportadilS pan OOtlllsmesas.
..0 - Nonce pe~ a aaxOlo do Professer antes
de lenler, dentro do seu grupo, COllIIndas is inlorma-
~es e _10. qu1 tell! a sea dispor, resolver a diliCIII·
dade. 0 oprenililBdo depend!! mUlto da sua eapacida·
~e ~e obaervar. raciutinar, Climparar. dllCUllr e dedu-
zlr, jDnID com S!US coIegas de !l1llpO. f'oIqve, .I~m de
Anatomia, ba urn objelivo maior que S1! deseja vel aliI!-
gldo ~ .. eder I .".....er.
5.0 - &111 consldere~e$ geran 580villm pa-
ra tDdas as aulas pritleas, 5$ qual fer 0 munto. Me.
IHo, rigJ)r • rttllD de estIdo, siD cond~es cssenci.tIs
para collier boos resultados.
CONStOERACOES SERAIS SOBRE AS
AUlAS PIIiTlCAS
'.0 - AnIlKIia ~ i ON dl$clphll!
ess8l1Claimml. pritIca. £ evidslle cpI8 cOllt"ilUl\!6e$
ledllcaS faulll pane do seu u1Udo e. por e$ta razlo.
Ii ElO! segull 1$ 11IIC11'1Sde ,mica selll a COIIIplemee-
~ da parle pur1IIIll8te tllirlea qw es &III!U~",.
Ma"mo porque. O!Iste livID. 1111$ vezes encODtran!mOl
UN "I)In. ~ leOrfu"•
2.0 - 0 estudo deve lei feilll em gropo e OS re-
tens .. emilO$ para sere. seguidos rlgomamen·
te. safbr pidgrafes. 00 _ !rases, debar de se-
gulr eslJ'ibalenl! II Inslru~es. pode levar 0 grupo a
perder a legil:ilbde da ~ COli prejulzos que Ie
teflelim ne l11lDI!IIto da eutlHYllI~, 0 lim •.
'to contEn! todas as 11u!t1J~6es ilIdl.peosiivets. G que
Uo ~e 0 e&l)ftge do AlIas de Aaaltmll 00 ~
¢es stlp!!1IIfJlta.~J•• watade d~grvpo.
3. Q - 0 Illiterill tJtllizatu pelo gllljlt de estodo
dM aD adequdo II estzr em I!o5s CD!IIIi96es de COl)-
serv~. Eatrelanto, ~s hi que, pela dillcoldad.
2A CA?lfUU) II
OSSO$ e que partes de!es (vern estes relevos. Obser·
ve 0 releva da clavicula. lID eslBniOe OOSC811du. £D-
miDe estes ossos go esqueleto. Passe agora 11 col_
,erteIIraI: Pale como as vitteIns, 00 esqueletil, lem
VOlUlll8difereDle embwc sua forma seja. basicameme.
semelbao!e. Elas podem Set separadas em tres 9JlI-
!lOS: 7 cenicais [no pescG!1II), 12 torii:icas (00 Ilirax)
e :; Ioabaea (correspWldem ao abdome). Ell! oulros
animais, eatre1anto, 0 mimero de vertebras varia.. No
cavalO, ba 18 todck:as e no boi 13. EJD quase lodos
0$ mamiferos, todawia. incMndo a girafa. 0 Dlimero de
vwbras C!!IYital$.e de 1. Observecamo as vertebras
de cada glllpo tem caracterislicas pniprias e difuren-
ciam·$!! das dos OUlfOS gIllPO$.·Que·parle das vErtebras
p.ode ser palpada na ,orona vertelJraI do seu colega?
CooIjra sua resposia na fig. 2.13.1\ P~ a ele para
lIetir 0 1Orax. Cllmo Sf fusse apanhar O.ID obleto 110
chao. selll dobrar as pernas. e repare como os releyos
00 colonavertebrallomam-se moi1u mais nilidos. Guar·
de esie eonceito: relevos produzidDspOI ossos aa .sa-
pedicle do C81j10 podem ser mal; salieotes na depen·
deo.:ia I!o moYimgijta rcalizado.
Agora. em \"OOe _, palpe os ossos da pelYe,
priDCipaJmente ~ clmmada crislJ ilia que pode ser
identificada nas figS. 2.7 e 2.11. Observe taaibem es
relews produzidos ao aiver do jaellla. tonmelo e pi.
Procure identificar 00 esqueleto qlliis OSSO$ e que par·
tes deles produzem estes relevnS.
RomRO PARAAUlA Pi!Aru:A Of
SISTEJ.IA ESOUlliTlCO
SISTEMA ssounmco 25
1.0 - Examiae a estru1ura a sua freete. Observe
Clllno eta em C8RS!ilUlda. de partes articoladas elllre
si, arfilicialmeJllB.Estis paries sao es _ e, DOC811-
junlO.a estrvlUra Iidenominada RqJelelD.
Identifique as ~ que C8rmporJdem ill! ~
IeID uiaJ e an esqvelelD JpeIIdicular (figs. 2.3, 2.4
e 2.51. Repare que 0 esqueIetD .~iC8lill ei!i apen-
so 80 axial pur OO$OS que ronstilDm as ciabRa. ~
calize as tilttt!raS esrapolar e pilvica e id@liflque os
ossos que delas lazem parte [figs. 2.6 e 2.1).
2.0 - Com.o auxiTio lias fi!p. 2.3,2.4.2.5.2.6
e 2.7 yore identificou maitos 0SSClS do esquell!lll alial
e apendiWlar. lias aiAda naG iden1ifiCOtl os do eri·
nio.· Alguns 0$SllS craniaoos sao frequenlemeJJte des-
tmidO$ duraote a pre~() do material. Isto llC8tre
princlpalmentt na .orbit! e cavidade nasal, mas, no mil-
m_entv.oeohum deles ser.i objeto de estodo. Asslm,
C8Q10 awcilio das fillS. 2.16,2.17 e 2.18 identifiqoe
OS DssOS segointes! fnm1JI, _I. ligolllilico. 1UIiIar.
.... ilnda. parietal, temponl, esfea8i~e e OtCipital.
3.1] - Os essos ja [0rE1l1 JdenlifJCados. Pe~ en-m a OQl coIega do grupe para despir 0 Ilirax. Esco-
lha om que seja suiftientemenlB magio para servir de
IIllideiO, pllis vames estodar urn pouC8 de AIIa1DlIliade
~Qe. ObsetVequaisrelMlS ajlarecemna :wperfi·
ele do C8rpG.do sea coIega ao nive! doolOllro,co_
lo, pIIIIIo e 1IIio. Tente Identifkar 00 esqueleto quais
~. t tI- er-. "'* __
';'.,< '. ,
F ...... ::.... __
Orbit.
SIS'lt1M (6CJIAl.[T1CO 2'7
FIg 2.18 - Cranlo. vrsto inleriormente
28 CAPITULO II
12.0 - N.a IIts. aeaua 1m.. colocados _
de I.ndrviduos lov"" onde a caI1ilagern epifill., pode
ser Idenllflcada. Urn delel e 0 osso do quadril 'p,e-
stnundo-se tri,anldo: IdeJItiliqUt .0sle osso 0 1110.
isqlio e, ~e.
11.0- Ha.ea neutrl U =os Irescos de .m
ruls em que 0 pet!6sleo foi·c_rvadO. ObstMl-GS
e ldentlfiqlle 0 peri6steo
Re. 2.1t • - Cone _ .... do 16<... '-
"II$UI. COOl" 10.0 - OMerv! urn 05$0 COtla6o (roll1aJrnenleI (fig. 2.15) e Idenillique a Sflbslincll 6sse. compBC·
___~... hi e npOliJosa. bell toliO 0 canal meduler. Em, es-
lIVlUIU LlDlWII podtm Set YiSllaJlmIaJ 'III ossas cor·
bidIIs twIMnaI_nlt.
9.0 - Em u. osso lango ldenillique as ",Ubes
e a _lie (Ag 2 10).
8.0 - C!asslflque morlologic'lIIenle 01 seguin-
filial" _: ame, •• r.IrI'lD. ossa, do carpo. ,.1_
gel. dlVicIda. ex..,. teIIp!llili. froatal•• anrlr.trla.
_I .. rirtellR. ossa do QAdriI. ,_,. libll•.~
dneo . .as do .ellLllSII.
1.0 - TOM 190.... Uti O$SO IlOIa60. como 0 Ie.
lIIlIr. e Db'elYe como SIa strpMicle 6 Imguw. III"
iiellTlDdodepreollitl. ..,Icos. 1013mes (orificios). SI-
llencial. etc. P•• ~ue servem estes aeldentes 6sstos?
6.0 - ObseMi tlmbera a tWJn~abr de l1l1I
~. Rt]ft CD" • dlviClia Iauiste 01 • 1\1-
dilaeal3r. eoq_ ~ ., 1liiie. f be;; *-1-
YiIb
&II pMIlcllar co"lomtal)io do 10m dos qu.dni-
pedes Iaz COlI que os plKe$SOS esp 'MoSIS das v&1e-
bru It loraea milia lUis pmetDlncnlts. Impedlnda
que IqGela ani.,11 paua,. deil1ll"st lObre 0 dono.
Observe a Intlln~io dos ISIOS do quadril nOi quo·
doipedes e 110homem ). medida que 0 aniln" IGlasu·
lllillllo • pos~ bf,ue •• pelve pauw I 1l1li' ~
IRis ~ pi1ltiiilillll .... st is -- uJsto-
das d. eqIiIibno
5.0 - Ouuo 1610 ~ue deve str oburvado nos
quadnjpedes e 0 gl1llde desenvommenl. 60s ossas d,
aetx.po e lletmrstl em relal)io lOS lID 110•• 11. 0
.u.ro de lied•• ~IE nri!nl: u. ao trliio.
dols nos IVlDil1llltes (bol. carneIro. bode). qualra no
porco. clw:o no hamem.
4.0 - £maae. -1IIIelIIe, i <*IJI~O tIa
CIlIa Itridu , da peM !It l1li esqueleu 1Iu_. e
CD!IIIpft co. as de ... el4lllt1tD de III!I ~
(este liltiato esI.i 81 mesa MUm). Note que 0 I6tax.0 quadr~pede , lIuilD mais IIlptlea e que IS eenelas
110seu le~o dOrlal Ilio Bple~tam aID ilgulo lio pro-
... rjado co... lqlltle OHma4o lIaS costeles do ,sque-
ItIII __ AI Ilgtm a]),lJII lIIOSInIID •• ,~ :
23. observar as diferencas mais ootaveis entre 0 es-
queleto humano e 0 de um quadn1pede. no que
se refere A caixa tcraclca, pelve, essos do me-
tacarpo e metetarso, e cintura escapular.
13. definir eartllagem epifisial des pontos de vista
rDorfol6gicoe funcionaJ;
14. eitar as difere~as mais notaveis entre 0 esque-
leta humano e 0 do quadrupede, em re~~o 80
tom e it pelve;
15. identificar os tlpos de esqueleto;
16. identilicar 0$ OSSOf que constituem es esquele-
tos axial, apendicular e as einturas escapular e
pelvlca;
17. identiftcar o~ tipos de ossos do esqueleto;
18. Identiflear, macroscoplcamente, as substfulcias
08se85 compacta e esponjosa. e 0 canal me-
dular;
19. Identiticar, macroscoplcamente, 0 peridstec:
20. Identificar, macroscopieamentl'", a cartilagem epi·
flsial. eplfises. diafise;
21. observar "In vivo" os releves produzidos por acl-
dentes dos ossos e identiflear estes aeidentes
no esqueleto;
22. identifiear, no esqueleto artlculedo, tipo e mime-
mere de vertebras de cada reglao da caluna ver-
tebral:
OBJETIVOS ESPECfFlCOS DO CApfTUlO II
ApOs 0 estudo deste capitulo 0 afuno deve ser
capaz de;
1 . conceltuar esqueleto dos pootos de vista estru-
tural e funcional;
2. eltar as fun~s do esqueleto;
3. eitar os upes de esqueleto e suas diferen~as;
4. eitar os OSSOS que constituem os esqueletns
axial, apendieular e as eintuTas escaputar e pel·
vlea;
5. eltar os fatores que determlnam as variaciies no
ntimero de nsses do esqueleto humano:
6. dar exemplos de vari~6es no numero de ossos
do esqueleto humano. decorrentes de fatores eta-
rios e Individuals;
7. eitar e deserever os tipns de essos do esqueleto;
8. definir, do ponto de vista macrosc6pico. as subs-
tincias Osseas compacta e esponfosa e 0 ea-
nal medular:
9. cltar a Importancis funclonal dos elementos des-
critlvos observsveis na superficie dos ossos:
to. deftnir periasteo do ponto de vista macrosce-
pieo;
11. eltar os aspectos morfolOgieos mais importantes
na ntltrlcao dos OSSOS e justlficar esta Impor-
taneia;
12. eitar a localiz~ao topogrcifica da medula dssea:
30 CAPITULO II
Fig. 3.1 - Sutura escamosa
FlO. 3.0 - Sutura plane
"turn serreaclas (uniao em linha "dentea-
da"). As flguras 3.0, 3.1 e 3.2 exemplili·
cam as lipos de sutures. de maneira esque-
matJca.
Junturas
Capitulo III
1.0 - Conceito
Os ossos unem-se uns aos euirce para consti-
tuir 0 esqueleto _ Esta uniao nao tern a linalidade
exclusiva de coloear os ossos em contato, mas
tambem a de permulr mobllidade. Por outre lado,
como esta uniiio nao se faz da mesma maneira
entre todos os ossos. a maior ou menor pos-
sibilldade de movlmento varia com 0 llpo de uniao.
Para designer a conexao exlstenta entre qualsquer par-
tes rlgldas do esqueletn. quer selam OSSOS, quer car-
tilagens, empregamos as termos iutltur. ou articlll-
~.
2.0 - CllssiHc~io das jloturas
Embora apresentem censideraveis variaebes entre
elas. as junluras possuem certos aspectos estruturais e
funcionais em eomum que permltern classllica-las em
tres grandes grupos: fibrosas, tartilaginosas e ai-
noviais. 0 criteria para ssta divisao e u da natureza
do elemellto que S8 interpoe as pacas que se articulam.
2. 1 - Junturas fibrosas
As lunturas nas Quais 0 elemento que se tnter-
pOe as pe~as que Be articulam e a tecldc conjuntlvo
fibroso sao ditas fibrosas, e a grande maiorta delas se
apresenta no cranio. ~ evidente que.a mobllidade nes-
tas junturas Ii extremameme neduzida, embora 0 teci-
do conjuntivo interposto conflra uma certa elastielda-
de ao cranio.
Ha dois tlpos de junturas flbrosas :
al Suturas - sao encontradas entre os osses
do cranio , A maneira pela qual as bordas dos
ossos articulados entram em contato Ii varia-
vel, reconhecendo-se AlUras plllIas (un lao U-
near retilinea 011 aproximadamente rstllinea},
SulUras eSCilfllOSis (uniao em bisel) e
~
!
r•
Tambem as junturas que se fazem entre ea eor-
pas das vertebras podem ser ennslderadas como sln-
fise, uma vez Que se interpoe entre eles urn disco de
fibrocartilagem - 0 diSCI ioIenertefJral.
2_3 - Jullns sinoviais
A mobiJidade eii!le livre deslizamento de uma
superficie ossea contra outra e isto e impossivel
quando entre elas interpde-se um meio de liga-
t;ao. seja conjuntivo fibroso ou cartilagineo. Para
que tulja D grau desejavel de movimento, em
muitas junturas, 0. elemento que se interpiie as
pe~as que se articulam e um Ifquido denomiRallo
siJt6yia, ou IiqlitiJ tiJovial. Oeste modo. os meios
de uniao entre as pB~ esqueleticas articuladas nan
se prendem nas $Uperticies de artj~liJ4;ao. como ncer-
re nas junturas tibrosas e cartllaginosas: nas jumu-
ras sinoviais 0 principal melo de uniao e represenla-
do peJa cipsItIa artic8Jar, eSp8cie de iDanguito que
envolve a articura~ao prendendo-se nos ossos que se
articulam. 0 desenbo da fig. 3.4. A e B ilustra 0
fato.
2.2 - JUlluras cartilaginosas
Neste grupo de junturas 0 teeido que se interpiie
e cartilagiDoso. Quando se trata de cartilagem Uiiaa,
temes as sincoMrosesi aas sinflses a cartilagem Ii ~
'lI'8Sl. Em alllbas a mobilldade Ii reduzida. As slncen-
dreses sao raras e 0 exemplo majs tipieo Ii a lilldll-
drose esfetlHCCipital que pode ser visuanzada na ba-
se do cranio (Fi!J. 2.18).
Exemplo desinfise enccntramos na uniao. no
plano mediano. entre as por~oes pUbicas dO&0$$0& M
quadnl. constiM!Jdo a .i.nfise pi"ica (Fig. 2.7).
b) SiadesIDOSeI - Nestas junturas 0 tecido In-
terposto Ii tambem 0 conjuntivo fibrosa. mas
nao ocorrem entre os OSSOs do cranio. Na
verdade. a NlJmem:latura Anatiimlca sO regis·
tra um ex.emplo: sioIes.ose liW.lllHllar.
Isto e. a que se faz entre as .extremidades
distais da tibia e da fibula.
pGItOI fracos na estnJtura do cramo. denominados
tom.eJas OIl foDtiCliles e wlgarmente chamados •mo-
leiras". Desaparecem quando se cOllpleta a ossifica-
~ dos 05SO$ do cninio.
Embora ja tenha sido descrila no capitulo ante-
rior, seria interessante lembrar que na i~ade avaR(:a-
da pode ocorrer ossifi~iio do tecido illterposto (sf.
nottose). fazendo com que as suturas, pooco a pon-
co. desaparet;am e. rom elas. a elasticidade do crinio.
Se observer atentameote a figuril acima. que reo
presenta urn cranio de felo em vista superior, urn ou--
tro faro pooe ser notado: em alguns pontos a sepi1171-
fi80 entre os ossos e maior pela presern;:a de maior
quantldade de tecido conjuntivo fibrosa. Estes sao
Fig 3.3 - Cranlo fetal. onde se notam as fontaneIas
No crsmo, a juntura entre as nssos nasals Ii uma
sutura plana; entre os perretais. surura denteada: en-
tre 0 parietal e 0 temporal, escamosa. As figuras 2_16
e 2.17 mostram estes exemploS.
No crania do teto e recem-nascrdo. onde a ossl-
fic~ao ainda Ii Ineompleta, a quantidade de tecido
conjuntiva fibrosa mterpesto e muito maier, expllcan-
do. a grande separa!;lio entre os ossos e uma maior
mobilidade. t lsta que pennile. no momenta do parto,
uma redu~oo bastante apreci.wel do volume da cabe-
eli fetal pelo "eavalqamento". digamos assim, dos
asses do cranio. Esta reducao de volume facilila a
expulsao do feto para 0 meio exterior (Fig. 3.3).
Fig. 3.2 - Sutura serreada
32 CAPITULO III
F19 3 4.8 - Capsula a,Ucul., da articuJ~liD do quadrll
Ctlpsula articular
JUNTURAS 33
o corte frontal (esquematico) de uma juntura si-
novial mostra a preserw;a de uma clYl.~e .. icur ..
(Figs. 3.4. Ae 3.5)
A cavidade articular Ii urn espaeo virtual ande se
encontra 0 IIquido sfnovlal. Este e a lubrlflcante na-
tural da junlura, que permite 0 deslizamento com urn
mInima de atrilo e desgaste.
Note que a ca,sura articu.lar, caviuH articulir e
114111110sinovill (slnGvla) sao caracteristlcas da juntu-
ra slnavlal. Nos t6picos seguintes certas consldere-
~ijes sao feltas com relacao a este importante npn de
juntura.
2.3.1 - S.,..-ffcles artJcuIarea e III revutillfJlllO·
Sabemos que sUperfiCies articllares sao aquc·
las que enllsm em cantata numa determinada JUIltu·
ra. Estas superffcies sao revestidas em toda a SUB ex-
tensao,· por cartilagem hialina (cartilage.. artit.llr)
que representa a porcao do osso que nlio fOi invadi-
da pela osslflca~iio. Em virtude deste rcvestimento as
superficies articulares se apresentam lisas, polidas e
de cor esbranquicada (Fig. 3.6). sao 8uperfleles de
movimento e. portanto, suas fun~iies estao eondlclene-
das 8 ele: a raducao de mobllidade na articula~
pode levar 6 fibrose da cartilagem articular. com In'
qalJose de juntura (parda da mobilidade). A carnle-
gem articular Ii avascular e nao posstJl tambem lner-
v~o. SUa Illltricao, portanto, principalmente nas
areas mals centrals, II pre~rja, 0 que lorna a rege-
neracao. em caso de lesoea, mais dlficil a lerna.
A ._ .. Ilnoviil e a mais intema das cama-
das da c~psula articular. £ abundantemente vascularl·
zada e tnervada, sendo encarregada da produ~ao da
IiIlMa (11l11ido aitoviaI). Oiscute·se se a sinOvia Ii
uma vertiadeira secre~ao ou urn ultra-mtrado do san-
gue. mas e certo que contem acitto hiaJlrillico que Jhe
contere a viscosidade necessaria a sua run~ao Jubrifi-
cadora.
Ugamentos e capsula articular tern ))Or flnalidade
manter a uniao entre as cssos. lI1as alem disto. im-
pedem 0 movimenta em pIanos indesejaveis e limitam
a amplitude dos movimentos consid9ra~$ normals.
2.3.2 - capsula articular
Foi descrlta neste capitulo como sendo uma mem-
brana conjuntivlI que envolve a juntura sinovlal
como um manguito. Apresenta-se com dlJa$ cama-
d.u: a _.-..a fibrosa (external e a aUl••
na 111IOW1ai (internal. A primeira Ii mais resis-
tente e pode estar ref!Jrcada, em alguns pontos.
por feixes tambem fibroses. que constituem os
lill_.tos capsulate., destinados a aumenlar sua re-
sistencia. Em muitas junturas sinoviais. todavia, axis-
tem ligamentos independentes da capsula articular de-
nomlnados eltruapsulares ou ICeS$lrios e em algu-
mas, como na do joelho. aparecem tambem tipne.
tal iatr.. rticalares (fig. 3.6).
Fig. 3.5 - Corte frontal da a~ do ombro
\ CApsula arttcut
34 CAPITULO III
Fig. :US - Artlcul~Io' do Joelho. "late .nterlormente.
A c4p1U1. artlcul.r {of retlrada e 11md. ,,'suallrer-eee. clemal. estruturos
llgemento extra-capsular
Llgamento Intra-articular
Superflclo articular
Monlaco
JUNTURAS 35
Fig. 3.8 - ArtlculalfiO estemoc!avlcular. 00 !ado es QUerdo for felta 11m corte frOlltaj para mestrer 0 disco
2.3.4 - Princ:ipals m,vimentos rullzadOl peiOl I,,'
meBtosdo C:IN,.
o movimento em uma 8rticula~ao faz-se, obrigato·
rlamente, em torno de um elxo, denomlnado em de mi·
vim_o, A dir~80 destes eixos e iDtero-posteritr Iven.
tre-dersal). latera·lateral e longitudinal (cranio-caudal).
Na analise do movlmentri reallzado, it determjna~o lID
eixo de movimento e felta obedeceOOo a regra. segun.
do a Qual,a dj~io do elxo de mevimento e lempre
Fig. 3.7 - Artlcula~ilo do Joelho, vista poaterlormente perpendlcuJar ao plano n. qual se realiza 0 moville.
Em varias junturas sinovlais. interpostas as super-
ficies articulares, encentram-se forA1~Oes fibro-carti-
laglneas, os dileos e .ettiscos intTHrtiCliiares, de
LigaOl nto intra-arttcuter fun~iio dlscutida: servirlarn a rnelhor adaptacao das
superficies que se articularn Itemando-as ctnglWelltea)
ou seriam estruturas destinadas a receber violantes pres-
soes, aglOOo como amortecedores. MeniscDs, corn sua
caracteristica forma de mela lua, sao encenrrades na
articula~ao do joelho (Figs. 3.6 e 3.7) .
Exemplo de disco lntra-artlcular encontramos nas
art;culacOes esternoclavlcular e temporomandibular
(Fig. 3.8).
Os rneniscos do joelho sao frequefltemente lesa-
dos e sua rettrada cirurglca e bastante comum. Algu-
mas vezes, ap6s a retirada, forma-se urn novo menis-
CO. replica do primetre, porem, nao rnaIs constituldo
de fib~ocartilagem mas slm de conjuntivo fibroso den-
so, meoos resistente.
2.3.3 - DISCIS e lIIenilCOs
36 CAPITULO III
c) ~ - £ 0 movimento em que 0 segmen-
mento glra em tome de urn eixo longitudinal
(vertical). Assim. nes membros, pode-se re-
conhecer uma fIl~ _lal, quando a face
anterior do membro gila em dir~iio ao plano
medlano do COrpD, e uma ro~ lateral, no
movlmento oposto. Repare que a regra gersl
continua a ser obedecida, lato e, a rot~D.
conslderada a posiCao de des~rlt;ao anatGml·
ea, e felta em plano horizontal e 0 eiXD de
movll.ento, perpendicular a este plano e ver-
tical.
b) Ad~!1) e abdu~ - Sao movimentos nos
quais 0 segmento e deslocado, respectivamen-
te, em direcao ao plano mediano ou em dire-
cao oposta, isto e, afastando-se dele. Para os
dedos prevalece 0 plano mediano do membro.
Os movimentos da aducao e abdu~o de-
senvolvem-se em plano frontal e s e u
eixo de movimento e antero·posterior. £
preciso ter sempre em mente QI/e a realize-
Clio do movimento e feita levando-se em con-
sidera~ao a posi~iio de descri~iio anatomiea.
Ol/sse sempre 0 estudante ao realizar a adu-
~ao ou abducao da mao flete 0 antebraco.
Nesta talsa poslcao 0 plano do movimento
passe a ser horizontal e 0 estudante deter-
mlna 0 eixo de movimento, erradamente, co-
mo sendo vertical.
Fig. 3.9
Ag.3.10
Os movimentos angulares de flexao e ex-
tensiio ocorremem plano l8titll (ventre-dor-
sal) e, seguindo a regra ,0 elxo desses movi-
mentos e latero-Iateral.
A fig. 3.10 ilustra os movimentes de fte-
do do pe. Neste caso 1180 usamus a expres-
siio euetai. " pe: os movimentos sao de-
finidos como flexit .. ",I e floio pl.. tar
do pIi.
tente entre 0 s8ijmento que se desloca e aque-
Ie que permanece fixo. Ouando ncerre a di-
II'Ilnllf~ao do angulo dtz-se que ha fJexiD;
quando ncerre 0 aumenlo, reallzeu-se a el-
leaio. A figura abaixo mostra a f1exao e a
ertsnsao do antebraco (Fig. 3.9).
JUNTURAS sr
........ Assim, todo Rlovimento e realizado em
_ plano determinadn e 0 seu eixo de movimento e per-
pendicular aqllele plano. Os movimentos executados pe-
Ies seglllentos do corpo recebem nomes especificos e
• serao definidos apenas os mais importantes.
a) Utvimeatos IngIlares - Nestes movimentos
he uma diminui~ao ou aumento do angulo exis-
2.3 ..6 - Classlfi~o mortolcigica das juntms sl.
noviais
o criterio de base para a classificacao morfol6-
gica das Junturas sinoviais e a forma des superficies
articulares. £' fora de duvida que 0 simples exame
destas superffcies indica ccnsideravels variaciies mOT·
fologicas. lstn e tanto mais importante quando se sa·
be que a variedade e mesmo a amplitude dos mavi·
mentes realizaveis em uma articula~o dependem do
tlpo de "encaixe dssee", ou seja, da morfologia das
superficies que entram em contato. Ha grandes dl-
vergencias entre os autores quanto a nomenclatura a
ser empregada nesta dassifica~ao. Nos tipos que sao
descrttos a seguir. se conservou a nomenclatura ofl-
elal, com as ressalvas que pareceram validas.
a) P'ana - As superficies articulares sao pla-
nas ou ligeirarnente curves. permitindo des-
lisamento de uma superficie sabre a outra em
qualquer direciio. A articul~ SICfO-iliaca
(entre 0 sacro e a po~ao illaca do OSso do
Quadril) e urn example. Oeslisamento exlsta
em todas as junturas siooviais mas nas artl·
cuiacoe$ planas ele e dlscreto, 'azeooo COli
Que a amplitude ~II movlmento seja bastan·
te reduzida. Entretanto. deve-se ressaltar que
pequenos deslizamentos entre varios OSSDS sr-
ticOlados permitem Bprecidvel variedade e
amplitude de movirnen10. r isto que ecorre.
por example. nils articulacoes entre os OSSOS
~urtos do cerpe, tarso e entnl os corpos da'1
vertebras.
b) G(nglimo - Este tipo de articul~o e tam-
bem denomlnade dobradica e os nomes rete-
rem-sa muito mais sn movimento que elas
realizam do que a forma das superflctes artl-
eelares : flexac e extensao (movimentos an-
gulares). A articulapo do cofoveia 4 um
bom exemplo de gfnglimo e a simples abser-
vseao mostra como a -superficie articular do
umern. que entra em contato com a ulna.
aprssenta-se em forma de carretel; todavla.
as articulaciies entre as falanges tambem sao
do tipo ginglimo e nelas a forma das super-
ficies articulares nao se assernelha a um car-
retel. £5te e um coso concreto em Que 0
criteria morfol6gico nao foi rigorosamenle
obedecido. Realizando apenas flexao e exten·
sao. as junturas sinoviais de tipo ginglimo
sao mono·axiais.
c) . TflcOide - Neste tipo as superficies articlJ-
lares sao segmentos de cilindro e, por eSla
razao, cilindniides talvez fosse 11m termo
mai·s apropriado para deslgna-Ias. Estas juntu·
turas permitem rota~o e seu eixo de movi·
o movimenm nas articulacoes depende, essencial-
menta. da forma das superficies que entrem em cen-
taro e dos meios de unilia que podem limits·lo. Na
dependentla destes fatares as artlcula~oes podem rea-
liza. movlmentos em torne de um. dols ou Hes eixos.
&te e 0 criterio adotado para classilica-Ias funclonal-
lIlente. Ouando uma articul~iio reaUza movimentos
apenas em torno de urn elxo, diNe que e 1IIOnO-oi81
ou que possul urn " ,tlU tie Iiberdade: sera bi·axial
a qlJ8 os reeliza em toroo de dois eixos(dola graul de
lillerdade); e tJi.axial S8 eles forem realizados em tor-
no de tees eixos (Ire, graus de liherdade). Asslm. as aF
ticul8~oes que s6 permltem a flexao e extensao. co-
mo 8 do catovete, sao rnona·axlais; aquelas Que rea·
lizam extensao, flexao, adu~ao e abduclio. como a ri·
Ifio.drpka (articulaclio do punho)! sao bi-axiais; fi-
na(lIIente, as que alel'ft de flexaa. extensao. abdu~iio
e aducao. permilem tambem a rotacao. sao ditas tri-
axial" cuios exemplos tfpicos sao as articula~oes do
..,.. do qladrll.
2_3_5 - tlmiftea;ao funcional das junturas iinovlais
Flo_ 3_"
d) Cireundu~io - fm alguns segmentos do car-
po, especial mente nos membres, 0 movimen-
to combinatOrio que inclui a adu~iio. exteo-
sao. abdu~o e Hexao resulta Ita tircund~ao.
Neste tipo de movimento, a extremidade dis-
tal do segmento descreve um eireula e 0 cor-
po do segmento. urn cone. cujo vertice e re-
presentado pela articula~ao que se movlmen-
ta (fi g _3_f f) _
38 CAPITULO III
Urn fato que se deve ter presente: a determina-
~ao da direcao do elxo de movimento deve levar em
considera~ao a posicao ordinaria do animal. tal como.
no bomem. S8 leva em cORSide~iio a posiCao de des-
cricao anat6mica.
Jil fOi dito que 0 movimento depende muito da
forma das superficies que se arncutam, alem de eu-
tros fateres. Ouando exammamns 0 esqueleto de ani·
mais dom~sticos, e facil perceber que Ita diferen~as
morfol6glcas apreciaveis no ponto de contato das pe-
cas esquelettcas quando comparadas com 0 esqueleto
humano. A ausencia ou presenea rudimentar da cla-
vicula naqueles animais limita sobremaneira a pass I·
bilidade de movimentos da articula~o do ombro. No
homem. a variedade de movimentos da articula~ao do
ombro esta intimamente relacionada aos deslocamen-
tos da escapula e estes deslecameotss exigem slmul-
taneo movimento da articula~o estemoclavlcular (en-
tre 0 esterno e a extremidade medial da 4.:lavlcula).
Nos animais sem clavicula ecorre. pertanto. uma re-
du~lio na amplitude dos movimentos realizados pela
articulacao escepule-umeral, embora ela sela. como no
bomem, esferdide e tri·axial. Ha verdade. os doIs Uni·
cos mcvlmentas Importantes desta articula~ao, naque-
les animals. sao a flexao e a extensso. Nao sera de-
mais lembrar que os membros, nos quadriJpedes tlpl·
CGS. sao destinados especIal mente a sustenta~iio e 10-
como~ao. £ interessante observar qoo. no homem, este
papel e desempenhado. prineipalmente pelos membros
inferiores. e embora a .uticul~ao do quadrll seja bas-
tante m6vel. a sua possibilida<le de movimento Ii me·
nor que a do ombro: os membros superiores. embo-
ra participandb da deambula~ao (ato de caminhar. 10-
comover-se) sao destlnados. principaimente. 8 apreen-
sao dos alimentos e colocam 0 individuo em rela~oo
com 0 meio, atraves da gestlculaliAo.
3.0 - AJgomas conslde~s fmeis
Ouando apenas dois nssos entram em cantata nu·
rna juntura sinoviaJ dlz-se Que ela e simples (por exem-
plo, a articula~ao do embre): quando tres ou mais
0880Sparticipam da juntura ela e denominada compos-
UI (a artlculacao do cotovelo envolvp tres ossos : ume-
rooulna e radio) .
2.3. 7 - JllJlturas sinoviah linaples e composta
JUNTURAS 39
f) EsferOide - As !lrticul~oes de tipo esferoi-
des apresentam superficies articulares que
sao segmentos de esferas e se' en-
caixam em receptaculos ocos. 0 suporte de
uma caneta de mesa. que pode ser movilTl~:1-
tado em qualquer direcao. e um exemplo nao
anatDmico de uma articulaclio esferoide. Es-
te tlpo de juntura permlte movimentos em
tomo de tres eixos. sendo portanto. tri-axial.
Assim. 8 articul~ do OItbro (entre 0 ume·
ro e a escapula) e a do ",lIIril (entre 0
osso do quadri( e 0 femur) permitem movi·
mentos de flexao. extensao. 8d~jjo. abdu~ao.
rota~ao e circundu~ao.
mento, unico. e verticaJ: sao 1I0»axiais.
Urn exemplo tipico e a articula~ao radio-Dlur
proximal (entre 0 radio e a ulna) response-
vel pelos movlmentos de P~D e Slpi-
~o do antebrace. Na pronacao ocorre uma
rotacao medial do radio e. na suplnacao, ro-
t~ao lateral. Ha posir;allde descricao anato-
mica 0 antebracn esta em supina~ao.
d) Co.dllar - As superficies articulares sao de
forma eliptica e elipliiide seria talvez um ter-
mo mais adequade. Estas junturas permitem
flexio, extenio, ahdu~o e IIChl~80. mas nao
a ro~D. Possuem dois eixos de mcvtmen-
to. sendo portanto bi.axiais. A articll~ ri-
~io-drplca (au do punhc) e urn exemplo. Ou-
tro Ii a artiCld~ temponnulldiboJer (en-
tte 0 OSl)O temporal e a mandibula}.
e) E. lela - Nesse tipo de articular;ao a suo
perficie articular de uma peea esquelsttca
tern a forma de sela, apresentando concavi-
dade num sentido e convexidade em outre,
e S8 encaixa numa segunda pe~ onde can-
vexldade e concavidade apresentam-se no
sentido inverso de primeira. A artil:lJ~
carpo-IM!tadrpica do poIegar (entre 0 osso
trapezio do earpo e 0 I osso do metacarpo)
Ii exemplo tipico. E interessante notar que
esta artlculacan permite flexio, extenio, ah-
~, Id~ e ~ (consequentemente,
tambem circunducao) mas Ii classlficada co-
mo bi-axial. 0 fato Ii justlficado porque a roo
t~ao isolada nlio pode ser realizada pelo pe-
legar: ela so e pussivel com a comblnaliAo
dos outros movimentos.

Outros materiais