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CSO-Ifes-55-2009 GERÊNCIA DE ENSINO COORDENADORIA DE RECURSOS DIDÁTICOS MECÂNICA APLICADA E RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Mecânica CSO-Ifes-55-2009 MECÂNICA APLICADA E RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS JOÃO PAULO BARBOSA São Mateus, Maio de 2011. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 1 Sumário 1 Sistemas de Unidades ................................................................................... 4 1.1 Sistema Internacional - SI .............................................................................. 7 1.2 Sistema Inglês ................................................................................................ 7 1.3 Sistema Gravitacional Britânico ...................................................................... 8 2 Estática de pontos materiais ...................................................................... 13 2.1 Introdução .................................................................................................... 13 2.2 Força Resultante .......................................................................................... 13 2.3 Forças no Plano ........................................................................................... 13 2.4 Componentes Cartesianas de uma força ..................................................... 14 2.5 Equilíbrio de um ponto material .................................................................... 16 3 Corpos Rígidos: sistemas equivalentes de forças ................................... 24 3.1 Classificação das forças atuantes em corpos rígidos ................................... 24 3.2 Princípio de transmissibilidade ..................................................................... 25 3.3 Momento de uma força em relação a um ponto ........................................... 26 3.4 Momento de um conjugado .......................................................................... 26 3.5 Conjuntos Equivalentes ................................................................................ 27 4 Equilíbrio de corpos rígidos ....................................................................... 34 4.1 Equilíbrio de um Corpo Rígido em duas dimensões: ................................... 34 4.2 Reações nos Apoios e Conexões. ............................................................... 35 5 Análise das Estruturas ................................................................................ 46 5.1 Análise de Treliças ....................................................................................... 46 5.2 Análise de uma estrutura.............................................................................. 49 5.3 Máquinas ...................................................................................................... 52 6 Centróide e Baricentro ................................................................................ 73 6.1 Áreas e Linhas - Placas e Arames Compostos ............................................ 74 7 Movimento Circular ..................................................................................... 81 7.1 Velocidade Angular () ............................................................................... 81 7.2 Período (T) ................................................................................................... 81 7.3 Frequencia (f) ............................................................................................... 81 7.4 Rotação (n) ................................................................................................... 82 7.5 Velocidade Periférica ou Tangencial (v) ....................................................... 82 8 Relação de Transmissão (i)......................................................................... 84 8.1 Transmissão por Correias ............................................................................ 84 8.2 Transmissão por engrenagens ..................................................................... 85 9 Torção Simples ............................................................................................ 87 9.1 Momento Torçor ou Torque (MT) .................................................................. 87 9.2 Torque nas Transmissões ............................................................................ 88 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 2 10 Potência (P) .................................................................................................. 90 10.1 Torque X Potência .................................................................................... 91 10.2 Força Tangencial (FT) ............................................................................... 92 11 Rendimento das Transmissões () .......................................................... 102 11.1 Rendimento das transmissões ................................................................ 102 11.2 Perdas nas Transmissões ....................................................................... 103 12 Noções de Resistência dos Materiais ...................................................... 113 12.1 Introdução ............................................................................................... 113 12.2 Esforços externos ou carregamentos ...................................................... 114 12.3 Solicitações Simples ............................................................................... 116 12.4 Solicitações Compostas .......................................................................... 118 12.5 Ensaio de Tração .................................................................................... 119 12.6 Modos de falhas trativas: ........................................................................ 120 12.7 Tensões .................................................................................................. 120 12.8 Módulo de Elasticidade ........................................................................... 121 12.9 Momento de Inércia, Raio de Giração e Módulo de Resistência:............ 122 13 Tração e compressão ................................................................................ 124 13.1 Carregamento Axial ................................................................................ 124 13.2 Deformação sob Carregamento Axial ..................................................... 124 13.3 Tensão Normal .................................................................................... 125 13.4 Deformação Longitudinal (ε) ................................................................... 125 13.5 Deformação Transversal (εt) ................................................................... 126 13.6 Estricção ................................................................................................. 126 13.7 Coeficiente de Segurança k .................................................................... 126 14 Flexão ......................................................................................................... 133 14.1 Diagrama de Força Cortante e Momento Fletor ...................................... 133 14.2 Tensão de Flexão ................................................................................... 134 15 Torção ......................................................................................................... 138 15.1Transmissão de Potência ........................................................................ 138 15.2 Análise das Tensões num Eixo ............................................................... 139 15.3 Deformações nos Eixos de Secção Circular ........................................... 140 15.4 Tensão de Torque ................................................................................... 141 15.5 Tensões no Regime Elástico................................................................... 141 15.6 Modos de Falhas Torcionais ................................................................... 142 15.7 Ângulo de Torção no Regime Elástico .................................................... 145 15.8 Eixos Estaticamente Indeterminados ...................................................... 145 16 Flambagem ................................................................................................. 149 16.1 Módulo de Young .................................................................................... 149 16.2 Carga Crítica de Flambagem .................................................................. 149 16.3 Indice de Esbeltez ................................................................................... 150 16.4 Flambagem de Colunas .......................................................................... 151 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 3 17 Equipamentos de Elevação e Transporte ................................................ 152 17.1 Movimentação de Cargas ....................................................................... 152 17.2 Tipos de Cintas: ...................................................................................... 155 17.3 Amarração............................................................................................... 165 17.4 Proteções ................................................................................................ 168 18 Equipamentos de elevação e Transporte ................................................ 174 18.1 Equipamentos de elevação: .................................................................... 174 18.2 Equipamentos de Guindar ...................................................................... 174 18.3 Equipamento para Içamento ................................................................... 180 18.4 Plano de Rigging ..................................................................................... 181 18.5 Capacidade da Carga ............................................................................. 183 18.6 Rigger Sinaleiro....................................................................................... 183 18.7 Travamentos ........................................................................................... 184 18.8 Cordas Guias .......................................................................................... 185 18.9 Patolamento ............................................................................................ 186 18.10 Condições Gerais para Operação de Guindastes ................................... 187 18.11 Operação de Giro – Área de Giro ........................................................... 189 18.12 Local de Descarga – Área de montagem ................................................ 190 18.13 Caminhão Munck .................................................................................... 191 18.14 Uso dos Equipamentos de Elevação e Transporte ................................. 193 18.15 Código de Sinais para Içamento e Movimentação de Cargas ................ 195 Referencias Bibliográficas: ............................................................................. 199 Respostas dos Exercícios: .............................................................................. 200 ANEXO A ........................................................................................................... 205 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 4 CAPÍTULO 1 1 Sistemas de Unidades Se o instrumento é utilizado para medir variáveis de processos, convém então mencionar rapidamente sobre sistemas de unidades usados para medir a magnitude de grandezas (as variáveis dos processo mecânicos) e expressá-las como dimensões. Na medida em que ainda há diversos sistemas de unidades utilizados pelo homem, a sua definição e estabelecimento corretos auxiliam no processo de conversão de unidades entre os vários sistemas de unidades disponíveis. Há vários sistemas de unidades em uso nos ambientes industrial, comercial, laboratorial, residencial, etc. Por convenção, há um sistema aceito internacionalmente, estabelecido pela Conferência Geral de Pesos e Medidas (toda a documentação das Conferências é mantida e divulgada pelo Bureau International des Poids et Mesures – BIPM), o Sistema Internacional de Unidades - SI. As unidades básicas do SI, como todos sabemos, são o metro [m], a massa [kg], o segundo [s], o Kelvin [K], o Ampere [A] o mole [mol] e a candela [cd], para as dimensões comprimento, a massa, o tempo, a temperatura, a corrente, a quantidade de matéria e a intensidade luminosa, respectivamente. Todas as outras unidades são chamadas de unidades derivadas (joule [J] para trabalho, watt [W] para potência, etc), pois são definidas em termos das unidades básicas. Atribui valores numéricos específicos para fenômenos físicos observáveis, de maneira que estes possam ser descritos analiticamente. DIMENSÃO quantidade física utilizada para definir qualitativamente uma propriedade que pode ser medida ou observada. Exemplo: Comprimento [L], Tempo [t], Massa [M], Força [F] e Temperatura []. UNIDADE são nomes arbitrários atribuídos às dimensões. Exemplo: dimensão comprimento unidades centímetros, pés, polegadas, Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 5 Grandezas e unidades derivadas de SI – Sistema Internacional de Unidades Assim, a dimensão especifica a magnitude da grandeza (variável do processo) medida de acordo com o sistema de unidades adotado. No SI a unidade da grandeza comprimento é o metro, em outros sistemas de unidade podem ser em a polegada, o centímetro, o kilômetro, a milha, etc. Em várias áreas industriais diferentes sistemas de unidades que misturam unidades do SI, com unidades inglesas e antigas unidades de comércio têm uso corrente. São comumente referidas como Unidades de Engenharia. É o caso, por exemplo, da indústria hidráulica: o diâmetro de tubulações é usualmente referido em polegadas (dimensão típica em uso nos USA e outros países de língua e industrialização de origem inglesa e americana), e o comprimento desta mesma tubulação pode ser referido em metros. Compra-se no comércio, mesmo no Brasil, uma tubulação de PVC de 6 m comprimento e 2” (polegadas) de diâmetro, classe 10 - pressão de trabalho de 10 atm (atmosferas, ou 1.01325 x 106 N/m2). Na indústria do petróleo a produção (a vazão de óleo, volume na unidade de tempo) é medida em barris/dia [bbl/dia]. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 6 Grandezas e unidades derivadas de SI – Sistema Internacional de Unidades O Sistema CGS foi corrente na área da mecânica, e se baseava em três dimensões e suas unidades básicas: o centímetro, o grama e o segundo. Na indústria automobilística de matriz baseada nos USA, todas as dimensões – folgas de válvulas, bitola de parafusos e porcas, tamanho de rodas, etc, têm por base o Sistema Inglês de Unidades. O SistemaInglês, por sua vez, tem unidades de uso próprio nos USA, que diferem, em valor, de unidades usadas na Inglaterra: o pé inglês é maior que o pé americano, assim como o galão, etc. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 7 1.1 Sistema Internacional - SI L Comprimento metro m M Massa quilograma kg t Tempo segundo s Temperatura graus Celsius ou Kelvin C ou K Força: definida pela 2ª Lei de Newton a.mF F - força [N] m - massa [kg] N s mkgamF 2 . a - aceleração [m/s2] 1.2 Sistema Inglês L Comprimento Pés ft M Massa libra-massa lbm F Força libra-força lbf t Tempo Segundo s Temperatura graus Fahrenheit ou Rankine F ou R Força: é estabelecido como uma quantidade independente definida por procedimento experimental: a força de 1 lbf acelerará a massa de 1 lbm 32,174 pés por segundo ao quadrado. - Ao relacionar força e massa pela lei de Newton, surge uma constante de proporcionalidade, gc: lbf g sftlbm g amF cc 1)/174,32.(1. 2 - gc terá as dimensões MLF-1t-2 - para sistema inglês: 2. .174,32 slbf ftlbmgc gc tem o mesmo valor numérico que a aceleração da gravidade ao nível do mar, mas não é aceleração da gravidade. Serve para relacionar estas quantidades. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 8 1.3 Sistema Gravitacional Britânico L Comprimento pés ft M Massa slug slug F Força libra-força lbf t Tempo segundo s Temperatura graus Fahrenheit ou Rankine F ou R Outros: - Sistema Técnico de Engenharia: kg, m, s, kgf gc= 9,80665 kg.m/(kgf.s2) - Sistema CGS: g, cm, s, dina PESO MASSA O Peso de um corpo é definido como a força que age no corpo resultante da aceleração da gravidade. Varia com a altitude. Prefixo usados no SI Para facilitar a escrita de grandezas de magnitude muito grande ou muito pequenas, as unidades podem ser acompanhadas de prefixos que designam seus múltiplos e submúltiplos. Prefixos do SI Prefixo Símbolo Fator multiplicador exa E 1.000.000.000.000.000.000 peta P 1.000.000.000.000.000 terá T 1.000.000.000.000 giga G 1.000.000.000 mega M 1.000.000 quilo k 1.000 hecto h 100 deca da 10 deci d 0,1 centi c 0,01 mili m 0,001 micro µ 0,000 001 nano n 0,000 000 001 pico p 0,000 000 000 001 femto f 0,000 000 000 000 001 atto a 0,000 000 000 000 000 001 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 9 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 10 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 11 1) Exercícios: Reescrever as unidades das grandezas como é indicado. a) 20000mm: m b) 14000000000 W: GW c) 2,75x104Pa: kPa d) 0,000055kg: g e) 0,00023cm: µm f) 250kN: N g) 0,0043 MPa: Pa h) 0,000025A: mA 2) Exercícios: Reescrever as unidades das grandezas como é indicado. a) 50000N: kN b) 200000MPa: GPa c) 75000N: kN d) 0,000014kg: g e) 0,1x10-3 mm µm f) 500 000 000 N/m² kN/mm² g) 150km/h: m/s h) 20m/s km/h i) 30m/s km/min j) 120km/h m/min k) 50l m³ l) 100m³ l m) 200m² cm² n) 10pol cm o) 100mm pol p) 120HP KW q) 2000W CV r) 50Bar Psi 3) Exercícios: a) A saltadora Marren Maggi conquistou medalha de ouro em Pequim 2008 saltando 7,04m. Transforme essa marca em polegada. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 12 b) Uma viagem de trem, no trem de passageiro na estrada de ferro Vitória-Minas dura em media 13h e 30min, transforme esse tempo em segundo. c) Um elefante em média tem 12 toneladas de massa. Uma bola de futebol tem 0,45kg de massa. Transforme ambas as massas em g. d) Um homem aplicou uma força de 18kgf para carregar uma grade de cerveja cheia. Transforme essa força em kN. e) O professor João Paulo, uma vez por semana, calibra os pneus de seu super carro com 30PSI. Transforme essa pressão em Bar. f) A caixa d’água de 1000L leva 1h e 40min para encher completamente. Qual a vazão em dm³/min do dispositivo de abastecimento da caixa d’água? g) Uma garrafa de água mineral de 1,5L tem um volume de quantos cm³ ? h) No campo de futebol oficial, a distância entre as balizas verticais é de 7320mm, e a distância entre a baliza horizontal e o solo é de 244cm. Qual é a área do gol em m² ? i) Em Pequim 2008, César Cielo venceu os 50 metros livres da natação em 21,30 segundos qual é a velocidade dele em km/h? j) Em um dia ensolarado o professor João Paulo foi à praia com sua prancha, neste dia as ondas estavam pequenas. A maior onda que João Paulo conseguiu se divertir foi de 1,65 m. Transforme a altura da onda de metros para polegadas. k) O vôo entre Rio e Madri dura em media 12h e 25min. Transforme esse tempo em segundo. l) Uma girafa em media tem 3,5 toneladas de massa. Uma bola de basquete tem 0,565 Kg de massa. Transforme ambas as massas em g. m) Um homem aplicou uma força de 2 KN para empurrar um carro. Transforme essa força em Kgf. n) A pressão atmosférica em Fortaleza, ao nível do mar é de 1 atm , ou 1Kgf/cm². Em la Paz a 3600 m de altitude ela cai 2/3. Calcule a pressão em Pa em La Paz. o) Em uma piscina olímpica as dimensões são 0,05km de comprimento, 2.500cm de largura e 2.000mm de profundidade. Quantos litros de água cabe na piscina? p) Uma garrafa pet de 2,25 L tem um volume de quantos cm³ ? q) A FIBA determina que para competições oficiais a quadra de basquete devera ter 2800cm de comprimento e 150dm de largura. Qual é a área da quadra de basquete m² ? r) Usain Bolt em Pequim correu 100m em 9,69 segundos qual é a velocidade dele em Km/h? Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 13 CAPÍTULO 2 2 Estática de pontos materiais 2.1 Introdução O que é Mecânica? Pode ser definida como a ciência que descreve e prediz as condições de repouso ou movimento de corpos sob ação de forças. Corpos rígidos, deformáveis e fluidos. 2.2 Força Resultante A somatória das forças que atuam em um dado ponto material é a força resultante. (produz o mesmo efeito que as forças originais) 2.3 Forças no Plano Uma força representa a ação de um corpo sobre o outro. Ela é caracterizada por seu ponto de aplicação, sua intensidade, direção e sentido. 2ª Lei Newton: F=m.a e no SI (N) Fazendo a regra do Paralelograma. As forças não obedecem às regras de adição definidas na álgebra ou na aritmética. Caso possua mais de um vetor P P + Q + S Q + S Q S P R Q P R Q ou A P P Q Q R R = P + Q Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 14 2.4 Componentes Cartesianas de uma força Em muitos problemas é desejável decompor uma força em duas componentes normais uma à outra. Fx = F cos θ e Fy = F sen θ F² = Fx²+ Fy² Adição de forças pela soma das componentes segundo x e y. Resultante da soma dos vetores P, Q e S. Teremos as componentes: Rx + Ry; Px + Py ; Qx + Qy ; Sx + Sy.Sendo assim: Rx = Px + Qx + Sx e Ry = Py + Qy + Sy Aonde: Rx = ΣFx e Ry = ΣFy R² = Rx²+ Ry² S P Q A S P Q A Sx Sy Px Py Qx Qy Ry Rx R Fy Fx F y x o θ F x y θ Fy Fx Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 15 Exemplo 1: Dois cabos sujeitos a trações conhecidas estão presos ao ponto A. Um terceiro cabo AC é usado para sustentação. Determine a tração em AC sabendo que a resultante das três forças aplicadas em A deve ser vertical. Calculando a distância AC = 25 m. Como é vertical Rx = ΣFx=0 Logo a Resultante é Ry Decompondo os vetores XY F1 = (-30.cos 25°) em x e (-30.sen 25°) em y F2 = (12.sen 10°) em x e (-12.cos 10°) em y TAC = (TAC.sen θ) em x e (-TAC.cos θ) em y (adotado o sentido de TAC) 25 15 sen 25 20cos 010cos1225cos30 senTFR ACxx kNTAC 619,25sen 10 cos 12 - 25 cos 30 A B C 10° 25° 30kN=F1 12kN=F2 15 m 20 m θ 20 25 15 F1 = 30 KN F2 = 12 KN Tac= ? R ↨ Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 16 2.5 Equilíbrio de um ponto material Quando a resultante de todas as forças que atuam sobre um ponto material é zero, este ponto está em equilíbrio. 0R 0 0 yy xx FR FR 100N 100N Exemplo 2: Como parte do projeto de um novo veleiro deseja-se determinar a força de arrasto a uma dada velocidade. Com esse objetivo, um modelo do casco é colocado em um canal para testes, sendo mantido alinhado com o eixo do canal por meio de três cabos presos a sua proa. Leituras de dinamômetro indicam que, para uma dada velocidade da água, a tração no cabo AB é de 200N e de 300N no cabo AE. Determine a força de arrasto no casco e a tração no cabo AC. Decompondo os vetores XY Encontrar α e β 75,1 2,1 1,2 tg e 375,0 2,1 45,0 tg α = 60,26° β = 20,56° AEACAB TTTTR Corpo em equilíbrio NF senTsenTF F ACAB x 37,98 0 0 NT TTT F AC ACABAE y 5,214 0coscos 0 A B C E Fluxo 1,2m 1,2m 0,45m 2,10m α β AB = 200N AE = 300N Fmastro = ? AC = ? TAB TAc F TAE A α β Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 17 Exemplo 3: A manga A pode deslizar livremente sobre o eixo horizontal, sem atrito. A mola presa à manga tem constante 1751 N/mm e elongação nula quando a manga está diretamente embaixo do suporte B. Determine a intensidade da força P necessária para manter o equilíbrio quando: (a) c= 228 mm e (b) c= 406 mm. mmLLx mmLCLL 8,75 8,380²²² 0 0 NF xKF 72,132 1088,751751 3 (F: força da mola; Δx: deslocamento da mola) D.C.L F Fat=0 Μ=0 N ω P Equilíbrio L CFP FP Fx 0cos 0 L C cos L L0 C A B C 305 mm P k = 1751 N/m P = ? C = 228 mm Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 18 Exemplo 4: Caixotes de 30 kg estão suspensos por diversas combinações de corda e roldana. Determine, em cada caso, a tração na corda. (A tração na corda é a mesma dos dois lados da roldana, Veremos isto mais tarde). b) c) A T T T T T P T’ T T T’ B C Roldana B T T T’ Roldana C T T T’ P T’ = 2T 4 22 02'0 PT PTT PTTFy T T T T T T T T T R P P TR Fy 2 0 2 02 0 PT PT Fy Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 19 Exercícios: 1) Determine a Força resultante das quatros forças aplicadas na figura abaixo: a) b) 2) Determine a Força Resultante das Forças aplicada no desenho abaixo. a) b) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 20 3) Determine o peso máximo do motor que pode ser suportado sem exceder uma força de 450N na corrente AB e de 480N na corrente AC. 4) Uma caixa é erguida com um guincho pelas cordas AB e AC. Cada corda resiste a uma força de tração máxima de 2500 N sem se romper. Se AB permanece sempre horizontal e AC permanece com θ = 30°, determine o peso máximo da caixa para que ela posa ser levantada. 3) 4) 5) João tenta alcançar Maria subindo com velocidade constante por uma corta amarrada no ponto A. Qualquer um dos três segmentos de corda suporta uma força máxima de 2 kN sem se romper. Determine se João, que tem massa de 65 kg, pode subir pela corda. Em caso positivo, verifique se ele, juntamente com Maria, que tem massa de 60 kg, pode descer pela corda com velocidade constante. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 21 6) Um bloco de 200kg pende de uma pequena polia que pode rolar sobre o cabo ACB. A polia e sua carga são mantidas na posição mostrada abaixo por um segundo cabo DF, paralelo ao trecho CB do cabo. Determine a tração no cabo ACB e no cabo DF. Despreze o raio da polia e a massa dos cabos e da roldana. Adote gravidade 10m/s². 7) Determine a força resultante das 4 forças aplicadas no ponto O. Sendo F1 = 6kN, F2 = 4kN e θ = 25°. 8) Duas esferas carregadas eletricamente, cada uma com massa de 0,2g, estão suspensas por fios leves de igual comprimento. Determine a força horizontal de repulsão F que atua em cada esfera se a distancia medida entre elas é r = 200mm. (considere gravidade 10m/s²). 7) 8) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 22 9) Determine a força resultante das 3 forças aplicadas no ponto indicado na figura. 10) Determine o peso da luminária suspensa, sabendo que a deformação da mola é de 0,3m na posição mostrada. 9) 10) 11) Determine a força resultante das 3 forças aplicadas no ponto A. 12) Determine a força resultante das 3 forças aplicadas no ponto O. 11) 12) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 23 13) Determine a força necessária nos cabos AB e AC para suporta o semáforo de 15 kg. (Gravidade 10m/s²). 14) Determine o peso da Bola suspensa em E, sabendo que a deformação da mola é de 0,2m na posição mostrada e sua constante elástica é k = 300N/m Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 24 CAPÍTULO 3 3 Corpos Rígidos: sistemas equivalentes de forças 3.1 Classificação das forças atuantes em corpos rígidos a) Forças Externas: Representam a ação de outros corpos sobre o corpo rígido considerado. Causarão o movimento (rotação/translação) ou assegurarão a permanência em repouso. b) Forças Internas: Mantémunidas as partículas que formam o corpo rígido. Se o corpo rígido é composto de diversas partes, essa força que mantém estas partes unidas. (Somatório das forças internas é zero) Guindastes: D.C.L. Guindaste (estrutura) D.C.L. da Barra BE D.C.L. da Barra ABC EBBE FF jCiCC yx P TDG A Ay Ax jAiAA yx 0 DGext TPAF P Barras: .,, ABCDCEFBE D C E F G A B Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 25 D.C.L. da Barra DCEF 3.2 Princípio de transmissibilidade Este princípio é definido pelos pontos em que a força pode estar atuando em um corpo, sem que altere o efeito que ela exerce sobre o corpo. Uma força pode atuar em qualquer ponto sobre a sua linha de ação que o efeito causado no corpo será o mesmo. F F’ F” A A’ A” = R1 R1 R2 R2 P P F F Cx Cy FEB P TDE α E FBE B FEB FBE Ay Ax Cy Cx Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 26 3.3 Momento de uma força em relação a um ponto Momento é a tendência de giro que uma força aplicada a um ponto tende a outro ponto do corpo. Força no Plano xy FsenF FF FeF Fdescomponente y x yx cos rsend rd ded rdescomponente y x yx cos Momento de uma força em relação a um ponto é força vezes a distancia da linha de ação da força ao ponto aonde quero calcular o momento. yxxy dFdFM 0 3.4 Momento de um conjugado Duas forças F e –F que tenham o mesmo módulo, linhas de ação paralelas e sentidos opostos formam binários 0 0 M F Podemos calcular o momento das duas forças em relação a qualquer ponto do corpo, que o momento sempre será o mesmo. x y A B d F -F No caso de forças binárias, o momento é calculado pela força e a menor distância entre elas. M=F.d A Fy Fx F α r y x θ x y A B rA rB F -F = A F α r y x = θ F -F Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 27 3.5 Conjuntos Equivalentes (Os três binários têm o mesmo efeito sobre a caixa) Exemplo 1: Uma força P de 300 N é aplicada ao ponto A da figura. (a) Calcule o momento de P em relação a O utilizando as componentes horizontal e vertical da força. P = 300N a) POM = ? (componentes y e x) a) 40200 40cos200 30cos 30 seny x PP PsenP y x mmNM xpyPM O yxo 20527 .. A B o 30° 40° 40° 200mm 120mm P M M M y z x 100N 100N 0,15m 150N 150N 150N 150N 0,1m 0,1m Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 28 Exemplo 2: A força P é aplicada a uma pequena roda que se desloca sobre um cabo ACB. Sabendo que a tração nas duas partes do cabo é de 750N, determine o módulo de P. TABC = 750N P = ? NTTT ABCBCAC 750 D.C.L Roda cos 45 45cos 30 30cos PPy PsenPx senTT TT senTT TT BCBCx BCBCx ACACy ACACx NPx PxTT F BCAC x 19,119 045cos30cos 0 NPy PysenTsenT F BCAC y 33,905 04530 0 Sendo: 33,905;19,119 PyPx , teremos: P²=Px²=Py² -> P = 913,15N TAC TBC P 30° 45° α A B C α P 30° 45° Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 29 Exercícios: 1) Determine o momento no ponto A das cargas aplicadas mostrados, que atuam sobre o corpo. 2) Determine o Momento das três forças em relação ao ponto A. 3)Determine o momento da força F em relação ao ponto A. θ = 45°. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 30 4) Determine o momento no ponto A das cargas aplicadas mostrados, que atuam sobre o corpo. 5) Determine a intensidade F da força aplicada no cabo da alavanca, de modo que a resultante das três forças passe pelo ponto 0. 4) 5) 6) Determine o momento no ponto A das cargas aplicadas e do momento (conjugado), mostrados, que atuam sobre o suporte vertical. 7) Uma força F e aplicada ao pedal de freio em A. Sabendo que F = 500N, determine o momento de F em relação a B. ( as medidas estão em milímetros). 6) 7) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 31 8) O corpo de 330N é mantido dentro no equilíbrio pelo peso W. E o sistema das polias excedentes B e C tem uma corda é contínua. As duas polias B e C estão presas em A e giram como uma unidade as cordas de A para B e C é prendido às bordas das polias em A. Determine o peso W para o equilíbrio do sistema e Todas as tensões nas demais cordas. 9) Quatro pinos são presos a tábua. Dois barbantes, apoiados nos pinos, são tracionadas. Determine o diâmetro dos pinos sabendo que o momento do binário resultante aplicado à tábua é de 54,8N, anti-horário. A B C D 111N 111N 156N 156N 203mm 152mm x y z Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 32 10) Determine o momento resultante das 3 forças aplicadas a estrutura em relação ao ponto A. 11) Determine o momento resultante em relação ao ponto A das 3 forças e o momento aplicado a estrutura. 12) Determine o momento resultante das forças aplicadas a estrutura em relação ao ponto O. 11) 12) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 33 13) Determine o momento resultante das 2 forças aplicadas a estrutura em relação ao ponto O. 14) Determine o momento resultante em relação ao ponto A das forças e o momento aplicado a estrutura. 15) Determine o momento resultante em relação ao ponto A das 4 forças e o momento aplicado a estrutura. (Despreze a espessura da barra). Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 34 CAPÍTULO 4 4 Equilíbrio de corpos rígidos 4.1 Equilíbrio de um Corpo Rígido em duas dimensões: ;0F )2( )1( ;0 ;0 y x F F 0OM )3( 0zM Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 35 4.2 Reações nos Apoios e Conexões. Vinculo Reação Numero de incógnitas 1 1 1 2 3 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 36 Exemplo 1: Um tanque cilíndrico de 250 kg tem 2 m de diâmetro e deve galgar uma plataforma de0,5 m de altura. Um cabo é enrolado no tanque e puxado horizontalmente. Sabendo que o canto A da plataforma é áspero, calcule a força de tração no cabo necessária para levantar o tanque e a reação em A. - Massa do tanque: 250kg - Canto A é áspero T = ? Reação em A = ? TR TR F AX AX X 0 0 mgPR RP F Ay Ay y 0 0 5,1 05,1 0 lPT lPT M A ²5,0²1 l Exemplo 2: Determine em A e B quando: (a) α = 0, (b) α = 90 (c) α = 30 . 02,0cos2,0 0 0250 0 0cos 0 BB A BAy y BAx x RsenR M senRR F RR F obs: 0BR (força T para retirar o tanque do chão ) 1 l 0,5 A G P B T 2m 0,5m A B 0,15m 0,15m 0,2m 250N α Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 37 Exemplo 3: Sabendo que a tração em todos os pontos da correia é 300N, determine as reações nos apoios A e B, quando: (a) α = 0 (b) α = 90 e (c) α = 30 . T = 300N Reações nos apoios A e B para: a) α = 0° b) α = 90° c) α = 30° D.C.L yyyy y xxxx x BABA F BABA F 0 0 0300300 0 75000400250 0400250350300100300 0 xy xy A BB BB M Para cada α dado, encontramos os valores das reações α Ax By Bx Ay Ax 300N 300N A Ay A Aysen A Ax ;cos A B 300N 300mm 250mm 200mm 300N 50mm α Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 38 Exemplo 4: Uma haste delgada BC de comprimento e peso P está presa a dois cabos, como se vê. Sabendo que o cabo AB está na horizontal, determine: (a) o ângulo θ que o cabo CD forma com a horizontal e (b) a força de tração em cada cabo. a) θ = ? b) TCD = ? e TAB = ? D.C.L. 40 1 2 40cos 040cos40 2 40cos 0 sen PT lTlsenTlP M CDx CDyCDx B TCD TCDx TCDy TAB P l lcos40° lsen40° 40° A B C l 40° θ PTPT F TT F CDyCDy y ABCDx x 0 0 0 0 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 39 Exemplo 5: Uma barra delgada de comprimento L está apoiada em C e na parede vertical. Ela suporta uma carga P em sua extremidade A. Desprezando o atrito e o peso da barra, determine o ângulo θ correspondente ao equilíbrio. D.C.L. )2(00 )1(00 aC tg aClsenPM tg aBaLsenPM y x B C L aarcsen L asen aPLsenP aPaPLsenPLsenP aP tg aBLsenP tg aBaLsenP 22 0 0 0 P B Cx Cy A P L a B θ 00 00 PCF BCF yy xx Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 40 Exemplo 6: Uma barra leve AD suporta uma carga vertical P e esta presa a mangas B e C que deslizam livremente nas hastes. Sabendo que o fio preso em A forma um ângulo α = 30 com a horizontal, determine: (a) a força de tração no fio e (b) as reações em B e C. )2(030cos30cos300 )1(0303030cos0 PCBAsenF CsenBsenAF y x CBasenCasenB M A 2023030 0 eq (1) CA CACCA 866,0 5,0 05,0866,005,0866,0 60° 60° 30° P A B C A B C D 30° 30° 30° a a a 30cos 30 30cos 30 30 30cos CCy CsenCx BBy BsenBx PyP AsenAy AAx P Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 41 eq (2) 577,0 0577,0 0866,0866,025,0 866,0 5,0 PCPC PCCC 577,0 2PB 577,0866,0 5,0 PA Exercícios: 1) Determine as reações nos apoios em A (rolete) e B (pino) da estrutura. 2) Determine a intensidade das reações na viga em A e B. Despreze a espessura da viga. 1) (2) 3) Determine as componentes horizontal e vertical do pino A e a reação no rolete B, necessárias para treliça. Considere F= 600N. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 42 4) Determine as reações em A e B. A barra tem espessura de 0,1m. 5) A barra uniforme de 30 kg com roldanas nas extremidades está apoiada pelas superfícies horizontal e vertical e pelo arame AC. Calcule a força no arame e as reações contra as roldanas em A e B. 6) Determine as reações em A e B. (5) (6) 7) Determine as reações em A (roletes) e B (pino). Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 43 8) O redutor de engrenagens, esta sujeito a dois conjugados, o seu peso de 200 N e a uma força vertical em cada uma das bases A e B. Se a resultante deste sistema de dois conjugados e de três forças for zero, determinar as forças em A e B. 9) Determine as reações em A e B. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 44 10) Determine as forças nas reações de apoio de A (rolete) e B (pino) da estrutura em equilíbrio. 11) Determine às reações nos apoios A (Rolete) e B (pino). 12) Determine as forças nas reações de apoio de A (pino) e B (haste - barra reta) da estrutura em equilíbrio Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 45 13) Determine as reações nos apoios A e B do sistema em equilíbrio. A haste é conectada por um pino em A e sua extremidade B tem o movimento limitado pelo apoio liso em B. 14) Determine as forças nas reações de apoio de A (pino) e E (rolete) da estrutura em equilíbrio. 15) Determine as forças nas reações de apoio de A (pino) e B (rolete) da estrutura em equilíbrio Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 46 CAPÍTULO 5 5 Análise das Estruturas Princípio Básico: 3ª lei de Newton- Estabelece que forças de ação e reação entre corpos em contato, possuem o mesmo módulo, mesma linha de ação e sentidos opostos. Categoria de estruturas: 1) Treliça; 2) Estruturas; 3) Máquinas; 5.1 Análise de Treliças Treliça: Barra comprimida ou tracionada Método dos Nós Eficaz quando é necessáriodeterminar as forças em todas as barras da treliça. Método das Seções Eficaz quando a força em uma ou poucas barras são desejadas. 5.1.1 Análise das treliças pelo método dos nós. F = 1000N A B C D 1 1 1 Ay Ax By F Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 47 Estrutura de 5 barras Análise de toda estrutura: ;00 xx AF NAFBAF yyyy 50000 0210 yA BFM NBB yy 5002 1000 Nó A: 0º45cos0 ACAD FFAxFx NFAD 500 Tração 0º450 senFAF ACyy NFAC 707 Compressão Nó B: 0º450 senFBF BCyy NFBC 707 Compressão 0º45cos0 BCBDx FFF NFBD 500 Tração Nó D: 0yF 0FFDC NFDC 1000 )(T 0xF 0 DADB FF DADB FF ACF BCF CBF DBFBDFADF DAF CAF CDF A D A C B B F D C C D DCF yA xA yB 45º ACF ADF yA xA ADF CDF F BDF BCF BCF yB 45º Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 48 5.1.2 Análise das treliças pelo método das Seções. D.C.L. da treliça: 0xF 0xG 0yF 0321 yy GEFFF NGy 3000 0 GM 01123 321 yEFFF NE y 6000 Seção 1 0Fx 0º45 senFFF BEBDCE 0yF 0º45cos21 BEFFF N FFFBE 4,2828º45cos 2 0 BM NFNFF FF BDCE CE 30001000 011 1 1 1 1 1 2F 3F 1F A B D C E G xG yG yE 1 3F 1F 2F A B BDF BEF CEF E C º45 YG xG B E D yE EBF DBF ECF G + NFFF ³10321 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 49 5.2 Análise de uma estrutura Treliças É uma estrutura com barras retas submetidas a apenas duas forças. Vamos considerar agora estruturas que possuem pelo menos uma barra submetida a três ou mais forças. 2 1 LCB LAC 1F e 2F atuam no ponto médio de cada barra. D.C.L. da estrutura D.C.L. barra AC : D.C.L. barra CB A B C F1 F2 β α xA 2F 1F yA xB yB xA yA yC 1F xC xB yB 2F yC xC Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 50 D.C.L estrutura 00 00 21 FFBAF BABAF yyy xxxxx 0coscoscos 2 coscos 2 21 2 12 1 1 LLBLLFLF y coscos 2coscos2cos 21 21211 LL LLFLFBy Com isso teremos, By e Ay D.C.L AC 00 00 1FCAF CAF yyy xxx Logo teremos xC e yC também. 0CM 0cos 2 cos 1111 LFsenLALA xy senL LFLA Ax y 1 111 2coscos Teremos xA 0AM Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 51 Exemplo 1: Sabendo que a polia tem um raio de 0,5m, determine a componente das reações em A e E. Raio da Polia é 0,5m. Reações “A” e “B”. D.C.L da estrutura 00 xxx EAF NAEAF yyyy 25007000 0AM NE E y y 450 05,47007 D.C.L (Polia) NDF xx 7000 NDF yy 7000 A B C D E Ax Ay Ex Ey 1m 1m 2m 3m 3m 700N xD 700 700 yD Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 52 D.C.L (Barra ABC) 0CM 0131700 yx AA NAA xx 1503 250700 Logo: NE NC x x 150 550 5.3 Máquinas Máquinas são estruturas projetadas para transmitir e modificar forças. Seu principal objetivo é transformar forças de entrada em forças de saída. Exemplo 2: Analisamos as forças e momentos nas partes separadas ΣF=0; ΣM=0. xA yA yC xC 700 07000 xxx CAF NCCAF yyyy 25000 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 53 Exemplo 3: A tesoura de poda pode ser ajustada apoiando-se o pino A em um dos vários dentes da lâmina ACE. Sabendo que forças verticais de 1500N são necessárias para cortar um ramo, determine o modulo P das forças que devem ser aplicadas nos apoios de mão quando a tesoura está ajustada como ilustrada. D.C.L(Barra AB) D.C.L (ACE) 0CM NF FF AB ABAB 1740 01,3565,05,1276,05,371500 logo NC NC y x 2631 1323 FAB FC E 37,5 35,1 12,5 3,16 A B ABF BAF 8,13 65,0 76,0cos º25,40 3,16 8,13 ABABABY ABABABX FsenFF FFF arctg 076,0 0 0150065,0 0 ABx x yAB y FC F CF F Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 54 D.C.L (MCD) 0DM NPP CP x 7,150 5,87 132355,325,371500 055,325,3715005,87 Exemplo 4: Uma barra uniforme de forma circular está presa por um pino em B e apoiada em uma parede sem atrito em A. determine as reações em A e B. 0BM PBPBF r r r PBBAF rr rPA r rPrA yyy xxxx x x 00 200 12 020 P 1500 32,55 37,5 87,5 Cx Cy Dy Dx Bx r 2r/π By Ax P Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 55 Exemplo 5: Determine as forças nas barras GJ, GK e IK da treliça. KNkT kTLF KNjT LjT M G Gxx G xG 50 0cos0 30 034 01 D.C.L (estrutura) KNLL F KNLLA F KNA A M yy y xxx x x x L 45151515 0 400 0 10 041581512159 0 kNkTLkTsenkTjTF IyIGGy 4500 J L TGk TIk TGj θ 3 3 4 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 56 Exemplo 6: Usando o método dos nós, determine a força em cada barra da treliça. Indique se cada barra esta tracionada ou comprimida. D.C.L (Estrutura) 0CM 6,16,1 300 306,136,1 yyy xxxx xx CCF KNCFCF KNFF Método dos Nós D.C.L (A) kNT TTF arctg BA DABAx 3 0cos0 07,28 5,1 8,0 BAT DAT 1,6 kNT senT F DA DA y 4,3 06,1 0 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 57 Exemplo 7: Determine a força P que deve ser aplicada ao elo articulado CDE para manter o suporte ABC na posição. D.C.L (toda estrutura) 60 09000 00 0150900150300150 0 x yyy xxx yx E A EAF PEAF PAA M D.C.L (ABC) 09000 00 0150900450300 0 yyy xxx xy C CAF CAF AA M D.C.L (ED) 00 00 025150 yyy xxx yxD DEF PDEF EEM D.C.L (D.C) 00 00 025150 0 yyy xxx yx D DCF PDCF CC M Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 58 Exercícios: 1) Determine as forças em todas as Barras, e indique se ela esta sofrendo tração ou compressão. 2) Determine a força em cada barra da treliça e indique se essas barras estão sob ação de tração ou compressão. Considere que P1 = P2 = 4 kN. 3) Determine a força em cada barra da treliça e indique se essas barras estão sob tração ou compressão. Considere que P1 = 0 eP2 = 20 kN. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 59 4) Determine as forças em todas as barras da treliça e indique se eles estão sob tração ou compressão. 5) Determine a força em cada barra da treliça. Indique se cada barra esta tracionada ou comprimida. As forças estão em [N]. 6) Determine as forças em todas as barras da treliça e indique se eles estão sob tração ou compressão. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 60 7) Determine as forças nas barras BC, HC e HG para a treliça da ponte e indique se eles estão sob tração ou compressão. 8) Determine as forças nas barras GF, CF e CD para a treliça da ponte e indique se eles estão sob tração ou compressão. 7) e 8) 9) Determine as forças nos elementos CE, CD e BD da treliça e indique se eles estão sob tração ou compressão. 10) Determine as forças nas Barras CE, CD e BD, e indique se ela esta sofrendo tração ou compressão. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 61 11) Determine as forças nas barras DF, EF e EG da treliça. As forças estão em [N]. 12) Determine as forças nos elementos CE, CD e BD da treliça e indique se eles estão sob tração ou compressão. 13) Calcular a força suportada pela barra BH da treliça, em balanço, carregada. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 62 14) Calcular as forças que atuam nas barras IH, BH e BC da treliça, carregada pelas forças de 40 E 60 kN. 15) Calcular as forças que atuam nas barras CH, CB e GH da treliça em balanço. 16) No guindaste em ponte rolante mostrado, todos os elementos cruzados são barras de amarração esbeltas incapazes de suportar compressão. Determine as forças nos elementos DF e EF e encontre a reação horizontal na treliça em A. (15) (16) 17) Calcule a força no elemento HN da treliça carregada. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 63 18) Determine a força no elemento DK da treliça para placas de sinalização carregada. 19) As estruturas articuladas ACE e DFB estão interligadas pelas duas barras articuladas, AB e CD, que se cruzam sem estarem ligadas. Calcular a força que atua em AB. 20) A treliça é composta de triângulos retângulos isósceles. As barras cruzadas nos dois painéis centrais são tirantes esbeltos, incapazes de suportar compressão. Calcular as forças nas barras MN, GM e FN. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 64 21) A treliça suporta uma rampa (mostrada com uma linha tracejada) que se estende de um nível de chegada fixo próximo ao ponto F até um nível de saída fixo perto de J. As cargas mostradas representam o peso da rampa. Determine as forças nos elementos BH e CD e indique se eles estão sob tração ou compressão. 22) Determine as forças nos elementos CD, CF e CG e indique se eles estão sob tração ou compressão. 23) Determine as forças nos elementos DE, EI, FI e HI da treliça do telhado em arco e indique se eles estão sob tração ou compressão. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 65 24) Determinar a força suportada pelo pino B da estrutura, para as cargas aplicadas. As duas barras ABC e BD estão ligadas por este pino. 25) Determine os componentes horizontal e vertical da força em C exercida pelo elemento ABC sobre o elemento CEF. 26) Determine a maior força P que deve ser aplicada à estrutura, sabendo-se que a maior força resultante em A deve ter intensidade de 2 kN. 30 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 66 27) Determinar a força suportada pelo pino C da estrutura carregada. 28) Determinar a força suportada pelo pino B da estrutura, para a carga aplicada de 300 kg. As duas polias estão ligadas entre si, formando uma unidade integral. 29) O elevador para carros permite que o carro seja movido para a plataforma, após o que as rodas traseiras são levantadas. Se o carregamento devido a ambas as rodas traseiras vale 6 kN, determine a força no cilindro hidráulico AB. Despreze o peso da plataforma. O elemento BCD é um suporte em ângulo reto preso por pino à plataforma em C. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 67 30) Uma força de 75 N é aplicada ao cabo OAB do saca-rolha. Determine a força de extração F exercida sobre a rolha. 31) Para a tesoura de poda mostrada, determine a força Q aplicada ao galho circular de 15 mm de diâmetro para uma força de aperto P=200 N. 32) O rebitador é usado para inúmeras operações de junção. Para a posição do cabo dada por α �= 10º e um aperto no cabo P = 150 N, calcule a força de aperto C gerada. Observe que os pinos A e D são simétricos em relação à linha de centro horizontal da ferramenta. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 68 33) Um lingote de aço pesando 40kN é levantado pela tenaz. Determine as forças aplicadas nos pontos C e E da peça BCE. 34) Determine as forças que cada barra da treliça esta sofrendo, indique se a barra esta sofrendo tração ou compressão. A (rolete) e C (pino). 33) 34) 35) Determine as forças nas barras BC, BF e EF da treliça esta sofrendo, indique se a barra esta sofrendo tração ou compressão. A (pino) e G (rolete). 36) Determine as forças que cada barra da treliça esta sofrendo, indique se a barra esta sofrendo tração ou compressão. A força P = 12,5kN. A (pino) e E (rolete). 35) 36) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES– Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 69 37) Determine as forças nas barras BC, BF e EF da treliça esta sofrendo, indique se a barra esta sofrendo tração ou compressão. A (pino) e E (pino). 38) A Armação de guindaste mostrada é usada para levantar o peso P. Como mostrado, o puxão T na polia balanceia o peso P = 4kN, determine as reações de apoio A (pino) e E (superfície lisa) e as forças que agem no ponto D. 39) Determine as forças nas reações de apoio A e E (pino) e as forças que agem nos pontos B, C e D. 38) 39) 40) É necessário uma força de 1200 N na superfície cortante para cortar um parafuso. Determine a magnitude P das forças que devem ser aplicada aos cabos do alicate de corte. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 70 41) O sistema estrutural é usado para apoiar cargas em A. Determine as reações de apoio G e H (rolete) e D (pino) e as forças que agem no ponto E. 42) Determine às reações de apoio A (pino) e B (rolete) e as forças que agem no ponto C. 43) Determine as forças nas barras BD, CD e CE da treliça e indique se ela esta sofrendo tração ou compressão. A e B (pino) 42) 43) 44) Uma carga de 1000N é aplicada ao cabo do mecanismo de rebitar. Calcule a força F do rebite em A. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 71 45) Determine as forças nas barras BC, FC e FG da treliça e indique se ela esta sofrendo tração ou compressão. A (pino) e H (rolete) 46) Determine as forças nas barras FD, CD e CB da treliça e indique se ela esta sofrendo tração ou compressão. F e C (pino) 45) 46) 47) Determine as reações de apoios B (pino) e E (rolete) e as forças nos pontos C e D do sistema polia-armação. Despreze o atrito e os pesos da polia e das barras. 48) Determine as forças nas barras AB, AE e DE da treliça e indique se ela esta sofrendo tração ou compressão. C (pino) e F (rolete) 47) 48) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 72 49) Determine as reações de apoios A (pino), F (pino) e as forças que agem no membro ABC no ponto B. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 73 CAPÍTULO 6 6 Centróide e Baricentro Baricentro: Centro de Gravidade Centróide: Centro Geométrico gAtgVgmP g específicopeso espessurat específicamassadadensidade : : : P G x y z x y ΔP x y z x y = Aço Madeira Baricentro Centróide Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 74 6.1 Áreas e Linhas - Placas e Arames Compostos Placas Arames AiiYAiY AiiXAiX LiiYLiY LiiXLiX Alguns centróides são tabelados devidos as suas formas comuns como veremos nas tabelas a seguir. AiA x y X Y C x y C1 C2 C3 A3 A2 A1 Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 75 Forma de Superfície x y Área Triângulo 3 h 2 bh Quarto de círculo 3 4r 3 4r 4 πr 2 Semicírculo 0 3 4r 2 r 2 Limitada por dois segmentos de reta perpendiculares e um quarto de elipse 3 4a 3π 4b 4 ab Limitada por um segmento de reta e uma semi-elipse 0 3π 4b 2 ab Limitada por dois segmentos de reta perpendiculares e uma semiparábola 8 3a 5 3h 3 2ah Limitada por um segmento de reta e uma parábola 0 5 3h 3 4ah Limitada por dois segmentos de reta perpendiculares e um arco de parábola do 2° grau. 4 3a 10 3h 3 ah Limitada por dois segmentos de reta perpendiculares e um arco de parábola do grau n. a2n 1 n h24n 1 n 1n ah Setor circular 3 sen2r 0 2r Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 76 Exemplo 1: i Xi Ai XiAi 1 - + - 2 + + + 3 + - - Forma da Curva x y Comprimento Quarto de circunferência 2r 2r 2 r π Semicircunferência 0 2r r π Arco de circunferência senr 0 r 2α + _ A1 A2 A3 A1 A2 A3 Furo x y 0Y , pois tem o eixo de simetria no eixo x. Ai XiAi X Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 77 Exemplo 2: i X Y L LX LY 1 2 L 0 L 2 ²L 0 2 rL r2 r rrL ²2r rL rrLL X rrLLrLX iLiXLiX 2 ² 2 ² rL rY ²20 Exercícios: 1) Determine o centróide da área sombreada em relação aos eixos x e y. a) b) 1 2 y x r L Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 78 c) d) e) f) g) Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 79 2) Determine o centróide da área sombreada em relação aos eixos x e y: as medidas estão em centímetros. y x 50 50 50 10 0 10 0 y x R5 0 250 75 150 15 0 75 75 3) Determine o centróide da linha em relação aos eixos x e y: as medidas estão em metros. 4) Determine o centróide da área sombreada em relação aos eixos x e y: as medidas estão em metros. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 80 5) Determine o centróide e o Baricentro da área sombreada em relação aos eixos x e y: as medidas estão em metros Densidade dos materiais: ρA = 10 kg/m³; ρB = 20 kg/m³; ρC = 25 kg/m³ Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 81 CAPÍTULO 7 7 Movimento Circular 7.1 Velocidade Angular () Um ponto material “P”, descrevendo uma trajetória circular de raio “r”, apresenta uma variação angular (Δ) em um determinado intervalo de tempo (Δt). A relação entre a variação angular (Δ) e o intervalo de tempo (Δt) define a velocidade angular do movimento. t Em que: = velocidade angular [rad/s] Δ = variação angular [rad] Δt = variação de tempo [s] 7.2 Período (T) É o tempo necessário para que um ponto material "P",movimentando-se em uma trajetória circular de raio "r",complete um ciclo. 2T Em que: T = período [s] = velocidade angular [rad/s] =constante trigonométrica 3,1415... 7.3 Frequencia (f) É o número de ciclos que um ponto material "P" descreve em um segundo, movimentando-se em trajetória circular de raio "r". A freqüência (f) é o inverso do período (T). 2 1 T f Em que: f = freqüência [Hz] T = período [s] = velocidade angular [rad/s] = constante trigonométrica 3,1415... Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 82 Radiano É o arco de circunferência cuja medida é o raio. 7.4 Rotação (n) É o número de ciclos que um ponto material "P", movimentando-se em trajetória circular de raio "r", descreve em um minuto. Desta forma,podemos escrever que: Logo: fn 60 Como 2 f , tem-se 2 60 n , portanto: 30 n Em que: n = rotação [rpm] f = freqüência [Hz] = velocidade angular [rad/s] =constante trigonométrica 3,1415... 7.5 Velocidade Periférica ou Tangencial (v) A velocidade tangencial ou periférica tem como característica a mudança de trajetória a cada instante, porém o seu módulo permanece constante A relação entre a velocidade tangencial (v) e a velocidade angular () é definida pelo raio da peça. rv , portanto: rv . mas,isolando na expressão da rotação,obtém-se: substituindo na expressão anterior,obtém-se: Em que: v =velocidade periférica [m/s] =constante trigonométrica 3,1415... n =rotação [rpm] r =raio [m] =velocidade angular [rad/s] Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 83 Exercícios: 1) A roda da figura possui d= 300mm ,gira com velocidade angular (J) = 10 rad/s. Determinar para o movimento da roda: a) Período(T) b) Freqüência (f) c) Rotação(n) d) Velocidade periférica (Vp) 2) O motor elétrico da figura possui como característica de desempenho a rotação n= 1740rpm. Determine as seguintes características de desempenho do motor: a) Velocidade angular () b) Período (T) c) Freqüência (f) 3) O ciclista da figura monta uma bicicleta aro 26 (d=660mm), viajando com um movimento que faz com que as rodas girem com n= 240rpm. Qual a velocidade do ciclista? V[km/h]. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 84 CAPÍTULO 8 8 Relação de Transmissão (i) 8.1 Transmissão por Correias 1 2 2 1 2 1 2 1 1 2 T T M M n n f f d di Em que: i = relação de transmissão [adimensional] d1 =diâmetro da polia (1) (menor) [m; ...] d2 =diâmetro da polia (2) (maior) [m; ...] 1 =velocidade angular (1) [rad/s] 2 =velocidade angular (2) [rad/s] f1 =freqüência (1) [Hz] f2 =freqüência (2) [Hz] n1 =rotação (1) [rpm] n2 =rotação (2) [rpm] MT1 =torque (1) [N.m] MT2 =torque (2) [N.m] Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 85 Exercício: 1) A transmissão por correias, representada na figura, é composta por duas polias com os seguintes diâmetros respectivamente: polia (1) motora d1 =100mm polia (2) movida d2 =180mm A polia (1) (motora) atua com velocidade angular =39 rad/ s. Determinar para transmissão: a) Período da polia (1) (T1) b) Freqüência da polia (1) (f1) c) Rotação da polia (1) (n1) d) Velocidade angular da polia (2) (2) e) Freqüência da polia (2) (f2) f) Período da polia (2) (T2) g) Rotação da polia (2) (n2) h) Velocidade periférica da transmissão (vp) i) Relação de transmissão (i) 8.2 Transmissão por engrenagens Diâmetro primitivo da engrenagem: do= m . z Em que: do - diâmetro primitivo m – módulo da engrenagem z – número de dentes 1 2 2 1 2 1 2 1 1 2 1 2 . . T T o o M M n n f f zm zm d di Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 86 Observação Para que haja engrenamento entre duas engrenagens, é condição indispensável que os módulos sejam iguais. Portanto: 1 2 2 1 2 1 2 1 1 2 1 2 T T o o M M n n f f z z d di Em que: i – relação de transmissão [adimensional] d01 - diâmetro primitivo do pinhão (1) [m] d02 – diâmetro primitivo da coroa (2) [m] Z1 – número de dentes do pinhão(1) [adimensional] Z2 – número de dentes da coroa (2) [adimensional] 1 – velocidade angular do pinhão(1) [rad/s] 2 – velocidade angular da coroa (2) [rad/s] f1 – freqüência do pinhão (1) [Hz] f2 – freqüência da coroa (2)[Hz] n1 – rotação do pinhão(1) [rpm] n2 – rotação da coroa (2) [rpm] MT1 - torque do pinhão (1) [Nm] MT2 – torque da coroa (2) [Nm] REDUTOR DE VELOCIDADE A transmissão será redutora de velocidade quando o pinhão acionara coroa. AMPLlADOR DE VELOCIDADE A transmissão será ampliadora de velocidade quando a coroa acionar o pinhão. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 87 CAPÍTULO 9 9 Torção Simples Uma peça encontra-se submetida a esforço de torção,quando sofre a ação de um torque (MT) em uma das extremidades e um contra-torque (MT) na extremidades oposta. 9.1 Momento Torsor ou Torque (MT) É definido por meio do produto entre a carga (F) e a distância entre o ponto de aplicação da carga e o centro da seção transversal da peça (ver figura anterior). MT=2F.S Em que: MT- torque (Nm) F – carga aplicada (N) S – distância entre o ponto de aplicação da carga e o centro da seção transversal da peça (m). Exemplo1: Determinar o torque de aperto na chave que movimenta as castanhas na placa do torno. A carga aplicada nas extremidades da haste F=80N. O comprimento da haste é l= 200mm. Resolução: MT=2Fs MT=2.80.100 MT=16000 Nmm MT=16 Nm Exemplo 2: Dada a figura, determinar o torque de aperto (MT) no parafuso da roda do automóvel. A carga aplicada pelo operador em cada braço da chave é F = 120N,e o comprimento dos braços é l=200mm. Resolução: MT=2F.l MT=2.120.200 MT=48000 Nmm MT=48 Nm Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 88 9.2 Torque nas Transmissões Para as transmissões de movimento, o torque é definido por meio do produto entre a força tangencial (FT) e o raio(r) da peça. MT=F.r Em que: MT- Torque [Nm] FT – Força tangencial [N] r – raio da peça [m] Exemplo 3: A transmissão por correias, representada na figura, é composta pela polia motora (1) que possui diâmetro d1= 100mm e a polia movida (2) que possui diâmetro d2=240mm. A transmissão é acionada por uma força tangencial FT= 600N. Determinar para transmissão: a) Torque na polia (1) b) Torque na polia (2) Resolução: a) Torque na polia (1) a.1) raio da polia (1) mm502 100 2 d1 1r a.2) torque na polia Nm30M m05,0N600M rFM 1 1 1 T T 1TT mm501r m05.01r Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais – IFES – Campus São Mateus – Prof. João Paulo Barbosa, M.Sc. 89 b) Torque na polia (2) b.1) raio da polia (2) mm120 2 240 2 d2 2r b.2) torque na polia Nm72M m12,0N600M
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