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ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE COLETIVA
Aula 02: Representação social do adoecimento
AULA 02: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO ADOECIMENTO
Ensino clínico em saúde coletiva
Ensino clínico em saúde coletiva
AULA 02: REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO ADOECIMENTO
Objetivos
Experimentar a apropriação do conceito de representação social
1
Discutir a representação social do adoecimento para a sociedade
2
Descrever aspectos representativos de doenças de interesse para Atenção Primária
3
Explicar o papel do Enfermeiro no processo de adoecimento
4
PRÓXIMOS 
PASSOS
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O processo de adoecimento
O adoecimento, assim como a saúde, pode ser entendido como o produto de um processo de construção social que se relaciona diretamente com os já citados fatores determinantes e condicionantes da saúde. 
Entretanto, existe uma singularidade que perpassa o processo saúde-doença vivenciado por cada indivíduo, fazendo com que o processo de adoecer ganhe características únicas ainda que se trate de indivíduos da mesma idade acometidos por uma mesma patologia.
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O adoecimento e suas facetas coletivas e individuais
História da doença
Estigma da doença
Impacto familiar
História de vida do indivíduo
Estrutura psíquica/ emocional 
Impacto social da doença
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Representação social segundo Chartier, 1997
Para Chartier (1997), a representação coletiva pode ser classificada em três modalidades:
1- Aquela em que a realidade é construída pelas configurações intelectuais múltiplas dos grupos que compõem a sociedade;
2- A que busca reconhecer uma identidade social, um modo próprio de viver no mundo a partir de determinadas práticas e formas de expressão;
3- Aquela que institucionaliza formas em que instâncias coletivas ou indivíduos marcam de forma visível a existência do grupo.
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Impactos do adoecimento:
O processo de adoecimento resulta na necessidade de reorganização das atividades de vida diária no âmbito familiar e social.
A doença de um indivíduo pode impactar outros membros da família gerando um “processo de adoecimento familiar”.
O modo como a doença é socialmente percebida pode interferir na adesão do paciente ao planejamento do cuidado e, infelizmente, muitas vezes, interfere também na maneira como esse cuidado será ofertado.
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Doenças transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
1- Tuberculose
Houve um período da história da representação social da Tuberculose em que a mesma era ligada a grandes escritores, enquanto que atualmente associa-se a doença a situações de insalubridade e à população de baixa renda.
Repercussão na adesão ao tratamento
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Doenças transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
1- Tuberculose
Rodrigues et al. (2016) apontam em seu estudo, realizado no Estado do Pará, que “As representações sociais de enfermeiros sobre a tuberculose perduram pautadas no medo que provoca o afastamento do doente, gerando estigma e preconceito, o que pode influenciar na sua adesão ao tratamento.”
Repercussão no cuidado
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Doenças transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
2- Hanseníase
Historicamente reconhecida como “lepra”, a doença era associada ao castigo divino, remetia a um estado de condenação, deformidade corporal gerando isolamento dos indivíduos acometidos. 
Atualmente, apesar dos tratamentos evitarem as deformidades e da informação estar mais difundida, ainda assim, tragicamente, preserva-se grande estigma social associado à Hanseníase.
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Doenças transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
3- HIV/ AIDS
Apesar de toda informação sobre a transmissibilidade da doença, esse diagnóstico ainda é gerador de isolamento social, ruptura de relações, estigma, preconceito, alterações orgânicas, e crises psicoativas.
A criminalização e a estigmatização das relações homossexuais, do trabalho sexual e da posse e utilização de drogas e a discriminação, incluindo no setor da saúde, impedem que populações-chave acessem os serviços de prevenção ao HIV. (unaids.org.br/estatisticas)
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Doenças não-transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
1- HAS
A hipertensão requer mudança nos hábitos de vida e desperta o indivíduo para o aumento do risco cardiovascular, o que o faz muitas vezes pensar acerca da morte. 
A ideia da dependência do uso de medicamentos para a manutenção da normalidade da Pressão Arterial (função essa que anteriormente era realizada pelo seu próprio corpo) pode, muitas vezes, não ser processada facilmente pelo indivíduo.
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Doenças não-transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
2- Diabetes
Essa doença normalmente é associada ao uso da insulina e às suas complicações nos estágios mais avançados, como as amputações, o risco de cegueira, gerando, assim, sentimentos muito negativos àqueles que recebem esse diagnóstico. 
Além disso, envolve um extremo controle alimentar que altera a rotina de vida diária dos pacientes e de suas famílias. 
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Doenças não-transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
3- Obesidade
Quadro atual Brasileiro:
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Doenças não-transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
3- Obesidade
A Obesidade é considerada uma doença crônica de sérias repercussões fisiológicas, psicossociais, às vezes, chegando a constituir uma condição incapacitante.
Entretanto, essa representação é altamente variável de acordo com o contexto histórico e o sistema social no qual o indivíduo está inserido.
No período Renascentista da História, por exemplo, os “corpos robustos” eram muito retratados nas obras de arte.
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Doenças não-transmissíveis de grande impacto social na atenção primária em saúde:
3- Obesidade
Atualmente, essa condição é associada ao aumento dos riscos cardiovasculares e, apesar de guardar causas multifatoriais, pode ser entendida, principalmente, como um produto do estilo de vida da sociedade moderna.
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SOCIAL DO ADOECIMENTO
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O papel do enfermeiro no processo de adoecimento:
O Enfermeiro precisa estar atento à captação das reais necessidades de cada indivíduo durante a vivência do processo saúde doença. Entendendo que muitas vezes é preciso tentar enxergar com as lentes de quem está vivenciando este processo. 
Enquanto não houver de fato uma compreensão do que esse processo representa para “o outro” e que traços singulares a doença adquiriu na vida dele, não conseguiremos estabelecer de fato um cuidado efetivo.
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O papel do enfermeiro no processo de adoecimento:
O planejamento dos cuidados de Enfermagem pode envolver:
Identificar rede de apoio social e familiar;
Monitorar a adesão ao tratamento;
Desencorajar os comportamentos de risco;
Auxiliar a melhor forma de manter o tratamento prescrito e avaliar os casos de sucesso ou falha de tratamento, compartilhando os casos com os demais profissionais responsáveis pelo acompanhamento do paciente.
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O papel do enfermeiro no processo de adoecimento:
O planejamento dos cuidados de Enfermagem pode envolver:
Manter a vigilância dos casos de maior risco de abandono de tratamento;
Identificar o grau de vulnerabilidade do paciente, encaminhando-o, quando necessário, à rede de apoio profissional;
Fornecer informações claras acerca do plano de cuidados estabelecido, pois as dúvidas ou a má compreensão do paciente torna-se uma barreira para a efetivação do tratamento.
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O papel do enfermeiro no processo de adoecimento:
Partilhamos desse mundo com os outros e é por isso que as representações são sociais. 
(OLIVEIRA; LEFÈVRE, 2012)
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Referências
BRASIL. UNAIDS. Estatísticas: Resumo global da Epidemia de AIDS. Disponível em: http://unaids.org.br/estatisticas/. Acesso em: 19 de maio de 2017.
______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade. Cadernos de Atenção Básica nº 12. Brasília, 2006.
CHATIER, Roger. O mundo como representação. Estudos avançados, Vol. 11, n.5. p.173-191, 1991. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v5n11/v5n11a10.pdf. Acesso em: 19 de maio de 2017.
LEFÈVRE F.; OLIVEIRA, R. A. Representações sociais sobre a revelação do diagnóstico da tuberculose e suas relações com a adesão ao tratamento. Pesquisa em andamento. Rev. Eletron Comun Inf Inov Saude. Vol 6, n.1. 2012. Disponível em: http://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/615/1256. Acesso em: 19 de maio de 2017.
RODRIGUES, I. L. A.; MOTTA, M. C. S.; FERREIRA, M. A. Representações sociais da Tuberculose por Enfermeiros. Rev. Bras. Enferm. Vol.69 n.3 Brasília Mai./Jun 2016
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Saiba mais
Filmes:
“O óleo de Lorenzo”;
“Uma prova de amor”;
“Para sempre Alice”.
Artigos:
COSTA, Fabryciane Gonçalves; COUTINHO, Maria da Penha de Lima. Representações Sociais no contexto do Diabetes Mellitus. Revista Psicologia em Estudo. V 21 n. 1. Maringá, 2016. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/29792/pdf. Acesso em: 19 de maio de 2017.
SILVA, Mariana Luíza Becker da; BOUSFIELD, Andréa Barbará da Silva. Representações sociais da hipertensão arterial. Revista Temas psicologia. v.24, n.3. Ribeirão Preto, 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2016000300007. Acesso em: 19 de maio de 2017.
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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?
 
Os modos de viver e os riscos de adoecimento;
Os modos de viver e as ações de promoção de saúde;
O trabalho do Enfermeiro nas ações de Promoção de Saúde.
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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