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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP PROCESSO Nº.: ALPHA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, já devidamente qualificada nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, á ilustre presença de Vossa Excelência, por seu Advogado ao Final Assinado, com endereço profissional, endereço completo, endereço eletrônico, conforme os termos do artigo 75, V c/c artigo 335 do CPC, apresentar: CONTESTAÇÃO nos autos do Processo n°_, na AÇÃO DE INDENZAÇÃO POR DANOS MORAIS ajuizada por DARIO, já também qualificado na exordial, com base nos fatos e fundamentos que seguem. I – DOS FATOS O Requerente trabalhou como auxiliar de escritório na empresa Alpha LTDA no período de janeiro a dezembro de 1998. O mesmo alega ser portador de surdez adquirida no trabalho e que a moléstia profissional se equipara a acidente de trabalho. Além disso, alega que a Requerida deve ser responsabilizada pela moléstia. Pleiteia pagamento de pensão mensal vitalícia no valor equivalente o salário anteriormente percebido, a título de compensação pela redução de sua capacidade laborativa, além da importância não inferior a 500 (quinhentos) salários mínimos, a título de danos morais. II – DA PRELIMINARES DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA O Requente se equivocou quando ingressou a ação neste juízo. Por se tratar de matéria laborativa, a ação deveria ter sido proposta junto à Justiça do Trabalho, caracterizando assim a incompetência absoluta desde juízo de acordo com o artigo 337, II do CPC. Sendo assim a remessa dos autos ser direcionada para o Juízo Competente. III – DOS FUNDAMENTOS A função exercida pelo Requerente na empresa do Requerido, qual seja auxiliar de escritório, não possui qualquer relação com a sua surdez. Em sua atividade na empresa, o Requerente não estava à exposição de ruído contínuo ou excessivo que pudesse gerar a surdez, diferentemente do que ocorre quando trabalhava na pista de pouso de aviões de aeroportos Congonhas. Diante disso é inexistências o nexo causal entre qualquer atitude da ré e o dano alegado. O Requente não perdeu sua capacidade laborativa, tanto que, mesmo com a redução da capacidade auditiva, trabalhou na empresa ré na condição de auxiliar de escritório. Assim, totalmente afastada a pensão prevista no artigo 950 do Código Civil. “Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. ” IV – DOS PEDIDOS Isto posto, requer: que seja acolhida a preliminar arguida, determinando a remessa dos autos ao juízo competente; que seja a demanda julgada improcedente, uma vez que não há nexo causal entre a moléstia do Requente e qualquer atitude Requerida; que subsidiariamente, em caso de procedência do pedido principal, o que se admite apenas em atenção ao princípio da eventualidade, seja diminuído o valor da pensão requerida, bem como afastado o pedido de danos morais, ou, no caso de seu acolhimento, que lhe seja diminuído o valor. que o Requerente seja condenado ao pagamento das custas sucumbências. V – DAS PROVAS Pretendo provar o alegado com todos os meios de provas em direito admitidos conforme o artigo 306 do CPC. Nestes Termos, Pede Deferimento. Local e Data ADVOGADO OAB
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