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RESUMO AV1 – TRIBUTÁRIO DIREITO FINANCEIRO INTRODUÇÃO: É papel do Estado Democrático de Direito a satisfação do "bem comum", o que é feito através da garantia dos direitos sociais fundamentais (educação, saúde, segurança, etc). Tais direitos são supridos mediante a prestação de serviços públicos. Esta prestação pode ser feita diretamente pelo Poder Público ou por execução indireta (concessão ou permissão). FONTES: -CRFB: Aponta princípios e regras para a Atividade Financeira do Estado. Regulamenta vários subsistemas, sendo os principais: O tributário (145-156), o financeiro propriamente dito (157-164) e o orçamentário (70-75; 165-169). -Lei do Orçamento Público: 4.320/64 Lei Complementar -Lei de Responsabilidade Fiscal: 101/2000 Lei Complementar COMPETÊNCIA P/ LEGISLAR SOBRE DTO FINANC. E TRIBUTÁRIO: - Normas Gerais: União. - Competência Concorrente: União, Estados e DF. - Competência Suplementar: Estados e DF. Obs: Os Municípios não podem estabelecer normas “gerais”, mas podem legislar sobre matéria de interesse local, podendo ainda suplementar a legislação federal e estadual no que couber. 1. D E S P E S A P Ú B L I C A Gastos públicos efetuados pelo Estado para atendimento das necessidades públicas. CLASSIFICAÇÕES: - Federal, Estadual, Distrital ou Municipal. - Ordinária (constantes) ou Extraordinárias (esporádicas). - Correntes: não enriquecem o patrimônio público. Necessárias aos serviços públicos e à vida do Estado. São improdutivas e operacionais. De Custeio: objetivam assegurar o funcionamento dos serviços públicos. Obras de conservação e adaptação de bens imóveis. Ex: pagamento de pessoal, material de consumo, serviços de terceiros, etc. De Transferências Correntes: não têm contraprestação de serviços. Ex: pagamento de inativos/pensionistas, benefícios previdenciários, salário família, etc. - De Capital: geram crescimento no patrimônio público. Produtivas. De Investimentos: apesar de aumentar o patrimônio estatal, não visam geração de renda. Ex: obras públicas, equipamentos e instalações, etc. De Inversões Financeiras: aplicações feitas pelo Estado. Suscetíveis de lhe produzir rendas. Ex: concessão de empréstimos, participação em constituição de capital, etc. De Transferências de Capital: dotações (disponibilização de valor) para investimentos ou inversões financeiras realizadas por outras pessoas jurídicas de direito público/direito privado. Independe de contraprestação direta em bens/serviços. Essas transferências constituem auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especial anterior, bem como dotações para amortização da dívida pública. Ex: auxílio para equipamentos, amortização da dívida pública, etc. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: A despesa pública somente pode ser realizada mediante prévia autorização legal. Obs: Não sendo observado tal princípio, o Presidente, Ministro de Estado, Governador, Secretário ou Prefeito incorrerá na prática de crime de responsabilidade. ESTÁGIOS (ou EXECUÇÃO) DA DESPESA: Primeiro: é necessário que a despesa pública esteja devidamente autorizada na Lei Orçamentária Anual. Segundo: ao proceder à contratação de obras, serviços, etc, a autoridade adm. realizará o devido procedimento licitatório. 1ª FASE: Empenho: ato que reserva um valor de uma dotação orçamentária para uma despesa específica. Concretiza-se mediante a “nota de empenho” que conterá o nome do credor, dotação orçamentária, tipo de empenho, o valor, especificação... 2ª FASE: Liquidação: verificação do implemento da condição, ou seja, se o credor cumpriu ou não com a sua obrigação. 3ª FASE: Pagamento: efetuada a liquidação, a administração efetuará o pagamento, recebendo a devida quitação. ATENÇÃO! Despesas que a Adm. Pública tem que arcar em razão de decisões judiciais transitadas em julgado far-se-ão mediante precatório (art. 100 da CF/88). DESPESAS COM PESSOAL: (18-23 LRF, 169 CF) - Salários dos ativos, proventos dos inativos e pensionistas, gratificações, horas extras, excetuando-se as verbas de natureza indenizatória; - Encargos sociais que a Adm. atender enquanto empregadora; - Subsídios dos agentes políticos; - Gasto com a terceirização de mão-de-obra. LIMITES DE DESPESA COM PESSOAL (19 LRF): União: 50% da RCL. Estados: 60% da RCL. Municípios: 60% da RCL. CONTROLE DA DESPESA COM PESSOAL (21 LRF): É nulo o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda: - As exigências da LRF e da CF (37, XIII e 169, § 1). - O limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo. - Expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão. Ainda: É vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos 2 quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. (42 LRF) 2. R E C E I T A P Ú B L I C A Conjunto de recursos que custearão as despesas públicas. CLASSIFICAÇÕES: Ampla: toda entrada de recursos que adentra nos cofres públicos independente de contrapartida no passivo. Restrita: toda entrada de recursos que se incorporam ao patrimônio público sem obrigação de devolução posterior. Competência: Federal, Estadual /Distrital e Municipal. Ordinárias: arrecadadas regularmente em cada período financeiro, previsíveis. Ex: impostos Extraordinárias: vêm de situações excepcionais. Ex: herança vacante. CLASSIFICAÇÕES DE RECEITA DA LEI 4.320/64 (11): - Correntes: receitas tributárias, de contribuições patrimoniais, de origem industrial, de serviços e as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público/privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. - De Capital: provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; de recursos recebidos de outras pessoas de direito público/privado, destinados a atender Despesas de Capital e o Superávit do Orçamento Corrente (11, §3° lei 4.320/64). - Originárias (ou de Dto Privado): oriundas da exploração do próprio patrimônio do Estado e de sua atuação, sob o regime de direito privado, na exploração de determinada atividade econômica, através da cobrança de PREÇO PÚBLICO (TARIFA). É receita voluntária e contratual. ATENÇÃO! PREÇO PÚBLICO É DIFERENTE DE TAXA! PREÇO PÚBLICO pode ser exigido por pessoas de direito PRIVADO. Ex: Concessionárias. Já as TAXAS, só podem ter como sujeitos ativos as pessoas de direito PÚBLICO. - Derivadas (ou de Dto. Público): obtidas pelo Estado através do seu poder de autoridade. Captadas coercitivamente no patrimônio dos particulares através dos TRIBUTOS. ESTÁGIOS (ou EXECUÇÃO) DA RECEITA: 1°) Previsão: estimativa da receita a ser arrecadada pelo Estado. Objetiva o planejamento: receitas x despesas. 2°) Arrecadação: recebimento dos valores devidos ao Estado pelos agentes arrecadadores. 3°) Recolhimento: consiste no efetivo ingresso das receitas nos cofres públicos. DÍVIDA ATIVA 39, 4.320/64 Créditos da Fazenda Pública, de natureza TRIBUTÁRIA e NÃO- TRIBUTÁRIA, exigíveis ante o transcurso do prazo para pagamento, sem que o mesmo seja feito, inscritos, na forma da lei, como Dívida Ativa. (Ver 201-204 CTN e Lei 6830/80). - A Certidão da Dívida Ativa é título exec. extrajudicial (585 CPC). - A dívida ativa goza da presunção de certeza e liquidez. Contudo, admite prova em contrário. (3º Lei 6.830/80) - No âmbito federal, compete a Procuradoria da Fazenda Nacional inscrever e promover as “execuções fiscais”. Nos demaisentes federativos competirá às respectivas Procuradorias. Dívida Ativa Tributária: crédito da Fazenda Pública proveniente de tributos e respectivas atualizações monetárias, encargos e multas tributárias*. (*) – trata-se de uma classificação contábil da Lei 4.320/64, o que não significa dizer que multa seja tributo. Multa não é tributo! Dívida Ativa Não-Tributária: demais créditos da Fazenda Pública. Ex: provenientes de alugueres. 3. O R Ç A M E N T O P Ú B L I C O Instrumento de que dispõe o poder público para expressar o seu programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos recursos e gastos. - As Leis Orçamentárias constitucionais (165, I, II, III (PPA, LDO, LOA), são LEIS ORDINÁRIAS, aprovadas por maioria simples, e temporárias (com vigências limitadas). PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS: LEGALIDADE: 1º: Os orçamentos devem ser aprovados por leis em sentido formal. 2º: Somente se pode efetuar despesa se prevista no orçamento. 5º, II; 37 e 165 CF *Princípio da “indisponibilidade das receitas públicas”: ninguém tem o direito de utilizá-las livremente. UNIDADE: Implica que os diversos orçamentos sejam harmônicos entre si. 165, §5º CF UNIVERSALIDADE: O orçamento deve conter TODAS AS RECEITAS e TODAS AS DESPESAS (valores brutos) da Adm. Pública. ANUALIDADE: Necessidade de um novo orçamento a cada 1 ano. 2º Lei 4.320/64 ANTERIORIDADE/PRECEDÊNCIA: A aprovação do orçamento deve ocorrer antes do exercício financeiro a que se refere. 35 ADCT. Exceção: Créditos adicionais que são autorizados e abertos durante a execução do orçamento. EXCLUSIVIDADE: a lei orçamentária não poderá tratar de assuntos que não digam respeito a receitas e despesas públicas. 165, §8ºCF ESPECIFICAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO/DISCRIMINAÇÃO: o orçamento deve discriminar tudo, vedando-se autorizações globais. 5º Lei 4.320/64 NÃO-AFETAÇÃO DA RECEITA: o legislador não poderá vincular receitas públicas a determinadas despesas, órgãos, ou fundos. Este princípio está previsto apenas em relação às receitas advindas de impostos. 167, IV e §4º PROIBIÇÃO DO ESTORNO DE VERBAS: É vedada a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa, bem como a utilização, dos recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas/fundações/fundos. 167, VI e VIII, CF. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA/PUBLICIDADE: direito do cidadão tomar conhecimento da forma como serão aplicados os recursos públicos. PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO: o equilíbrio orçamentário deve consistir um fim em si mesmo. LEIS ORÇAMENTÁRIAS: 1. PLANO PLURIANUAL – PPA: 165, I, §§ 1º, 4º, 7º e 167, §1º. Instrumento de planejamento de longo prazo. Orienta a elaboração da LDO, LOA e planos e programas nacionais, regionais e setoriais. Conteúdo Principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo. - Vigência - 04 anos. 2. LEI DE DIRETRIZES ORCAMENTÁRIAS – LDO: 165II§2º, 169§1º II Instrumento de planejamento de curto prazo. Deverá ser elaborada em harmonia com o PPA e orientará a elaboração da LOA. Estabelecerá as metas e prioridades da Adm., incluindo as despesas de capital, para o exercício subsequente. 3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA: 165, III, §§ 5º, 6º e 8º. Deverá estar compatível com o PPA e com a LDO. Compreende 3 suborçamentos: Orçamento Fiscal (OF) de toda a Adm. Pública Direta e Indireta (todos os Poderes, Ministério Público, Tribunal de Contas, Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas) englobando a despesa e a receita de toda a Adm. Pública para um exercício financeiro; Orçamento de Investimentos (OI) das empresas em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto (empresas públicas e sociedades de economia mista); Orçamento da Seguridade Social (OSS). Saúde, previdência e assistência social. Abrangerá todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Adm. Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 4. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LC 101/2000: Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. ESSÊNCIA DA LRF (finalidades): Responsabilidade na Gestão Fiscal, Planejamento, Observância das leis orçamentárias, Equilíbrio entre Receitas e Despesas, Transparência, Limites de gasto com pessoal, Limites de endividamento público, Mecanismo de prevenção, controle, responsabilização. FISCALIZAÇÃO E CONTROLE INTERNO E EXTERNO DOS ORÇAMENTOS: Controle: Conjunto de atos pelos quais verifica-se o cumprimento dos dispositivos consignados na Lei do Orçamento, na Lei de Responsabilidade Fiscal e na Constituição. Quem realiza o controle: Para a Lei 4320/64: o Executivo (controle interno) e Legislativo (controle externo). Para a CF: o Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Art.70 Controle Interno: dentro de cada poder. Exercido pela própria administração. Controle Externo: Na União, pelo Congresso Nacional; Nos Estados, pela Assembléia Legislativa, No DF, pela Câmara Legislativa; Nos Municípios, pelas Câmaras de Vereadores. Obs: todas as casas são auxiliadas pelos Tribunais de Contas. →O Art. 78 da Lei 4.320/64 determina que haverá prestação e tomada de contas anual, podendo ser exigida a qualquer tempo. Prestação de Contas: a pessoa responsável pelos valores públicos apresenta fatos ocorridos na sua gestão. Iniciativa de quem está submetido ao controle. Anual ou extraordinária. Tomada de Contas: o órgão responsável verifica os atos de gestão do patrimônio público, examinado os procedimentos e a contabilidade do órgão. Iniciativa de quem realiza o controle Anual ou extraordinária. 4. C R É D I T O P Ú B L I C O Um dos meios pelos quais o Estado utiliza para obtenção de recursos a fim de cobrir despesas de sua responsabilidade. CLASSIFICAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS: Voluntário: obtido sem coação. O Estado recorre ao mercado financeiro com a promessa de reembolso do capital e pagamento de juros. Compulsório/Forçado: as pessoas são obrigadas emprestar dinheiro ao Estado sob a promessa de reembolso. (148 CF) Interno: aquele que o Estado obtém em seu espaço territorial. Regido por normas de Dto Público Internas. Externo: contraído junto a instituições estrangeiras públicas ou privadas. Regido pelas normas de Direito Público Internacional. DÍVIDA PÚBLICA Conjunto de compromissos assumidos pelo Estado com terceiros, nacionais/estrangeiros. Compreende os juros, correção e a amortização do capital devido pelo Estado. É consequência natural dos empréstimos. Dívida Pública Flutuante: relativa a obrigações de curto prazo, as quais deverão ser cumpridas dentro do exercício financeiro. Dívida Pública Fundada/Consolidada (29 LRF): compreende as obrigações assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 1 ano. DIREITO TRIBUTÁRIO Ramo do Direito Público que regula as relações relativas à instituição e exigência de tributos e obrigações a eles relacionadas, assegurando ao Estado a obtenção de recursos necessários à consecução de seus fins. Regula somente a receita pública oriunda dos TRIBUTOS. CLASSIFICAÇÕES: -Direito Público: supremacia do interesse público sobre o interesse privado e a indisponibilidade do interesse público. -Direito pessoal: Direito obrigacional. Credor e devedor. - Obrigação de dar: “dar dinheiro”. Obrigações principais.- Obrigações de fazer e não fazer: entrega de declarações, a emissão de notas fiscais, a escrituração de livros contábeis, a abstenção de não embaraçar o trabalho da fiscalização, etc. Obrigações acessórias (obrigações instrumentais). - O vínculo obrigacional é sempre a lei. TRIBUTO Toda prestação pecuniária (dinheiro) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 3º do CTN CLASSIFICAÇÕES: Vinculados: O pagamento do tributo é devido a existência de uma atividade estatal específica direcionada ao contribuinte. Ex: taxas. Não-vinculados: o fato gerador não é nenhuma atividade específica do Estado direcionada ao contribuinte. Ex: IPVA. De arrecadação vinculada: a receita de arrecadação está previamente destinada a órgão/fundo/despesa. Ex: empréstimo compulsório. De arrecadação não-vinculada: não há determinação prévia de vinculação do produto da arrecadação com a destinação deste. Ex: Impostos. De natureza fiscal: têm por finalidade preponderante arrecadar dinheiro para o Estado. Ex: IR, IPTU, etc. De natureza extrafiscal: têm por finalidade preponderante intervir numa situação social/econômica. Ex: impostos de importação e de exportação. Diretos: o contribuinte eleito pela lei tributária é aquele que efetivamente suporta o ônus financeiro do tributo. Ex: IPVA, IR... Indiretos: o contribuinte eleito pela lei tributária é o que tem a obrigação de efetuar o pagamento do tributo. Porém, não é ele quem, efetivamente, suporta o ônus tributário. Ex: A venda de um veículo pela concessionária a uma pessoa física. No caso, a concessionária tem a obrigação de pagar IPI e ICMS e faz o recolhimento. Contudo, quem suporta o ônus tributário é o adquirente haja vista que os tributos são inclusos (repassados) no valor pago pelo veículo. Reais: em sua incidência, não levam em consideração aspectos pessoais, subjetivos. Eles incidem objetivamente sobre coisas. Ex: “A” e “B” possuem veículos idênticos: pagarão o mesmo IPVA. Pessoais: incidem de forma subjetiva, considerando os aspectos pessoais do contribuinte. Ex: IR. De competência privativa: a CF defere a determinado ente político, competência para sua instituição. Ex: impostos federais. De competência comum: a instituição é deferida pela CF indiscriminadamente a todos os entes políticos. Ex: taxas. De competência residual: a União teria o poder de instituir, desde que diferentes de todos aqueles discriminados na CF, com fato gerador novo e nova base de cálculo, devendo tais exações serem criadas por lei complementar, respeitando-se o princípio da não cumulatividade. Ex: impostos residuais. De competência extraordinária: a União poderá instituir extraordinariamente em caso de guerra externa ou sua iminência imposto para custear tais despesas. Ex: Imposto Extraord. de Guerra. 154, II De competência cumulativa: conferida à União para instituir cumulativamente os impostos federais, estaduais e municipais e, ao DF, os impostos estaduais e municipais, por conta daquele não ser dividido em municípios. 147 Atenção!!! A competência tributária é indelegável! Princípio da Indelegabilidade (Art 7º do CTN). A Competência tributária compreende: Legislar (competência para instituir); Fiscalizar; Arrecadar. Acontece que as funções de fiscalizar e arrecadar podem ser delegadas. É a chamada CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA. Tal delegação só pode ser feita para outra pessoa jurídica de Direito público, em regra. Nesta delegação, pode haver determinação legal para que os recursos arrecadados sejam da entidade delegatária, para sustentação de finalidades institucionais. Tal fenômeno chama-se PARAFISCALIDADE. Ex: Contribuições Sociais Gerais dos Serviços Sociais Autônomos (SESI, SESC, SENAI, SENAC etc.) são pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da Adm. pública, que realizam atividades de interesse público e, por isso, legitimam-se a serem destinatários do produto da arrecadação de contribuições (240 CF). ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: A. IMPOSTOS B. TAXAS C. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA D. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS E. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS A. IMPOSTOS (145 I CF/ 16 CTN) Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. - São tributos não vinculados. Obs: A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa é proibida pela CF (167, IV). - Suas receitas prestam-se ao financiamento das atividades gerais do Estado, serve para o custeio das despesas públicas gerais ou universais e indivisíveis. COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR IMPOSTOS: Cada ente federado da seguinte forma: União: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF (153) “Novos Impostos” e IEG (154) Estados/DF: ITCMD, ICMS e IPVA (155) Municípios/DF: IPTU, ITBI e ISS (156) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL: A princípio, a listagem é exaustiva (numerus clausus), entretanto, a União pode instituir, mediante Lei Complementar, “novos impostos”, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na Constituição Federal (154, I). É chamada competência tributária residual, que também existe para a criação de novas fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (195, §4°). Em ambos os casos, a instituição depende de Lei Complementar, o que impossibilita a utilização de medidas provisórias. (62, §1°, III CF). IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS: Além da competência residual, a União detém a competência para criar, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária (art. 154, II). B. TAXAS (145 II CF/77 CTN) É tributo vinculado a uma atividade estatal específica. Tributo bilateral, contraprestacional/retributivo. Só podem ter como sujeitos ativos as pessoas jurídicas de direito PÚBLICO. COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXAS: É de quem efetua a ação ensejadora da taxa. União, Estados, o DF e Municípios. FATOS GERADORES DAS TAXAS: 1. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA, que gerará a: Taxa de Polícia: Tributo instituído pelo efetivo exercício do Poder de Polícia, que é o poder que o estado tem para limitar direitos individuais em prol do interesse da coletividade. 78 CTN 2. UTILIZAÇÃO/DISPOSIÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO, que gerará: Taxa de Serviço: Tributo instituído somente mediante a disponibilização de serviços públicos divisíveis e específicos, utilizados efetiva ou potencialmente pelo contribuinte. Divisíveis: podem ser utilizados por cada indivíduo separadamente Específicos: são específicos do Estado e diretamente relacionados ao contribuinte. Efetivamente: realmente utilizados. Ex: taxa pela expedição de uma certidão pelo Estado para o contribuinte. Potencialmente: serviço de prestação obrigatória, colocado à disposição pelo Estado, porém não necessariamente utilizado pelo contribuinte. Serviço de utilização compulsória. Ex: taxa de esgoto. Ainda que o contribuinte esteja viajando e por isso, não produza esgoto, terá que pagar a taxa. Por óbvio, não há, por exemplo, como cobrar determinada taxa em locais onde o serviço não é disponibilizado. → Assim, tanto é ilegítima a criação de uma “taxa de serviços gerais” (por faltar especificidade) como a instituição de uma taxa de iluminação pública (por faltar divisibilidade). DIFERENÇA ENTRE SERVIÇOS PÚBLICOS ‘GERAIS’ E ‘ESPECÍFICOS’ GERAIS: - Custeados através de IMPOSTOS. - Abrange indistintamente toda a população, sem destinatários identificáveis. Ex: a segurança pública. ESPECÍFICOS: - Custeados através de TAXAS. - Beneficiários do serviço prestado são identificáveis. - Utilizaçãoindividual e mensurável. SE LIGA! Duas taxas são muito confundidas! A taxa de coleta domiciliar de lixo foi considerada CONSTITUCIONAL (Súm. Vin 19). Já a taxa de limpeza dos logradouros públicos é INCONSTITUCIONAL, pois o serviço, beneficia toda a população. Seus usuários são indetermináveis e sua utilização não é mensurável. C. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Tributo vinculado a uma atuação estatal específica, qual seja, a realização de uma obra pública que tenha como consequência uma real valorização do imóvel do contribuinte. Tributo contraprestacional: Serve para ressarcir o Estado dos valores (ou parte deles) gastos com a realização da obra. FATO GERADOR: Valorização imobiliária. E NÃO a realização da obra. Limite total: O Estado não pode cobrar a título de contribuição de melhoria mais do que gastou com a obra. Limite individual: o limite da cobrança ao contribuinte individualmente é o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. D. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (149 CF) COMPETÊNCIA: exclusiva da União. Exceção: Estados/DF/Municípios para instituição de contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário (40 CF), cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores efetivos da União. O parágrafo faz menção ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos Estados/DF/Municípios, que nada tem a ver com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS). LEI INSTITUIDORA: Lei ordinária. Exceção: Lei complementar: para as novas contribuições de seguridade social que incidam sobre base econômica diferente das discriminadas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição Federal, cuja instituição está prevista no “§4°” desse mesmo artigo, que por sua vez, faz remissão ao art. 154, I. ESPÉCIES: 1. Contribuições Sociais: a) Seguridade Social b) Outras Contribuições Sociais c) Contribuições Sociais Gerais 2. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) 3. Contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas (Contribuições Corporativas) Obs: Contribuição de Iluminação Pública (CIP): tem características semelhantes às contribuições especiais. Contudo, é de competência dos Municípios e DF. Há jurisprudência no sentido de que, mesmo em locais onde não tenha o serviço de iluminação pública a contribuição pode ser cobrada, uma vez que esta, naturalmente e inevitavelmente é usufruída em algum momento, em algum outro local. 1 - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS A) CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL (194CF): Custeiam os serviços de saúde, previdência e assistência social. Fontes de custeio: - Empregador/Empresa: Folha de salários, Receita (COFINS e PIS/PASEP) e Lucro (CSLL). - Empregado: Contribuição previdenciária do trabalhador: RGPS - Receitas de concursos de prognósticos: Receitas de loterias. - Importador/de quem a lei a ele equiparar: Importador de bens ou serviços (COFINS-IMPORTAÇÃO e PIS/PASEP-IMPORTAÇÃO). B) OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (195 §4° e 154 I CF) Novas contribuições sociais que porventura podem ser instituídas mediante lei complementar em razão do exercício de competência residual da União. C) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS (212, §5º CF) Destinadas a outras atuações da União na área social como o salário-educação e as contribuições para os Serviços Sociais Autônomos (240 CF). Serviços Sociais Autônomos (SESI, SESC, SENAI, SENAC etc.): pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da administração pública, mas que, por realizarem atividades de interesse público, são destinatários do produto da arrecadação de contribuições. 2. CONTRIB. DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE) Tributo cuja finalidade é intervir numa situação social/econômica. A intervenção se apresenta na forma de um “reforço orçamentário” para atividade que se deseja incentivar. Tributos extrafiscais de competência exclusiva da União por lei ordinária ou medida provisória. Ex1: Lei 10.618/2000 - Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para apoio à Inovação, “cujo objetivo é estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro” (art 1°). Para financiar o Programa a própria lei instituiu a CIDE-royalties (Art 2°) Ex2: CIDE-combustível: única com fatos geradores delineados na própria CF. 177, §4° CF. Obs: A União tem autonomia relativamente grande para instituir as CIDE`s, haja vista que a CF não explicitou quais as bases econômicas sobre as quais o tributo pode incidir. 3. CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS (CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS) Contribuições criadas pela União para financiar atividades de interesses de instituições representativas ou fiscalizatórias de categorias profissionais ou econômicas. Exs: 1. “Contribuição sindical” 2. “Contribuição destinada ao custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas”. 1. Atenção: Contrib. Confederativa X Contrib. Sindical Confederativa: não é tributo. Fixada pela assembléia geral da categoria, não por lei. Não é compulsória, sendo devida apenas pelos filiados à organização. Sindical: é tributo. Instituída por lei. Compulsória para todos aqueles que pertençam a uma determinada categoria econômica ou profissional, sendo devida por filiados ou não à organização sindical (CLT, arts. 579 e 591). 2. Contribuições para o custeio das entidades de fiscalização do exercício de profissões regulamentadas: A CF/88 declara livre o exercício de qualquer profissão, mas prevê a possibilidade de a lei estabelecer as qualificações profissionais necessárias para o exercício de tal direito. Com isso, foram criadas instituições que fiscalizam o exercício de determinadas profissões, além de representarem, coletiva ou individualmente, os interesses destes. A lei reputa essas atividades como de interesse público, o que legitima a possibilidade do Estado instituir tributos cujo produto da arrecadação seja destinado a tais instituições. Ex: CREA, CRC, CRM, CRECI, OAB etc). Tirando a OAB, os outros Conselhos de Classe, estes são considerados “Autarquias” (ADIN 1717). E. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 148 CF Empréstimos forçados, porém restituíveis. Diante do “fato gerador”, surge a obrigação de emprestar dinheiro ao Estado. Trata-se de um tributo federal. COMPETÊNCIA: exclusiva da União mediante de lei complementar (reserva legal). FATOS GERADORES: I. Para atender a despesas extraordinárias (calamidade, guerra). II. No caso de investimento público urgente e relevante. Obs: §único: O Empréstimo será vinculado à despesa que o fundamentou. Logo, trata-se de tributo vinculado, não se admitindo desvio de finalidade. →Se liga! Medidas Provisórias não podem criar empréstimos compulsórios (art. 62, §1º, III, da CF/88). RESTITUIÇÃO: A lei instituidora do empréstimo fixará o prazo e as condições de resgate. Além disso, o STF entende que a restituição deve ser efetuado na mesma espécie em que foi recolhido. Como tributos são pagos em dinheiro, a restituição deve ser feita também em dinheiro. 15 CTN §ú SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 145 a 162 CF 1) PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS: a) Princípio da Legalidade: é vedado à União, Estados, DF e Municípios exigir/aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Exceções: •Decreto pode alterar alíquota de II; IE; IPI; IOF. •O Executivo pode reduzir e restabelecer as alíquotas da CIDE- combustíveis. Obs: Isenções/incentivos/benefícios fiscais de ICMS: deve ser precedida de deliberação conjunta dos Estados e DF (Convênio). Atenção! Regra: Lei para instituir tributo = LEI ORDINÁRIA Exceções: Tributos federais* = LEI COMPLEMENTAR *IGF, empréstimos compulsórios, impostos residuais da União, contribuiçõesprevidenciárias residuais ou novas, ISS. b) Princípio da Isonomia: Os iguais devem ser tratados de forma igual (ex: contribuintes com os mesmos rendimentos devem pagar o mesmo valor de imposto de renda) e os diferentes de forma diferente, à medida da sua diferença (ex: pessoa física com rendimento de R$500,00 está isenta de IR, enquanto que outra com rendimento de R$5.000,00 pagará IR de 27,5%. c) Princípio da Capacidade Contributiva: O parâmetro de desigualdade entre os indivíduos é sua capacidade contributiva. Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal. Contudo, há impostos cujo o fato gerador pode ser apenas a propriedade de um bem (Ex: IPVA) ignorando a situação pessoal do contribuinte. E ainda: “quanto mais se ganha, mais se paga”. PROGRESSIVIDADE: Variando a base de cálculo, varia também a alíquota. (É diferente de PROPORCIONALIDADE: variando a base de cálculo, a alíquota permanece). d) Princípio da Interpretação Objetiva do Fato Gerador ou da Cláusula Non Olet (“tributo não tem cheiro): Quem realiza o fato gerador deve, em princípio, pagar tributo. Não se avaliam a nulidade/anulabilidade do ato, incapacidade civil do sujeito passivo ou ilicitude do ato praticado. O que importa é se o fato gerador ocorreu. e) Princípio da Irretroatividade: a lei deve abranger fatos geradores posteriores à sua edição. A lei também aplica-se aos fatos geradores “pendentes” (que iniciaram antes da lei e vão terminar na vigência da lei). Há exceções. f) Princípio da Anterioridade: é vedado à União, Estados, DF e Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Há exceções. g) Princípio da Vedação ao Confisco: é vedado à União, Estados, DF e Municípios utilizar tributo com efeito de confisco (tributação excessiva). Contudo, esta limitação é casuística. Não há parâmetros delimitadores. h) Princípio da Liberdade de Tráfego: é vedado à União, Estados, DF e Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas/bens,por meio de tributos interestaduais/intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. i) Princípio da Uniformidade Geográfica: É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção/preferência em relação a Estado/DF/Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País. J) Princípio da não Discriminação pela procedência ou destino: é vedado à União, Estados, DF e Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Ex: o IPVA não pode ter alíquotas diferentes para veículo nacional ou importado. l) Princípio da Não-cumulatividade: aplicação restrita ao ICMS e IPI. A incidência do tributo ocorrerá em cada fase mercantil. Mas, para evitar a “tributação em cascata”, três impostos serão cobrados “compensando-se”, em cada operação relativa a circulação de mercadorias, o valor pago na anterior. m) Princípio da Seletividade: aplicável somente ao IPI e ICMS. Faz- se uma “seleção” com base na essencialidade do produto ou do serviço. Quanto mais importante for o produto/serviço, menor deverá ser sua tributação e, quanto mais supérfluo for, maior será sua tributação. 2. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (IMUNIDADES): A) Imunidades (150, VI, CF): •Imunidade Tributária: é uma limitação material e substantiva ao poder de tributar por dispensa constitucional. Os Entes da Adm Pública Direta são proibidos de instituir IMPOSTOS sobre: a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) Templo de qualquer culto; c) Patrimônio/renda/serviços dos partidos políticos/suas fundações/sindicatos/instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos; d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; e) Fonogramas e videofonogramas musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. •Não incidência: quando o fato não corresponde à hipótese de incidência. •Isenção: é a dispensa do tributo por força de lei (norma aditiva, que modifica a norma básica, fazendo com que um tributo, em regra devido, não o seja, devido a certas circunstâncias). B) Outras Limitações (151 e 152 CF): 151: É vedado à União: I - instituir tributo não uniforme nacionalmente ou que implique distinção em relação a Estado/DF/Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados/DF/Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes; III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados/DF/Municípios. 152: É vedado aos Estados/DF/Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS Direta: o ente beneficiado pela repartição recebe-a diretamente, sem intermediário e sem que esta receita faça parte de qualquer fundo constitucional. Ex: Quando a CF atribui aos municípios metade do IPVA arrecadado pelos Estados, em virtude dos veículos automotores licenciados em seus territórios. Indireta: os recursos a serem repartidos são destinados a um fundo de participação, cujas receitas são divididas entre os beneficiários, seguindo critérios legais e constitucionais. Ex: Fundo de Participação dos Municípios. O repasse é feito após a destinação dos recursos (48% do IR e IPI) ao citado fundo! Verificar tema: Transferências diretas de receitas da União para Estados, DF e Municípios na apostila da Aula 06. “Porque para Deus nada é impossível.” Lucas 1:37
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