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RESUMO AV1 TRIBUTARIO

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RESUMO AV1 – TRIBUTÁRIO 
 
DIREITO FINANCEIRO 
 
INTRODUÇÃO: É papel do Estado Democrático de Direito a 
satisfação do "bem comum", o que é feito através da garantia dos 
direitos sociais fundamentais (educação, saúde, segurança, etc). 
Tais direitos são supridos mediante a prestação de serviços 
públicos. Esta prestação pode ser feita diretamente pelo Poder 
Público ou por execução indireta (concessão ou permissão). 
 
FONTES: 
 
-CRFB: Aponta princípios e regras para a Atividade Financeira 
do Estado. Regulamenta vários subsistemas, sendo os 
principais: O tributário (145-156), o financeiro propriamente 
dito (157-164) e o orçamentário (70-75; 165-169). 
-Lei do Orçamento Público: 4.320/64 Lei Complementar 
-Lei de Responsabilidade Fiscal: 101/2000 Lei Complementar 
 
COMPETÊNCIA P/ LEGISLAR SOBRE DTO FINANC. E TRIBUTÁRIO: 
- Normas Gerais: União. 
- Competência Concorrente: União, Estados e DF. 
- Competência Suplementar: Estados e DF. 
Obs: Os Municípios não podem estabelecer normas “gerais”, mas 
podem legislar sobre matéria de interesse local, podendo ainda 
suplementar a legislação federal e estadual no que couber. 
 
1. D E S P E S A P Ú B L I C A 
Gastos públicos efetuados pelo Estado para atendimento das 
necessidades públicas. 
 
CLASSIFICAÇÕES: 
- Federal, Estadual, Distrital ou Municipal. 
- Ordinária (constantes) ou Extraordinárias (esporádicas). 
- Correntes: não enriquecem o patrimônio público. Necessárias 
aos serviços públicos e à vida do Estado. São improdutivas e 
operacionais. 
De Custeio: objetivam assegurar o funcionamento dos 
serviços públicos. Obras de conservação e adaptação de 
bens imóveis. Ex: pagamento de pessoal, material de 
consumo, serviços de terceiros, etc. 
De Transferências Correntes: não têm contraprestação de 
serviços. Ex: pagamento de inativos/pensionistas, benefícios 
previdenciários, salário família, etc. 
 
- De Capital: geram crescimento no patrimônio público. 
Produtivas. 
De Investimentos: apesar de aumentar o patrimônio estatal, 
não visam geração de renda. Ex: obras públicas, 
equipamentos e instalações, etc. 
De Inversões Financeiras: aplicações feitas pelo Estado. 
Suscetíveis de lhe produzir rendas. Ex: concessão de 
empréstimos, participação em constituição de capital, etc. 
De Transferências de Capital: dotações (disponibilização de 
valor) para investimentos ou inversões financeiras realizadas 
por outras pessoas jurídicas de direito público/direito 
privado. Independe de contraprestação direta em 
bens/serviços. Essas transferências constituem auxílios ou 
contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de 
Orçamento ou de lei especial anterior, bem como dotações 
para amortização da dívida pública. Ex: auxílio para 
equipamentos, amortização da dívida pública, etc. 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: A despesa pública somente pode ser 
realizada mediante prévia autorização legal. Obs: Não sendo 
observado tal princípio, o Presidente, Ministro de Estado, 
Governador, Secretário ou Prefeito incorrerá na prática de crime 
de responsabilidade. 
ESTÁGIOS (ou EXECUÇÃO) DA DESPESA: 
Primeiro: é necessário que a despesa pública esteja devidamente 
autorizada na Lei Orçamentária Anual. 
Segundo: ao proceder à contratação de obras, serviços, etc, a 
autoridade adm. realizará o devido procedimento licitatório. 
1ª FASE: Empenho: ato que reserva um valor de uma dotação 
orçamentária para uma despesa específica. Concretiza-se 
mediante a “nota de empenho” que conterá o nome do credor, 
dotação orçamentária, tipo de empenho, o valor, especificação... 
2ª FASE: Liquidação: verificação do implemento da condição, ou 
seja, se o credor cumpriu ou não com a sua obrigação. 
3ª FASE: Pagamento: efetuada a liquidação, a administração 
efetuará o pagamento, recebendo a devida quitação. 
 
ATENÇÃO! Despesas que a Adm. Pública tem que arcar em razão 
de decisões judiciais transitadas em julgado far-se-ão mediante 
precatório (art. 100 da CF/88). 
 
DESPESAS COM PESSOAL: (18-23 LRF, 169 CF) 
- Salários dos ativos, proventos dos inativos e pensionistas, 
gratificações, horas extras, excetuando-se as verbas de natureza 
indenizatória; 
- Encargos sociais que a Adm. atender enquanto empregadora; 
- Subsídios dos agentes políticos; 
- Gasto com a terceirização de mão-de-obra. 
 
LIMITES DE DESPESA COM PESSOAL (19 LRF): 
União: 50% da RCL. Estados: 60% da RCL. Municípios: 60% da RCL. 
 
CONTROLE DA DESPESA COM PESSOAL (21 LRF): 
É nulo o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e 
não atenda: 
- As exigências da LRF e da CF (37, XIII e 169, § 1). 
- O limite legal de comprometimento aplicado às despesas com 
pessoal inativo. 
- Expedido nos 180 dias anteriores ao final do mandato do titular 
do respectivo Poder ou órgão. 
Ainda: É vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos 2 
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa 
que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que 
tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja 
suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. (42 LRF) 
 
2. R E C E I T A P Ú B L I C A 
Conjunto de recursos que custearão as despesas 
públicas. 
 
CLASSIFICAÇÕES: 
Ampla: toda entrada de recursos que adentra nos cofres públicos 
independente de contrapartida no passivo. 
Restrita: toda entrada de recursos que se incorporam ao 
patrimônio público sem obrigação de devolução posterior. 
Competência: Federal, Estadual /Distrital e Municipal. 
Ordinárias: arrecadadas regularmente em cada período 
financeiro, previsíveis. Ex: impostos 
Extraordinárias: vêm de situações excepcionais. Ex: herança 
vacante. 
 
CLASSIFICAÇÕES DE RECEITA DA LEI 4.320/64 (11): 
- Correntes: receitas tributárias, de contribuições patrimoniais, de 
origem industrial, de serviços e as provenientes de recursos 
financeiros recebidos de outras pessoas de direito 
público/privado, quando destinadas a atender despesas 
classificáveis em Despesas Correntes. 
- De Capital: provenientes da realização de recursos financeiros 
oriundos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de 
bens e direitos; de recursos recebidos de outras pessoas de direito 
público/privado, destinados a atender Despesas de Capital e o 
Superávit do Orçamento Corrente (11, §3° lei 4.320/64). 
- Originárias (ou de Dto Privado): oriundas da exploração do 
próprio patrimônio do Estado e de sua atuação, sob o regime de 
direito privado, na exploração de determinada atividade 
econômica, através da cobrança de PREÇO PÚBLICO (TARIFA). É 
receita voluntária e contratual. 
ATENÇÃO! PREÇO PÚBLICO É DIFERENTE DE TAXA! 
PREÇO PÚBLICO pode ser exigido por pessoas de direito PRIVADO. 
Ex: Concessionárias. Já as TAXAS, só podem ter como sujeitos 
ativos as pessoas de direito PÚBLICO. 
- Derivadas (ou de Dto. Público): obtidas pelo Estado através do 
seu poder de autoridade. Captadas coercitivamente no patrimônio 
dos particulares através dos TRIBUTOS. 
 
ESTÁGIOS (ou EXECUÇÃO) DA RECEITA: 
1°) Previsão: estimativa da receita a ser arrecadada pelo Estado. 
Objetiva o planejamento: receitas x despesas. 
2°) Arrecadação: recebimento dos valores devidos ao Estado pelos 
agentes arrecadadores. 
3°) Recolhimento: consiste no efetivo ingresso das receitas nos 
cofres públicos. 
 
DÍVIDA ATIVA 39, 4.320/64 
Créditos da Fazenda Pública, de natureza TRIBUTÁRIA e NÃO-
TRIBUTÁRIA, exigíveis ante o transcurso do prazo para pagamento, 
sem que o mesmo seja feito, inscritos, na forma da lei, como 
Dívida Ativa. (Ver 201-204 CTN e Lei 6830/80). 
- A Certidão da Dívida Ativa é título exec. extrajudicial (585 CPC). 
- A dívida ativa goza da presunção de certeza e liquidez. Contudo, 
admite prova em contrário. (3º Lei 6.830/80) 
- No âmbito federal, compete a Procuradoria da Fazenda Nacional 
inscrever e promover as “execuções fiscais”. Nos demaisentes 
federativos competirá às respectivas Procuradorias. 
 
Dívida Ativa Tributária: crédito da Fazenda Pública proveniente 
de tributos e respectivas atualizações monetárias, encargos e 
multas tributárias*. 
(*) – trata-se de uma classificação contábil da Lei 4.320/64, o que 
não significa dizer que multa seja tributo. Multa não é tributo! 
Dívida Ativa Não-Tributária: demais créditos da Fazenda Pública. 
Ex: provenientes de alugueres. 
 
3. O R Ç A M E N T O P Ú B L I C O 
Instrumento de que dispõe o poder público para expressar o seu 
programa de atuação, discriminando a origem e o montante dos 
recursos e gastos. 
- As Leis Orçamentárias constitucionais (165, I, II, III (PPA, LDO, 
LOA), são LEIS ORDINÁRIAS, aprovadas por maioria simples, e 
temporárias (com vigências limitadas). 
 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS: 
LEGALIDADE: 1º: Os orçamentos devem ser aprovados por leis em 
sentido formal. 2º: Somente se pode efetuar despesa se prevista 
no orçamento. 5º, II; 37 e 165 CF 
*Princípio da “indisponibilidade das receitas públicas”: ninguém 
tem o direito de utilizá-las livremente. 
UNIDADE: Implica que os diversos orçamentos sejam harmônicos 
entre si. 165, §5º CF 
UNIVERSALIDADE: O orçamento deve conter TODAS AS RECEITAS 
e TODAS AS DESPESAS (valores brutos) da Adm. Pública. 
ANUALIDADE: Necessidade de um novo orçamento a cada 1 ano. 
2º Lei 4.320/64 
ANTERIORIDADE/PRECEDÊNCIA: A aprovação do orçamento deve 
ocorrer antes do exercício financeiro a que se refere. 35 ADCT. 
Exceção: Créditos adicionais que são autorizados e abertos 
durante a execução do orçamento. 
EXCLUSIVIDADE: a lei orçamentária não poderá tratar de assuntos 
que não digam respeito a receitas e despesas públicas. 165, §8ºCF 
ESPECIFICAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO/DISCRIMINAÇÃO: o orçamento 
deve discriminar tudo, vedando-se autorizações globais. 5º Lei 
4.320/64 
NÃO-AFETAÇÃO DA RECEITA: o legislador não poderá vincular 
receitas públicas a determinadas despesas, órgãos, ou fundos. 
Este princípio está previsto apenas em relação às receitas 
advindas de impostos. 167, IV e §4º 
PROIBIÇÃO DO ESTORNO DE VERBAS: É vedada a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um 
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa, bem como a 
utilização, dos recursos do orçamento fiscal e da seguridade social 
para suprir necessidade ou cobrir déficit de 
empresas/fundações/fundos. 167, VI e VIII, CF. 
 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA/PUBLICIDADE: direito do 
cidadão tomar conhecimento da forma como serão aplicados os 
recursos públicos. 
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO: o equilíbrio orçamentário deve 
consistir um fim em si mesmo. 
 
LEIS ORÇAMENTÁRIAS: 
1. PLANO PLURIANUAL – PPA: 165, I, §§ 1º, 4º, 7º e 167, §1º. 
Instrumento de planejamento de longo prazo. Orienta a 
elaboração da LDO, LOA e planos e programas nacionais, regionais 
e setoriais. Conteúdo Principal: fixa, de forma regionalizada, as 
diretrizes, objetivos e metas do Governo. 
- Vigência - 04 anos. 
2. LEI DE DIRETRIZES ORCAMENTÁRIAS – LDO: 165II§2º, 169§1º II 
Instrumento de planejamento de curto prazo. Deverá ser 
elaborada em harmonia com o PPA e orientará a elaboração da 
LOA. Estabelecerá as metas e prioridades da Adm., incluindo as 
despesas de capital, para o exercício subsequente. 
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA: 165, III, §§ 5º, 6º e 8º. 
Deverá estar compatível com o PPA e com a LDO. 
Compreende 3 suborçamentos: 
 Orçamento Fiscal (OF) de toda a Adm. Pública Direta e 
Indireta (todos os Poderes, Ministério Público, Tribunal de 
Contas, Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas) englobando 
a despesa e a receita de toda a Adm. Pública para um 
exercício financeiro; 
 Orçamento de Investimentos (OI) das empresas em que o 
Poder Público, direta ou indiretamente, detenha maioria do 
capital social com direito a voto (empresas públicas e 
sociedades de economia mista); 
 Orçamento da Seguridade Social (OSS). Saúde, previdência e 
assistência social. Abrangerá todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da Adm. Direta ou Indireta, bem como os 
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder 
Público. 
4. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LC 101/2000: Estabelece 
normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na 
gestão fiscal. 
 
ESSÊNCIA DA LRF (finalidades): Responsabilidade na Gestão 
Fiscal, Planejamento, Observância das leis orçamentárias, 
Equilíbrio entre Receitas e Despesas, Transparência, Limites de 
gasto com pessoal, Limites de endividamento público, Mecanismo 
de prevenção, controle, responsabilização. 
 
FISCALIZAÇÃO E CONTROLE INTERNO E EXTERNO DOS 
ORÇAMENTOS: 
Controle: Conjunto de atos pelos quais verifica-se o cumprimento 
dos dispositivos consignados na Lei do Orçamento, na Lei de 
Responsabilidade Fiscal e na Constituição. 
Quem realiza o controle: 
Para a Lei 4320/64: o Executivo (controle interno) e Legislativo 
(controle externo). 
Para a CF: o Congresso Nacional, mediante controle externo, e 
pelo sistema de controle interno de cada Poder. Art.70 
 
Controle Interno: dentro de cada poder. Exercido pela própria 
administração. 
Controle Externo: 
Na União, pelo Congresso Nacional; 
Nos Estados, pela Assembléia Legislativa, 
No DF, pela Câmara Legislativa; 
Nos Municípios, pelas Câmaras de Vereadores. 
Obs: todas as casas são auxiliadas pelos Tribunais de Contas. 
→O Art. 78 da Lei 4.320/64 determina que haverá prestação e 
tomada de contas anual, podendo ser exigida a qualquer tempo. 
Prestação de Contas: a pessoa responsável pelos valores públicos 
apresenta fatos ocorridos na sua gestão. Iniciativa de quem está 
submetido ao controle. Anual ou extraordinária. 
Tomada de Contas: o órgão responsável verifica os atos de gestão 
do patrimônio público, examinado os procedimentos e a 
contabilidade do órgão. Iniciativa de quem realiza o controle 
Anual ou extraordinária. 
 
4. C R É D I T O P Ú B L I C O 
Um dos meios pelos quais o Estado utiliza para obtenção de 
recursos a fim de cobrir despesas de sua responsabilidade. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS EMPRÉSTIMOS: 
Voluntário: obtido sem coação. O Estado recorre ao mercado 
financeiro com a promessa de reembolso do capital e pagamento 
de juros. 
Compulsório/Forçado: as pessoas são obrigadas emprestar 
dinheiro ao Estado sob a promessa de reembolso. (148 CF) 
Interno: aquele que o Estado obtém em seu espaço territorial. 
Regido por normas de Dto Público Internas. 
Externo: contraído junto a instituições estrangeiras públicas ou 
privadas. Regido pelas normas de Direito Público Internacional. 
 
DÍVIDA PÚBLICA 
Conjunto de compromissos assumidos pelo Estado com terceiros, 
nacionais/estrangeiros. Compreende os juros, correção e a 
amortização do capital devido pelo Estado. É consequência natural 
dos empréstimos. 
Dívida Pública Flutuante: relativa a obrigações de curto prazo, as 
quais deverão ser cumpridas dentro do exercício financeiro. 
Dívida Pública Fundada/Consolidada (29 LRF): compreende as 
obrigações assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou 
tratados e da realização de operações de crédito, para 
amortização em prazo superior a 1 ano. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
Ramo do Direito Público que regula as relações relativas à 
instituição e exigência de tributos e obrigações a eles 
relacionadas, assegurando ao Estado a obtenção de recursos 
necessários à consecução de seus fins. Regula 
somente a receita pública oriunda dos TRIBUTOS. 
 
CLASSIFICAÇÕES: 
-Direito Público: supremacia do interesse público sobre o 
interesse privado e a indisponibilidade do interesse público. 
-Direito pessoal: Direito obrigacional. Credor e devedor. 
- Obrigação de dar: “dar dinheiro”. Obrigações principais.- Obrigações de fazer e não fazer: entrega de declarações, a 
emissão de notas fiscais, a escrituração de livros contábeis, a 
abstenção de não embaraçar o trabalho da fiscalização, etc. 
Obrigações acessórias (obrigações instrumentais). 
- O vínculo obrigacional é sempre a lei. 
 
TRIBUTO 
Toda prestação pecuniária (dinheiro) compulsória, em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 3º do CTN 
CLASSIFICAÇÕES: 
Vinculados: O pagamento do tributo é devido a existência de uma 
atividade estatal específica direcionada ao contribuinte. Ex: taxas. 
Não-vinculados: o fato gerador não é nenhuma atividade 
específica do Estado direcionada ao contribuinte. Ex: IPVA. 
 
De arrecadação vinculada: a receita de arrecadação está 
previamente destinada a órgão/fundo/despesa. Ex: empréstimo 
compulsório. 
De arrecadação não-vinculada: não há determinação prévia de 
vinculação do produto da arrecadação com a destinação deste. Ex: 
Impostos. 
 
De natureza fiscal: têm por finalidade preponderante arrecadar 
dinheiro para o Estado. Ex: IR, IPTU, etc. 
De natureza extrafiscal: têm por finalidade preponderante 
intervir numa situação social/econômica. Ex: impostos de 
importação e de exportação. 
 
Diretos: o contribuinte eleito pela lei tributária é aquele que 
efetivamente suporta o ônus financeiro do tributo. Ex: IPVA, IR... 
Indiretos: o contribuinte eleito pela lei tributária é o que tem a 
obrigação de efetuar o pagamento do tributo. Porém, não é ele 
quem, efetivamente, suporta o ônus tributário. Ex: A venda de um 
veículo pela concessionária a uma pessoa física. No caso, a 
concessionária tem a obrigação de pagar IPI e ICMS e faz o 
recolhimento. Contudo, quem suporta o ônus tributário é o 
adquirente haja vista que os tributos são inclusos (repassados) no 
valor pago pelo veículo. 
 
Reais: em sua incidência, não levam em consideração aspectos 
pessoais, subjetivos. Eles incidem objetivamente sobre coisas. Ex: 
“A” e “B” possuem veículos idênticos: pagarão o mesmo IPVA. 
Pessoais: incidem de forma subjetiva, considerando os aspectos 
pessoais do contribuinte. Ex: IR. 
 
De competência privativa: a CF defere a determinado ente 
político, competência para sua instituição. Ex: impostos federais. 
De competência comum: a instituição é deferida pela CF 
indiscriminadamente a todos os entes políticos. Ex: taxas. 
De competência residual: a União teria o poder de instituir, desde 
que diferentes de todos aqueles discriminados na CF, com fato 
gerador novo e nova base de cálculo, devendo tais exações serem 
criadas por lei complementar, respeitando-se o princípio da não 
cumulatividade. Ex: impostos residuais. 
De competência extraordinária: a União poderá instituir 
extraordinariamente em caso de guerra externa ou sua iminência 
imposto para custear tais despesas. Ex: Imposto Extraord. de 
Guerra. 154, II 
De competência cumulativa: conferida à União para instituir 
cumulativamente os impostos federais, estaduais e municipais e, 
ao DF, os impostos estaduais e municipais, por conta daquele não 
ser dividido em municípios. 147 
Atenção!!! 
A competência tributária é indelegável! Princípio da 
Indelegabilidade (Art 7º do CTN). A Competência tributária 
compreende: Legislar (competência para instituir); Fiscalizar; 
Arrecadar. Acontece que as funções de fiscalizar e arrecadar 
podem ser delegadas. É a chamada CAPACIDADE TRIBUTÁRIA 
ATIVA. Tal delegação só pode ser feita para outra pessoa jurídica 
de Direito público, em regra. Nesta delegação, pode haver 
determinação legal para que os recursos arrecadados sejam da 
entidade delegatária, para sustentação de finalidades 
institucionais. Tal fenômeno chama-se PARAFISCALIDADE. Ex: 
Contribuições Sociais Gerais dos Serviços Sociais Autônomos (SESI, 
SESC, SENAI, SENAC etc.) são pessoas jurídicas de direito privado, 
não integrantes da Adm. pública, que realizam atividades de 
interesse público e, por isso, legitimam-se a serem destinatários 
do produto da arrecadação de contribuições (240 CF). 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: 
A. IMPOSTOS 
B. TAXAS 
C. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
D. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
E. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
 
A. IMPOSTOS (145 I CF/ 16 CTN) 
Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
- São tributos não vinculados. Obs: A vinculação de receita de 
impostos a órgão, fundo ou despesa é proibida pela CF (167, IV). 
- Suas receitas prestam-se ao financiamento das atividades gerais 
do Estado, serve para o custeio das despesas públicas gerais ou 
universais e indivisíveis. 
 
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR IMPOSTOS: 
Cada ente federado da seguinte forma: 
União: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF (153) “Novos 
Impostos” e IEG (154) 
Estados/DF: ITCMD, ICMS e IPVA (155) 
Municípios/DF: IPTU, ITBI e ISS (156) 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL: 
A princípio, a listagem é exaustiva (numerus clausus), entretanto, 
a União pode instituir, mediante Lei Complementar, “novos 
impostos”, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados na 
Constituição Federal (154, I). É chamada competência tributária 
residual, que também existe para a criação de novas fontes 
destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade 
social (195, §4°). Em ambos os casos, a instituição depende de Lei 
Complementar, o que impossibilita a utilização de medidas 
provisórias. (62, §1°, III CF). 
 
IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS: 
Além da competência residual, a União detém a competência para 
criar, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária (art. 154, II). 
 
B. TAXAS (145 II CF/77 CTN) 
É tributo vinculado a uma atividade estatal específica. Tributo 
bilateral, contraprestacional/retributivo. Só podem ter como 
sujeitos ativos as pessoas jurídicas de direito PÚBLICO. 
 
COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXAS: 
É de quem efetua a ação ensejadora da taxa. União, Estados, o DF 
e Municípios. 
 
FATOS GERADORES DAS TAXAS: 
1. EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA, que gerará a: 
Taxa de Polícia: Tributo instituído pelo efetivo exercício do Poder 
de Polícia, que é o poder que o estado tem para limitar direitos 
individuais em prol do interesse da coletividade. 78 CTN 
 
2. UTILIZAÇÃO/DISPOSIÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO, que gerará: 
Taxa de Serviço: 
Tributo instituído somente mediante a disponibilização de 
serviços públicos divisíveis e específicos, utilizados efetiva ou 
potencialmente pelo contribuinte. 
Divisíveis: podem ser utilizados por cada indivíduo separadamente 
Específicos: são específicos do Estado e diretamente relacionados 
ao contribuinte. 
Efetivamente: realmente utilizados. Ex: taxa pela expedição de 
uma certidão pelo Estado para o contribuinte. 
Potencialmente: serviço de prestação obrigatória, colocado à 
disposição pelo Estado, porém não necessariamente utilizado pelo 
contribuinte. Serviço de utilização compulsória. Ex: taxa de esgoto. 
Ainda que o contribuinte esteja viajando e por isso, não produza 
esgoto, terá que pagar a taxa. 
Por óbvio, não há, por exemplo, como cobrar determinada taxa 
em locais onde o serviço não é disponibilizado. 
 
→ Assim, tanto é ilegítima a criação de uma “taxa de serviços 
gerais” (por faltar especificidade) como a instituição de uma taxa 
de iluminação pública (por faltar divisibilidade). 
 
DIFERENÇA ENTRE SERVIÇOS PÚBLICOS ‘GERAIS’ E ‘ESPECÍFICOS’ 
GERAIS: 
- Custeados através de IMPOSTOS. 
- Abrange indistintamente toda a população, sem destinatários 
identificáveis. Ex: a segurança pública. 
ESPECÍFICOS: 
- Custeados através de TAXAS. 
- Beneficiários do serviço prestado são identificáveis. 
- Utilizaçãoindividual e mensurável. 
SE LIGA! Duas taxas são muito confundidas! 
A taxa de coleta domiciliar de lixo foi considerada 
CONSTITUCIONAL (Súm. Vin 19). 
Já a taxa de limpeza dos logradouros públicos é 
INCONSTITUCIONAL, pois o serviço, beneficia toda a população. 
Seus usuários são indetermináveis e sua utilização não é 
mensurável. 
 
C. CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
Tributo vinculado a uma atuação estatal específica, qual seja, a 
realização de uma obra pública que tenha como consequência 
uma real valorização do imóvel do contribuinte. 
Tributo contraprestacional: Serve para ressarcir o Estado dos 
valores (ou parte deles) gastos com a realização da obra. 
FATO GERADOR: 
Valorização imobiliária. E NÃO a realização da obra. 
Limite total: O Estado não pode cobrar a título de contribuição de 
melhoria mais do que gastou com a obra. 
Limite individual: o limite da cobrança ao contribuinte 
individualmente é o acréscimo de valor que da obra resultar para 
cada imóvel beneficiado. 
 
D. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS (149 CF) 
COMPETÊNCIA: exclusiva da União. 
Exceção: Estados/DF/Municípios para instituição de contribuição, 
cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, 
do regime previdenciário (40 CF), cuja alíquota não será inferior à 
da contribuição dos servidores efetivos da União. 
O parágrafo faz menção ao Regime Próprio de Previdência Social 
(RPPS) dos Estados/DF/Municípios, que nada tem a ver com o 
Regime Geral da Previdência Social (RGPS). 
 
LEI INSTITUIDORA: Lei ordinária. 
Exceção: Lei complementar: para as novas contribuições de 
seguridade social que incidam sobre base econômica diferente 
das discriminadas nos incisos I a IV do art. 195 da Constituição 
Federal, cuja instituição está prevista no “§4°” desse mesmo 
artigo, que por sua vez, faz remissão ao art. 154, I. 
 
ESPÉCIES: 
1. Contribuições Sociais: 
a) Seguridade Social 
b) Outras Contribuições Sociais 
c) Contribuições Sociais Gerais 
2. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) 
 
3. Contribuições de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas (Contribuições Corporativas) 
 
Obs: Contribuição de Iluminação Pública (CIP): tem características 
semelhantes às contribuições especiais. Contudo, é de 
competência dos Municípios e DF. Há jurisprudência no sentido de 
que, mesmo em locais onde não tenha o serviço de iluminação 
pública a contribuição pode ser cobrada, uma vez que esta, 
naturalmente e inevitavelmente é usufruída em algum momento, 
em algum outro local. 
 
1 - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
A) CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL (194CF): 
Custeiam os serviços de saúde, previdência e assistência social. 
Fontes de custeio: 
- Empregador/Empresa: Folha de salários, Receita (COFINS e 
PIS/PASEP) e Lucro (CSLL). 
- Empregado: Contribuição previdenciária do trabalhador: RGPS 
- Receitas de concursos de prognósticos: Receitas de loterias. 
- Importador/de quem a lei a ele equiparar: Importador de bens 
ou serviços (COFINS-IMPORTAÇÃO e PIS/PASEP-IMPORTAÇÃO). 
 
B) OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (195 §4° e 154 I CF) 
Novas contribuições sociais que porventura podem ser instituídas 
mediante lei complementar em razão do exercício de 
competência residual da União. 
 
C) CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS (212, §5º CF) 
Destinadas a outras atuações da União na área social como o 
salário-educação e as contribuições para os Serviços Sociais 
Autônomos (240 CF). 
Serviços Sociais Autônomos (SESI, SESC, SENAI, SENAC etc.): 
pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da 
administração pública, mas que, por realizarem atividades de 
interesse público, são destinatários do produto da arrecadação de 
contribuições. 
 
2. CONTRIB. DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE) 
Tributo cuja finalidade é intervir numa situação social/econômica. 
A intervenção se apresenta na forma de um “reforço 
orçamentário” para atividade que se deseja incentivar. 
Tributos extrafiscais de competência exclusiva da União por lei 
ordinária ou medida provisória. 
Ex1: Lei 10.618/2000 - Programa de Estímulo à Interação 
Universidade-Empresa para apoio à Inovação, “cujo objetivo é 
estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro” (art 1°). Para 
financiar o Programa a própria lei instituiu a CIDE-royalties (Art 2°) 
Ex2: CIDE-combustível: única com fatos geradores delineados na 
própria CF. 177, §4° CF. 
Obs: A União tem autonomia relativamente grande para instituir 
as CIDE`s, haja vista que a CF não explicitou quais as bases 
econômicas sobre as quais o tributo pode incidir. 
 
3. CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS 
PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS 
(CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS) 
Contribuições criadas pela União para financiar atividades de 
interesses de instituições representativas ou fiscalizatórias de 
categorias profissionais ou econômicas. 
Exs: 
1. “Contribuição sindical” 
2. “Contribuição destinada ao custeio das entidades de 
fiscalização do exercício de profissões 
regulamentadas”. 
1. 
Atenção: Contrib. Confederativa X Contrib. Sindical 
Confederativa: não é tributo. Fixada pela assembléia geral da 
categoria, não por lei. Não é compulsória, sendo devida apenas 
pelos filiados à organização. 
Sindical: é tributo. Instituída por lei. Compulsória para todos 
aqueles que pertençam a uma determinada categoria econômica 
ou profissional, sendo devida por filiados ou não à organização 
sindical (CLT, arts. 579 e 591). 
 
2. Contribuições para o custeio das entidades de fiscalização do 
exercício de profissões regulamentadas: 
A CF/88 declara livre o exercício de qualquer profissão, mas prevê 
a possibilidade de a lei estabelecer as qualificações profissionais 
necessárias para o exercício de tal direito. 
Com isso, foram criadas instituições que fiscalizam o exercício de 
determinadas profissões, além de representarem, coletiva ou 
individualmente, os interesses destes. 
A lei reputa essas atividades como de interesse público, o que 
legitima a possibilidade do Estado instituir tributos cujo produto 
da arrecadação seja destinado a tais instituições. Ex: CREA, CRC, 
CRM, CRECI, OAB etc). Tirando a OAB, os outros Conselhos de 
Classe, estes são considerados “Autarquias” (ADIN 1717). 
 
E. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 148 CF 
Empréstimos forçados, porém restituíveis. Diante do “fato 
gerador”, surge a obrigação de emprestar dinheiro ao Estado. 
Trata-se de um tributo federal. 
 
COMPETÊNCIA: exclusiva da União mediante de lei complementar 
(reserva legal). 
 
FATOS GERADORES: 
I. Para atender a despesas extraordinárias (calamidade, guerra). 
II. No caso de investimento público urgente e relevante. 
Obs: §único: O Empréstimo será vinculado à despesa que o 
fundamentou. Logo, trata-se de tributo vinculado, não se 
admitindo desvio de finalidade. 
→Se liga! Medidas Provisórias não podem criar empréstimos 
compulsórios (art. 62, §1º, III, da CF/88). 
 
RESTITUIÇÃO: 
A lei instituidora do empréstimo fixará o prazo e as condições de 
resgate. Além disso, o STF entende que a restituição deve ser 
efetuado na mesma espécie em que foi recolhido. Como tributos 
são pagos em dinheiro, a restituição deve ser feita também em 
dinheiro. 15 CTN §ú 
 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 145 a 162 CF 
 
1) PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS: 
a) Princípio da Legalidade: é vedado à União, Estados, DF e 
Municípios exigir/aumentar tributo sem lei que o estabeleça. 
Exceções: 
•Decreto pode alterar alíquota de II; IE; IPI; IOF. 
•O Executivo pode reduzir e restabelecer as alíquotas da CIDE-
combustíveis. 
Obs: Isenções/incentivos/benefícios fiscais de ICMS: deve ser 
precedida de deliberação conjunta dos Estados e DF (Convênio). 
Atenção! 
Regra: Lei para instituir tributo = LEI ORDINÁRIA 
Exceções: Tributos federais* = LEI COMPLEMENTAR 
*IGF, empréstimos compulsórios, impostos residuais da União, 
contribuiçõesprevidenciárias residuais ou novas, ISS. 
 
b) Princípio da Isonomia: Os iguais devem ser tratados de forma 
igual (ex: contribuintes com os mesmos rendimentos devem pagar 
o mesmo valor de imposto de renda) e os diferentes de forma 
diferente, à medida da sua diferença (ex: pessoa física com 
rendimento de R$500,00 está isenta de IR, enquanto que outra 
com rendimento de R$5.000,00 pagará IR de 27,5%. 
c) Princípio da Capacidade Contributiva: O parâmetro de 
desigualdade entre os indivíduos é sua capacidade contributiva. 
Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal. Contudo, 
há impostos cujo o fato gerador pode ser apenas a propriedade de 
um bem (Ex: IPVA) ignorando a situação pessoal do contribuinte. E 
ainda: “quanto mais se ganha, mais se paga”. PROGRESSIVIDADE: 
Variando a base de cálculo, varia também a alíquota. (É diferente 
de PROPORCIONALIDADE: variando a base de cálculo, a alíquota 
permanece). 
d) Princípio da Interpretação Objetiva do Fato Gerador ou da 
Cláusula Non Olet (“tributo não tem cheiro): Quem realiza o fato 
gerador deve, em princípio, pagar tributo. Não se avaliam a 
nulidade/anulabilidade do ato, incapacidade civil do sujeito 
passivo ou ilicitude do ato praticado. O que importa é se o fato 
gerador ocorreu. 
e) Princípio da Irretroatividade: a lei deve abranger fatos 
geradores posteriores à sua edição. A lei também aplica-se aos 
fatos geradores “pendentes” (que iniciaram antes da lei e vão 
terminar na vigência da lei). Há exceções. 
f) Princípio da Anterioridade: é vedado à União, Estados, DF e 
Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Há 
exceções. 
g) Princípio da Vedação ao Confisco: é vedado à União, Estados, 
DF e Municípios utilizar tributo com efeito de confisco (tributação 
excessiva). Contudo, esta limitação é casuística. Não há 
parâmetros delimitadores. 
h) Princípio da Liberdade de Tráfego: é vedado à União, Estados, 
DF e Municípios estabelecer limitações ao tráfego de 
pessoas/bens,por meio de tributos interestaduais/intermunicipais, 
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público. 
i) Princípio da Uniformidade Geográfica: É vedado à União 
instituir tributo que não seja uniforme em todo o território 
nacional ou que implique distinção/preferência em relação a 
Estado/DF/Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio 
do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões 
do País. 
J) Princípio da não Discriminação pela procedência ou destino: é 
vedado à União, Estados, DF e Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão 
de sua procedência ou destino. Ex: o IPVA não pode ter alíquotas 
diferentes para veículo nacional ou importado. 
l) Princípio da Não-cumulatividade: aplicação restrita ao ICMS e 
IPI. A incidência do tributo ocorrerá em cada fase mercantil. Mas, 
para evitar a “tributação em cascata”, três impostos serão 
cobrados “compensando-se”, em cada operação relativa a 
circulação de mercadorias, o valor pago na anterior. 
m) Princípio da Seletividade: aplicável somente ao IPI e ICMS. Faz-
se uma “seleção” com base na essencialidade do produto ou do 
serviço. Quanto mais importante for o produto/serviço, menor 
deverá ser sua tributação e, quanto mais supérfluo for, maior será 
sua tributação. 
 
2. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR (IMUNIDADES): 
A) Imunidades (150, VI, CF): 
•Imunidade Tributária: é uma limitação material e substantiva ao 
poder de tributar por dispensa constitucional. Os Entes da Adm 
Pública Direta são proibidos de instituir IMPOSTOS sobre: 
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) Templo de qualquer culto; 
c) Patrimônio/renda/serviços dos partidos políticos/suas 
fundações/sindicatos/instituições de educação e assistência social 
sem fins lucrativos; 
d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão; 
e) Fonogramas e videofonogramas musicais ou literomusicais de 
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas 
brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais 
que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. 
•Não incidência: quando o fato não corresponde à hipótese de 
incidência. 
•Isenção: é a dispensa do tributo por força de lei (norma aditiva, 
que modifica a norma básica, fazendo com que um tributo, em 
regra devido, não o seja, devido a certas circunstâncias). 
B) Outras Limitações (151 e 152 CF): 
151: É vedado à União: 
I - instituir tributo não uniforme nacionalmente ou que implique 
distinção em relação a Estado/DF/Município, em detrimento de 
outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a 
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre 
as diferentes regiões do País; 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos 
Estados/DF/Municípios, bem como a remuneração e os proventos 
dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que 
fixar para suas obrigações e para seus agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência dos 
Estados/DF/Municípios. 
152: É vedado aos Estados/DF/Municípios estabelecer diferença 
tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão 
de sua procedência ou destino. 
 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
Direta: o ente beneficiado pela repartição recebe-a diretamente, 
sem intermediário e sem que esta receita faça parte de qualquer 
fundo constitucional. Ex: Quando a CF atribui aos municípios 
metade do IPVA arrecadado pelos Estados, em virtude dos 
veículos automotores licenciados em seus territórios. 
Indireta: os recursos a serem repartidos são destinados a um 
fundo de participação, cujas receitas são divididas entre os 
beneficiários, seguindo critérios legais e constitucionais. Ex: Fundo 
de Participação dos Municípios. O repasse é feito após a 
destinação dos recursos (48% do IR e IPI) ao citado fundo! 
 
Verificar tema: Transferências diretas de receitas da União para 
Estados, DF e Municípios na apostila da Aula 06. 
 
“Porque para Deus nada é impossível.” 
Lucas 1:37

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