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Ética no serviço público

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Ética no Serviço Público 
Professora Ana Maria 
anamelo.rh@hotmail.com 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
DECRETO N° 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o 
disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 
da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, 
DECRETA: 
 
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. 
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências 
necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. 
 
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da 
República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. 
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República. 
ITAMAR FRANCO 
Romildo Canhim 
 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal 
 
CAPÍTULO I 
Seção I 
Das Regras Deontológicas 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor 
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, 
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. 
 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal 
e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o 
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim 
é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo. 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por 
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua 
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência em fator de legalidade. 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-
estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. 
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a 
serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo 
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a 
negar. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria 
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do 
erro, da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal 
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer 
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento 
e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e 
seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a 
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou 
ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. 
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, 
assim, evitando a conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e 
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase 
sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de 
todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da 
Nação. 
 
Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações 
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que 
exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas 
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do 
serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e 
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que 
se funda o Poder Estatal; 
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, 
benesses ou vantagens indevidas em decorrênciade ações morais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; 
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em 
todo o sistema; 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências 
cabíveis; 
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; 
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização 
do bem comum; 
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; 
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, 
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. 
s) facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito; 
t) exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos 
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que 
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; 
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral 
cumprimento. 
 
Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para 
outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua 
profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou 
material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou 
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro 
servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou 
de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
CAPÍTULO II 
Das Comissões de Ética 
 
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer 
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de 
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe 
conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. 
(Revogado pelo DECRETO Nº 6.029 / 1º.02.2007) - XVII -- Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e 
respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a 
princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o 
servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem recomendáveis para atender 
ou resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados 
administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente constituídas. 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os 
registros sobre sua conduta Ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da 
carreira do servidor público. 
(Revogado pelo DECRETO Nº 6.029 / 1º.02.2007) - XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a 
apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito sumário, 
ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso 
ao respectivo Ministro de Estado. 
(Revogado pelo DECRETO Nº 6.029 / 1º.02.2007) - XX - Dada à eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, 
poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo Disciplinar 
do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se for o caso, à entidade em que, por exercício profissional, o servidor público 
esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará 
comprometimento ético da própria Comissão, cabendo à Comissão de Ética do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento 
e providências. 
 (Revogado pelo DECRETO Nº 6.029 / 1º.02.2007) - XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato 
submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, 
divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às demais Comissões de Ética, criadas com o fito de formação da consciência 
ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração 
Federal da Presidência da República. 
 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo 
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
(Revogado pelo DECRETO Nº 6.029 / 1º.02.2007) - XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento 
da falta de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste Código, cabendo-lhe 
recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões; 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato 
ou de qualquer atojurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, 
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
(Revogado pelo DECRETO Nº 6.029 / 1º.02.2007) - XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão 
houver de tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, um 
compromisso solene de acatamento e observância das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princípios éticos e 
morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes. 
Empresas paraestatais – ex: SESI, SENAI, SENAC, CRM, etc 
Empresas públicas – ex: CEF, Correios, etc. 
Sociedade de Economia Mista: ex:Banco do Brasil, Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Nordeste,etc. 
 
RESUMÃO DO DECRETO 6.029, 01/02/2007 
 
O Presidente da República DECRETA: 
Fica instituído o SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL. 
 
 COMPETÊNCIAS GERAIS: 
 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; 
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso à informação como instrumentos 
fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; 
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos 
à ética pública; 
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e incremento ao desempenho institucional na gestão 
da ética pública do Estado brasileiro. 
 
INTEGRAM O SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
 
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto S/N de 26 de maio de 1999; 
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto n
o
 1.171, de 22 de junho de 1994; e 
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder Executivo Federal. 
 
MEMBROS 
CEP – COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA COMISSÕES DE ÉTICA 
07 MEMBROS (03) TRÊS MEMBROS TITULARES E (03) TRÊS SUPLENTES, 
BRASILEIROS ESCOLHIDOS ENTRE OS SERVIDORES E EMPREGADOS 
DO SEU QUADRO PERMANTE. 
IDONEIDADE MORAL, REPUTAÇÃO ILIBADA, NOTÓRIA 
EXPERIÊNCIA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DESIGNADOS PELO DIRIGENTE MÁXIMO DA 
RESPECTIVA ENTIDADE OU ÓRGÃO. 
DESIGNADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA MANDATOS NÃO COINCIDENTES DE TRÊS ANOS. 
MANDATOS DE 3 ANOS 
NÃO COINCIDENTES 
PERMITIDA UMA ÚNICA RECONDUÇÃO 
SEM REMUNERAÇÃO 
OS TRABALHOS REALIZADOS PELOS MEMBROS SÃO 
CONSIDERADOS DE RELEVANTE PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇO PÚBLICO 
 
O PRESIDENTE TEM O VOTO DE QUALIDADE NAS 
DELIBERAÇÕES DA COMISSÃO 
 
 
COMPETÊNCIAS 
 
CEP – COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA COMISSÕES DE ÉTICA 
I - instância consultiva do Presidente da República e dos 
Ministros de Estado, em matéria de ética pública; 
II - administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal; 
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre normas do Código de 
Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal de 
que trata o Decreto nº 1.171, de 1994; 
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da 
No art. 7º, ao dispor sobre as competências das Comissões de Ética, 
ampliou-as em relação ao consignado no item XVI (Capítulo II, 
das Comissões de Ética), como pode ser conferido abaixo: 
- ―Compete às Comissões de Ética de que trata o Decreto nº 
1.171, de 1994: 
 
 I – atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no 
âmbito de seu respectivo órgão ou entidade; 
 II – aplicar o Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, devendo: 
 
Ética Pública do Poder Executivo Federal. 
IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da 
Ética Pública do Poder Executivo Federal; 
 
V - aprovar o seu regimento interno; e 
 
VI - escolher o seu Presidente. 
 
 
 - submeter à Comissão de Ética Pública propostas para o 
seu aperfeiçoamento; 
 - dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas 
normas e deliberar sobre casos omissos; 
 - apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em 
desacordo com as normas éticas pertinentes; 
 - recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão 
ou entidade a que estiver vinculadas, o desenvolvimento de ações 
objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as 
normas de ética e disciplina; 
 
III- representar à respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética 
do Poder Executivo Federal (cujo objetivo é promover a 
cooperação técnica e a avaliação em gestão de ética – art. 9º, 
caput); 
 
IV- supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e comunicar à CEP situações que possam 
configurar descumprimento de suas normas.‖ (art. 7º) 
 
 
REUNIÕES DA REDE DE ÉTICA DO PODER EXECUTIVO FEDERAL 
Art. 9
o
 Fica constituída a Rede de Ética do Poder Executivo Federal, integrada pelos representantes das Comissões de Ética de 
que tratam os incisos I, II e III do art. 2
o
, com o objetivo de promover a cooperação técnica e a avaliação em gestão da ética. 
Parágrafo único. Os integrantes da Rede de Ética se reunirão sob a coordenação da Comissão de Ética Pública, pelo menos uma 
vez por ano, em fórum específico, para avaliar o programa e as ações para a promoção da ética na administração pública. 
PRINCÍPIOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS PELAS COMISSÕES DE ÉTICA 
No art. 10, define os que os trabalhos das Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com celeridade e ―observância dos seguintes 
princípios: 
 I – proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; 
 II - proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar: e 
 III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto.” 
QUEM PODE REQUERER A ATUAÇÃO DAS COMISSÕES DE ÉTICA 
No art. 11, dispõe sobre a legitimidade das partes que queiram requerer a atuação das Comissões de Ética, cujas regras, objeto do 
item XVII do Decreto nº 1.171, de 1994, foram revogadas, nos termos seguintes: 
- “Art. 11 Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar 
a atuação da CEP ou de Comissão de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou setor 
específico de ente estatal” 
 
APOIO AS COMISSÕES DE ÉTICA 
 
CEP – COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA COMISSÕES DE ÉTICA 
Parágrafo único: 
A CEP contará com uma Secretaria-Executiva, vinculada à Casa Civil 
da Presidência da República, à qual competirá prestar o apoio técnico e 
administrativo aos trabalhos da Comissão. 
 
§ 1
o
 Cada Comissão de Ética contará com uma Secretaria-
Executiva, vinculada administrativamente à instância máxima da 
entidade ou órgão, para cumprir plano de trabalho por ela 
aprovado e prover o apoio técnico e material necessário. 
§ 2
o
 As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serão 
chefiadas por servidor ou empregado do quadro permanente da 
entidade ou órgão, ocupante de cargo de direção compatível com 
sua estrutura, alocado sem aumento de despesas. 
 
QUEM É O AGENTE PÚBLICO 
Embora o item XXIV (do Capítulo II, das Comissões de Ética) 
tenha sido preservado, o Decreto nº 6.029, de 2007, 
estabeleceu, em paridade ao conceito de servidor público, o 
conceito deagente público: 
Decreto nº 1.171, de 1994: 
 - ―Para fins de apuração do comprometimento ético, 
entende-se por servidor público todo aquele que, por força de 
lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária e excepcional, ainda que sem 
retribuição financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em 
qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado‖. 
Decreto nº 6.029, de 2007: 
 
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de 
direito privado, associação ou entidade de classe poderá 
provocar a atuação da CEP ou de Comissão de Ética, visando 
à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão 
ou setor específico de ente estatal. 
Parágrafo único. Entende-se por AGENTE PÚBLICO, para 
os fins deste Decreto, todo aquele que, por força de lei, 
contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza 
permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda que 
sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da 
administração pública federal, direta e indireta. 
 
TRATAMENTO DAS DENÚNCIAS E GARANTIAS DO 
CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA 
 
No art. 12, estabelece novo rito para apuração de prática de 
conduta conflitante com o Código de Ética, revogados e 
constantes do itens XVII, XIX e XX do Decreto nº 1.171, de 
1994, nos termos seguintes: 
 
Art. 12. O processo de apuração de prática de ato em 
desrespeito ao preceituado no Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e no Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal será 
instaurado, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada, 
respeitando-se, sempre, as garantias do contraditório e da 
ampla defesa, pela Comissão de Ética Pública ou Comissões 
de Ética de que tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme o 
caso, que notificará o investigado para manifestar-se, por 
escrito, no prazo de dez dias. 
§ 1
o
 O investigado poderá produzir prova documental 
necessária à sua defesa. 
§ 2
o
 As Comissões de Ética poderão requisitar os documentos 
que entenderem necessários à instrução probatória e, também, 
promover diligências e solicitar parecer de especialista. 
§ 3
o
 Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, 
após a manifestação referida no caput deste artigo, novos 
elementos de prova, o investigado será notificado para nova 
manifestação, no prazo de dez dias. 
§ 4
o
 Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética 
proferirão decisão conclusiva e fundamentada. 
DIREITO DO CONHECIMENTO DO TEOR DA 
ACUSAÇÃO E VISTA DOS AUTOS 
“Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é 
assegurado o direito de saber o que lhe está sendo imputado, 
de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos, no 
recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha 
sido notificada da existência do procedimento investigatório. 
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o 
de obter cópia dos autos e de certidão do seu teor.” 
PENALIDADE E DEMAIS PROVIDÊNCIAS QUE 
PODERÃO SER TOMADAS PELA COMISSÃO DE 
ÉTICA 
 
ÚNICA PENALIDADE APLICADA PELAS 
COMISSÕES DE ÉTICA: CENSURA 
 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS QUE PODERÃO SER 
TOMADAS CASO A CONCLUSÃO FOR PELA 
EXISTÊNCIA DE FALTA ÉTICA: 
 
§ 5
o
 Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das 
providências previstas no Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e no Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as 
Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no que 
couber: 
I - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou 
função de confiança à autoridade hierarquicamente superior ou 
devolução ao órgão de origem, conforme o caso; 
II - encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-
Geral da União ou unidade específica do Sistema de Correição 
do Poder Executivo Federal para exame de eventuais 
transgressões disciplinares; e 
III - recomendação de abertura de procedimento 
administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir. 
Art. 17. As Comissões de Ética, sempre que constatarem a 
possível ocorrência de ilícitos penais, civis, de improbidade 
administrativa ou de infração disciplinar, encaminhará cópia 
dos autos às autoridades competentes para apuração de tais 
fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência. 
 
 
DIVULGAÇÃO DAS DECISÕES DAS COMISSÕES DE 
ÉTICA 
 
Art. 13. Será mantido com a chancela de ―reservado‖, até que 
esteja concluído, qualquer procedimento instaurado para 
apuração de prática em desrespeito às normas éticas. 
§ 1
o
 Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou 
da Comissão de Ética do órgão ou entidade, os autos do 
procedimento deixarão de ser reservados. 
§ 2
o
 Na hipótese de os autos estarem instruídos com 
documento acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de 
documento somente será permitido a quem detiver igual 
direito perante o órgão ou entidade originariamente 
encarregado da sua guarda. 
 
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de 
qualquer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela 
levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos 
nomes dos investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, 
bem como remetidas à Comissão de Ética Pública. 
 
OMISSÕES NO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL 
 
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de 
proferir decisão sobre matéria de sua competência alegando 
omissão do Código de Conduta da Alta Administração 
Federal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal ou do Código de Ética do 
órgão ou entidade, que, se existente, será suprida pela analogia 
e invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. 
§ 1
o
 Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de 
Ética competente deverá ouvir previamente a área jurídica do 
órgão ou entidade. 
§ 2
o
 Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos 
éticos que lhe forem dirigidas pelas demais Comissões de 
Ética e pelos órgãos e entidades que integram o Executivo 
Federal, bem como pelos cidadãos e servidores que venham a 
ser indicados para ocupar cargo ou função abrangida pelo 
Código de Conduta da Alta Administração Federal. 
PRIORIDADE DOS TRABALHOS DAS COMISSÕES 
DE ÉTICA 
“Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam 
os incisos II (que é a Comissão de Ética prevista no Decreto 
nº 1.171, de 1994) e III do art. 2º são considerados 
relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos 
cargos dos seus membros, quando estes não atuarem com 
exclusividade na Comissão.” 
 “Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal darão tratamento prioritário às solicitações de 
documentos necessários à instrução dos procedimentos de 
investigação instaurado pelas Comissões de Ética. 
§ 1º Na hipótese de haver inobservância do dever funcional 
previsto no caput, a Comissão de Ética adotará as 
providências previstas no inciso III do § 5º do art. 12. 
§ 2º As autoridades competentes não poderão alegar sigilo 
para deixar de prestar informação solicitada pelas 
Comissões de Ética.” 
QUEM APURA INFRAÇÕES DE NATUREZA ÉTICA 
COMETIDA POR MEMBRO DE COMISSÃO DE 
ÉTICA 
“Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro 
de Comissão de Ética de que tratam os incisos II e III do art.2º será apurada pela Comissão de Ética Pública.” 
 
 
 
BANCO DE DADOS 
 
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados 
de sanções aplicadas pelas Comissões de Ética de que tratam 
os incisos II e III do art. 2
o
 e de suas próprias sanções, para 
fins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração 
pública federal, em casos de nomeação para cargo em 
comissão ou de alta relevância pública. 
Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo 
engloba as sanções aplicadas a qualquer dos agentes públicos 
mencionados no parágrafo único do art. 11 deste Decreto. 
 
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA 
 
Art. 24. As normas do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal, do Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do 
Código de Ética do órgão ou entidade aplicam-se, no que 
couber, às autoridades e agentes públicos neles referidos, 
mesmo quando em gozo de licença. 
 
Professora: Ana Maria 
anamelo.rh@hotmail.com 
 História da 
Ética 
Vamos partir do princípio que a história da ética 
teve sua origem, pelo menos sob o ponto de vista 
formal, na antigüidade grega, através de Aristóteles 
(384/322 a.C.) e suas idéias sobre a ética e as 
virtudes éticas. 
Cumpre advertir, antes de tudo, que a história da 
ética como disciplina filosófica é mais limitada no 
tempo e no material tratado do que a história das 
idéias morais da humanidade. Esta última história 
compreende o estudo de todas as normas que 
regularam a conduta humana desde os tempos pré-
históricos até os nossos dias. 
Só há história da ética no âmbito da história da 
filosofia. Ainda assim, a história da ética adquire, 
por vezes, uma considerável amplitude, por quanto 
fica difícil, com freqüência, estabelecer uma 
separação rigorosa entre os sistemas morais; objeto 
próprio da ética; e o conjunto de normas e atitudes 
de caráter moral predominantes numa dada 
sociedade ou numa determinada fase história. Com 
o fim de solucionar este problema, os historiadores 
da ética limitaram seu estudo àquelas idéias de 
caráter moral que possuem uma base filosófica, ou 
seja, que, em vez de se darem simplesmente como 
supostas, são examinadas em seus fundamentos; por 
outras palavras são filosoficamente justificadas. 
Existem as doutrinas éticas, ou teorias acerca da 
moral, que estão divididas nos seguintes segmentos, 
correlacionados historicamente: ética grega, ética 
cristã medieval, ética moderna e ética 
contemporânea. 
As doutrinas éticas fundamentais nascem e se 
desenvolvem em diferentes épocas e sociedades 
como respostas aos problemas básicos apresentados 
pelas relações entre os homens e em particular pelo 
seu comportamento moral efetivo. Por isto, existe 
uma estreita vinculação entre os conceitos morais e 
a realidade humana, social, sujeita historicamente à 
mudança. Por conseguinte, as doutrinas éticas não 
podem ser consideradas isoladamente, mas dentro 
de um processo de mudança e de sucessão que 
constitui propriamente a sua história. Ética e 
história, por tanto, relacionam-se duplamente: a) 
Com a vida social e, dentro desta, com as morais 
concretas que são um dos seus aspectos; b) Com a 
sua história própria, já que cada doutrina está em 
conexão com as anteriores (tomando posição contra 
elas ou integrando alguns problemas e soluções 
precedentes), ou com as doutrinas posteriores 
(prolongando-se ou enriquecendo-se nelas). 
"A Ética é a ciência que, tendo por objeto essencial 
o estudo dos sentimentos e juízos de aprovação e 
desaprovação absoluta realizados pelo homem 
acerca da conduta e da vontade, propõe-se a 
determinar: 
a. qual é o critério segundo a conduta e a 
vontade em tal modo aprovada se 
distinguem, ou ainda, qual é a norma, 
segundo a qual se opera e deve operar a 
vontade em tal conduta, e qual o fim que na 
mesma e para essa se cumpre e se deve 
cumprir; 
b. em que relações de valor estão com 
observância daquela norma e obtenção 
daquele fim as diversas formas de conduta, 
individual ou coletiva, tais como se 
apresentam na sociedade e na época à qual 
pertencemos." - GIOVANNI VIDARI 
"Ethos ; ética, em grego ; designa a morada 
humana. O ser humano separa uma parte do mundo 
para, moldando-a ao seu jeito, construir um abrigo 
protetor e permanente. A ética, como morada 
humana, não é algo pronto e construído de uma só 
vez. O ser humano está sempre tornando habitável a 
casa que construiu para si. Ético significa, portanto, 
tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente 
para que seja uma moradia saudável: materialmente 
sustentável, psicologicamente integrada e 
espiritualmente fecunda." - LEONARDO BOFF, A 
Águia e a galinha. 
A ética é um comportamento social, ninguém é 
ético num vácuo, ou teoricamente ético. Quem vive 
numa economia a ética, sob um governo antiético e 
numa sociedade imoral acaba só podendo exercer a 
sua ética em casa, onde ela fica parecendo uma 
espécie de esquisitice. A grande questão destes 
tempos degradados é em que medida uma ética 
pessoal onde não existe ética social é um refúgio, 
uma resistência ou uma hipocrisia. Já que ninguém 
mais pode ter a pretensão de ser um exemplo moral 
sequer para o seu cachorro, quando tudo à sua volta 
é um exemplo do contrário. - Luis Fernando 
Veríssimo 
A ética deve fundar-se no bem comum no respeito 
aos direitos do cidadão e na busca de uma vida 
digna para todos. - Ferreira Gullar 
A ética está para a democracia como a poesia está 
para a vida. - Marcio Souza 
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de 
nosso meio social, por intermédio da família, da 
escola, dos amigos, dos meios de comunicação de 
massa, etc. Vamos adquirindo, aos poucos, idéias 
morais. É o aspecto social da moral se manifestando 
e, mesmo ao nascer, o homem já se defronta com 
um conjunto de regras, normas e valores aceitos em 
seu grupo social. 
A moral, porém, não se reduz apenas a seu aspecto 
social, pois a medida que desenvolvemos nossa 
reflexão crítica passamos a questionar os valores 
herdados, para então decidir se aceitamos ou não as 
normas. A decisão de acatar uma determinada 
norma é sempre fruto de uma reflexão pessoal 
consciente, que pode ser chamada de interiorização. 
É essa interiorização das normas que qualifica um 
ato como sendo moral. Por exemplo: existe uma 
norma no código de trânsito que nos proíbe de 
buzinar diante de um hospital. Podemos cumpri-la 
por razões íntimas, pela consciência de que os 
doentes sofrem com isso. Nesse caso houve a 
interiorização da norma e o ato é um ato moral. 
Mas, se apenas seguimos a norma por medo das 
punições previstas pelo código de trânsito, não 
houve o processo de interiorização e meu ato escapa 
do campo moral. 
Conforme afirmações anteriores, dizemos que a 
ética não se confunde com a moral. A moral é a 
regulação dos valores e comportamentos 
considerados legítimos por uma determinada 
sociedade, um povo, uma religião, uma certa 
tradição cultural etc. Há morais específicas, 
também, em grupos sociais mais restritos: uma 
instituição, um partido político... Há, portanto, 
muitas e diversas morais. Isto significa dizer que 
uma moral é um fenômeno social particular, que 
não tem compromisso com a universalidade, isto é, 
com o que é válido e de direito para todos os 
homens. Exceto quando atacada: justifica-se 
dizendo-se universal, supostamente válida para 
todos. Mas, então, todas e quaisquer normas morais 
são legítimas? Não deveria existir alguma forma de 
julgamento da validade dasmorais? Existe, e essa 
forma é o que chamamos de ética. A ética é uma 
reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é 
puramente teoria. A ética é um conjunto de 
princípios e disposições voltados para a ação, 
historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar 
as ações humanas. A ética existe como uma 
referência para os seres humanos em sociedade, de 
modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez 
mais humana. A ética pode e deve ser incorporada 
pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante 
da vida cotidiana, capaz de julgar criticamente os 
apelos a-críticos da moral vigente. Mas a ética, 
tanto quanto a moral, não é um conjunto de 
verdades fixas, imutáveis. A ética se move, 
historicamente, se amplia e se adensa. Para 
entendermos como isso acontece na história da 
humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a 
escravidão foi considerada "natural". Entre a moral 
e a ética há uma tensão permanente: a ação moral 
busca uma compreensão e uma justificação crítica 
universal, e a ética, por sua vez, exerce uma 
permanente vigilância crítica sobre a moral, para 
reforçá-la ou transformá-la. 
A ética está relacionada à opção, ao desejo de 
realizar a vida, mantendo com os outros relações 
justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada 
nas idéias de bem e virtude, enquanto valores 
perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se 
traduz numa existência plena e feliz. O estudo da 
ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos 
há 25 séculos. Hoje em dia, seu campo de atuação 
ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros 
pesquisadores do conhecimento dedicam-se a seu 
estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos e muitos 
outros profissionais desenvolvem trabalhos no 
campo da ética. 
Quando na antigüidade grega Aristóteles apresentou 
o problema teórico de definir o conceito de Bem, 
seu trabalho era de investigar o conteúdo do Bem e 
não definir o que cada indivíduo deveria fazer numa 
ação concreta, para que seu ato seja considerado 
bom ou mau. Evidentemente, esta investigação 
teórica sempre deixa conseqüências práticas, pois 
quando definimos o Bem, estamos indicando um 
caminho por onde os homens poderão se conduzir 
nas suas diversas situações particulares. 
A ética também estuda a responsabilidade do ato 
moral, ou seja, a decisão de agir numa situação 
concreta é um problema prático-moral, mas 
investigar se a pessoa pôde escolher entre duas ou 
mais alternativas de ação e agir de acordo com sua 
decisão é um problema teórico-ético, pois verifica a 
liberdade ou o determinismo ao qual nossos atos 
estão sujeitos. Se o determinismo é total, então não 
há mais espaço para a ética, pois se ela se refere às 
ações humanas e se essas ações estão totalmente 
determinadas de fora para dentro, não há qualquer 
espaço a liberdade, para a autodeterminação e, 
consequentemente, para a ética. 
A ética pode também contribuir para fundamentar 
ou justificar certa forma de comportamentos moral. 
Assim, se a ética revela uma relação entre o 
comportamento moral e as necessidades e os 
interesses sociais, ela nos ajudará a situar no devido 
lugar a moral efetiva, real, do grupo social. Por 
outro lado, ela nos permite exercitar uma forma de 
questionamento, onde nos colocamos diante do 
dilema entre "o que é" e o "que deveria ser", 
imunizando-nos contra a simplória assimilação dos 
valores e normas vigentes na sociedade e abrindo 
em nossas almas a possibilidade de desconfiarmos 
de que os valores morais vigentes podem estar 
encobrindo interesses que não correspondem às 
próprias causas geradoras da moral. A reflexão ética 
também permite a identificação de valores 
petrificados que já não mais satisfazem os interesses 
da sociedade a que servem. Jung Mo SUNG e Josué 
Cândido da SILVA (1995:17) nos dão um bom 
exemplo do que estamos falando: "Na época da 
escravidão, por exemplo, as pessoas acreditam que 
os escravos eram seres inferiores por natureza 
(como dizia Aristóteles) ou pela vontade divina 
(como diziam muitos na América colonial). Elas 
não se sentiam eticamente questionadas diante da 
injustiça cometida contra os escravos. Isso porque 
o termo "injustiça" já é fruto de juízo ético de 
alguém que percebe que a realidade não é o que 
deveria ser." 
Sendo a ética uma ciência, devemos evitar a 
tentação de reduzi-la ao campo exclusivamente 
normativo. Seu valor está naquilo que explica e não 
no fato de prescrever ou recomendar com vistas à 
ação em situações concretas. A ética também não 
tem caráter exclusivamente descrito pois visa 
investigar e explicar o comportamento moral, 
traço inerente da experiência humana. Não é 
função da ética formular juízos de valor quanto 
à prática moral de outras sociedades, mas 
explicar a razão de ser destas diferenças e o 
porque de os homens terem recorrido, ao longo 
da história, a práticas morais diferentes e até 
opostas. 
 
Por que e como ensinar ética aos filhos 
 
Por que e como ensinar ética aos filhos? 
 
Uma pessoa só é ética quando se orienta por 
princípios e convicções. É função inalienável dos 
pais transmitirem uma conduta ética a seus filhos. 
Ética é uma matéria que faz parte do aprendizado de 
vida, no qual os pais devem ser os melhores 
professores. Então, como se ensina ética? Ensina-se 
aquilo que se tem e aquilo que se é. O que vai ser 
transmitido para os filhos não é o que se origina de 
um discurso verbal, mas sim o que se é e como se 
age. Sabe-se que a criança é um perfeito sensor para 
captar o que se passa na mente dos pais. A 
colocação dos limites adequados às atuações da 
criança é uma das formas importantes para se 
ensinar conduta ética. O "não" é um organizador 
fundamental da vida psíquica e necessário para que 
a criança se desenvolva. Receber "não" significa ter 
que lidar com frustração, adiar satisfação de 
necessidade e entreter tensão interna. Além disso, 
esse mesmo "não", serve também para que a criança 
aprenda, por insistir no se intento, alternativas 
inteligentes e aceitáveis para obter o que ela deseja. 
Aprende, assim, a controlar impulso, a regular as 
emoções, a desenvolver inteligência e o respeito 
pelo outro. Como a psicologia vem demonstrando, 
em inúmeros artigos publicados, limites fazem bem 
e são fundamentais para que o ser humano cresça 
forte e feliz. Uma criança, que vive sem os limites 
adequados, não se transforma em um homem 
íntegro e livre como se acreditou, ingenuamente, 
décadas atrás. Ao contrário, se transforma em 
alguém inconsistente, desorientado e dependente. 
Por quê? Porque a criança que apenas recebe sim, 
não precisa fazer confrontos, não precisa exercitar 
sua inteligência para buscar alternativas para 
conseguir o que quer, não precisa lutar para 
convencer os pais de que ela está certa. Tudo é 
possível a priori e isso a faz fraca, muitas vezes 
uma tirana em casa e uma covarde fora de casa, pois 
não teve chance de verdadeiramente lutar pelo que 
queria e que foi impedido. O confronto com os pais 
prepara a criança para os confrontos da vida. A 
criança enfrenta os pais para conquistar autonomia. 
 
Ceres Araujo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Ética no Serviço Público: Tema 
Relevante em Concurso Público 
 
[Artigo publicado na Revista Concurso em Foco 
Ano III 2010- 09 de Fevereiro 
Professora Andréia Ribas (Ética no Serviço 
Publico] 
 
 
 
Tem sido cada vez mais freqüente a cobrança de 
conhecimentos de éticano serviço público nos 
mais variados processos seletivos. A relevância da 
matéria, entre outras razões, está associada à 
insatisfação da sociedade brasileira com a conduta 
ética no serviço público, ou seja, de modo geral, o 
país enfrenta o descrédito da opinião pública a 
respeito do comportamento dos agentes públicos e 
da classe política em todas as suas esferas. 
 
A partir desse cenário, é natural que a 
expectativa da sociedade e os órgãos públicos em 
seus processos seletivos sejam mais exigentes 
com a conduta daqueles que desempenham 
atividades no serviço e na gestão de bens 
públicos. 
 
Provas aplicadas recentemente para Área 
Administrativa, a exemplo, dos Ministérios da 
Integração e da Previdência Social despertaram 
nos concurseiros uma atenção maior para a 
matéria tendo em vista a quantidade de questões 
que abordam a assunto. Observa-se ainda, que os 
concursos públicos têm exigido além dos decretos 
(1.171 de 22 de junho de 1994 e 6.029 de 01 de 
fevereiro de 2007) a história da Ética, os conceitos 
de ética e moral e a relação da ética com o 
Direito. 
 
 
A História da Ética: 
 
A história da ética é tema de concurso público uma 
vez que as discussões acerca da ética nas atividades 
públicas iniciaram-se na Grécia antiga e continuam 
até os dias atuais, gerando legislações que procuram 
traduzir a moral e os princípios desejados 
socialmente. 
 
As assertivas abaixo da prova do Concurso Público 
para Agente MPS/2009 apresentam importantes 
considerações sobre a história da Ética, a saber: 
 
(CESPE/UnB Agente Administrativo – 
MPS/2009) Os conceitos de ética e política estão 
diretamente associados, desde a Grécia antiga. Para 
os gregos, a política deveria visar ao bem-estar da 
sociedade. 
 
Comentário: 
 
A assertiva está correta. A ética grega, aflorada nos 
gênios de Platão, Sócrates e Aristóteles, conseguiu 
elevar a ética como disciplina filosófica, fazendo o 
mundo despertar para a ética. Os conceitos de ética e 
política estão diretamente associados, desde a Grécia Antiga, que 
considerava que a política visaria ao bem-estar da sociedade. 
Na filosofia aristotélica a política é um 
desdobramento natural da ética. Ambas, na verdade, 
compõem a unidade do que Aristóteles chamava de 
filosofia prática. Se a ética está preocupada com a 
felicidade individual do homem, a política se 
preocupa com a felicidade coletiva da pólis. Desse 
modo, é tarefa da política investigar e descobrir 
quais são as formas de governo e as instituições 
capazes de assegurar a felicidade coletiva. 
 
 (CESPE/UnB Agente Administrativo – 
MPS/2009) É a ética da convicção que prega a 
necessidade de o indivíduo ter consciência de que 
suas ações terão efeitos nas gerações seguintes. 
 
Comentário: 
 
A assertiva está errada. Max Weber (1864-1920) 
apresenta um pensamento que integra diversas 
correntes no seu discurso sobre os aspectos éticos. 
Weber constata que qualquer ação eticamente 
orientada pode ajustar-se a duas máximas que 
diferem entre si: pode orientar-se de acordo com a 
ética da convicção ou de acordo com a ética da 
responsabilidade. 
A ética da convicção, de caráter deontológico, 
apresenta a virtude como estando submetida ao 
respeito pelo imperativo categórico da lei moral. 
Regula-se por normas e valores já estabelecidos que 
pretenda aplicar na prática, independentemente das 
circunstâncias ou das conseqüências daí resultantes. 
A ética da responsabilidade, de caráter 
teleológico, apresenta uma tendência mais 
utilitarista que orienta a sua ação a partir da análise 
das conseqüências daí resultantes. Esta análise 
levará em linha de conta o bem que pode ser feito a 
um número maior de pessoas assim como evitar o 
maior mal possível. 
 
(CESPE/UnB Agente Administrativo – 
MPS/2009) Com a separação entre o religioso e o 
político, resultante das discussões acerca da ética, 
ao longo do tempo novas perspectivas filosóficas 
surgiram. Segundo elas, o indivíduo está livre para 
agir conforme sua consciência determina, o que 
revela uma concepção utilitarista centrada no 
homem. 
Comentário: 
 A assertiva está certa. A ética moderna, por sua 
vez, contrapôs a vinculação da ética às divindades, 
aproximando-a mais à figura do homem e a sua 
organização social, daí a necessidade do Estado. Na 
filosofia contemporânea, os princípios do 
liberalismo influenciaram bastante o conceito de 
ética, que ganha fortes traços de moral utilitarista. O 
Utilitarismo ou Universalismo Ético - a maior 
felicidade para o maior número de pessoas. Esta 
ética é chamada “moral do bem estar”, o bem é útil 
para o individuo e o coletivo. 
Os Conceito de Ética, Moral e Direito: 
 
Ética: 
 
Grego (ethos) disciplina filosófica que estuda o 
valor das condutas humanas, seus motivos e 
finalidades. Reflexão sobre os valores e 
justificativas morais, aquilo que se considera o bem. 
Análise da capacidade humana de escolher, ser livre 
e responsável por sua conduta entre os demais, 
enfim, a ética é a ciência que estuda a moral ou 
aquela que estuda o comportamento dos homens na 
sociedade. 
 
Moral: 
 
 Latim (mores) conjunto dos costumes, hábitos, 
valores (fins) e procedimentos (meios) que regem as 
relações humanas, considerados válidos e 
apreciados, individual e coletivamente. 
 
 
 
Direito: 
 
O direito também tem muito a ver com a moral e 
com a ética. A relação do Direito com a moral 
existe fortemente porque o Direito surge pela 
sistematização da lei, e a lei, por sua vez, surge 
justamente pela concretização normativa de um 
costume, que é um princípio moral aceito pela 
sociedade. 
Porém, a grande diferença que sempre existiu entre 
os dois é que o Direito se impunha coercitivamente, 
havendo instrumentos de força à sua disposição. A 
moral, entretanto, não se impunha coercitivamente, 
porque a moral só está presente onde há consciência 
individual. 
 
Finalidade do Código de Ética do 
Servidor Publico Civil do Poder 
Executivo Federal 
 
A assertiva abaixo da prova do Concurso Público 
para Agente Administrativo MPS/2009 apresenta 
uma discussão em torno da finalidade do Código de 
Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal. 
 
(CESPE/UnB Agente Administrativo – 
MPS/2009) O citado código serve para estimular o 
comportamento ético do servidor público, uma vez 
que é de livre adesão. 
 
Comentário: 
 
 A assertiva está correta. O Decreto 1.171 de 22 de 
junho de 1994 – Código de Ética do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal cria 
normas de conduta, conhecidas no Direito como 
normas materiais, porque impõem comportamentos. 
Assim, não poderia ser imposta nenhuma norma de 
conduta a alguém via Decreto, que é uma norma 
secundária, porque só a norma primária tem esta 
capacidade constitucional. 
 
Sua finalidade maior é produzir na pessoa do 
servidor público a consciência de sua adesão às 
normas preexistentes através de um espírito 
crítico, o que certamente facilitará a prática do 
cumprimento dos deveres legais por parte de cada 
um e, em conseqüência, o resgate do respeito aos 
serviços públicos e à dignidade social de cada 
servidor.” 
 
ÉTICA – CRÔNICA – LEI OU DECRETO 
QUE DIFERENÇA FAZ? 
Que diferença faz, lei ou decreto? 
(com adaptações). 
Sexta-feira, 14 de agosto de 2009, por volta 21 
horas. Eu caminhava pelos corredores de um dos 
Cursos que ministro aulas indo em direção à sala 
dos professores, quando ouvi dois rapazes 
conversando, um deles com expressão de espanto,os quais discutiam sobre um assunto qualquer que 
não fiquei sabendo qual era. Despertaram-me a 
atenção, conquanto não tenha parado, estas palavras 
ditas pelo que tinha se mostrado espantado: ―E que 
diferença faz, lei ou decreto? É tudo a mesma 
coisa.‖ Pronto. Estava aí o assunto para uma 
crônica. 
Por mais que, pelo senso comum, as pessoas 
pensem o contrário, lei e decreto não são a mesma 
coisa, são atos normativos distintos, com força e 
funções diferentes. Existe mesmo – pode-se dizer 
sem exagero – uma diferença abissal entre este e 
aquela, porquanto há uma hierarquia bem nítida, 
notadamente no Brasil, entre as normas jurídicas: a 
constituição, a lei complementar, a lei ordinária, o 
decreto, a portaria, a resolução, a instrução. É 
impossível, entretanto, discorrer sobre as minúcias 
de cada espécie desses atos no pequeno espaço de 
uma crônica, sendo, pois, assunto de artigo 
acadêmico para publicação especializada. 
A despeito disso, importa saber que, na ordem 
hierárquica, a constituição é a base de toda a 
ordenação jurídica, superior a todas as leis, que não 
podem contrariá-la, sob pena de serem 
inconstitucionais (às vezes, às pessoas do povo 
dizem anticonstitucional, o que dá na mesma, 
embora não seja o nome técnico). Lei 
inconstitucional não se cumpre, pois não obriga 
nem desobriga ninguém, porque não tem validade. 
A lei, por sua vez, é superior ao decreto, que não 
pode contrariá-la, sob pena de ser ilegal e não ter 
validade. O decreto, por seu turno, é superior à 
portaria ou ato normativo similar. Há demais disso, 
obviamente, rígida hierarquia normativa entre a 
Constituição Federal, as constituições estaduais e as 
leis orgânicas municipais, respeitada a competência 
legislativa de cada ente federativo (União, estados, 
Distrito Federal e municípios). 
No que concerne à lei e ao decreto, deve ficar claro 
que lei tem mais força normativa porque, para sua 
formação, concorrem conjuntamente o Poder 
Legislativo e o Poder Executivo. Aquele, formado 
por parlamentares, discute e aprova o projeto de lei, 
e este, encarnado pelo presidente da República, 
governador ou prefeito, mediante a sanção, 
transforma em lei o projeto de lei aprovado pelo 
Legislativo. O decreto tem menos força normativa 
(para garantia dos governados, assim deve ser visto) 
porque não passa pela discussão e aprovação 
legislativa, é simplesmente elaborado e assinado 
pelo presidente, governador ou prefeito, conforme o 
caso. O processo de formação da lei chama-se 
processo legislativo. O decreto não é submetido ao 
processo legislativo. 
A mais importante, contudo, de todas as distinções 
entre a lei e o decreto é que a lei obriga a fazer ou 
deixar de fazer, e o decreto, não. É o princípio 
genérico da legalidade, previsto expressamente no 
artigo 5.º, inciso II, da Constituição Federal, 
segundo o qual ―ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar alguma coisa senão em virtude de lei‖. 
Somente a lei pode inovar o Direito, ou seja, criar, 
extinguir ou modificar direitos e obrigações. No 
atual regime constitucional brasileiro, não se obriga 
nem desobriga a ninguém por decreto, nem mesmo 
pelo doutrinariamente chamado decreto autônomo, 
cuja discussão não cabe aqui. 
Dentre as funções do decreto, a principal é a de 
regulamentar a lei, ou seja, descer às minúcias 
necessárias de pontos específicos, criando os meios 
necessários para fiel execução da lei, sem, contudo, 
contrariar qualquer das disposições dela ou inovar o 
Direito. Contrariando (sem querer contrariar) os que 
não gostam de latim ou até o odeiam com ódio 
consumado: o decreto só poderá ser secundum 
legem (aquele dotado de maior prestígio e 
universalmente aceito, aquele que está previsto na 
lei possuindo eficácia obrigatória) ou, no máximo, 
praeter legem; ( substitui a lei nos casos por ela 
deixados em silêncio, supre as lacunas deixadas) 
jamais poderá ser contra legem.(contra a lei) 
Professor Sandro Sá (Sandrinho) 
 
 
 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
Ética no Serviço Público 
Professora Ana Maria 
anamelo.rh@hotmail.com 
 
Para que haja conduta ética, é preciso que exista 
o agente consciente, isto é, aquele que conhece a 
diferença entre o bem e o mal, certo e errado, permitido 
e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só 
conhece tais diferenças, mas também se reconhece como 
capaz de julgar o valor dos atos e das condutas, e de agir 
em conformidade com os valores morais, sendo, por 
isso, o agente responsável por suas ações e seus 
sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente. 
Consciência e responsabilidade são condições 
indispensáveis da vida ética. 
A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, 
na capacidade para deliberar diante de alternativas 
possíveis, avaliando cada uma delas segundo os valores 
éticos, e para decidir e escolher uma delas antes de 
lançar-se na ação. É a capacidade que o indivíduo possui 
para avaliar e pesar as motivações pessoais, as 
exigências feitas pela situação, às conseqüências para si 
e para os outros, a conformidade entre meios e fins, a 
obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredí-lo 
(se o estabelecido for imoral ou injusto). 
Costuma-se dizer que os fins justificam os 
meios, de modo que, para alcançar um fim legítimo, 
todos os meios disponíveis são válidos. No caso da ética, 
porém, essa afirmação não é aceitável. Os meios 
justificáveis são aqueles que estão de acordo com os fins 
da própria ação. Em outras palavras, fins éticos exigem 
meios éticos. 
 
Marilena Chauí. Convite a filosofia. São Paulo: 
 
Ática,13ª ed.2003, p. 308-10(com adaptações) 
 
 Professora: Ana Maria 
 anamelo.rh@hotmail.com 
 
 
Julgue os itens a seguir, relativos a noções e conceitos de 
ética. 
 
01. A ética ocupa-se basicamente de questões subjetivas, 
abstratas e essencialmente de interesse particular do indivíduo. 
 
02. Uma ética deontológica é aquela construída sobre o 
princípio do dever. 
 
Acerca do padrão ético no serviço público, julgue os itens a 
seguir. 
 
03. Age contra a ética ou pratica ato de desumanidade o 
servidor público que deixa, de forma injustificada, uma pessoa 
à espera de solução cuja competência é do setor em que exerça 
suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou 
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço. 
 
04. O servidor público não pode desprezar o elemento ético de 
sua conduta. Assim, o servidor público tem que decidir entre o 
legal e o ilegal, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e 
o inoportuno, bem como entre o honesto e o desonesto. 
 
É dever do servidor público ser cortês, ter urbanidade, 
disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as 
limitações individuais de todos os usuários do serviço público, 
sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, 
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e 
posição social. 
 Código de Ética profissional 
do servidor público civil do Poder Executivo Federal. 
Capítulo I. 
 
Julgue os itens subseqüentes, com relação às idéias do texto 
acima. 
 
05. Na gestão pública, é imprescindívelo respeito à 
individualidade do outro. 
 
06. A cortesia é uma característica que depende diretamente 
do nível de instrução do indivíduo. 
 
CESPE – ANA (curso de formação) – 2006 
 
 Um trabalhador constantemente se ausenta do seu 
setor de trabalho e solicita colaboração dos colegas, alegando 
sempre problemas pessoais, que não passam de desculpas para 
sua falta de comprometimento no trabalho. Considerando essa 
situação hipotética, julgue os itens que se seguem, levando em 
conta as linhas de conduta preconizadas pela ética 
profissional. 
 
07. O zelo pela reputação da instituição e da categoria não 
permite que os colegas colaborem com este trabalhador. 
 
08. O espírito de corpo deve sempre prevalecer no ambiente 
de trabalho, por isso todos devem colaborar com o colega. 
 
09. A centralidade da prestação do serviço ao público não 
permite que os trabalhadores do setor colaborem com esse 
colega. 
 
 
(CESPE SGA/DF 2006) Quanto à ética no serviço público, 
julgue os itens que se seguem. 
 
10. A ética no serviço público deve estar sempre diretamente 
relacionada aos princípios, aos direitos, às garantias 
fundamentais e às regras constitucionais da administração 
pública. 
 
11. Na administração pública, mecanismos de controle interno 
e externo, de responsabilização disciplinar e de adequada 
capacitação profissional e funcional são fatores que não 
influenciam os padrões éticos dos servidores públicos. 
 
12. Os padrões éticos dos servidores públicos devem ter por 
base o caráter público da função e a sua relação com o 
público, usuário ou não do serviço. 
 
(CESPE – FUNAG 2005) Com relação ao trabalho do 
servidor público e a ética, julgue os itens a seguir. 
 
13. As ordens legais dos servidores devem ser ouvidas 
atentamente, pelo servidor público, que deve velar pelo 
cumprimento delas e evitar conduta negligente. 
 
14. Vilma servidora pública civil trabalha como secretária. 
Durante uma auditoria interna do seu setor, ela teve acesso ao 
conteúdo de vários documentos sigilosos de interesse do 
Estado e da Administração Pública que denunciavam muitas 
ações de corrupção. Nessa situação, se Vilma for procurada 
pela imprensa, deverá repassar todas as informações a fim de 
divulgar os fatos e atos verificados nos documentos. 
 
15. Godofredo, que era funcionário público e tornara-se 
proprietário de prédios, terrenos e de uma casa de imóveis, 
praticava agiotagem em larga escala. Nessa situação, o 
exercício ilegal de agiotagem na conduta do dia-a-dia na vida 
privada de Godofredo poderá diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
 
16. A cortesia no atendimento de qualquer usuário do serviço 
público é fundamental para o desenvolvimento profissional do 
servidor dentro da instituição. 
 
Quanto aos principais deveres do servidor público e às 
vedações a ele impostas, julgues os itens subseqüentes. 
 
17. Ismênia, colega de Dorinha, exerce sua função com 
dedicação, zelo e respeito aos colegas. Durante o horário de 
almoço, Ismênia presenciou Dorinha recebendo suborno para 
facilitar o andamento de um processo dentro da repartição. 
Nessa situação, Ismênia deverá comunicar imediatamente a 
seus superiores o fato e exigir as providências cabíveis. 
 
18. Sempre que Sarmento chefe da seção, via Márcia 
trabalhando, cutucava a pessoa mais próxima e começava a 
denegrir a imagem da referida servidora, contando mentiras a 
respeito da sua vida pessoal com a finalidade de se aproximar 
dela. Nessa situação, o cargo de Sarmento permite esse tipo de 
artifício para obter qualquer favorecimento para si. 
 
19. Considere que um servidor público leve para sua casa, sem 
autorização do seu superior, durante um final de semana, uma 
câmera digital pertencente ao patrimônio público, mas 
devolva-a sem nenhum dano na segunda-feira. Nesse caso, ao 
devolver o equipamento, o servidor estará livre de qualquer 
punição, mesmo considerando-se o fato de ter levado o 
equipamento sem autorização. 
 
20. É dever do servidor público no exercício de suas 
atribuições prestar serviço com rapidez e rendimento, salvo 
em situações de excesso de demanda de atendimento, em que 
ele deve atender os usuários daquele serviço dentro da sua 
capacidade produtiva e por ordem de chegada. 
 
O fundamento que precisa ser compreendido é que os padrões 
éticos dos servidores públicos advêm de sua própria natureza, 
ou seja, de caráter público, e sua relação com o público. A 
questão da ética pública está diretamente relacionada aos 
princípios fundamentais ligados ao comportamento do ser 
humano em seu meio social, aliás, podemos invocar a 
Constituição Federal. Esta ampara os valores morais da boa 
conduta, a boa fé acima de tudo, como princípios básicos e 
essenciais a uma vida equilibrada do cidadão na sociedade, 
lembrando inclusive o tão citado, pelos gregos antigos, "bem 
viver". 
 
Uma vez que o comportamento real dos seres humanos é 
afetado por considerações éticas, e influenciar a conduta 
humana é um aspecto central da ética, deve-se admitir que as 
concepções de bem-estar tenham algum impacto sobre o 
comportamento real e, em conseqüência, devem ser 
importantes para a ética da logística moderna. 
 
Amartya Sem. Sobre ética e economia. São Paulo: 
Schwarcz Ltda., 2002 (com adaptações) 
 
Tendo o texto acima por referência inicial e considerando a 
ética no serviço público, julgue os itens que se seguem. 
 
21. O exercício de cargo público deve ser pautado na verdade 
dos fatos. O servidor público não deve omitir a verdade, a 
menos que ela seja contrária a interesses da administração 
pública. 
 
22. O trabalho executado por servidor público junto à 
comunidade é entendido como parte integrante de seu próprio 
bem-estar, visto que, como cidadão, o servidor que apresenta 
conduta ética terá o êxito do seu trabalho convertido em bem-
estar da sociedade da qual faz parte. 
 
23. A função pública é considerada exercício profissional. 
Portanto, a vida particular do servidor público e os atos 
observados em sua conduta no dia-a-dia não devem ser objetos 
de avaliação do conceito de sua vida funcional. 
 
24. Mariana, servidora pública, tem entre suas atribuições a 
tarefa de prestar atendimento ao público. Muitas vezes, por 
estar assoberbada de trabalho interno, Mariana, embora 
forneça informações corretas, tem má vontade e trata as 
pessoas sem cortesia no atendimento. Nessa situação, a 
conduta de Mariana é considerada ética, pois ela oferece 
informações fidedignas e sua descortesia é justificada pela 
sobrecarga de trabalho. 
 
 
. 
Questões extraídas do Concurso Público 
Cargo – Técnico Judiciário / Área Administrativa 
UNB / CESPE – TST 
 
 João, funcionário de um órgão público, foi indicado 
para assumir a função de chefe de secretaria. Durante o 
exercício da chefia, João freqüentemente solicitava a seus 
colaboradores que lhe fizessem trabalhos particulares e, no 
gerenciamento dos trabalhos da secretaria, estabelecia prazos 
inexeqüíveis para as tarefas. 
 Considerando as exigências de atitudes profissionais 
no serviço público, julgue o seguinte item. 
 
25. João utilizou sua posição hierárquica para proveito 
próprio e abusou da autoridade de gestor público, 
apresentando comportamento antiético no âmbito do serviço 
público. 
 
Considere por hipótese, que um atendente de um órgão 
público presencie um colega de trabalho faltar com respeito a 
um casal de idosos de baixo nível socioeconômico ao lhe 
prestar atendimento. Acerca dessa hipótese e com relação à 
éticano serviço público, julgue os seguintes itens. 
 
26. O atendente agirá de forma antiética se informar o fato a 
seu supervisor. 
 
27. Os idosos podem pleitear que o funcionário que os 
desrespeitou seja responsabilizado pelo seu comportamento, 
podendo o mesmo vir a sofrer punição no trabalho. 
 
Questões extraídas do Concurso Público. 
UNB / CESPE – Secretaria de Estado de Gestão 
Administrativa (SGA). 
Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação 
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
28. Geraldo, funcionário exemplar, é assíduo e pontual, 
preserva as informações sigilosas de que eventualmente toma 
conhecimento. Geraldo trabalha no atendimento ao público e, 
sempre que possível, facilita o acesso ao atendimento para 
outros funcionários, pois reconhece a necessidade de eles 
estarem logo de volta ao trabalho. Nessa situação, Geraldo 
apresenta conduta antiética ao privilegiar seus pares. 
 
29. Clovis é um funcionário muito esforçado, mas seus 
vencimentos são insuficientes frente à demanda de gastos com 
o filho doente. Por isso, às vezes, Clovis retira do 
almoxarifado de seu setor alguns materiais de consumo para o 
seu uso familiar. Nessa situação, Clovis não infringe a ética, 
pois sua conduta é perfeitamente justificada e aceita 
socialmente. 
 
Questões extraídas do Concurso Público. 
Cargo: Analista de Administração Pública- Especialidade: 
administrador 
UNB / CESPE – Nível Superior 
 
Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação 
hipotética acerca da ética no serviço público, seguida de uma 
assertiva a ser julgada. 
 
30. Tadeu, funcionário de um órgão de atendimento ao 
público, exerce suas atribuições com agilidade e correção e 
procura prioritariamente atender aqueles usuários mais 
necessitados, conforme sua avaliação. Nessa situação Tadeu 
apresenta comportamento antiético, pois privilegia o 
atendimento de uns em detrimento de outros. 
 
31. Maria das Graças, no exercício do cargo de gerência 
pública distrital, atenta às ordens de seus superiores, dá pronto 
atendimento a elas, mesmo tendo de estabelecer prazos 
inexeqüíveis para a execução das tarefas, impondo sobrecarga 
de trabalho a sua equipe. Nessa situação, Maria das Graças 
cumpre com ética o desempenho da função pública. 
 
32. Márcio, servidor público, na certeza de que a sua ausência 
provoca danos ao trabalho e reflete negativamente em todo o 
sistema do órgão, é assíduo, pontual e produtivo. Nessa 
situação, Márcio apresenta conduta ética adequada ao serviço 
público. 
 
33. Francisco, no exercício de cargo público, presenciou 
fraude praticada por seu chefe imediato no ambiente 
organizacional. Nessa situação, por ter consciência de que seu 
trabalho é regido por princípios éticos, Francisco agiu 
corretamente ao delatar seu chefe aos superiores. 
 
34. Adriana, competente nos aspectos técnicos e 
comportamentais, freqüentemente utiliza as prerrogativas de 
seu cargo público em razão de interesses pessoais. Nessa 
situação, Adriana faz uso dos direitos do funcionalismo 
público e age eticamente. 
 
Em cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação 
hipotética acerca da ética e qualidade de atendimento no 
serviço público, seguido de uma assertiva a ser julgada. 
 
35. Hélio é servidor público do setor de atendimento de um 
tribunal judiciário. Ele tem muitos afazeres e, por isso, deixa 
os clientes à espera de atendimento enquanto resolve os 
problemas internos do setor. Nessa situação, o comportamento 
de Hélio caracteriza atitude contrária à ética no serviço 
público. 
 
36. Gabriel é um servidor público exemplar, cortês, disponível 
e atencioso no trabalho. Ele resiste a todas as pressões de seus 
supervisores hierárquicos e não aceita nenhum presente de 
clientes em troca de suas ações no trabalho. Nessa situação, 
Gabriel está cumprindo com ética o desempenho de seu cargo 
público. 
 
37. Marilena é servidora pública de um tribunal judiciário. Ela 
zela pelo material sob sua guarda, é assídua e pontual, respeita 
os colegas e privilegia o atendimento de seus superiores 
hierárquicos, demonstrando total prontidão às requisições 
deles em detrimento das solicitações de seus colegas e dos 
usuários do setor. Nessa situação, Marilena apresenta 
comportamento profissional ético e compatível com a função 
pública. 
 
38. Rodrigo é servidor público e trabalha no setor de 
assistência social de um tribunal judiciário. Ele atende dezenas 
de pessoas por dia, é sempre cortês, justo e prestativo no 
atendimento, e mesmo quando não detém a informação 
solicitada pelo usuário, ele inova, sugerindo alguma 
alternativa conforme sua opinião. Nessa situação, o 
atendimento prestado por Rodrigo é de muita qualidade, pois 
atende às expectativas dos usuários. 
 
39. A opinião pública acerca de um determinado órgão é 
resultante da qualidade do atendimento prestado, do grau de 
confiabilidade das informações transmitidas, da adequação das 
instalações físicas, do nível das relações interpessoais e da 
prontidão do atendimento. 
 
40. A ação de um gestor público que habitualmente tenha 
atitudes de menosprezo pelo trabalho de seus colaboradores e 
lhes atribua tarefas com prazos inviáveis caracteriza falta de 
ética no trabalho. 
 
Questões extraídas do Concurso Público 
Cargo – Técnico Judiciário 
Área Administrativa 
UNB – CESPE – TRT – 16ª Região 
 
Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma 
situação hipotética relativa à ética no serviço público, seguida 
de uma assertiva a ser julgada. 
 
41. Sueli, servidora pública, apresenta bom desempenho e tem 
boas relações interpessoais no trabalho. Devido a seus 
vínculos de amizade no ambiente de trabalho, Sueli, algumas 
vezes, acoberta irregularidades, de diversas naturezas, 
praticadas por determinados colegas. Nessa situação, a 
conduta de Sueli é antiética, pois privilegia aspectos pessoais 
em detrimento de aspectos profissionais e da ética no serviço 
público. 
 
 
 
Questões extraídas do Concurso Público 
Cargo: Agente Administrativo 
CESPE/UnB – SEPLAG/DFTRANS 
Data da Aplicação: 06/04/08 
 
Julgue os itens a seguir, que versam sobre a ética no serviço 
público. 
 
42.Uma das formas de se avaliar se é ético um comportamento 
profissional é verificar como o servidor contribui para que a 
população tenha uma visão positiva a respeito da organização. 
 
43. A adequada prestação dos serviços públicos está 
relacionada à questões de ordem técnica, sem, 
necessariamente caracterizar-se por uma atitude ética no 
trabalho. 
 
Questões extraídas do Concurso Público 
Cargo – Técnico Judiciário 
UNB / CESPE – TST 
Data da aplicação 17/02/2008 
 
 Com relação à ética no serviço público, julgue os itens a 
seguir. 
 
 44. O respeito à hierarquia e a disciplina não impede que o 
servidor público represente contra ato que caracterize omissão 
ou abuso de poder, ainda que esse ato tenha emanado de 
superior hierárquico. 
 
45. O servidor público deve abster-se de exercer sua função, 
poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse 
público, mesmo não cometendo qualquer violação expressa à 
lei. 
 
46. É dever do servidor público guardar sigilo sobre assuntos 
da repartição que envolvam questões relativas á segurança da 
sociedade. 
 
47. O servidor público pode retirar da repartição documento 
pertencente ao patrimônio público, sem prévia autorização da 
autoridade competente, se exercer cargo de confiança ou 
função à qual esse documento esteja relacionado. 
 
O servidor público

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