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DIREITO PENAL III
PROFESSORA DANIELA DUQUE-ESTRADA
AULA 6. CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
DIREITO PENAL III
AULA 6. CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Ementa
Crimes contra a Liberdade Individual
Bem jurídico tutelado. Considerações gerais. Natureza subsidiária dos delitos.
Crimes contra a Liberdade Pessoal: Figuras Típicas.
1.Constrangimento ilegal.
2. Ameaça.
3. Sequestro. 
4. . Redução a condição análoga à de escravo.
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Ementa
Invasão de dispositivo informático. 
(Lei Carolina Dieckmann) Art.154-A, do Código Penal.
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AULA 6. CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
 Reconhecer a natureza subsidiária dos delitos contra a liberdade individual.
Aplicar, nos casos concretos apresentados, as espécies de crimes contra a liberdade individual e respectiva adequação típica da conduta lesiva.
Avaliar, nos casos concretos apresentados, a ocorrência de conflito aparente de normas com as infrações penais contra a pessoa, patrimônio e dignidade sexual.
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AULA 6. CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Conteúdo
Crimes contra a Liberdade Individual
Bem jurídico tutelado
O direito à liberdade é consagrado pela Constituição da República de 1988 em seu art.5º na medida em que estabelece que ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (art5º, II).
 
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 Natureza subsidiária dos delitos.
Configuram-se como infrações subsidiárias na medida em que somente serão consideradas se a conduta, no caso concreto não configurar infração mais grave.
PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSOESPECIAL. NÃO CONHECIMENTO DO WRIT. CRIMES DE ROUBO MAJORADO E SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO. PRIVAÇÃO DA LIBERDADE REALIZADA PARAASSEGURAR O EXAURIMENTO DO DELITO DE ROUBO MAJORADO. ATIPICIDADE DA CONDUTA RELATIVA AO DELITO DE SEQUESTRO. INEXISTÊNCIA DE VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE PRIVAÇÃO DA LIBERDADE DA VÍTIMA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. [...]
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[...] Praticada a privação da liberdade com o fim de assegurar a concretização ou o exaurimento do delito de roubo, e não visando deliberadamente privar a vítima de sua liberdade, não há falar em sequestro, restando configurada, nesses casos, a majorante do inciso V do § 2º do art. 157 do CP: se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. Precedentes. 3. Habeas corpus não conhecido. Concedida a ordem de ofício para, reconhecida a atipicidade material da conduta, absolver o paciente da imputação relativa ao delito de sequestro, prevista no art. 148 do CP.(STJ, HC 35536 / MG n. 2004/0068259-0, SEXTA TURMA, Rel. Min. NEFI CORDEIRO, julgado em: 25/11/2014, disponível em: http://www.stj.jus.br)
 
 
 
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 2. Constrangimento ilegal. Art.146, do Código Penal.
CP.Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
 A) Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. Figuras típicas
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Classificação doutrinária: comum, material, de forma livre, instantâneo, de dano, plurissubsistente. 
O verbo nuclear constranger pode ser compreendido como a coação ilegal à liberdade moral ou psíquica de alguém para que não faça o que a lei permite ou faça o que a lei não manda, pouco importando que o ato exigido da vítima importe, ou não, em uma prática delituosa. (Bento de Faria. Manual de Direito Penal Brasileiro. Parte Especial, pp.237)
Meios de execução: violência
 grave ameaça
 outros meios capazes de reduzir a 
 resistência da vítima
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 Diverge a doutrina quanto à caracterização do especial fim de agir:
1ª corrente: o tipo penal doloso também contempla o especial fim de agir, qual seja de que o sujeito passivo não faça o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. (Neste sentido Fernando Capez e Rogério Greco).
2ª corrente: o tipo penal somente contempla o dolo genérico, sendo a parte final do tipo penal seu elemento objetivo normativo (Neste sentido Guilherme de Souza Nucci).
 
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B) Causas de Aumento de Pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
OBS. Conceito de arma.
C) Concurso de crimes com a violência.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
 
OBS. Trata-se de concurso material com os crimes de lesão corporal (caput e §§1º, 2º e 3º)
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D) Causas Excludentes.
Diverge a doutrina quanto à sua natureza jurídica:
1ª corrente: Causa especial excludente de tipicidade. Neste sentido Fernando Capez, Cezar Roberto Bitencourt e Guilherme de Souza Nucci).
2ª corrente: Causa especial excludente. Neste sentido Nelson Hungria.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
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CONTROVÉRSIA. TRANSFUSÃO DE SANGUE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. CONDUTA ATÍPICA.
Direito penal e processual penal. Crimes dolosos contra a vida. Atividade médica sem consentimento. Liberdade de consciência, crença e culto. Atipicidade da conduta.
[...] Na espécie, como já assinalado nos votos vencidos, proferidos na origem, em sede de recurso em sentido estrito e embargos infringentes, tem-se como decisivo, para o desate da responsabilização criminal, a aferição do relevo do consentimento dos pacientes para o advento do resultado tido como delitivo. Em verdade, como inexistem direitos absolutos em nossa ordem constitucional, de igual forma a liberdade religiosa também se sujeita ao concerto axiológico, acomodando-se diante das demais condicionantes valorativas. 
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Desta maneira, no caso em foco, ter-se-ia que aquilatar, a fim de bem se equacionar a expressão penal da conduta dos envolvidos, em que medida teria impacto a manifestação de vontade, religiosamente inspirada, dos pacientes. No juízo de ponderação, o peso dos bens jurídicos, de um lado, a vida e o superior interesse do adolescente, que ainda não teria discernimento suficiente (ao menos em termos legais) para deliberar sobre os rumos de seu tratamento médico, sobrepairam sobre, de outro lado, a convicção religiosa dos pais, que teriam se manifestado contrariamente à transfusão de sangue. Nesse panorama, tem-se como inócua a negativa de concordância para a providência terapêutica,
agigantando-se, 
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ademais, a omissão do hospital, que, entendendo que seria imperiosa a intervenção, deveria, independentemente de qualquer posição dos pais, ter avançado pelo tratamentoque entendiam ser o imprescindível para evitar a morte. Portanto, não há falar em tipicidade da conduta dos pais que, tendo levado sua filha para o hospital, mostrando que com ela se preocupavam, por convicção religiosa, não ofereceram consentimento para transfusão de sangue - pois, tal manifestação era indiferente para os médicos, que, nesse cenário, tinham o dever de salvar a vida. 
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Contudo, os médicos do hospital, crendo que se tratava de medida indispensável para se evitar a morte, não poderiam privar a adolescente de qualquer procedimento, mas, antes, a eles cumpria avançar no cumprimento de seu dever profissional. 4. Ordem não conhecida, expedido habeas corpus de ofício para, reconhecida a atipicidade do comportamento irrogado, extinguir a ação penal em razão da atipicidade do comportamento irrogado aos pacientes. (STJ – 6.ª T. – HC 268.459 – rel. Maria Thereza de Assis Moura – j. 02.09.2014 – public. 28.10.2014 – Cadastro IBCCRIM 3118)
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 Ação Penal.
Configura-se como ação penal pública incondicionada.
Configura-se Infração penal de menor potencial ofensivo – Lei n.9099/1995 – art.61).
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 CASO CONCRETO
Uma mulher apaixonada por um homem que inobstante tentar conquistá-lo de todas as formas, não consegue lograr êxito em seu intento. Assim, sendo, de porte de uma arma de fogo, empregando ameaça, obriga o homem indefeso à prática de relações sexuais, restando consumado, portanto o crime de: (Prova: CRSP - PMMG - 2014 - PM-MG. Modificada)
a) Constrangimento ilegal. 
 b) Violação sexual mediante fraude. 
 c) Ameaça. 
 d) Estupro.
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2. Ameaça. Art.147, do Código Penal.
CP. Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
 A) Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 
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Distinção com o delito de constrangimento ilegal.
 No delito de constrangimento ilegal o mal anunciado é simplesmente grave podendo ser justo. Na ameaça, o mal é injusto e grave.
No delito de constrangimento ilegal o agente visa a uma conduta positiva ou negativa do sujeito passivo. Na ameaça, o agente visa atemorizar o sujeito passivo.
Classificação doutrinária: comum, formal, de forma livre, instantâneo, de dano, plurissubsistente. 
Ação Penal.
Configura-se como ação penal pública condicionada à representação da vítima.
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- Sobre a Ação Penal no Crime de Ameaça.
Réu denunciado como incurso nas penas do artigo 129, § 2º, inciso IV, c/c § 10, e do artigo 147, n/f do artigo 69, todos do Código Penal, sendo a imputação desclassificada para o artigo 129, § 1º, inciso III, do mesmo diploma legal, sendo que a decisão desclassificatória afirmou, ainda, a falta de representação quanto ao crime de ameaça, inexistindo, assim, a necessária condição de procedibilidade. Instado a se manifestar em relação ao oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo, apelou o Ministério Público, pleiteando a reforma do deciso, pelos seguintes motivos: [...]
 
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b) a vítima comunicou a ameaça em sede policial, postulando, por certo, a apuração dos fatos. Com razão o Ministério Público, pois o delito tipificado no artigo 129, § 1º, inciso III, do Código Penal prevê pena de reclusão de 1 a 5 anos, e, considerando deve ser majorada na fração de 1/3, por força da presença do referido § 10, a resposta penal mínima ultrapassaria o quantum de um ano previsto no artigo 89 da Lei nº 9.099/95. Segundo tranquilo entendimento jurisprudencial, a representação nos crimes de ação penal pública condicionada prescinde de qualquer formalidade, bastando o elemento volitivo, ainda que manifestado apenas na fase policial, 
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frisando-se que, no caso, aquela vontade foi expressamente ratificada em juízo, e, assim, não há que se falar em ausência das condições de procedibilidade para o julgamento do delito de ameaça. Recurso provido, para, mantendo a desclassificação operada na decisão impugnada, determinar que o mérito seja julgado, levando em conta a incidência do § 10, do artigo 129, e a presença da condição de procedibilidade no que tange ao crime do artigo 147, ambos do Código Penal. (TJRJ, Apelação n. 0007475-70.2013.8.19.0026, OITAVA CAMARA CRIMINAL, Rel. Des. MARCUS QUARESMA FERRAZ, julgado em 16/01/2015, disponível em: http://portaltj.tjrj.jus.br) 
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CASO CONCRETO
 Walter Weber, conhecido por seu comportamento agressivo, foi denunciado e condenado como incurso nas sanções do art. 147 do Código Penal, a uma pena de 03 (três) meses de detenção, substituída por uma pena restritiva de direitos, consistente na prestação de serviços à comunidade, durante três meses, à razão de 07 (sete) horas semanais, por ter havido, no dia 05 de maio de 2010, por volta das 19 horas, ameaçado sua ex companheira Jacinta Silva, por meio da utilização de um facão. A referida conduta teve por elemento propulsor o fato de Walter não aceitar a separação do casal. 
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Consoante provas testemunhais (fls.101/102) dos vizinhos, que a tudo assistiram, haja vista a conduta de Walter ter sido praticada no portão da garagem da casa do então casal, Walter teria ameaçado Jacinta de matá-la caso a visse com outro homem. Inconformado com a decisão interpôs recurso inominado, com vistas à reforma da decisão e consequente absolvição por insuficiência de provas, bem como sustentou, que o fato não passara de uma mera “discussão entre marido e mulher” não tendo a mulher prestado “queixa”. 
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A partir do caso concreto narrado e dos estudos realizados sobre os crimes contra a liberdade individual, identifique. 
a)	Os elementos da figura típica de ameaça e seu momento consumativo. Responda de forma objetiva e fundamentada.
b)	A natureza da ação penal aplicável ao caso. Responda de forma objetiva e fundamentada.
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3. Sequestro. Art.148, do Código Penal.
CP. Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
Pena - reclusão, de um a três anos.
 a) Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa.
 
A privação de liberdade compreende a liberdade de ir, vir e ficar (liberdade de movimento).
Possui uma finalidade moral, o que o diferencia do delito de extorsão mediante sequestro (art.159, do Código Penal).
 
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Classificação doutrinária: comum, material, de forma livre, permanente, plurissubsistente.
Meios de execução
 Privar significa tolher, impedir ou desapossar alguém de sua liberdade física mediante sequestro ou cárcere privado.
Sequestro – retira-se a liberdade de alguém.
Cárcere privado configura-se como a prisão promovida por particular ( Guilherme de Souza Nucci).
 
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Diverge a doutrina sobre a relevância do tempo de privação de liberdade para a caracterização da consumação do delito.
 
No sentido de que configura-se ainda que em um curto período de tempo, Fernando Capez e Guilherme de Souza Nucci.
Conflito de leis penais no tempo.
Vide Verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal
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Figuras Qualificadas.
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos.
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; 
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias.
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; 
V - se o crime é praticado com fins libidinosos. 
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§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
4. Redução a condição análoga à de escravo. 
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
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Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; 
II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 
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Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. 
 
Configura-se como a sujeição de uma pessoa ao poder de outra.
A exposição de motivos do Código Penal (item 51) em consonância com o disposto no art.4º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) como o fato de suprimir de alguém, de fato, o status libertatis, sujeitando o agente ao seu completo e discricionário poder.
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Classificação doutrinária. comum, material, de forma vinculada, permanente, de dano, plurissubsistente. 
Somente apresenta o especial fim de agir na figura do §1º.
 Controvérsia:
Competência para processo e Julgamento.
O Supremo Tribunal Federal tem entendimento no sentido de que seja competência da Justiça Federal (art.109, IV, da Constituição da República).
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Conflito aparente de normas com delitos previstos na Legislação Extravagante.
Lei n.8069/1990 – art.230.
Lei n.4898/1965 – art.3º, a e art.4º, a, i.
Lei n.9455/1997 – art.1º, §4º.
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5. Invasão de dispositivo informático. (Lei Carolina Dieckmann) Art.154-A, do Código Penal.
Art. 154-A.  Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:      (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)     
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.        (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)     Vigência
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§ 1º  Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput.        
§ 2º  Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo econômico.   
3º  Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido:        
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.        
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     § 4º  Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou informações obtidos.        
§ 5º  Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado contra:        
I - Presidente da República, governadores e prefeitos;        
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;       
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; ou        
IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal.      
       
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.        
Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo. Sujeitos do delito. 
O objeto jurídico desta infração é a privacidade individual ou profissional armazenada em dispositivo informático sendo um desdobramento do direito fundamental previsto no art.5º, X CRFB/1988.
B) Classificação doutrinária. 
Delito comum, formal, de forma livre, instantâneo, de dano, plurissubsistente.
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Confronto com os delitos contra a honra, patrimônio e dignidade sexual praticados pela rede de computadores
 Ação Penal
Art. 154-B.  Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços públicos.
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CASO CONCRETO
Manoel invadiu o computador de Paulo sem autorização deste e alterou várias informações do proprietário do computador, inclusive violando indevidamente seu mecanismo de segurança, em troca de um carro. Assim, Manoel: (Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES). 
 a) não praticou crime. 
 b) praticou o crime de invasão de dispositivo informático (artigo 154-Ado CP). 
 c) praticou o crime de estelionato (artigo 171 do CP). 
 d) praticou o crime de inserção de dados falsos em sistema de informação (artigo 313- Ado CP). 
 e) praticou o crime de modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (artigo 313-B do CP).
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