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DISCIPLINA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL I PROFA DRA ANDRÉA PEREIRA VICENTINI UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS – UFGD FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FCS CURSO DE NUTRIÇÃO INTRODUÇÃO • Profissão do Nutricionista surgiu no Brasil em 1938 e no mundo no séc. XVII. • A profissão não se prendeu apenas ao setor de saúde – atende as expectativas sociais nos campos da vigilância nutricional e alimentar (assistência à indivíduos ou grupos populacionais), de marketing em alimentação e nutrição. • Atribuição do nutricionista Resolução CFN nº380/05 – prestar assistência dietética e promover educação nutricional a indivíduos, sadios ou enfermos, em níveis hospitalar, ambulatorial, domiciliar e em consultórios de nutrição e dietética, visando a promoção, manutenção e recuperação da saúde. DEFINIÇÕES X RELEVÂNCIA • Avaliação Nutricional segundo a American Dietetic Association, é “a abordagem para a definição do estado nutricional utilizando as histórias médica, alimentar e medicamentosa, o exame físico, as medidas antropométricas e os exames bioquímicos”. • Segundo a Lei nº8234/91 do Ministério do Trabalho que regulamenta a profissão ...é atribuição do nutricionista a realização da avaliação nutricional na prática clínica, estabelecendo o diagnóstico nutricional. DEFINIÇÕES X RELEVÂNCIA • Avaliação Nutricional surgiu em 1936 na área hospitalar – Studley relacionou perda de peso com aumento de complicações pós-operatórios, sendo estabelecido o primeiro indicador de risco nutricional. • Risco nutricional é qualquer situação em que há presença de fatores, condições ou diagnósticos que possam afetar o estado nutricional do indivíduo. DEFINIÇÕES X RELEVÂNCIA • Segundo a portaria 337/99 da ANVISA revogada com a Resolução 63/00 compete ao nutricionista como membro da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN), “realizar a avaliação do estado nutricional do paciente, utilizando indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência nutricional [...] e a adequar a prescrição dietética, em consenso com o médico, com base na evolução nutricional e tolerância digestiva...”. Estado Nutricional • Excelente indicador de qualidade de vida • Proporciona subsídios para intervenção nutricional adequada • Promover uma vida mais saudável • Levar ao bem-estar da comunidade. EMENTA Métodos e técnicas de avaliação do estado nutricional de indivíduos e coletividades. Avaliação antropométrica e métodos de avaliação da composição corporal. OBJETIVOS Geral Capacitar o aluno a realizar a avaliação do estado nutricional de indivíduos e coletividades. Específicos •Relacionar os parâmetros de avaliação nutricional no que tange os aspectos ligados à nutrição; •Identificar o método de avaliação nutricional adequado de acordo com a faixa etária; •Emitir o diagnóstico nutricional de acordo os dados coletados na avaliação nutricional; •Conhecer e manusear as diversas tabelas de referências; •Identificar as pregas cutâneas e circunferência utilizada na avaliação antropométrica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ACCIOLY, Elizabeth; LACERDA, Elisa Maria de Aquino; SANDERS, Claudia . Nutrição em obstetrícia e pediatria . 2. ed. (Rev. Atual.). Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2012. 657p. NACIF, Márcia; VIEBIG, Renata Furlan . Avaliação antropométrica no ciclo da vida: uma visão pratica. 2. ed. São Paulo, SP: Metha, 2011. 168p. TIRAPEGUI, Júlio; RIBEIRO, Sandra Maria Lima. Avaliação Nutricional - Teoria e Prática. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2009. ROSSI, Luciana; CARUSO, Lúcia; GALANTE, Andrea Polo. Avaliação Nutricional: novas perspectivas. São Paulo: Roca/Centro Universitário São Camilo, 2008. COMPLEMENTAR GUEDES, Dartagnan Pinto ; GUEDES, Joana Elisabete Ribeiro . Controle do peso corporal : composição corporal, atividade física e nutrição. 2. ed.. Rio de Janeiro : Shape, 2003. 327p. VASCONCELOS, Francisco de Assis Guedes de. Avaliação nutricional de coletividades. 4. ed. Florianópolis: Ed. UFSC, 2008 VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. 628p. VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – SISVAN: orientações básicas para coleta, processamento, análise de dados e informações em serviços de saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. SITES DE INTERESSE • CDC – Centers for Disease Control and Prevention http://www.cdc.gov/ • OMS – Organização Mundial de Saúde http://www.who.int/en/ • Departamento de Agricultura dos Estados Unidos http://www.usda.gov/ • Ministério da Saúde http://www.saude.gov.br • Sites para levantamento bibliográfico http://www.biblioteca.btu.unesp.br/ http://www.scielo.br/ http://www.bireme.br/ CONCEITOS, COMPONENTES E IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ESTADO NUTRICIONAL Definição “Condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas mediante estudos físicos (antropometria), bioquímicos, clínicos e dietéticos (CHRISTAKIS, 1973 – Associação Americana de Saúde Pública). “É o grau pelo qual a necessidade fisiológica de nutrientes do indivíduo está sendo atendida através do alimento que ele está ingerindo (equilíbrio entre a ingestão e o gasto ou necessidade de nutrientes).” Reflete o grau pelo qual as necessidades fisiológicas de nutrientes estão sendo atendidas ESTADO NUTRICIONAL CONDIÇÃO DO ORGANISMO FATORES BIOPSICOSOCIAIS Utilização NECESSIDADE RELATIVA Ingestão Absorção E S T A D O N U T R I C I O N A L Consumo ou ingestão alimentar Necessidades ou Gastos nutricionais (ou Utilização dos nutrientes) Normalidade Nutricional “Normal” Insuficiência do Consumo Carências Nutricionais Excesso ou desequilíbrio de consumo Distúrbios Nutricionais DPC Anemia Ferropriva Hipovitaminose A Bócio endêmico Cárie dental Outras carências nutricionais Obesidade Diabetes Dislipidemias Hipertensão Certos tipos de câncer Outras DCNT AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • Identificar um grupo de pacientes determinações nutricionais adicionais; • Estabelecer valores básicos para avaliar a eficácia de regimes nutricionais; Finalidade • Promover um sistema para reconhecimento precoce da probabilidade de riscos de saúde devido a fatores nutricionais A B C D da Avaliação Nutricional D – Dietética, inquéritos alimentares (freqüência, recordatório, registro alimentar) B – Exames Bioquímicos A – Antropometria ou exame físico (peso, altura, circunferências, pregas cutâneas) C – Exame Clínico, especialmente sinais de desnutrição (face, cabelos, dentes, pele, etc) • Existem diversas opções e fórmulas que refletem: - compartimentos de composição corporal - estado visceral - imunidade - capacidade funcional do organismo • Não existe ainda avaliação nutricional ideal • Algumas podem ser realizadas por qualquer profissional de saúde (treinado/uso de protocolos definidos e testados) AVALIAÇÃO NUTRICIONAL “É o profissional da saúde, capacitado por sua formação a atuar articulando os conhecimentos biológicos, políticos, econômicos e sociais, em todasas áreas em que a alimentação e a nutrição são fundamentais para prescrever, promover e recuperar a saúde de indivíduos e grupos populacionais, contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida” NUTRICIONISTA Avaliação Nutricional – Papel do Nutricionista • Fazer a avaliação Nutricional • Emitir diagnóstico nutricional Hipótese diagnóstica Nutricional – HDN • Estabelecer a conduta nutricional • Intervenção nutricional • Sugestões de cardápio PLANO DO CUIDADO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS ORIENTAÇÃO DIETOTERÁPICA INDIVIDUALIZADA REAVALIAÇÃO DAS CONDUTAS MONITORIZAÇÃO REABILITAÇÃO NUTRICIONAL DIAGNÓSTICO DO ESTADO NUTRICIONAL OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL Normalizar o estado nutricional Atingir ou manter o peso corpóreo desejado Contribuir na melhor adaptação das alterações fisiológicas Contribuir no tratamento de enfermidades agudas e crônicas Orientação nutricional Educação nutricional Melhorar a qualidade de vida Avaliação Nutricional • Variáveis (mensuráveis) Quantitativas: peso, altura, idade Qualitativas: sexo • Indicadores (relação entre 2 variáveis) IMC – Índice de Massa Corporal (peso/altura2 – kg/m2) P / I – peso por idade E / I – estatura por idade P / E – peso por estatura Relação Cintura / Quadril • Padrão de Referência (referencial ou padrão) NCHS – National Center for Health Statistics CDC – Centers for Disease Control and Prevention Frisancho Grupos por Faixa Etária – Estágios de Vida • Recém-nascido: 0 a 28 dias • Crianças: - Lactente: 29 dias ├ 2 anos - Pré-Escolar: 2 ├ 7 anos - Escolar: 7 ├ 10 anos • Adolescentes: Meninas Meninos - Pubescência - Puberdade - Pós-puberdade • Adultos: acima de 21 a 64 anos • Idosos: 65 anos - Idosos jovens: 65 ├ 75 anos - Idosos: 75 ├ 85 anos - Idosos mais velhos : 85 anos 1ª IDADE Rodrigues & Rodrigues, 1999 2ª IDADE 3ª IDADE Schlenker, 1998 10 ├ 12a 12 ├ 14a 14 ├ 18a 12 ├ 14a 14 ├ 16a 16 ├ 21a Brasil (2011) • Crianças <10 anos • Adolescentes ≥10 a <20 anos • Adultos ≥ 20 a <60 anos • Idosos 60 anos MÉTODO IDEAL ? AVALIAÇÃO NUTRICIONAL • aquele que melhor detecte o problema nutricional que se pretende corrigir na população em estudo • custos para sua utilização • o nível de habilidade pessoal requerido para aplicá-lo adequadamente • o tempo necessário para executá-lo • a receptividade por parte da população estudada • possíveis riscos para a saúde ESCOLHA DO MÉTODO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL UNIFORMIDADE DE CRITÉRIOS empregados pela EQUIPE DE SAÚDE para cada FAIXA ETÁRIA Erros na avaliação nutricional • Inexperiência na coleta de dados • Interpretações errada (cálculos) • Equipamentos mal calibrados • Padrões de referências inadequados AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Métodos Diretos Métodos Indiretos Antropometria Testes Laboratoriais Testes Clínicos Inquéritos Alimentares Estudos Demográficos Inquéritos sócio- econômicos e culturais Peso, altura, prega cutânea, perímetros Braquial, cefálico e torácico, peso ao nascer, peso gestacional, IMC, etc. Hemoglobina, albumina, transferrina sérica, nitrogênio e uréia urinários, etc. Sinais clínicos e sintomas Morbidade Mortalidade Salário Renda familiar Ocupação Escolaridade, hábitos, saúde, etc.
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