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Controle de constitucionalidade difuso const III

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO – CAMPUS LAPA
 Trabalho de Direito Constitucional III, Professor: Ivano Hermann. 
4º. Período – Direito - Manhã
 Alunas: Dalila Reis 2210030
Laís Oliveira 2210350
RIO DE JANEIRO 18 DE SETEMBRO DE 2015
Controle de constitucionalidade difuso
Origens
O Controle de constitucionalidade difuso surgiu nos Estados Unidos da América em 1803 no caso Marbury contra Madison. No Brasil, o controle de constitucionalidade difuso foi previsto em leis federais após a proclamação da República em 1891.É uma das espécies de controle de constitucionalidade realizadas pelo poder judiciário. Define-se como um poder-dever de todo e qualquer órgão do poder judiciário, a ser exercido no caso concreto em qualquer grau de jurisdição ou instância.
O controle de constitucionalidade se justifica pela necessidade de se manter a compatibilidade da legislação de nível inferior com as normas constitucionais, que funcionam como normas supra-legais a garantir que a vontade do Poder Constituinte Originário não seja alterada pela vontade do legislador ordinário, preservando os valores e princípios fundamentais adotados pelo Estado, assegurando estabilidade e segurança jurídica.Diz respeito a liberdade dos indivíduos, com as garantias e direitos fundamentais do ser humano, representando a única forma realmente eficaz de garantia do Estado de Direito e de seus valores.Através dele se torna possível avaliar a compatibilidade das normas infraconstitucionais, preservando e aprimorando o sistema, seja pelo afastamento das normas incompatíveis, seja pela vinculação a uma interpretação adequada, de forma a resguardar e fortalecer a legitimidade da Constituição como Lei Fundamental.
Pressupõe, assim, um sistema normativo, ou seja, a hierarquia das leis e a adoção de Constituição escrita e rígida, além da existência de ao menos um órgão incumbido de exercer esse controle.
Controle Difuso
 Relativamente ao número de órgãos, o controle de constitucionalidade compreende basicamente três tipos de sistema: o difuso, que é deferido a qualquer juiz ou tribunal, de forma que coincide sempre com o controle jurisdicional; o sistema concentrado, deferido a órgão único, por vezes distinto do Judiciário, de modo que pode consistir em um controle político; e o sistema misto.
O sistema de controle difuso, também denominado descentralizado, por via de exceção ou indireto, tem espeque no caso Madison versus Marbury (1803) julgado pelo juiz Marshall da Suprema Corte norte-americana. Por esse sistema a inconstitucionalidade é apreciada diante de casos concretos, como questão prejudicial ao julgamento do mérito, competindo a qualquer juiz ou tribunal se posicionar a respeito, podendo reconhecer a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo argüido de vício, porém sempre incidenter tantum, pois o objeto principal da ação, nestes casos, não é a declaração de inconstitucionalidade, mas a relação jurídica instaurada entre autor e réu.
Sistema de controle no brasil 
No Brasil o controle de constitucionalidade é repressivo e jurisdicional, não obstante também haja previsão do controle preventivo jurisdicional, na hipótese de argüição de vício formal no processo legislativo, por iniciativa parlamentar[6]; bem como do controle preventivo político, exercido tanto pelo Legislativo através de suas comissões (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara dos Deputados), como do Executivo, por ocasião da sanção ou veto presidencial.
O sistema de controle é misto, compreendendo: o controle difuso, mediante a discussão da inconstitucionalidade como questão incidental em qualquer ação, e no caso de omissão legislativa, por intermédio de mandado de injunção[7]; e o controle concentrado, via ação de inconstitucionalidade direta genérica, por omissão e interventiva (quando federal), ação declaratória de constitucionalidade e argüição de descumprimento de preceito fundamental.
No controle difuso a iniciativa cabe a qualquer interessado, e a competência a qualquer juízo. No controle concentrado a legitimação é mais restrita, previamente determinada pelo texto constitucional, e a competência originária é exclusiva do Supremo Tribunal Federal. 
Em razão da ampliação do rol de legitimados à propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade pela Constituição Federal de 1988, e da criação da Ação Declaratória de Constitucionalidade pela EC 03/93, alguns doutrinadores afirmam a proeminência do sistema concentrado de controle.
A origem histórica do controle de constitucionalidade difuso coincide com a origem histórica da própria concepção judiciária do controle de constitucionalidade das leis.[8]
Surgiu nos Estados Unidos da América em 1803 com a famosa decisão da Suprema Corte norte-americana sobre o caso Madison vs. Marbury[9], na qual o Tribunal se manifestou com absoluta clareza e precisão sobre a questão da hierarquia das leis e da supremacia da constituição, asseverando caber ao Judiciário corrigir eventual incompatibilidade das normas inferiores com a Lei Maior, invalidando-as, argumentando que ainda que aquela Corte não detivesse características legislativas, cabia-lhe certamente zelar pela Lei Fundamental do País, afinal, não se poderia admitir que a vontade do constituinte originário fosse suprimida pela vontade do legislador ordinário.
Forte na superioridade das normas constitucionais, o Chief Justice Marshall, relator na ocasião, afirmava que se o Congresso e o Presidente, aos quais competia a tarefa de edição e validação das normas, não haviam atentado para a incompatibilidade da norma com a Constituição, caberia então ao Poder Judiciário, na análise de cada caso concreto que lhes fosse submetido, refutar a norma contrária à Constituição, pois se sobrepunha ao confronto temporal o confronto hierárquico, e em face da superioridade do diploma constitucional, não haveria outra solução que não decidir-se pela invalidação da norma inferior ante a inconstitucionalidade verificada. 
Nascia assim, o controle de constitucionalidade das leis e atos normativos, originalmente, como se vê, na modalidade difusa, conquanto admitia a apreciação acerca da compatibilidade das normas ordinárias em face da Constituição por qualquer juiz ou tribunal.[10] 
O controle difuso foi também o primeiro método de controle de constitucionalidade adotado no Brasil e consta do ordenamento nacional desde a Constituição de 1891, embora tenha sido instalado de forma efetiva somente em 1894, por conta da Lei federal n° 221, que previa a competência ampla de juízes e tribunais para apreciarem a validade das leis e atos normativos perante os casos concretos, permitindo que deixassem de aplicá-las quando as entendessem contrárias à Constituição.
Com algumas implementações, o controle difuso permaneceu em todas as nossas constituições subseqüentes como sistema exclusivo, pois somente a partir de 1965 o sistema passou a ser qualificado como misto, devido à inclusão do controle do tipo concentrado. [11]
Como já referido, o controle difuso se caracteriza pela permissão a qualquer juiz ou tribunal de mediante um caso concreto, manifestar-se acerca de eventual incompatibilidade de lei ou ato normativo com a Constituição Federal. A inconstitucionalidade nestes casos é decidida de forma incidental, como questão prejudicial, indispensável ao julgamento do mérito.
Destarte, pela via de exceção, a inconstitucionalidade geralmente aparece como fundamento do pedido, questão subjacente da qual depende o deslinde do caso, subsumido de uma forma ou de outra à prévia análise da compatibilidade ou não de dispositivo infraconstitucional pretensamente contrário a Lei Maior.[12] 
Em razão da análise da constitucionalidade ser procedida incidentertantun e ter por objeto uma situação jurídica concreta, diferentemente do que ocorre no controle concentrado onde a decisão do tribunal produz efeitos erga omnes e vinculantes, na via difusa esses efeitos só se operam “inter partes”, de modo que a lei ou ato permanecem válidos e obrigatórios em relação a terceiros.
Assim, a finalidade do controle difuso, a priori, não é a de retirar a norma eivada de vício do ordenamento jurídico, mas antes disso, a de possibilitar a defesa de direitos subjetivos prejudicados em face de normativo inconstitucional. 
Pelo sistema brasileiro, a via de defesa pode ser utilizada tanto por meio de ações ordinárias, quanto por intermédio de ações constitucionais, como o hábeas corpus e o mandado de segurança[13]. O controle pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, e pelo Supremo Tribunal Federal via recurso extraordinário, hipótese em que há a possibilidade de ampliação dos efeitos da decisão.
 Efeitos
Os efeitos da decisão, quando a inconstitucionalidade é declarada em via difusa, são ex tunc, ou seja, retroativos, e inter partes, visto que só aproveitam as partes entre as quais é dada, não prejudicando nem beneficiando terceiros. Para estes, a lei ou ato normativo continua valendo, com força vinculante e obrigatória. 
Se a causa chegar até o Supremo por meio de recurso extraordinário, e este declarar a inconstitucionalidade, essa decisão poderá ter seus efeitos ampliados, conforme previsão do art. 52, inciso X, da Constituição Federal. Nestes casos, o Pretório Excelso após o trânsito em julgado da decisão, deve oficiar o Senado Federal para que suspenda a execução da lei ou ato normativo declarado inconstitucional por decisão definitiva daquela Corte. A suspensão é feita mediante resolução, a partir da qual os efeitos se operam erga omnes e ex nunc, valendo para todos os que não participaram do processo, mas somente a partir da publicação.
Um dos fundamentos do controle de constitucionalidade é
a proteção dos direitos fundamentais, inclusive e sobretudo
os das minorias, em face das maiorias parlamentares eventuais.
Seu pressuposto é a existência de valores materiais compartilhados
pela sociedade que devem ser preservados das injunções estritamente políticas. A questão da legitimidade democrática do controle judicial é um dos temas que têm atraído mais intensamente a atenção dos juristas, cientistas políticos e filósofos da Constituição.
A semelhança com o controle concentrado reside no fato de que o
exame realizado pelo plenário ou órgão especial em nada se diferencia do
exame procedido em sede de ação direta de inconstitucionalidade ou ação
declaratória de constitucionalidade, em que o controle é de caráter objetivo,
sem se importar com o caso concreto.
Através do controle difuso de constitucionalidade, o Juiz ou Tribunal
verificam se as normas aplicáveis ao caso concreto posto à sua apreciação
estão ou não em conformidade com o texto constitucional, deixando de aplicar aquelas contrárias à Constituição.

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