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RESUMÃO DE DIREITO PENAL Crimes contra o patrimônio (art. 155 a 170 do CP) Segundo o Código Civil PATRIMÔNIO protege os bens(fungíveis, infungíveis) materiais Ex: Espécies, dinheiro, coisa de valor econômico PATRIMÔNIO: Para a proteção Penal: Protege todos os direitos reais com valor econômico, os obrigacionais e também os créditos, não envolve somente valor econômico, mas também valor sentimental. Ex: O cidadão que tem uma caneta que foi fabricada a muito tempo, não funciona mais, ela tem valor sentimental. Direito Real: Casa, celular, carro... Direito obrigacional: Guarda o material de construção de uma empresa Crédito: Cometer o furto de um valor de uma conta e não devolver. Ex: Comete furto quem tira dinheiro de uma conta, ou quem deveria repassar e não repassa. FURTO: Só ocorre se usar o verbo “subtrair”, diminuir- Art. 155 “ Subtrair para si ou para outrem coisa alheia. Pena: Reclusão: 1 a 4 anos e multa § 1º, 2º e 3º Código Penal Furto qualificado § 4º, I, II, III, IV, e 5º Furto de coisa comum-Art. 156 OBS: O crime de furto não tem violência na previsão legal BEM JURÍDICO: Protege a posse e a propriedade, mesmo que não seja dono, mas sendo responsável pelo objeto, a pessoa também é vítima. Crime ambiental e contra o patrimônio SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa, crime comum, pois qualquer pessoa pode praticar o crime, desde que não tenha a posse, pois se for posse, configura apropriação indébita SUJEITO PASSIVO: Pode ser: Imediato: É o detentor da posse, do objeto(possuidor) Mediato: É o proprietário que não detém a posse Elemento subjetivo: Somente o dolo, não há figura culposa Consumação: Para que o crime esteja consumado, o sujeito ativo tem que se apropriar do objeto de forma mansa e pacífica. Basta que haja a posse repentina por pouco tempo do objeto. Obs1: No ano de 2010, o STF adotou o seguinte entendimento: Não havendo a posse mansa e pacífica, ainda assim há consumação Obs 2: Mesmo que haja a pouco tempo! Houve a consumação por circunstâncias alheias à vontade do autor. Tentativa: Quando ocorre por circunstâncias alheias à vontade do autor, ou seja; o sujeito não chega à consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente. Ação Penal: Pública incondicionada Competência: Juízo comum Forma qualificada: art. 155, § 4º, I “Obstáculo-derrubar uma cerca, quebrar uma porta, janela, quebra de para-brisa de um carro. Reclusão de 2 a 8 anos II- Furto com abuso de confiança: O sujeito ativo dissimula; frauda, engana para ter que furtar Ex: faxineira que entra no quarto da patroa e leva uma joia *Escalada: Para subir no telhado e de lá entrar na casa * Destreza: habilidade com as mãos do sujeito ativo, demais ligeiro para subtrair um objeto Ex: No ônibus com a carteira para tráse pegam furto qualificado III- Com emprego de chave falsa- Uso de uma chave mestra IV- Levar um comparsa- “ Concurso especial de pessoas”, Vai qualificar o crime Tem forma majorada no § 1º e § 5º OBS: existe forma majorada em concurso de furto no § 1º e § 5º O Código Penal, no art. 155, § 1º “ trata “o repouso noturno” que é diferente de furto noturno. Nesse caso, temos duas correntes: Segundo o entendimento do STJ quanto ao furto noturno: De acordo com o STJ- Repouso só é qualificadora se o fato ocorre após às 22h até 6h da manhã, independentemente e a casa ou empresa habilitada ou não, se a vítima está dormindo ou não. O que vai contar é o período. SE o fato ocorreu antes das 22h, é furto simples, sem causa de aumento. No § 2º, art 155- Se o criminoso é primário e de pequeno valor. O juiz pode diminuir a pena ou aplicar pena de multa. Se ele é primário, aplica-se o privilégio. BS: Coisa de pequeno valor é DIFERENTE de coisa insignificante. Isso implica que afirmar que objeto de menor valor não ultrapassa a 01 salário mínimo. COISA INSIGNIFICANTE é objeto sem valor algum, o comportamento do autor tem que ser inexpressivo e quase irrelevante para a sociedade. SÚMULA 511/STF: O furto privilegiado é aplicado tanto para furto simples quanto para o qualificado. § 5º causa de aumento de pena, art. 155, fala apenas de aumento de pena se o furto é direcionado a um objeto automotor, forma majorada especial. FURTO DE USO: Não é punível no Brasil. Apenas usa o objeto, não chega a subtrair para si ou para outrem porque não quis ficar com o objeto ou levar. EX: Se a pessoa utiliza um carro para dá uma volta e o Detram recolhe, ele não volta para o dono, configura crime. FURTO FAMÉLICO: Furtar para alimentar outro. Excludente de ilicitude, estado de necessidade. FURTO ABIGEATO: Furto de gado § 3º Furto de equiparação: É chamado “gato”, significa desviar energia elétrica para não pagar a conta. Ex: gato de energia, internet, água... USURPAÇÃO: Vender água CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO-DANO(ART. 163 DO CP) CRIME PLURINUCLEAR-APROPRIAÇÃO INDÉBITA(ART.168 CP) Estelionato(art. 171) Receptação(art.180) Ação Penal e competência: Pública e incondicionada, se simples, Lei 9.099, se for competência simples. Elemento subjetivo: Sujeito ativo: qualquer pessoa, tanto quem está na Posse ou quem tem a propriedade. POSSE IMEDIATO: Quanto tem a propriedade. SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa CONSUMAÇÃO: Com a destruição, inutilização e deteriorização TENTATIVA: É possível quando não chega a destruir a coisa alheia O dano simples é o qualificado do inciso IV do art.163(CP) FORMA QUALIFICADA: Parágrafo Único: 163 majorada, equiparada privilegiada NA APROPRIAÇÃO INDÉBITA, art. 168 CP, o dono não está mais com a posse e a outra pessoa não devolve. A posse da coisa ocorre antes e que foi entregue involuntariamente pelo proprietário. No furto, o possuidor está com o objeto e a pessoa tira dele. O macete é a posse! Ex: Laura tem um celular de 3.000 e empresta para Gabi que usa e o pede emprestado até o outro dia. A Gabi gosta tanto do celular que no dia seguinte, ao invés de devolver fica com ele. Ela já estava na posse. OBS: No furto é depois! FURTO-----------------------------------------------APROPRIAÇÂO INDÉBITA-AR 168 CP Posse(depois) Posse(antes) Ação Penal no crime de apropriação indébita é pública incondicionada Competência: Juízo comum Consumação: A apropriação está consumada com a posse em definitiva Tentativa: É possível Ex: O celular está na posse de um infrator, ele resolve não devolver e a vítima antes toma conhecimento que ele não quer devolver e o toma de volta. Elemento subjetivo: Somente o dolo, não tem crime culposo, só cabe a vontade de se apropriar em definitivo da coisa. Sujeito ativo: Crime comum: Qualquer pessoa Sujeito passivo: Qualquer pessoa. Quem está na posse é mediato, quem tem a propriedade é imediato FORMA QUALIFICADORA: NÂO TEM FORMA MAJORADA: Art. 168, § 1º, III Advogado que se apropria do valor da causa do cliente e não o entrega, pega através de um alvará judicial. “ Em decorrência do ofício, emprego, profissão”. Forma equiparada e privilegiada: Não tem APROPRIAÇÂO DE COISA ALHEIA Ação penal: Pública e incondicionada Elemento subjetivo: Somente o dolo Sujeito ativo: Aquele que tem a responsabilidade de fazer o repasse; só aquele que tem o poder de decisão Consumação: Quando não há o repasse Tentativa: Em tese, apenas é possível. Quando não se repassa dentro do prazo legal, o crime está consumado. Forma privilegiada: § 3º-art. 168-A Existe algumas condições para que o sujeito ativo receba- I, II Art. 169 CP A coisa pertence a alguém, mas não foi passada, por motivo forçado. Ex: A chuva alagou a casa, a família abandonou e quando a água baixou alguém se apropriou. Art. 171. Estelionato Conceito: Alguém que usa de um meio fraudulento para obter vantagem indevida Ex: Irene que usava de meios fraudulentos, dizia para Eugênio que estava grávida para que ele a comprasse um apartamento e a mobilhasse. Usou de um método ardil e fraudulento OBS: Obter vantagem indevida, não interfere no patrimônio da vítima Ação Penal: Pública incondicionadaCompetência: Juízo comum( Pena de 1 a 5 anos) Elemento subjetivo: dolo(enganar alguém para obter vantagem indevida), não admite a forma culposa. Sujeito ativo: Qualquer pessoa Sujeito passivo: No estelionato só se consuma quando ocorre a obtenção da vantagem, desde que não haja circunstâncias alheia. Ex: O rapaz se juntou com a mulher mais velha, ele enganou a idosa e o fez assinar um documento para que transferisse para ele a propriedade, mas ao chegar Tentativa: antes disso, ou seja; no estelionato ele, só se consuma quando ocorre quando ocorre a obtenção da vantagem. FURTO QUALIFICADO MAJORADA? Não tem FURTO PRIVILEGIADO? § 1º, “pode diminuir a pena ou substitui-la por multa” TEM FORMA EQUIPARADA: Art. 171, § 2º, I (Disposição de coisa alheia como própria) Ex: Locar coisa alheia como própria -ESTELIONATO, § 2º, II Ex: Quem compra um carro, vende para um terceiro, mas o carro está alienado ao banco RECEPTAÇÂO: Adquirir, receber, transportar ou ocultar coisa que saiba ou deveria em proveito próprio, que aquilo é produto do crime. Ação Penal: Pública incondicionada Competência: Juízo comum Pena: de 1 a 4 anos, mais multa Elemento subjetivo: doloso, mas no § 3º admite a forma culposa. É o único me contra o patrimônio que admite a forma dolosa e culposa. A forma culposa não está expressa como os outros crimes, mas ele existe, porque a conduta leva à presunção da culpa. Ex: Comprar um celular por um preço desproporcional ao seu valor, presume-se que o produto é do crime. SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa SUJEITO PASSIVO: Qualquer pessoa: IMEDIATO MEDIATO CONSUMAÇÂO: É POSSÍVEL FORMAS QUALIFICADA: Quando o sujeito adquire, recebe, transporta, acrescentar atividade comercial( Receptação qualificada). Tentar vender o produto do crime FORMA MAJORADA EQUIPARADA PRIVILEGIADA: § 5º CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
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