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Direito
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2Unidade 2
Da empresa e das pessoas que a 
exercem
Para iniciar seus estudos
Olá! Seja bem-vindo(a) ao estudo da Unidade 2: da empresa e das pes-
soas que a exercem. Nesta unidade você terá a oportunidade de conhe-
cer ainda mais o universo do Direito Empresarial, pois aprenderá qual é o 
conceito de empresa e empresário, e assim poderá diferenciá-los. Além 
disso, verá a função social de empresa e empresário e a funcionalidade 
dos agentes, prepostos e auxiliares do comércio e do empresário.
Fique atento e bons estudos.
Objetivos de Aprendizagem
• Conceitos de empresa e empresário. 
• Função social de empresa e empresário. 
• Agentes, prepostos e auxiliares do comércio e do empresário.
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Direito | Unidade 2 - Da empresa e das pessoas que a exercem
2.1 Conceitos de empresa e empresário
Para Coelho (2013, p. 71), segundo a definição de empresa criada pelo respeitado professor Waldirio Bulgarelli, 
empresa é a “[...] atividade econômica organizada de produção e circulação de bens e serviços para o mercado, 
exercida pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo de bens”. 
De acordo com o conceito, a empresa possui um fim comercial, pois a atividade organizada de produção e 
circulação de bens e serviços é voltada para o mercado. Assim, a definição de Bulgarelli, mencionada por Coelho 
(2013) reflete a atual Teoria de Empresa adotada pelo Código Civil de 2002, além do conceito de empresário. 
Durante anos, empresários e comerciantes eram considerados distintas classes profissionais, e isso se dava em 
razão da superada “Teoria de Atos de Comércio”, entendida no revogado Regulamento 737, de 1850, que em seu 
artigo 19, §§ 1º ao 5º, considerava como ato de comércio: 1) a compra e a venda ou troca de efeitos móveis ou 
semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na mesma espécie ou manufaturados, ou para alugar o seu 
uso; 2) as operações de câmbio, banco e corretagem; 3) as empresas de fábricas; com missões; de depósitos; de 
expedição, consignação e transporte de mercadorias; de espetáculos públicos; 4) os seguros, fretamentos, risco 
e quaisquer contratos relativos ao comércio marítimo; e 5) a armação e expedição de navios. 
Podemos perceber como a Teoria dos Atos de Comércio era uma teoria limitada, restritiva, que deixava de con-
siderar diversas figuras empresariais, mas, com os passar dos anos e o surgimento de novas atividades profissio-
nais, os legisladores, em 2002, entenderam por bem superar a Teoria dos Atos de Comércio para substituí-la pela 
Teoria da Empresa.
A Teoria da Empresa foi materializada pelos legisladores no Novo Código Civil, de 2002, que unificou formal-
mente a figura do comerciante e do empresário. Dessa forma, as expressões conhecidas como atos de comércio 
e comerciante foram substituídas para teoria da empresa e empresário.
Assim, de acordo com o atual artigo 966, do Código Civil, de 2002, considera-se empresário quem:
Exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços.
“Parágrafo único Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o 
exercício da profissão constituir elemento de empresa. (BRASIL, 2002).
A partir do conceito legal de empresário do artigo 966 do CC, podemos destacar como principais requisitos para 
ser empresário:
1) Profissionalmente e habitualidade: segundo o entendimento do artigo, para ser empresário é requisito obri-
gatório a habitualidade profissional, ou seja, que esta seja a profissão e não um simples trabalho autônomo. 
2) Efetivo exercício de atividade econômica organizada: significa que há uma finalidade lucrativa, mas é 
importante que a atividade seja organizada, do contrário teríamos a figura do profissional autônomo, como 
por exemplo, Ana é professora particular de inglês e dá classes de inglês na residência do aluno. Ana não 
exerce atividade organizada, mas individual, não sendo por isso considerada empresária, mas uma traba-
lhadora autônoma. Mas vejamos se Ana, professora de inglês, possuir 50 alunos que mensalmente deslo-
cam-se até sua casa onde são ministradas aulas de inglês. E ao chegarem os alunos são atendidos por uma 
recepcionista, realizam a matrícula e recebem os materiais didáticos elaborados por uma equipe técnica 
que presta serviços para Ana Cursos, nome registrado. As aulas ocorrem em um espaço ambientado e os 
alunos também são acompanhados por tutores. No segundo exemplo vemos que a atividade deixou de ser 
individual e autônoma para ser organizada, e neste caso Ana é considerada empresária. 
3) Produção ou a circulação de bens ou de serviços – esse terceiro requisito previsto no caput do artigo 
966 do C.C afasta-se do revogado artigo 19 do Regulamento 737, de 1850, pois como sabemos havia uma 
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restrição da incidência comercial a determinadas atividades, mas com a teoria de empresa em regra não 
há restrição à atividade econômica de cunho empresarial. Aqui recordemos este requisito como base para 
configuração de uma empresa. (BRASIL, 2002).
Mas, o que dizer dos profissionais que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística? 
Por que não são considerados empresários? 
2.1.1. Espécies de empresários 
A empresa pode ser explorada por pessoa física, denominada empresário individual, indivíduo que exerce profis-
sionalmente atividade econômica organizada (art. 966, do C.C.). Também poder ser explorada por uma sociedade 
empresária, ou seja, uma pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade cujo objeto social é a exploração de 
uma atividade econômica organizada, conforme prevê a primeira parte do artigo 983, do Código Civil, em destaque: 
Figura 2.1 – Considerados e não considerados como empresários
Recordemos:
A sociedade empresária deve constituir-se segundo um 
dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092, do C.C. 
Classificados 
como espécies 
de empresários
Desconsiderados 
como espécies de 
empresários
Empresário individual 
(art. 966, do C.C)
Sociedade empresária 
(art. 983, do C.C)
Empresa Individual de 
Responsabilidade 
Limitada (artigo 
980-A, do CC)
Quem exerce profissão 
intelectual, de natureza 
científica, literária ou 
artística (§ único, 
art. 966, do C.C). 
Faculta-se a esses 
profissionais a consti-
tuição de empresa 
individual de responsa-
bilidade limitada (art. 
980-A, § 5º, do C.C) 
Associações (art. 53, 
do C.C), fundações 
(art. 62, do C.C) e 
sociedade simples 
(art. 982, 987 a 
1.038, do C.C)
Legenda: Considerados e não considerados como empresários.
Fonte: Elaborada pela autora (2017).
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Um ponto importante a destacar é o de que, na sociedade empresária, os sócios não são os empresários, mas o 
empresário é a própria sociedade que, ao possuir o patrimônio próprio, possui a capacidade para adquirir direi-
tos e contrair obrigações. Desse modo, em caso de execução, primeiro serão executados os bens da sociedade 
empresária (art. 1.024 CC) e, no caso de empresário individual, este responderá com todos os seus bens, até 
mesmo os pessoais, pois o patrimônio pessoal do empresário individual confunde-se com o da empresa. Assim, 
podemos dizer que a responsabilidade da sociedade empresária é subsidiária e, segundo o tipo social, poderá ser 
limitada; já a responsabilidade do empresário individual é direta e ilimitada.
Com relação à responsabilidade do empresário individual casado, há divergência doutrinária. De acordo com o 
Código Civil, em seu artigo 978, “O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que 
seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônioda empresa ou gravá-los de ônus real” (BRA-
SIL, 2002). Seguindo a interpretação do artigo, caso o imóvel seja o local da empresa e residência do casal, será 
necessária a autorização, concordância do cônjuge, visto que o imóvel não é destinado unicamente à atividade-
-fim de empresa, mas também, antes disso, constitui residência conjunta do casal. Nos contratos de prestação 
de serviços nos quais as partes contratantes são empresários e a função econômica do contrato está relacionada 
com a exploração de atividade empresarial, é lícito às partes contratantes pactuarem, para a hipótese de denún-
cia imotivada do contrato, multas superiores àquelas previstas no art. 603 do Código Civil. (Lei n. 10.406/2002).
O empresário não pode opor os bens não registrados contra terceiros (C.C., art. 980). A sen-
tença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação 
não podem ser opostos a terceiros antes de arquivados e averbados no Registro Público de 
Empresas Mercantis). 
2.1.2 Da capacidade e do registro 
De acordo com o artigo 972, do Código Civil, “Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos” (BRASIL, 2002).
Incapaz pode ser empresário individual e responder com os seus bens em caso execução? Veja o que disciplina o 
caput do artigo 974, do Código Civil: 
Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa 
antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. § 2o Não ficam 
sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da 
interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que con-
ceder a autorização. (BRASIL, 2002).
Segundo a leitura do caput do artigo 974, do C.C., fica clara a regra de continuidade, assim, o incapaz, por meio 
de representante ou devidamente assistido, pode continuar a empresa, logo, não é permitido a este iniciar a 
empresa. Além disso, perceba que § 2o do mesmo artigo é uma exceção à regra geral, pois, como sabemos, em 
caso de execução, o empresário individual responderá com os seus bens, inclusive os pessoais, no entanto, 
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segundo o § 2o do art. 974, do C.C., no caso do empresário individual incapaz, haverá uma separação patrimonial, 
não fazendo parte os bens que o incapaz já possuía ao tempo da sucessão ou da interdição. 
O § 3º do artigo 974, do C.C., lista alguns pressupostos a serem cumpridos no caso de sócio 
incapaz. É ainda oportuno observar o que diz a Lei nº 11.101/2005 sobre a falência e o Enun-
ciado 197 da CJF em relação ao menor emancipado ser empresário. Vale destacar que a pala-
vra concordata, prevista no Enunciado 197 da CJF, deve ser lida como recuperação, haja vista 
as alterações do Código Civil e do Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.cjf.
jus.br/enunciados/enunciado/380>. 
Com relação aos impedidos, o Código Civil não admite o exercício da atividade empresarial, mas também não 
afasta a sua responsabilidade, respondendo os impedidos pelas obrigações assumidas, incidindo inclusive em 
falência (Lei nº 11.101/05). Além disso, os impedidos, desde que não exerçam o cargo de administração, poderão 
integrar os quadros sociais como acionistas ou sócios. São impedidos de exercer empresa: 
• Funcionários públicos civis da União, estados, municípios e Distrito Federal (Lei nº 8.112/90, art. 117, 
inciso X);
• Militares das Forças Armadas e os militares da Polícia Militar que estejam na ativa; 
• Corretores, tradutores juramentados, leiloeiros, despachantes aduaneiros, cônsules, nos seus distritos, 
salvo os não remunerados, falidos, enquanto não reabilitados;
• Estrangeiros sem visto permanente;
• Magistrados, exceto como acionista ou quotista, e membros do MP;
• Chefes do Poder Executivo e membros do Poder Legislativo; 
• Etc. (vide Registro Público de Empresas Mercantis).
Para que uma empresa seja considerada empresa, é indispensável o seu registro na Junta Comercial, antes do iní-
cio de sua atividade, pois, do contrário, a atividade empresarial será considerada atividade irregular. Em razão da 
referida irregularidade, haverá a incidência das regras das sociedades em comum, ensejando responsabilidade 
ilimitada, conforme prevê o artigo 986 e seguintes do Código Civil.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede, antes do início de sua atividade [...]. (BRASIL, 2002). 
Quando tratamos de registro de empresa, outras normas legais também devem ser observadas, como o Decreto 
nº 1.800/96, a Lei nº 10.406/02 e a Lei nº 8.934/94 que, acordo com o seu artigo 32, incisos I ao III, determina 
que o registro compreenda três etapas: a matrícula e seu cancelamento, o arquivamento e a autenticação.
A matrícula trata dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de 
armazéns-gerais (inciso I do art. 32, da Lei nº 8.934/94). 
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Trapicheiro – aquele que guarda ou administra trapiches, ou seja, armazéns. 
Glossário
O arquivamento se refere aos itens previstos nas alíneas, a, b, c, d e e do inciso II, do art. 32, da Lei nº 8.934/94, 
quais sejam: dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis indi-
viduais, sociedades mercantis e cooperativas; dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata 
a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autori-
zadas a funcionar no Brasil; das declarações de microempresa; de atos ou documentos que, por determinação 
legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam 
interessar ao empresário e às empresas mercantis.
O artigo 35 da Lei nº 8.934 prevê hipóteses proibitivas para o arquivamento. Veja:
Figura 2.2 – Proibições de arquivamento 
IMPEDIMENTOS EM RAZÃO DA PESSOA QUE CONTRATA
• O titular ou administrador condenado pela prática de crime cuja pena vede o acesso à 
atividade mercantil (art. 35, II).
• O titular casado que não tiver juntado a outorga uxória ou marital, em havendo a 
incorporação de imóveis à sociedade (art. 35, VII, b).
IMPEDIMENTOS EM DEFESA DOS SÓCIOS CONTRATANTES
• Alterações societárias por decisão majoritária, quando houver cláusula restritiva (art. 35, VI).
IMPEDIMENTOS EM DEFESA DE TERCEIROS
• Atos de empresas mercantis com nome idêntico ou semelhante a outro já existente (art. 35, V).
IMPEDIMENTOS INTRÍNSECOS AO CONTRATO
• Atos de prorrogação do contrato social das empresas mercantis, uma vez findo o prazo nele 
fixado (art. 35, IV).
• Atos que colidirem com os respectivos estatutos ou contrato não modificado anteriormente 
(art. 35, I final).
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IMPEDIMENTOS FORMAIS
• Documentos que não obedecerem à forma legal, ferirem os bons costumes e a ordem pública 
(art. 35, I).
• Atos constitutivos que não designarem o respectivo capital ou não declararem precisamente 
seu objeto (art. 35, III).
• Documentos relativos à incorporação de imóveis, quando não houver descrição e 
identificação do imóvel, área, dados relativos à sua titulação e número de matrícula no 
Registro de Imóveis (art. 35, VII, a).
• Contratos, estatutos e alterações de empresas ainda não aprovadas pelo governo, quando 
esta for necessária (art. 35, VIII).
Legenda: Proibições de arquivamento.
Fonte: Negrão (2017, p. 185-186).
Segundo o professor Rubens Requião (2013, p. 161), “[...] a proteção ao nome empresarial decorre automatica-
mente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedadesou de suas alterações (art. 
1.666, do C.C.)”.
Já com relação à autenticação, esta ocorre nos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas 
e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria (inciso III do artigo 32, da Lei nº 8.934/94) e das 
cópias dos documentos assentados. Importa destacar que a autenticação é feita na folha de rosto do respectivo 
termo de abertura. 
Os empresários deverão valer-se do livro mercantil para registro de atividades da empresa, 
conforme preveem os artigos 1.179 e 1.180 do Código Civil (art. 1.179 “O empresário e a 
sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou 
não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a docu-
mentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado eco-
nômico”; art. 1.180 “Além dos demais livros exigidos por lei é indispensável o Diário, que 
pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica”). 
Segundo a doutrina, os livros dividem-se em duas categorias obrigatórias: comuns e especiais; havendo também 
os livros facultativos ou auxiliares, sendo que o empresário não é obrigado a instituir esses últimos em sua conta-
bilidade. Já o obrigatório comum deverá ser utilizado por todos os empresários, para registrar os atos da empresa, 
sob pena de sanção penal, processual ou administrativa escriturar. Nesse sentido, observe a figura a seguir: 
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Figura 2.3 – Livros empresariais/comerciais
LIVROS EMPRESARIAIS/COMERCIAIS
Livro comum e obrigatório: 
Diário
Livros obrigatórios especiais:
Livro de balancetes diários e 
balanços dos estabelecimentos 
bancários (Lei nº 4.843/65), livro 
de registro de duplicatas para 
quem as emite (Lei nº 5.474/68, 
art. 19), livro de registro de 
inventário, livro de entrada e saída 
de mercadoria dos armazéns-
gerais (Lei nº 1.102/03, art. 7º), 
livros societários obrigatórios 
(sociedades anônimas - art. 100, 
Lei nº 6.404/76) e outros
Livros facultativos ou auxiliares:
Livro Caixa, Razão, o borrador, 
estoque, obrigações a pagar e 
obrigações a receber o livro conta-
corrente e qualquer outro livro de 
criação do empresário 
Legenda: Dos livros.
Fonte: Elaborada pela autora (2017).
A exibição dos livros de modo parcial pode ser determinada de ofício ou a requerimento da parte interessada, 
sendo cabível em qualquer ação judicial. Contudo, a exibição integral somente poderá ser determinada pelo juiz 
a requerimento da parte interessada, sendo, por exemplo, cabível em ações de falência, liquidação, entre outras 
(artigo 382, do CPC).
Importa destacar que o pequeno empresário, também chamado de microempresário, é dispensado da escritura-
ção, podendo valer-se do livro Caixa e registro de inventário (art. 11, da Lei nº 8.864/94). 
Lembrando ainda que:
Art. 969 O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de 
outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova 
da inscrição originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento 
secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. 
(BRASIL, 2002).
2.1.3 Do registro do empresário rural 
O Brasil é um país de significativa exploração rural, assim, atento ao empresário rural, o legislador concedeu-lhe 
especialidades para o registro da empresa, vejamos: 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode observadas as 
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para 
todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. (BRASIL, 2002). 
Ao produtor rural foi concedida a oportunidade de escolher a condição de empresário ou de não empresário. 
Caso a firma individual, ou atos constitutivos, esteja inscrita no Registro Público de Empresas Mercantis, será o 
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Direito | Unidade 2 - Da empresa e das pessoas que a exercem
trabalhador rural considerado empresário individual ou sociedade empresária. Mas, caso o trabalhador rural opte 
por não se registrar no Registro Civil de Pessoas Jurídicas e nem se sujeitar à Lei de Falência e recuperação, ou 
outros processos, será considerado como não empresário. 
Atente para as definições de empresa rural e empregador rural das Leis nº 4.504/64 e 
nº 5.889/73. 
Considerando o privilégio concedido ao trabalhador rural, importa mencionar que os artigos 971 e 984 do Código 
Civil somente lhe serão aplicáveis caso opte por ser originariamente empresário, do contrário, não terão efeitos 
os artigos 971 e 984 do Código Civil. 
2.2. Função social da empresa e empresário 
A questão da função social da empresa e do empresário ainda é um tema bastante polêmico nos dias atuais, prin-
cipalmente tendo em vista a violação das garantias trabalhistas, a corrupção pública e privada, os interesses eco-
nômicos em abuso ao acordo estabelecido na ata de formação da empresa e a finalidade para a qual é constituída 
a empresa. Neste sentido a função social da empresa nos leva a refletir sobre elementos como: a solidariedade ou 
altruísmo, pois a doutrina moderna defende que assim como o Estado as sociedades empresárias ao promover 
emprego assumem a responsabilidade de garantir os direitos sociais e individuais de seus trabalhadores. 
Assim nesta visão mais moderna as sociedades empresárias teriam grande impacto de atuação como, por exem-
plo, em solidarizar na construção de casas e melhora na qualidade de vida de famílias que em conseqüência de 
dano ambiental causado por alguma entidade empresarial venham a padecer necessidade. 
A empresa, ao ser estabelecida, não visa tão somente ao patrimônio e ao lucro, sendo esses dois dos fatores de 
interesse para a sua constituição, mas também busca trabalhar em prol de uma responsabilidade social que não 
deve ser confundida com a finalidade social da empresa e do empresário.
O empresário, ao constituir uma empresa, deve buscar a obtenção do lucro, que é a função social da empresa, 
pois, quando esta cumpre com as normativas legais, principalmente os direitos trabalhistas e fiscais, gera lucro, 
fomenta a criação de postos de trabalho e, conseqüentemente, beneficia a coletividade na produção, distribui-
ção de bens e prestação de serviços de cunho social, ambiental, tecnológico, entre outros. 
A maioria dos doutrinadores, hoje, entende que não se analisa a propriedade separada da empresa, pois estas 
caminham juntas, sendo que a função social consiste na produção de feitos dos direitos fundamentais.
Vejamos alguns artigos que tratam da função social. 
• C.F. Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem 
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguin-
tes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre 
concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração 
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Direito | Unidade 2 - Da empresa e das pessoas que a exercem
e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tra-
tamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte. IX - tratamento 
favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede 
e administração no país.    
• Lei nº 6.404/76. Artigo 116, § Único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a com-
panhiarealizar o seu objeto e cumprir sua função social. 
• C.C. Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. 
• Lei nº 6.404/76. Art. 154. O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem 
para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função 
social da empresa. 
• C.F. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo 
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - aproveitamento racional e 
adequado; II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III 
- observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-
-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
• C.C. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-
-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. § 1o O direito de propriedade deve 
ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o 
equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. 
§ 2o  São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam 
animados pela intenção de prejudicar outrem. § 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de 
desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em 
caso de perigo público iminente. 
Segundo Coelho (2013, p. 81), a empresa cumpre a sua função social quando: 
Gera empregos, tributos e riqueza, contribui para o desenvolvimento econômico, social e cultural da 
comunidade em que atua, de sua região ou do país, adota práticas empresariais sustentáveis visando à 
proteção do meio ambiente e ao respeito aos direitos dos consumidores. Se sua atuação é consentânea 
com estes objetivos, e se desenvolve com estrita obediência às leis a que se encontra sujeita, a empresa 
está cumprindo sua função social; isto é, os bens de produção reunidos pelo empresário na organização do 
estabelecimento empresarial estão tendo o emprego determinado pela Constituição Federal. 
Podemos perceber que o conceito elaborado por Coelho (2013) engloba a questão da responsabilidade social e 
a própria função social da empresa e do empresário, demonstrando o quão ainda é polêmica a conceituação do 
tema, que é tratado por duas teorias.
• Teoria Shareholders – como a finalidade da empresa é o lucro, as atividades empresariais desenvolvidas 
devem incentivar o lucro que gere retorno aos acionistas.
• Teoria Stakeholders – essa teoria entende que a função social é cumprida quando a gestão da empresa 
engloba todos que contribuem para o desenvolvimento da empresa.
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Sobre esse tema, leia o livro do professor Alexandre Di Miceli “Governança corporativa no 
Brasil e no mundo: Teoria e prática” 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2015. E o livro Res-
ponsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentável - da Teoria À Prática - 2ª Ed. 2012, 
Barbieri, José Carlos / Cajazeira, Jorge Emanuel Reis
2.3. Agentes, prepostos e auxiliares do comércio e do 
empresário
Para que uma atividade empresarial desenvolva as atividades para as quais foi criada, não basta a figura do 
empresário, mas de outros trabalhadores que, juntamente com o empresário, possam dar vida à empresa.
Com o avanço da tecnologia, as empresas passaram a ter em seus quadros organizacionais novos estilos de auxi-
liares que, em conjunto com outros trabalhadores, permitem que o fim da empresa seja alcançado.
Para Requião (2013, p. 237), existem três categorias de auxiliares: os dependentes internos, que estariam sujeitos 
ao poder hierárquico direto do empresário (gerentes, balconistas, operários de fábricas etc.); os dependentes 
externos, aqueles como os viajantes e pracistas que se dedicam a captar clientes fora do estabelecimento empre-
sarial; e os independentes, os corretores que têm a finalidade de aproximar os empresários para que contratem 
ente si, os leiloeiros cuja função é vender mediante oferta pública as mercadorias a si confiadas e os agentes ou 
representantes comerciais.
O agente, ou representante comercial, busca fazer com que as partes estabeleçam e concluam negócios. Para 
tanto, veja o que dispõe a Lei nº 4.886/65.
Mas o que seria preponente? De acordo com o artigo 1.178, do Código Civil, “[...] os preponentes são responsá-
veis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, 
ainda que não autorizados por escrito” (BRASIL, 2002). E, segundo o seu parágrafo único, “[...] quando tais atos 
forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos 
por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor” (BRASIL, 2002).
O Código Civil destinou os artigos 1.169 ao 1.178 para disciplinar a figura do preposto, que são todos aqueles 
cujos atos concretizam a atividade empresarial. Segundo Requião (2013, p. 241), os prepostos cuja atividade 
esteja vinculada ao objetivo da empresa devem: 
Beneficiar exclusivamente ao preponente, visto que é vedado ao preposto negociar por conta 
própria, ou de terceiro, e participar de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob 
pena de responder por perda e dados e de serem retidos, pelo preponente, os lucros da operação. 
De acordo com o Código Civil, em seu artigo 1.169, “O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se 
substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas 
obrigações por ele contraídas” (BRASIL, 2002). Esse artigo segue as regras do contrato de mandato, previstas no 
artigo 667 do Código Civil. 
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Direito | Unidade 2 - Da empresa e das pessoas que a exercem
Importa destacar que:
[...] o preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, 
nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, 
sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da ope-
ração. (BRASIL, 2002, art. 1.170). 
Vale ressaltar que em tal hipótese pode configurar-se o crime de concorrência desleal, previsto no artigo 195 da 
Lei nº 9.279/96.
Caso o preposto, no exercício de suas funções, atue de modo doloso, responderá de modo 
solidário a seus preponentes, competindo ao terceiro exigir o cumprimento da obrigação 
contra o preposto ou contra o preponente. Art. 1.178 “Os preponentes são responsáveis 
pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à ativi-
dade da empresa, ainda que não autorizados por escrito” (BRASIL, 2002). 
Já o artigo 1.172 do C.C. designa o gerente como preposto, destacando que os poderes do gerente são amplos, 
mas que o empresário pode limitá-lo, quando do registro na Junta Comercial, por meio de averbação junto ao ato 
constitutivo lá arquivado ou provando que a limitação e poderes eram conhecidos daquele que contratou com o 
gerente (art. 1.174, C.C.).
O gerente é aquele que está encarregado de administrar setores, ou outros funcionários de uma empresa, mas 
não se confunde com o sócio administrador, pois este não é preposto, mas representante da pessoa jurídica, na 
qualidade de mandatário do sócio ou como seu órgão.
Além disso, o gerente recebe o nome de preposto em razão do contrato de preposição mercantil que possui ele-
mentos da prestação e do mandato que assina ao assumir a responsabilidade de ser gerente, subordinando-seàs ordens do empresário. 
Importa destacar que quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos 
os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados (art. 1.173, do C.C). E o preponente respon-
derá de modo solidário ao gerente pelos atos que este realize em seu nome, contudo, à conta do preponente. 
O contador, por exemplo, é um dos principais auxiliares do empresário, pois é um preposto responsável pela 
escrituração da empresa (C.C., art. 1.177), sendo admitida sua dispensa caso a localidade não possua contador 
habilitado: “Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista 
legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade” (art. 1.174). 
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Considerações finais
Chegamos ao final de mais uma unidade, na qual você teve a oportuni-
dade de conhecer um pouco mais sobre o ramo do Direito Empresarial. 
Então, antes de finalizarmos o estudo, recordemos os pontos principais 
aqui estudados:
1. Vimos que, de acordo com Coelho (2013), segundo Waldirio Bul-
garelli, empresa é a “[...] atividade econômica organizada de pro-
dução e circulação de bens e serviços para o mercado, exercida 
pelo empresário, em caráter profissional, através de um complexo 
de bens”;
2. A Teoria da Empresa suplantou a Teoria de Atos de Comércio e 
unificou a figura do comerciante e do empresário; 
3. Empresário, segundo o artigo 966, do C.C., é aquele que exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produ-
ção ou a circulação de bens ou de serviços;
4. Vimos que não são considerados empresários, salvo se o exercí-
cio da profissão constituir elemento de empresa, os que exercem 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, 
ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores (§ Único, 
art. 966, do C.C.);
5. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos 
(art. 972, do C.C.);
6. A empresa pode ser explorada por pessoa física, denominada 
empresário individual, indivíduo que exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada (art. 966, do C.C.). Também 
poder ser explorada por uma sociedade empresária, pessoa jurí-
dica constituída sob a forma de sociedade cujo objeto social é a 
exploração de uma atividade econômica organizada, conforme 
prevê a primeira parte do artigo 983, do Código Civil; 
7. Segundo o artigo 974 do C.C., fica clara a regra de continuidade 
da empresa pelo incapaz, por meio de representante ou devida-
mente assistido. No entanto, não é permitido ao incapaz iniciar a 
empresa;
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Direito | Unidade 2 - Da empresa e das pessoas que a exercem
8. Para que exista a empresa, é indispensável o seu registro na Junta Comercial, antes do início de sua ativi-
dade, pois, do contrário, a atividade empresarial será considerada atividade irregular;
9. O registro compreende três etapas: a matrícula e seu cancelamento, o arquivamento e a autenticação;
10. Os livros dividem-se em duas categorias obrigatórios: comuns e especiais, havendo também os livros 
facultativos ou auxiliares;
11. Ao produtor rural foi concedida a oportunidade de escolher a condição de empresário ou de não empre-
sário (art. 971, do C.C.).
12. A questão da função social da empresa e do empresário ainda é um tema bastante polêmico nos dias 
atuais. No que diz respeito a esse assunto, há duas teorias: a dos Shareholders (em que a finalidade da 
empresa é o lucro e as atividades empresariais desenvolvidas devem incentivar o lucro que gere retorno 
aos acionistas); e a dos Stakeholders (entende que a função social é cumprida quando a gestão da 
empresa engloba a todos que contribuem para o seu desenvolvimento).
13. Para Requião (2013, p. 237), existem três categorias de auxiliares: os dependentes internos, que estariam 
sujeitos ao poder hierárquico direto do empresário (gerentes, balconistas, operários de fábricas etc.); os 
dependentes externos, aqueles como os viajantes e pracistas que se dedicam a captar clientes fora do 
estabelecimento empresarial; e os independentes, os corretores que têm a finalidade de aproximar os 
empresários para que contratem ente si, os leiloeiros cuja função é vender mediante oferta pública as 
mercadorias a eles confiadas e os agentes ou representantes comerciais.
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