Buscar

TEORIA GERAL DO PROCESSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA GERAL DO PROCESSO
Aula 01
O direito processual penal é o instrumento utilizado para o exercício da jurisdição penal. 
Seu exercício é fortemente moldado pela CRFB, especialmente, para a garantia dos direitos fundamentais.
A função primordial do Direito Processual Penal é regular a persecução penal do Estado por meio de seus órgãos constituídos, para aplicação da norma penal e a consequente realização da pretensão punitiva no caso concreto, quando cabível.
TEORIA GERAL DO PROCESSO PENAL
Princípios, garantias e regras constitucionais;
Sujeitos Processuais; 
Investigação Penal;
PROCESSO PENAL
“É o conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária, e a estruturação dos órgãos da função jurisdicional e respectivos auxiliares”. (José Frederico Marques)
ESTADO
Titular exclusivo do direito de punir (poder-dever);
Poder-Dever 
Genérico, impessoal e abstrato;
Como atua o Estado, quando é cometida uma infração?
 Pretensão individualizada e concreta 
 Conflito de Interesses (Estado x Infrator)
 Lide Penal
 Atuação Jurisdicional 
QUAL A FINALIDADE DO PROCESSO PENAL?
É propiciar a adequada solução jurisdicional do conflito de interesse entre o Estado-Administração e o infrator, através de uma sequência de atos que compreendam a formulação da acusação, a produção das provas, o exercício da defesa e o julgamento da lide. (Fernando Capez)
EM QUE COMPREENDE O PROCESSO PENAL?
Procedimento
Relação Jurídica Processual (sujeitos do processo)
PROCEDIMENTO
Art. 394 CPP
Comum Ordinário
 	 Sumário
 Sumaríssimo
Especial
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL
É aquela que se estabelece entre os chamados sujeitos processuais, atribuindo a cada um direitos, obrigações, faculdades, ônus e sujeições.
Aplicam-se os chamados princípios constitucionais do processo, garantindo às partes direitos como o contraditório, publicidade, ampla defesa, juiz natural da causa e outros.
LEGISLAÇÃO
CRFB/88
Código de Processo Penal – Dec. Lei 3.689/1941
Lei 11.689/2008 (modificou o rito procedimental do júri)
Lei 11.690/2008 (alteração provas)
Lei 11.719/2008 (modificação nos ritos procedimentais)
Lei 11.900/2009 (mudanças no interrogatório)
Lei 12.015 e 12.033/2009 (tornaram pública as ações penais nos crimes contra a dignidade sexual e contra a honra (injúria-preconceito de cor, raça, origem, etnia, idade ou deficiência)
Lei 12.403/2011 (introdução de diversas medidas cautelares pessoais)
DIREITO PROCESSUAL PENAL NUMA VISÃO CONSTITUCIONAL
Perspectiva teórica do CPP – era autoritário, prevalecendo a preocupação com a segurança pública, como se o Direito Penal constituísse verdadeira política pública.
Princípio da Culpabilidade 
Periculosidade do agente
Com a vigência da CRFB/88 – direção diametralmente oposta, sendo instituído um sistema de amplas garantias individuais.
 “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”
 (art.5º, LVII CF)
O devido processo penal constitucional busca, realizar uma Justiça Penal submetida à exigência de igualdade efetiva entre os litigantes.
Processo Justo - Instrução contraditória
 - Juiz natural da causa
 - Participação efetiva defesa técnica
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS
 “Sistema”
Etimologicamente, – no viés jurídico – é o conjunto de normas, coordenadas entre si, intimamente correlacionadas, que funcionam como uma estrutura organizada dentro do ordenamento jurídico. 
É o conjunto de princípios e regras constitucionais, de acordo com o momento político de cada Estado, que estabelecem as diretrizes a serem seguidas para a aplicação do direito no caso concreto. (Paulo Rangel)
Existem 03 espécies de sistemas processuais penais:
Sistema Inquisitivo
Sistema Acusatório
Sistema Misto
SISTEMA INQUISITIVO
 A origem da nomenclatura do sistema inquisitivo vem da inquisição (Santa Inquisição – Tribunal Eclesiástico), que possuía como finalidade a investigação e punição dos hereges, pelos membros do clero.
No sistema inquisitivo é o juiz quem detém a reunião das funções de acusar, julgar e defender o investigado – que se restringe à mero objeto do processo. A ideia fundante deste sistema é: o julgador é o gestor das provas, o juiz é quem produz e conduz as provas.
CARACTERÍSTICAS
a) reunião das funções: o juiz julga, acusa e defende;
b) não existem partes – o réu é mero objeto do processo penal e não sujeito de direitos;
c) o processo é sigiloso, isto é, é praticado longe “aos olhos do povo”; 
d) inexiste garantias constitucionais, pois se o investigado é objeto, não há que se falar em contraditório, ampla defesa, devido processo legal etc.; 
e) a confissão é a rainha das provas (prova legal e tarifação das provas); 
f) existência de presunção de culpa? O réu é culpado até que se prove o contrário.
SISTEMA ACUSATÓRIO
Diversamente do sistema inquisitório, sua antítese é o sistema processual acusatório, que possui como princípio unificador o fato de o gestor da prova ser pessoa/instituição diversa do julgador. 
Há, pois, nítida separação entre as funções de acusar, julgar e defender, o que não ocorria no sistema inquisitivo. 
O juiz é imparcial e somente julga, não produz provas e nem defende o réu.
CARACTERÍSTICAS
a) as partes são as gestoras das provas; 
b) há separação das funções de acusar, julgar e defender; 
c) o processo é público, salvo exceções determinadas por lei; 
d) o réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação; 
e) consequentemente, ao acusado é garantido o contraditório, a ampla defesa, o devido processo legal, e demais princípios limitadores do poder punitivo;
 f) presume-se a não culpabilidade (ou a inocência do réu); 
g) as provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos.
SISTEMA ACUSATÓRIO – PURO
No sistema acusatório puro - não é possível a realização/determinação de provas pelo juiz, de ofício, sob pena de fazer às vezes das partes (neste sentido, Luiz Flávio Gomes, Mirabete, Tourinho Filho, Scarance, etc.), embora haja entendimento diverso (Paulo Rangel, Norberto Avena etc.). 
SISTEMA ACUSATÓRIO – NÃO PURO
No sistema acusatório não puro (ou aparência acusatória), como adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro, é possível a realização de provas – ex officio – pelo julgador.
 Todavia, nosso Código de Processo Penal (e não o processo penal que não está adstrito ao CPP) ainda resguarda resquícios de um sistema processual penal misto, conforme veremos a seguir.
SISTEMA MISTO
No sistema processual misto contém as características de ambos os sistemas supracitados.
Possui duas fases: a primeira, inquisitória e a segunda, acusatória. Tem origem no Código Napoleônico (1808).
A primeira fase é a da investigação preliminar. Tem nítido caráter inquisitório em que o procedimento é presidido pelo juiz, colhendo provas, indícios e demais informações para que possa, posteriormente, embasar sua acusação ao Juízo competente. 
A segunda fase é a judicial, ou processual propriamente dita. 
Nesta, existe a figura do acusador (MP, particular), diverso do julgador (somente o juiz). 
Trata-se de uma falsa segunda fase, posto que, embora haja as demais características de um sistema acusatório, o princípio unificador (ideia fundante) ainda reside no juiz como gestor da prova.
Há uma corrente doutrinária que diz que o sistema processual brasileiro é misto (Tornaghi, Mougenot), aduzindo sua dupla fase: 
a) a fase investigatória, de características inquisitórias, visto que é pré-processual; 
b) fase judicial, com características acusatórias, iniciada após o recebimento da denúncia ou queixa. 
* A crítica a esta corrente cinge-se ao caráter administrativo (extraprocessual)da investigação preliminar (inquérito policial, p. ex.).
SUJEITOS PROCESSUAIS
Sujeitos processuais são todas as pessoas que atuam no processo. 
 Juiz, partes, auxiliares da justiça, testemunhas, etc. 
Dividem-se em principais e secundários ou acessórios, dependendo de sua importância na formação da Relação Jurídico Processual. 
 “SUJEITOS PRINCIPAIS”, são os que compõem a relação jurídico-processual, e sem os quais não é possível nem mesmo a ideia do processo. 
 O Estado-Juiz, como órgão superpartes e destas equidistante, é quem soluciona o litígio. 
O Autor é quem deduz a pretensão.
 O Réu, a pessoa em relação a quem a pretensão é deduzida. 
“SUJEITOS SECUNDÁRIOS (OU ACESSÓRIOS)”, são os que intervêm no processo e, embora não sejam, em essência, “sujeitos processuais”, por carecerem do poder de iniciativa e de decisão, são sujeitos de determinados atos processuais indispensáveis ao desenvolvimento da relação processual. 
 Ex.: os auxiliares da justiça (escrivão, escrevente, distribuidor, contador, oficial de justiça, etc), o assistente de acusação, e os terceiros.
SUJEITOS PROCESSUAIS - TERCEIROS
1. Terceiros interessados 
- São o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros (art. 36 CPP); 
- Também as pessoas enumeradas no art. 31 CPP (em razão do art. 36 CPP); 
- O fiador do réu, em virtude do que se contém nos arts. 341 e 343 CPP; 
- Terceiro de boa-fé em poder de quem a res foi apreendida. 
2. Terceiros desinteressados 
- Testemunhas; 
ÓRGÃO JURISDICIONAL – JUIZ
O Órgão Jurisdicional (Juiz) é a autoridade estatal investida de Jurisdição (competência para “dizer o direito”), incumbindo-lhe a solução pacífica da lide penal, por meio da substituição da vontade das partes. 
O Juiz é o detentor da função jurisdicional e é quem preside o processo. Isto vem previsto no artigo 251 CPP e no artigo 5º, inciso XXXV da CRFB/88, consagrando, respectivamente, o princípio do impulso oficial e o da inafastabilidade da Jurisdição.
O órgão jurisdicional pode ser monocrático ou colegiado. 
Monocrático é o juízo de primeiro grau (ou Juiz singular, com exceção do Tribunal do Júri, que é colegiado e na hipótese da lei 12.694/12 - nova lei de organizações criminosas – que prevê a atuação colegiada em primeiro grau, no caso dos crimes previstos na lei). 
Colegiados são os Tribunais/turmas recursais, em instância Ordinária, Especial ou Extraordinária (tribunais superiores). 
Atuação no processo 
Para atuar validamente no processo, o órgão jurisdicional necessita de: capacidade funcional (investidura), capacidade subjetiva (imparcialidade) e Capacidade objetiva (competência). 
	a) Capacidade funcional (ou investidura) – é o procedimento que atribui ao juiz a qualidade de ocupante do cargo, apto ao exercício do poder jurisdicional, após preencher todos os requisitos legais para o ingresso na carreira da magistratura.
 A investidura plena ocorre após 2 anos de exercício da função podendo a lei, neste período, estabelecer restrições ao julgamento de certas causas. 
	
	b) Capacidade subjetiva (ou imparcialidade) – Decorre do Sistema Acusatório, que distingue o órgão acusador do órgão julgador, desvinculado dos interesses dos litigantes, propiciando condições de não tomar partido sobre as questões que lhe são submetidas. 
Assegurando a imparcialidade, a Constituição da República, inscreveu o princípio do Juiz Natural, que se desdobra em dois princípios em nosso Ordenamento Jurídico: O princípio da garantia do juiz competente (art. 5º, LIII), e, o princípio da proibição do juízo de exceção (art. 5º, XXXVII).
MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127 CRFB/88 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Apesar de ser parte principal no processo penal, a atuação do MP se reveste de imparcialidade, devendo como órgão estatal, buscar a justa aplicação da lei.
Funções do MP - Art. 129 CF/88 e art. 257 CPP 
 Sobre as funções do MP no Processo penal:
 Titularidade exclusiva da ação penal pública 
 Fiscal da lei – custos legis 
Vedações ao MP – art. 258 CPP; art. 128,§ 5º, II e art. 129, IX da CF
Atuação e ônus processuais do MP 
A atuação do MP pode iniciar-se antes do exercício da Ação Penal
Ex.: Através da requisição de instauração de Inquérito Policial ou de diligências investigatórias (art. 129, VIII CF/88). 
Atuando como Parte: 
	a) O MP deve observar o Princípio da Obrigatoriedade, que determina que, verificando a existência de crime e indícios de autoria, o MP DEVE exercer a ação penal; 
	b) Deve observar também o Princípio da Indisponibilidade, que determina que o MP NÃO PODE DESISTIR da ação penal; 
	c) O MP deve arcar com os ônus processuais de produção de provas para convencimento do magistrado, acompanhando os atos processuais e apresentando recursos e ações de impugnação (inclusive em favor do acusado). 
OBS.: Princípio do Promotor Natural
 Não se admite Promotor ad hoc
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
O Assistente é o ofendido, seu representante legal ou seu sucessor, auxiliar da acusação pública. 
Assim, na ação penal pública, em que o titular do direito de ação é o Ministério Público, é possível que o ofendido ou seu representante legal ou, na sua falta, os integrantes do art. 31 do CPP, intervenham em todas as fases da ação penal (portanto, após o recebimento da denúncia) ao lado do Ministério Público (art.268 CPP). 
O fundamento da possibilidade de sua intervenção é o seu interesse na reparação civil, mas o assistente atua, também, em colaboração com a acusação pública no sentido da aplicação da lei penal. 
No procedimento do tribunal do júri, a assistência será admitida, desde que requerida com, pelo menos, cinco dias (antes da reforma eram três dias) de antecedência em relação à data do julgamento (art. 430 do CPP). 
Admite-se a participação do assistente no processo desde o recebimento da denúncia até antes do trânsito em julgado da sentença, recebendo o processo no estado em que se encontrar (art. 269 CPP). 
Em regra, só é possível a existência da figura do assistente na ação penal pública, seja ela condicionada ou incondicionada. Assim, na ação penal privada não há que se falar em assistente, pois o ofendido atua sempre como parte principal. 
Não podem ser assistentes: 
	a) o (a) companheiro (a) da vítima que não tenha deixado descendentes (em virtude da falta de previsão legal); 
	b) o espólio, uma vez que o inventariante só o representa para os fins civis; 
	c) quem não for vítima (em virtude da falta de interesse em obter a reparação dos danos decorrentes da conduta criminosa, finalidade essa da assistência); 
	d) corréu no mesmo processo, salvo se absolvido por sentença transitada em julgado (art. 270 CPP)
Admissão do assistente - O MP será sempre ouvido previamente sobre o pedido de admissão de assistente e, da decisão que o admitir ou não, fundada na falta dos requisitos legais, não caberá recurso (art. 273 CPP) 
Observação: 1) Todavia, da decisão que não admite o assistente caberá a impetração de mandado de segurança e da decisão que excluir o assistente habilitado caberá correição parcial. 
A Função Do Assistente é auxiliar a acusação para que com isso obtenha, por meio da condenação, um título executivo que servirá de base para a propositura de uma futura ação civil ex delicto. Além disso, conforme a doutrina moderna, o acusado atuará, também, na aplicação da lei penal. 
Com a entrada em vigor da Lei 12.403/11, no dia 04 de Julho, e com a possibilidade de requerimento de prisão preventiva por parte do assistente de acusação, ganha força a corrente que diz que este não está na causa apenas em busca de um título executivo extrajudicial, mas também para trabalhar ao lado do Ministério Público (e também do Estado) na busca da retribuição, prevenção e ressocialização do réu.Poderes Do Assistente - Os poderes do assistente são restritos, podendo praticar somente os atos previstos no art. 271 do CPP.
	Art. 271 - Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1o, e 598. 
DEFENSOR
Como decorrência da garantia constitucional do contraditório e da ampla defesa, o art. 261 do CPP determina: “Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor”. 
O Defensor (também denominado procurador) é o profissional habilitado (advogado, defensor público ou procurador do estado, onde não houver defensoria pública); com função indispensável à administração da justiça, dotado de conhecimento técnicos a serem utilizados no processo penal, para a defesa do acusado. 
Em razão da indisponibilidade do direito de defesa, a sua atuação (considerada um munus público) é sempre obrigatória, ainda que seja feita contra a vontade do réu ou na sua ausência, sob pena de nulidade do processo. Nesse sentido, a Súmula 523 do STF determina: “No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só anulará se houver prova de prejuízo para o réu”. 
1) A atividade do advogado transcende a simples delimitação conceitual de profissão, alcançando o caráter de munus público. 
2) o significado da expressão munus público denota "o que procede de autoridade pública ou da lei, obrigando o indivíduo a certos encargos em benefício da coletividade ou da ordem social”.
ACUSADO
Acusado é a pessoa natural, maior de 18 anos, quem se imputa a prática de uma infração penal. É a pessoa contra quem é proposta a ação penal, sendo a parte passiva da relação processual. 
Obs.: 1) Poderá ser acusado, também, pessoa jurídica nos termos do art. 3º da Lei nº 9.605/98, que instituiu a responsabilidade penal da pessoa jurídica na prática dos crimes ambientais, de acordo com o art. 255 da CF/88; 
Menores de 18 anos não possuem legitimidade passiva, visto que são considerados inimputáveis. 
Já os inimputáveis portadores de doenças mentais, desenvolvimento mental incompleto ou retardado possuem legitimidade passiva, pois a eles pode ser aplicada medida de segurança. 
O acusado menor de 21 anos, antes da entrada em vigor do CC/2002, necessitava de curador (art.262 CPP). Hoje desapareceu a figura do curador (art. 2043 CC). 
Também as pessoas que gozam de imunidade parlamentar ou diplomática não poderão ser acusadas no processo penal, por faltar-lhes legitimação passiva ad causam. 
O acusado, ainda que ausente ou foragido, terá sempre defensor, cabendo ao juiz o dever de velar pela defesa técnica, que é necessária. 
A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. 
A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação por termo nos autos (não precisa aditar a denúncia), sem prejuízo da validade dos atos precedentes. (art. 259 CPP). 
Acusado – Direitos E Garantias Na CRFB/88
Ao acusado, por ser considerado a parte mais fraca da relação jurídica e por estar em jogo o seu direito à liberdade de locomoção, são asseguradas diversas garantias de ordem constitucional, previstas no art. 5º da CF como por exemplo: 
	
LV. - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVI. - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII. - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII. - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LXI. - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII. - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII. - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXXVIII. - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação; 
LVIII. - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LXI. - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII. - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII. - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXXVIII. - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação;

Outros materiais