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ASSEDIO SEXUAL

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ASSEDIO SEXUAL
Quando se tratam de crimes e abusos de cunho sexual é comum ouvirmos o termo “assédio sexual” de maneira errônea para se referir a tais atos, muitas vezes por falta de conhecimento da lei. Por tanto antes de entrar em qualquer discussão sobre o tema é importante esclarecer no que de fato consiste o assédio sexual.
A lei de nº 10.224, de 15 de maio de 2001, acrescenta o artigo nº 216-A ao Código Penal Brasileiro, esclarecendo que o crime consiste em "Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.", esse crime tem como pena detenção de um a dois anos podendo ser aumentada em até um terço se a vítima for menor de 18 anos.
A partir desse conceito, pode-se afirmar que o assédio sexual
consiste na abordagem repetida de uma pessoa a outra, com a pretensão de obter favores sexuais, mediante imposição de vontade. O assédio sexual ofende a honra, a imagem, a dignidade e a intimidade da pessoa, sem a necessidade de haver a conjunção carnal para que seja consumado.
Entretanto, só é caracterizado pelo art. nº 216-A, quando o ato ocorrer entre pessoas com algum vínculo trabalhista, mas não necessariamente dentro do ambiente de trabalho, tendo o autor do crime normalmente um cargo superior ao da vítima.
De acordo com Nilton da Silva, presidente da Comissão de Direitos Sociais da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), as mulheres constituem a maioria das vítimas quando se trata de assédio sexual, porém é importante ressaltar que homens também podem ser vítimas desse crime, podendo ele ocorrer entre pessoas de sexo opostos ou do mesmo sexo.
Vale salientar que uma simples cantada ou aproximação com intenções sexuais, não configura o crime de assédio sexual, até mesmo porque a intenção pode ser reciproca e neste caso significa a liberdade para prosseguir na abordagem, entretanto caso a resposta seja negativa a abordagem deve cessar sem que nisso esteja implícita qualquer proposta de favorecimento ou ameaça de prejuízo ao outro.
A paquera ou a cantada não geram na pessoa que as recebe medo ou angústia de demissão, perseguição, ou qualquer tipo de prejuízo na carreira. 
Em todo caso a partir do momento em que alguém se sentir constrangido no âmbito trabalhista é importante antes de tudo, tentar conversar com o próprio "assediador", expondo que aquilo que ele está fazendo é ruim, caso não surta efeito tentar avisar a área de recursos humanos da empresa. Se também não for resolvido, é preciso fazer um boletim de ocorrência e depois uma ação na Justiça. O importante é não se calar e não aceitar esse tipo de situação.
 
PROJETO DE PESQUISA DO CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – CAMPUS NITEROI E SAO GONCALO – PESQUISANDO DIREITO – GRUPO DE PESQUISA DE DIREITO PENAL – PROFESSORES COLABORADORES, ALEXANDRE ACETI E MARIO LAMBLET, COMO COLABORADORES AS ALUNAS, JULIANA KAHWAGE MOREIRA (2º PERIODO-MT) E LARISSA BEATRIZ ERVANO (2º PERIODO-MT).

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