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COLETA SELETIVA E LIXO ELETRÔNICO

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ENGENHARIA – TURMA 22
LEONARDO COSTA FERNANDES
RA: 5122286
COLETA SELETIVA E A PREOCUPAÇÃO COM O LIXO ELETRÔNICO
UBERABA – MG
JUNHO DE 2015
LEONARDO COSTA FERNANDES
RA: 5122286
COLETA SELETIVA E A PREOCUPAÇÃO COM O LIXO ELETRÔNICO
Trabalho apresentado ao professor Douglas Tsukamoto da disciplina de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da turma 22, turno noturno do curso de Engenharia.
UBERABA – MG
JUNHO DE 2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 06
COLETA SELETIVA E RECICLAGEM ............................................................ 07
VANTAGENS DA COLETA SELETIVA ............................................................ 08
O QUE É E O QUE NÃO É RECICLÁVEL.......................................................... 08
SIMBOLOGIA DA RECICLAGEM....................................................................... 10
TIPOS DE LIXO........................................................................................................ 11
LIXO ORGÂNICO ............................................................................................. 11
LIXO RECICLÁVEL.......................................................................................... 11
LIXO INDUSTRIAL .......................................................................................... 12
LIXO HOSPITALAR.......................................................................................... 12
LIXO COMERCIAL........................................................................................... 13
LIXO VERDE...................................................................................................... 13
LIXO ELETRÔNICO.......................................................................................... 14
COMO SEPARA O LIXO RECICLÁVEL............................................................. 14
PREOCUPAÇÃO COM O LIXO ELETRÔNICO................................................ 16
IMPACTOS CAUSADOS PELO LIXO ELETRÔNICO.................................. 16
CHUMBO.................................................................................................. 17
CÁDMIO................................................................................................... 17
MERCÚRIO............................................................................................... 18
PLÁSTICOS.............................................................................................. 18
RADIOGRAFIA DO LIXO ELETRÔNICO...................................................... 18
OURO NO LIXO ELETRÔNICO...................................................................... 19
UTILIZAÇÃO DO LIXO ELETRÔNICO PARA APRENDIZAGEM.............. 19
CONCLUSÃO............................................................................................................ 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Relação de materiais recicláveis, não recicláveis e os cuidados que devem ser tomados.................................................................................................................................... 09
FIGURA 2 - Cores características de cada tipo de lixo........................................................... 10
FIGURA 3 - Classificação dos tipos de plásticos por números............................................... 10 
FIGURA 4 - Lixo orgânico descartado.................................................................................... 11
FIGURA 5 - Trabalhador selecionando lixo reciclável........................................................... 11
FIGURA 6 - Resíduos de retalhos de metal de uma indústria................................................. 12
FIGURA 7 - Lixo hospitalar descartado irregularmente......................................................... 12
FIGURA 8 - Descarte de lixo comercial.................................................................................. 13
FIGURA 9 - Descarte de lixo verde em caçamba.................................................................... 13
FIGURA 10 - Lixo eletrônico.................................................................................................. 14
FIGURA 11 - Trabalhadores coletando lixo reciclável........................................................... 14
FIGURA 12 - Composição de uma tonelada de sucata mista.................................................. 19
Resumo:
 No Brasil um dos grandes desafios para enfrentar o problema dos resíduos sólidos está no campo da gestão. É vigente a definição de uma política para o setor, envolvendo os três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal), considerando questões ambientais, tecnológicas, sociais e econômicas. O compromisso com a gestão dos resíduos deve envolver setores públicos, iniciativa privada e segmentos organizados da sociedade civil. O crescimento populacional na última metade deste século, acompanhado dos rápidos avanços tecnológicos, produziu o intenso consumo do chamado capital natural, estabelecendo um cenário de rompimento do equilíbrio de diversos ecossistemas.
Palavras-chave:
Sustentabilidade; Reciclagem; Coleta Seletiva.
Introdução
 Um dos maiores desafios do século XXI é reduzir os milhões de toneladas de lixo que nossa civilização produz diariamente. Existe um consenso de que a geração excessiva de resíduos sólidos que afeta a sustentabilidade urbana e que a sua redução depende de mudanças nos padrões de produção e consumo da sociedade. A extração dos recursos naturais para a produção dos bens de consumo encontra-se acima da capacidade de suporte do planeta e a produção crescente de resíduos sólidos causa impactos no ambiente e na saúde - o uso sustentável dos recursos naturais ainda é um sonho distante (AGENDA 21, 1997; CONSUMERS INTERNATIONAL, 1998).
 Diante deste quadro, a ênfase na questão da redução do consumo e do papel do cidadão enquanto agente dessa mudança adquiriu centralidade no âmbito das políticas ambientais da década de 90, e se agregou aos temas do crescimento demográfico e do modal produtivo, com seus respectivos impactos. Essa questão, segundo Portilho apud Ribeiro e Besen (2007) ultrapassou, atualmente, a barreira das políticas ambientais para a dimensão de políticas de sustentabilidade e o foco do problema passou a ser o uso racional dos recursos naturais para não causar um desequilíbrio ambiental.
 A degradação ambiental ocasionada por um padrão de consumo inadequado e por práticas insustentáveis afetam a população e a sustentabilidade do planeta, e o desafio agora é reverter situações de risco que a própria sociedade produz, modificando suas práticas (BECKER APUD RIBEIRO E BESEN, 2007 ).
 Outra questão importante é a concentração de populações nas grandes cidades. Segundo o Senso-IBGE 2010, quase 70 milhões de brasileiros residem nas regiões metropolitanas - 36% da população concentrados em pouco menos de 300 municípios, dentre os mais de 5000 existentes no país. O município de São Paulo, por exemplo, lidera o ranking das cidades brasileiras mais populosas, com 11,2 milhões de habitantes. O Rio de Janeiro, com 6,3 milhões, é a segunda, no senso de 2010.
 O modo de vida urbano produz resíduos em quantidade e diversidade cada vez maiores, exigindo sistemas de coleta, tratamento pós-consumo e uma destinação ambientalmente segura, haja vista que existem inúmeros fatores de risco à saúde humana, da geração até a disposição final. Entretanto, o lixo não para de crescer e esse crescimento está diretamente relacionado ao desenvolvimento do país – quanto mais rico, maior a produção de resíduos. Entre 1992 e 2000, por exemplo, indicadores demonstram que, enquanto a população brasileira cresceu 16%, a geração de lixo aumentou em 49%, ou seja, um crescimento três vezes maior.
 Esse problema é agravado pelo fatode que a maior parte desses resíduos é disposta inadequadamente em lixões a céu aberto ou em aterros que atendem parcialmente às normas de engenharia sanitária e ambiental, causando a poluição do ar, da água e do solo, com sérios impactos sobre a saúde das populações. Para resolver esses problemas, devemos lançar mão, obrigatoriamente, da reciclagem de materiais. Somente com o reaproveitamento é possível reduzir a pressão sobre o meio ambiente, diminuindo o volume de lixo produzido diariamente.
Nessa perspectiva a coleta seletiva é um dos pilares do reaproveitamento de resíduos recicláveis.
 A coleta seletiva consiste na separação de materiais recicláveis, como plásticos, vidros, papéis, metais entre outros, nas várias fontes geradoras – residências, empresas, escolas, comércio, indústrias. Esses materiais representam cerca de 30 por cento da composição do lixo domiciliar brasileiro, que na sua maior parte é composto por matéria orgânica. A separação dos materiais recicláveis cumpre um papel estratégico na gestão integrada de resíduos sólidos sob vários aspectos: 
Estimula o hábito da separação do lixo na fonte geradora para o seu aproveitamento;
Promove a educação ambiental voltada para reduzir o consumo e o desperdício; 
Gera trabalho, renda para cooperativas de catadores. 
 Segundo Waite (1995) apud Ribeiro e Besen (2007), entre as vantagens ambientais podemos destacar a redução do uso de matéria-prima virgem e a economia dos recursos naturais renováveis e não renováveis, a economia de energia no reprocessamento de materiais,
a valorização das matérias-primas secundárias e a redução da disposição de lixo nos aterros sanitários e dos impactos ambientais decorrentes.
 Os materiais recicláveis tornou-se um recurso não natural abundantemente disponível, sendo importante ressaltar a sua valorização econômica e o seu potencial de geração de negócios, trabalho e renda. Desta forma, a reciclagem, assim como a coleta seletiva, além de contribuir significativamente para a sustentabilidade urbana, vem incorporando gradativamente um perfil de inclusão social dos setores mais carentes e excluídos do acesso aos mercados formais de trabalho (SINGER, 2002 apud Ribeiro e Besen, 2007).
Coleta seletiva e Reciclagem
 Coleta Seletiva é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo. 
 Reciclagem é o processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto. Por exemplo: transformar o plástico da garrafa PET em cerdas de vassoura ou fibras para moletom. A reciclagem gera economia de matérias-primas, água e energia, é menos poluente e alivia os aterros sanitários, cuja vida útil é aumentada, poupando espaços preciosos da cidade que poderiam ser usados para outros fins como parques, casas, hospitais, etc.
 Reciclável indica que o material pode ser transformado em outro novo material. Reciclado indica que o material já foi transformado. Algumas vezes, o material que foi reciclado pode sofrer o processo de reciclagem novamente. Certos materiais, embora recicláveis, não são aproveitados devido ao custo do processo ou à falta de mercado para o produto resultante.
 Reciclar consiste em transformar materiais já usados em outros novos, por meio de processo industrial ou artesanal. Separar é deixar fora do lixo tudo que pode ser reaproveitado ou reciclado. A separação ou triagem do lixo pode ser feita em casa, na escola ou na empresa. É importante lembrar que a separação dos materiais de nada adianta se eles não forem coletados separadamente e encaminhados para a reciclagem.
 Uma forma de colaborar é a prática dos 3Rs:
Reduzir: Evitar a produção de resíduos, com a revisão de seus hábitos de consumo. Ex: preferir os produtos que tenham refil.
Reutilizar: Reaproveitar o material em outra função. 
Ex: usar os potes de vidro com tampa para guardar miudezas (botões, pregos, etc.).
Reciclar: Transformar materiais já usados, por meio de processo artesanal ou industrial, em novos produtos. Ex: transformar embalagens PET em tecido de moletom.
 Vários segmentos de uma comunidade podem participar do programa de coleta seletiva. Cada um fazendo uma parte e se beneficiando dos resultados. Exemplo disso é a parceria entre as unidades produtoras de lixo e gestoras da coleta seletiva (condomínios, escolas, empresas, etc.) e as cooperativas ou associações que receberão os materiais selecionados e que muitas vezes podem se encarregar da retirada dos mesmos.
Vantagens da Coleta Seletiva
 Contribui para a melhoria do meio ambiente, na medida em que:
Diminui a exploração de recursos naturais;
Reduz o consumo de energia;
Diminui a poluição do solo, da água e do ar;
Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;
Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;
Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis
pelas indústrias;
Diminui o desperdício;
Diminui os gastos com a limpeza urbana;
Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;
Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.
 
O que é e o que não é reciclável
 Teoricamente, tudo é reciclável. Na prática não é bem assim. Para muitos materiais a reciclagem é uma realidade economicamente viável. Papel, plástico, vidro e metal são exemplos de materiais cuja reciclagem ocorre sem a necessidade de incentivos ou legislação. São reciclados porque dá lucro e a tendência é que as taxas de reciclagem desses materiais aumentem cada vez mais. A viabilidade econômica é um dos fatores mais importantes na reciclagem. Para um material ser reciclado é preciso que o produto gerado tenha valor comercial, que haja uma técnica viável de reciclagem, que o custo não seja proibitivo, que haja interesse do consumidor em usá-lo, etc.
 Quando dizemos que um material não é reciclável, estamos afirmando que não é reciclável na realidade atual. Com o tempo, podem surgir leis, técnicas e idéias que viabilizem seu reaproveitamento. A sociedade pode passar a valorizar mais o produto reciclado e os custos podem ficar atraentes. Enfim, a possibilidade de reciclar materiais é dinâmica e há uma forte tendência para ampliar cada vez mais a lista dos materiais recicláveis. O que é inviável hoje, pode ser muito interessante amanhã. O importante é que a reciclagem se fortaleça continuamente até chegarmos a uma economia sustentável que não corre o risco do esgotamento dos recursos naturais. Se a sociedade optar decididamente pela economia sustentável, haverá inclusive um abandono gradativo dos materiais difíceis de reciclar.
 Veja a seguir, como identificar os materiais recicláveis mais comuns no cotidiano.
Figura 1 : Relação de materiais recicláveis, não recicláveis e os cuidados que devem ser tomados.
Fonte: http://www.pinhais.pr.gov.br/News7content6579.shtml
Simbologia da reciclagem
 As cores características dos containers apropriados para a coleta seletiva de lixo:
Figura 2 : Cores características de cada tipo de lixo.
Fonte: http://sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclagem3.php
 Até hoje, não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos containers utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva. 
 No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem.Os tipos são classificados por números.
Figura 3 : Classificação dos tipos de plásticos por números.
 Fonte: http://sobiologia.com.br/conteudos/reciclagem/reciclagem3.php
Tipos de lixo
 O lixo gerado pelos diversos segmentos da sociedade pode ser classificado de acordo com sua composição (características físicas) e destino. Esta classificação é muito importante, pois facilita a coleta seletiva, reciclagem e definição do destino mais apropriado. Logo, são informações de muito valor para a preservação do meio ambiente e manutenção da saúde das pessoas.
 
- Lixo orgânico 
 Figura 4 : Lixo orgânico descartado.
 Fonte: http://marcosbadra.com/2013/07/14/120/
 É o lixo derivado dos resíduos orgânicos. São gerados principalmente nas residências, restaurantes e estabelecimentos comerciais que atuam na área de alimentação. Devem ser separados dos outros tipos de lixo, pois são destinados, principalmente, aos aterros sanitários das cidades. Exemplos: cascas de frutas e legumes; restos de verduras, de arroz e de feijão; restos de carnes e ovos.
- Lixo reciclável
 Figura 5 : Trabalhador selecionando lixo reciclável.
Fonte: http://www.territorioeldorado.limao.com.br/noticias/not59869.shtm
 É todo lixo material que pode ser utilizado no processo de transformação de outros materiais ou na fabricação de matéria-prima. São gerados nas residências, comércios e indústrias. Devem ser separados e destinados a coleta seletiva. São usados por cooperativas e empresas de reciclagem. A separação para a reciclagem deste tipo de resíduo sólido é de extrema importância, pois além de gerar empregos e renda, também contribuí para o meio ambiente. Isto ocorre, pois este lixo não vai gerar poluição em rios, solo e mar. Exemplos: embalagens de plástico, papelão, potes de vidro, garrafas PET, jornais e revistas usadas e objetos de metal.
- Lixo industrial
 Figura 6 : Resíduos de retalhos de metal de uma indústria.
Fonte: http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-lixo-industrial-do-metal-image6181832
 São os resíduos, principalmente sólidos, originários no processo de produção das indústrias. Geralmente é composto por sobras de matérias-primas, destinados à reciclagem ou reuso no processo industrial. Exemplos: retalhos de tecido, sobras e retalhos de metal, embalagens de matéria-prima, sobras de vidro e etc.
- Lixo hospitalar
Figura 7 : Lixo hospitalar descartado irregularmente.
Fonte: http://www.viaeptv.com/noticias/noticias_internaNOT.aspx?idnoticia=377123
 São os resíduos originados em hospitais e clínicas médicas. São perigosos, pois podem apresentar contaminação e transmitir doenças para as pessoas que tiverem contato. Devem ser tratados segundo padrões estabelecidos, com todo cuidado possível. São destinados para empresas especializadas no tratamento deste tipo de lixo, onde geralmente são incinerados.
Exemplos: curativos, seringas e agulhas usadas, material cirúrgico usado, restos de medicamentos e até mesmo partes do corpo humano extraídos em procedimentos cirúrgicos.
- Lixo comercial
Figura 8 : Descarte de lixo comercial.
Fonte: http://oglobo.globo.com/participe/mat/2010/07/05/internauta-reclama-do-lixo-acumulado-no-itanhanga-na-zona-oeste-do-rio-de-janeiro-917064353.asp
 É aquele produzido pelos estabelecimentos comerciais como, por exemplo, lojas de roupas, brinquedos e eletrodomésticos. Este lixo é quase totalmente destinado à reciclagem, pois é composto, principalmente, por embalagens plásticas, papelão e diversos tipos de papéis.
- Lixo verde
Figura 9 : Descarte de lixo verde em caçamba.
Fonte: http://noticias.r7.com/distrito-federal/lixo-verde-e-recolhido-e-transformado-em-adubo-19072013
 É aquele que resulta, principalmente, da poda de árvores, galhos, troncos, cascas e folhas que caem nas ruas. Por se tratar de matéria orgânica, pode ser utilizado para compostagem, produção de adubo orgânico e até confecção de objetos de artesanato. Infelizmente, no Brasil, ele é destinado quase exclusivamente aos aterros sanitários.
- Lixo eletrônico
Figura 10 : Lixo eletrônico.
Fonte: http://saopaulourgente.blogspot.com.br/2009/11/lixo-eletronico-tambem-pode-ser.html 
 São os resíduos gerados pelo descarte de produtos eletroeletrônicos que não funcionam mais ou que estão muito superados. Exemplos: televisores, rádios, impressoras, computadores, geladeiras, micro-ondas, telefones e etc.
 
Como separar o lixo reciclável
Figura 11 : Trabalhadores coletando lixo reciclável.
Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/como-separar-o-lixo-reciclavel-1p1zsmow8pulw1cgs6d54b4ge
 Erros comuns comprometem a coleta e são cometidos pelos cidadãos que acham que estão colaborando com a destinação correta do lixo.
 Na prática, nem sempre é uma tarefa fácil decidir o que vai para o "Lixo que não é lixo" e o que pode ser encaminhado para o aterro sanitário. Surgem dúvidas corriqueiras. É preciso lavar as embalagens? Se o papel molhou ele não pode ser reciclado? As confusões acabam levando à separação incorreta e representam custos adicionais. Em Curitiba, das 100 toneladas coletadas diariamente pelos caminhões especiais, 30 toneladas não são encaminhadas para a reciclagem. São materiais contaminados ou impróprios para o reaproveitamento, que chegam à usina de separação e acabam sendo levados para o aterro como lixo convencional.
 O erro mais comum é misturar materiais "sujos", que inviabilizam o reaproveitamento de outros produtos, conta o chefe de serviço de limpeza pública da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Edson Rolim de Moura. "A pessoa acha que porque separou uma garrafa PET está colaborando com a reciclagem. Mas se o processo não for bem feito, o trabalho é perdido. Se tiver resto de refrigerante, o líquido pode escorrer e sujar o papel seco que estava na sacola", comenta.
 Mas então precisa lavar as embalagens? Não, necessariamente. No caso de garrafas e caixas de leite, por exemplo, basta virá-las e deixar escorrer o conteúdo antes de colocar na sacola. Usar água potável para limpar vasilhas destinadas à reciclagem é uma atitude controversa. Na maioria dos casos, representa desperdício de um recurso tão vital e caro. O ideal é que a água de reuso – como aquela que sai da máquina de lavar roupas – seja destinada para limpar embalagens, como frascos de molho de tomate.
 No momento do reaproveitamento, os materiais serão higienizados. O problema se concentra no transporte e na armazenagem. Restos de produtos orgânicos nas embalagens ainda geram odor forte e atraem insetos. Nos casos em que a coleta é paga por volume ou peso, o envio de lixo sujo acaba pesando na conta. A nata azedou e o morador, levando em consideração apenas que o pote é de plástico, coloca a embalagem entre os recicláveis. Para fazer certo, é preciso esvaziar o frasco primeiro.
 Muitas vezes, no afã de se livrar do lixo, a pessoa não leva em consideração se é dia de coleta seletiva ou de recolhimento de lixo convencional e coloca em frente ao portão uma sacola com todo o tipo de resíduos misturados. Os coletores do Lixo que não é lixo são instruídos a não recolher a sacola caso identifiquem a presença de material orgânico.
 Dicas:
Para afastar insetos, deixe o lixo armazenado em um recipiente fechado. É importante tampar a garrafa PET;
Vidros quebrados, lâminas de barbear e outros materiais cortantes ou perfurantes devem ser colocados dentro de caixas ou enrolados em folha de jornal, para não ferir os coletores;
Muitas pessoas amarram o cachorro à lixeira e não entendem porque os coletores não recolheram o lixo. Também é comum – mas errado – pendurar a sacola em portões e muros vigiados por cães;
A caneta estourou? Não coloque no lixo a ser reciclado. Mas quando a tinta acaba, basta separar as partes, jogar o tubo de tinta no lixo convencional e o plástico no reciclável;Não deixe para colocar a sacola em frente ao portão somente quando ouve o sino do caminhão do lixo que não é lixo. Os coletores não podem esperar. Quando não dá tempo de recolher, a sacola fica para trás e é levada, pelo caminhão convencional, para o aterro;
Há coleta específica para recolher restos de jardinagem, materiais de construção e animais mortos, desde que dentro de limites considerados não-comerciais. Solicite o serviço pelo telefone 156;
Papel sujo não pode ser reciclado. Mas papel apenas molhado, pode. Então, se o lixo que você colocar em frente de casa tomar chuva, não há problema;
Não adianta mandar roupas no Lixo que não é lixo achando que elas serão doadas ou reaproveitadas. Além de não serem recicladas, as roupas acabam sendo levadas para o aterro;
Nem todo vidro é reciclável. O caminhão do Lixo que não é lixo não leva vidro de janela nem lâmpadas (que são consideradas tóxicas). Também latas de tinta não devem ser colocadas entre os materiais a serem reciclados. Caixa de pizza sem gordura pode ser reaproveitada, mas se o queijo grudou ou a gordura escorreu, coloque no lixo convencional.
Preocupação com o lixo eletrônico
 O lixo eletrônico é proveniente de equipamentos eletroeletrônicos que o ser humano passa grande parte de sua vida em constante contato com eles, tais como aparelhos celulares, computadores, televisores, agendas eletrônicas, etc. Quando estes aparelhos perdem suas funções, por danos, pelo tempo de vida útil, ou por estarem obsoletos a novas tecnologias, se tornam resíduos, e estes contêm substâncias que podem causar danos à saúde e ao meio ambiente. Para que isso não aconteça devem ter o destino correto, no entanto grande parte do lixo eletrônico gerado pela população, não são descartados corretamente, e esta ação está crescendo cada vez mais devido às pessoas não terem consciência do perigo que estão causando e principalmente devido ao avanço contínuo da tecnologia, lançando a cada dia novos produtos descartáveis e com tecnologia que superam os aparelhos anteriores.
- Impactos Causados pelo Lixo Eletrônico
 Nos últimos anos vem crescendo a preocupação com o lixo eletrônico, devido às conseqüências obtidas pelo seu descarte incorreto. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a cada ano o mundo produz pelo menos 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, o correspondente a 5% de todo o lixo gerado pela humanidade. Os resíduos provenientes do avanço tecnológico, cujo anteriormente eram celulares, computadores, aparelhos de som e baterias entre outros, se tornam lixo contaminado que liberam substâncias tóxicas, altamente prejudiciais à saúde. Ao serem descartados junto ao lixo comum, este tipo de lixo libera as substâncias químicas contidas dentro dos componentes eletrônicos tais como mercúrio, Cadmo, chumbo, cobre, arsênio, lítio, entre outros, estas substâncias penetram o solo e contamina os lençóis freáticos, que conseqüentemente contaminará plantas e animais através da água. Além disso, essas substâncias pesadas causam inúmeras doenças ao ser humano. A seguir serão citados alguns problemas causados por alguns componentes do lixo eletrônico, de acordo com Gonçalves (2007):
Chumbo
 O chumbo pode causar danos ao sistema nervoso central e periférico, sistema sanguíneo e nos rins dos seres humanos. Efeitos no sistema endócrino também têm sido observados e seu sério efeito negativo no desenvolvimento do cérebro das crianças tem sido muito bem documentado. O chumbo se acumula no meio ambiente e tem efeitos tóxicos agudos e crônicos nas plantas, animais e microorganismos. Produtos eletrônicos constituem 40% do chumbo encontrado em aterros sanitários. A principal preocupação do chumbo encontrado em aterros sanitários é a possibilidade do mesmo vazar e contaminar os sistemas fornecedores de água potável. As principais aplicações do chumbo, em equipamentos eletrônicos são:
Solda nos circuitos impressos e outros componentes eletrônicos;
Tubos de raios catódicos nos monitores e televisores.
 Em 2004, mais de 315 milhões de computadores se tornaram obsoletos nos Estados Unidos. Isto representa mais ou menos 954 mil toneladas de chumbo que podem ser despejados no meio ambiente.
Cádmio
 Os compostos a partir do cádmio são classificados altamente tóxicos, com riscos considerados irreversíveis para a saúde humana. O cádmio e seus compostos se acumulam no organismo humano, particularmente nos rins. É absorvido através da respiração, mas também pode ser absorvido através de alimentos, causando sintomas de envenenamento. Apresenta um perigo potencial para o meio ambiente devido a sua aguda e crônica toxicidade e seus efeitos cumulativos. Em equipamentos elétricos e eletrônicos, o cádmio aparece em certos componentes tais como em resistores, detectores de infravermelho e semicondutores. Versões mais antigas dos tubos de raios catódicos também contêm cádmio. Além disso, o cádmio é usado como estabilizador para plásticos.
Mercúrio
 Quando o mercúrio se espalha na água, transforma-se em metil-mercúrio, um tipo de mercúrio nocivo para a saúde do feto e bebês, podendo causar danos crônicos ao cérebro. O mercúrio está presente no ar e, no contato com o mar, como já foi mencionado, transforma-se em metil-mercúrio e vai para as partes mais profundas. Essa substância acumula-se em seres vivos e se concentra através da cadeia alimentar, particularmente via peixes e mariscos. É estimado de que 2% do consumo mundial de mercúrio são usados em equipamentos elétricos e eletrônicos. Usado em termostatos, sensores de posição, chaves, relés e lâmpadas descartáveis. Além disso, é usado, também, em equipamentos médicos, de transmissão de dados, telecomunicações e telefones celulares. O mercúrio usado em baterias, interruptores de residências e placas de circuito impresso, embora em uma quantidade muito pequena para cada um destes componentes, considerando os 315 milhões de computadores obsoletos, até o ano 2004, representam cerca de 182 toneladas de mercúrio, no total.
Plásticos
 Baseado no cálculo de que mais de 315 milhões de computadores estão obsoletos e que os produtos plásticos perfazem 6.2 kg por computador, em média, haverá mais do que 1.814 milhões de toneladas de plásticos descartados. Uma análise encomendada pela Microelectronics and Computer Technology Corporation (MCC) estimou que o total de restos de plásticos esteja subindo para mais de 580 mil toneladas, por ano. O mesmo estudo estimou que o maior volume de plásticos usados na manufatura eletrônica (cerca de 26%) era de polinil clorido (PVC), que é responsável por mais prejuízos à saúde e ao meio ambiente do que a maior parte de outros plásticos. Embora muitas empresas fabricantes de computadores tenham reduzido ou parado com o uso do PVC, ainda há um grande volume de PVC contido em restos de computadores.
 O Ministério do Meio Ambiente acredita que, entre 1996 e 1999, tenham sido descartadas, em todo o Brasil, 1 toneladas de baterias. Cerca de 80% delas tinham a combinação de níquel e cádmio, a mais tóxica.
- Radiografia do Lixo Eletrônico
 Ao comprar, usar ou descartar um computador, ou um aparelho celular as pessoas nem imaginam quais os tipos de materiais e substâncias que estão contidas dentro do equipamento, tanto substâncias tóxicas quanto materiais nobres como ouro e platina que acabam no mesmo destino, lixo. A tabela a seguir mostra propriedades eletrônicas de uma tonelada de lixo eletrônico misto.
Figura 12 : Composição de uma tonelada de sucata mista.
Fonte: http://idgnow.com.br/ti-pessoal/2007/04/25/idgnoticia.2007-04-25.2669597646/
- Ouro no Lixo Eletrônico
 Segundo Ossamu (2007), na Europa e Estados Unidos, os maiores produtores de lixo eletrônico do mundo, 70% de todo o lixo é enviado gratuitamente ou vendido por preço simbólico à China. Na cidade de Guiyu, no litoral do país, com 150.0 habitantes, a principal riqueza é o garimpo no lixo eletrônico. Oito em cada dez habitantes, incluindo criançase idosos passam o dia destroçando carcaças de computadores e outros aparelhos em busca de metais que possam ser recuperados e revendidos, como cobre, aço e ouro. As estatísticas dizem que há mais ouro em uma tonelada de lixo eletrônico, do que em 17 toneladas do minério bruto do metal, e que as placas de circuitos eletrônicos são 40 vezes mais ricas em cobre do que o minério bruto. No entanto há males nesta ação, como já foi dito os componentes e placas, estão recheados de metais pesados, como chumbo, mercúrio, cádmio e berílio, altamente tóxicos, as placas de circuito eletrônico são desmontadas em fogareiros de carvão, as carcaças de PVC também são derretidas para reaproveitamento, um processo que libera gases tóxicos. Estudos constataram que o solo da região está contaminado por metais, não resta uma só fonte de água potável em um raio de 50 quilômetros da cidade, e estas informações não tiram o entusiasmo dos recicladores, pois, este tipo de reciclagem constitui um negócio tão promissor que outros países como Índia e Nigéria passaram a disputar com os chineses os carregamentos de lixo eletrônico.
- Utilização do Lixo Eletrônico para Aprendizagem
 Atualmente várias instituições estão criando programas de conscientização sobre lixo eletrônico com foco em desenvolvimento sustentável. Entre eles a maioria utiliza este recurso para promover a aprendizagem através de cursos voltados para a área de informática e eletrônica, utilizando lixo de computadores para fazer experiências reais, algumas instituições ainda recuperam peças e montam computadores a partir das sucatas para serem doados a comunidades carentes. Esta é uma grande ação que visa um futuro consciente, no entanto o lixo eletrônico utilizado neste fim é apenas uma fatia da enorme quantidade gerada pela humanidade.
Conclusão
 
 A humanidade está em uma época de grandes tecnologias, criações e aprimoramentos contínuos e, devido a isso, está gerando uma preocupação a que antes não se dava muita importância, mas que agora está resultando em uma consequência negativa. A cada ano cresce o volume de lixo e junto a este cresce também a falta de consciência em relação ao seu destino.   
 Atualmente, a Lei 13.576/09 diz que o fabricante do produto é responsável pelo resíduo que ele se tornará, muitas empresas obedecem a lei e recolhem lixos provenientes de seus produtos, mas ainda há muito por fazer, muito mais do que pontos de entrega de lixo e programas de conscientização, é preciso tomar uma atitude global para a solução deste problema. 
  Existe um provérbio indígena que diz: “Somente quando a última árvore for cortada, o último peixe pescado e o último rio for poluído, é que o homem vai perceber que não poderá comer dinheiro”. 
Referências bibliográficas 
Advocacia Geral da União, Coleta Seletiva como fazer. Disponível em:
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SuaPesquisa.com, Tipos de lixo. Disponível em:
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http://radames.manosso.nom.br/ambiental/residuos/reciclavel-e-nao-reciclavel/
Acesso em 06 de Junho de 2015.

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