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Sufrágio: Direito e Restrições

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SUFRÁGIO 
O sufrágio 
É o poder que se reconhece a certo numero de pessoas (o corpo de cidadãos) de parte direta ou indireta na soberania.
Parte direta o povo decide determinados assuntos de governo.
Parte indireta o povo elege um representante.
Nos institutos da democracia semidireta, o povo emprega o sufrágio para designar representantes – houve votação. Povo vota sem eleger.
Na democracia indireta, o povo elege através da votação o representante – houve eleição. Povo vota para eleger 
É o sufrágio direito ou função
Sufrágio de direito: doutrina da soberania popular – sufrágio universal – se toma o poder de participação do eleitor como exercício de um direito. Nesta concepção o povo é soberano, cada individuo, como membro da coletividade política, é titular de parte ou fração da soberania.
Sufrágio de função: doutrina da soberania nacional – sufrágio restrito – entende-se que mediante o voto, a coletividade política exerce uma função. Pela doutrina soberana nacional, o eleitor é somente um instrumento ou órgão que serve a nação para criar o órgão maior, o corpo representativo, que delega o poder soberano. Com isso não é a vontade autônoma do eleitor que intervém na eleição , mas a vontade soberana da nação.
O sufrágio restrito
Restrições compatíveis com a discriminação negativa. 
Limitação do poder: o principio seletivo, que deve conduzir as regiões de governo os mais aptos, os mais capazes, os mais sábios, os melhores.
Ideia de preparar a elite governante, em nome de um confiado apoio da razão humana.
Tem o objetivo de um governo do melhores.
O sufrágio é restrito quando o poder de participação se confere unicamente aqueles que preenchem determinados requisitos de riqueza ou instrução.
Modalidades de sufrágio restrito
Sufrágio censitário (a riqueza)
Sufrágio capacitário (a instrução)
Sufrágio aristocrata ou racial (a classe social ou a raça)
O sufrágio universal
Restrições compatíveis com a isonomia (discriminação positiva)
Define-se como aquele em que a faculdade de participação não fica adstrita as condições de riqueza, instruções, nascimento, raça e sexo.
Contenta se em estabelecer ‘requisitos de ordem geral’
Restrições ao sufrágio universal
Nacionalidade: condição mínima de vinculação ao pais e á coisa publica. Estrangeiros são excluídos de participação da vida política do Estado. 
Residência: em alguns Estados exige-se um prazo mínimo de residência, afim de evitar abuso e praticas vistosas de deslocamento eleitoral que uma região para outra do mesmo pais.
Sexo: as limitações de sexo existiram em geral ate o fim da primeira guerra mundial. Posterior mente vários países foram adquirindo esse direito. Todavia a suíça é um dos raros países democráticos no mundo que só há pouco adotou o voto feminino. Para muitos a discriminação eleitoral contra a mulher não chega a descaracteriza o sistema do sufrágio universal.
Idade: lei eleitoral que limita a idade mínima para o exercício do direito ao voto.
Capacidade física ou mental: são excluídos da função eleitoral todos aqueles que são portadores de defeitos físicos que não se acham em condições normais de exercer o sufrágio.
Grau de instrução: em alguns Estados é exigido no mínimo saber ler e escrever para ter capacidade de emitir o voto.
A indignidade: represento o rompimento com a ordem política estabelecida para aqueles que transgrediram a lei. Limitação abrange - a indignidade penal (incapacidade moral) e a indignidade nacional (incapacidade política)
O serviço militar: a limitação decorre da conveniência de preservar a solidez dos laços de disciplina nas fileiras militares.
O alistamento: modo que lhe seja conferido o titulo de eleitor e seu nome passa assim constar previamente nas listas oficiais de participação, por ensejo dos pleitos eleitorais.
A propagação do sufrágio universal
No século XX, aboliu o sufrágio restrito, com isso foi possível lograr consideráveis progressos na participação política ao introduzir o sufrágio universal.
Sufrágio publico e sufrágio secreto
O voto secreto, garante o principio democrático, constituído pelo sufrágio universal.
A inobservância (falta de observância, desrespeito à lei.) do segredo leva a anulação do voto. A independência moral e material do eleitor seria prejudicado se seu voto fora dado a descoberto.
A liberdade individual ficaria com o sufrágio publico consideravelmente diminuída, e o eleitor teria de mover-se um circulo fechado, sobre o império de intimidações, ameaças de perseguição, promessas, enfim corrupção. O voto publico é um proveito dos despotismos e das aristocracia.a favor do voto publico manifestaram-se os pensadores e estadistas da estirpe de Cícero, Montesquieu, Stuart Mill e Bismarck. Montesquieu afirma que o voto publico ‘deve ser considerado como uma lei fundamental da democracia’. Todos os defensores desse sufrágio entendem que ao declarar abertamente sua opinião, exerce o eleitor um ato de coragem cívica. 
Para Vedel e outros são do pondo de vista de que a democracia é o governo de todos, o governo das massas, o governo dos tímidos e não somente dos ‘corajosos’. O sufrágio publico aquela apregoada ‘coragem cívica’ acabaria sendo a coragem da minoria economicamente poderoso. O sufrágio publico aparece como expediente social da natureza conservadora, instrumento de coação econômica, aparelho de hegemonia de classe.
Sufrágio igual e sufrágio plural
No sufrágio igual, temos a consagração do principio democrático que se exprime pela fórmula ‘um homem, um voto’.
No sufrágio plural o eleitor pode acumular vários votos exercendo o direito de participação em mais de um colégio eleitoral.
O sufrágio plural resulta de qualificações variáveis, conferidas pela riqueza, idade, grau de instrução, família, etc.
Modalidades de sufrágio plural
Sufrágio múltiplo: permitia ao eleitor acumular vários votos exercendo o direito de participação em mais de um colégio eleitoral teve larga aplicação na Inglaterra.
Sufrágio familiar: invoca-se a favor desses argumentos.
Fortalecer o poder eleitoral das famílias numerosas
Estimular o crescimento populacional
Serve de premio ou recompensa aos pais de família
Proporciona a representação dos filhos menores, introduzindo assim a verdadeira formula do sufrágio universal integral: uma vida, um voto.
Concede participação maior aqueles que se acham investidos de responsabilidade social, no caso dos chefes de família.
Atribui merecida importância á família com grupo social, célula básica da sociedade.
Os movimentos políticos de caráter direitista e conservadores sempre se mostram entusiastas do sufrágio familiar.
Sufrágio direto e sufrágio indireto
O sufrágio é direto quando os eleitores, sem intermediários fazem, de modo pessoal e imediato, a designação de representações ou governantes.
É indireto quando recai a escolha sobre delegados ou intermediários, incumbidos de proceder á eleição definitiva. Esses delegados recebem o nome de ‘compromissários’.

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