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SIMULADO FCC Prof. Fernando Pestana Texto I Pátrio poder Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam a comprometer 20% de sua renda para manter seus filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido? A questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, mas, se fizermos questão de extrair uma resposta simples, ela é "provavelmente sim". Uma série de estudos sugere que a influência de pais sobre o comportamento dos filhos, ainda que não chegue a ser nula, é menor do que a imaginada e se dá por vias diferentes das esperadas. Quem primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos anos 90. Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais, como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens que os cercam. As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado por bandos de no máximo 200 pessoas, o "cantinho" das crianças era heterogêneo, reunindo meninos e meninas de várias idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais com coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses. O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais marcantes. Meninas se tornam hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno encontra outros maus alunos, que constituirão uma subcultura onde rejeitar a escola é percebido como algo positivo. O mesmo vale para a violência e drogas. Na outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura e a aplicação nos estudos. Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e a escola que frequentará. (Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014) 1. À pergunta O investimento faz sentido? o próprio autor responde: “provavelmente sim”. Essa resposta se justifica, porque (A) a escola, ao contrário do que se imagina, tem efeitos tão poderosos quanto os que decorrem da convivência familiar. (B) as influências dos pares de um educando numa escola pública são menos nocivas do que os exemplos de seus pais. (C) a qualidade do convívio de um estudante com seus colegas de escola é um fator determinante para sua formação. (D) as grandes concentrações humanas estimulam características típicas do que já foi nosso ambiente ancestral. (E) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos uma subcultura crítica em relação ao ensino. 2. Com a frase O resultado é formação de nichos com a exacerbação de características mais marcantes o autor está afirmando que a socialização nas escolas se dá de modo a (A) dissolver os agrupamentos perniciosos. (B) promover a competitividade entre os grupos. (C) estabelecer uma hierarquia no interior dos grupos. (D) incentivar o desempenho dos alunos mais habilitados. (E) criar grupos fortemente tipificados. 3. Considere as seguintes afirmações: I. A hipótese levantada pela psicóloga Judith Harris é a de que os estudantes migrantes são menos sensíveis às influências dos pais que às de seus professores. II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade de outro mau aluno prova que as deficiências da vida familiar antecedem e determinam o mau aproveitamento escolar. III. Do ponto de vista do desempenho escolar, podem ser positivos ou negativos os traços de afinidade que levam os estudantes a se agruparem. Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) III. (C) II e III. (D) I e II. (E) I e III. 4. Traduz-se corretamente um segmento do texto em: (A) primordial vida marinha = preponderante nascente marítima (B) propelida pela luz solar = arrefecida pela energia do sol (C) recuperar esse valor intrínseco = reaver essa importância inerente (D) colônia extravagante de organismos = linhagem errante de seres vivos (E) resiliente biologia tropical = perseverante bioma dos trópicos 5. Respeita a ortografia oficial vigente: (A) O culto à ignorância e à xenofobia é o responsável, em nosso dia-a-dia, por esta situação deplorável, que enserra a população local na bolha impenetrável de seus interesses e valores particulares. (B) Incrementar a participação política é um desafio perene, aja vista a nova estratégia de controle político que aparelha muitos órgãos publicos, incluindo os do setor educacional. (C) A soberania do mercado não é imprescindível para a democracia liberal − é uma alternativa a ela e a todo tipo de política, na medida em que elimina a necessidade de serem tomadas decisões que contemplem consensos coletivos. (D) Foram mencionadas as estratégias para disperçar as cepas oligárquicas das altas esferas do poder e, sobretudo, para prover o controle jurídico das suas ações; mais, até o momento, não se obteve sucesso. (E) Suas ideias íam de encontro às dos demais; ele sempre optava pelas vias mais polêmicas afim de obter atenção da audiência. 6. Michelangelo resistiu a pintar a capela... ...que afligem os seres humanos... O jovem Michelangelo penou para demonstrar o valor de seu gênio... Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em: (A) lhe pintar – lhes afligem – o demonstrar (B) pintar-lhe – afligem-nos − demonstrar-lhe (C) pintá-la – afligem-lhes – demonstrá-lo (D) pintá-la – os afligem – demonstrá-lo (E) pintar-lhe – os afligem – lhe demonstrar 7. No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos e os quais se espera alcançar ou obter no futuro. Os elementos sublinhados acima podem ser substituídos, sem prejuízo da clareza e da correção gramatical, respectivamente, por: (A) que - onde (B) que - que (C) onde - cujos (D) cujos - que (E) onde - de que 8. Os tempos e os modos verbais estarão corretamente articulados na frase: (A) Eduardo Coutinho, morto em 2014, destacara-se como um mestre dos documentários, cuja arte contemplasse o depoimento vivo, sempre que rejeitava o retrato estereotipado das pessoas. (B) A exemplo do que houvesse na arte de Eduardo Coutinho, o primeiro passo de toda política deveria ter levado em conta o respeito pela condição singular do outro, conquanto, para isso, surgiam dificuldades. (C) Caso não fizesse dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho não viveria como um artista crítico, para quem já houvesse arte encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro. (D) Em seu processo criativo, Coutinho saberia ver e ouvir e, consequentemente, havia se acercado da história de cada um como um processo sensível e inacabado, sem que fosse necessário ajustar conceitos. (E) A obsessão que Coutinho demonstraria pela cena da vida era similar à que tivesse pela arte, e isso fez com que seja quase impossível, para Coutinho, opor personagem a pessoa. 9. Se numa transformação da frase O borracheiro coçou a desmatada cabeça e proferiu a sentença tranquilizadora atribuirmos aos termos sublinhados a função de sujeito, as formas verbais que lhes correspondem deverão ser, na ordem dada: (A) foi coçada − foi proferida (B) havia coçado − tinha proferido (C) coçara − proferira (D) tinhacoçado − teria proferido (E) estava sendo coçada − tinha sido proferida 10. na época, o látex representava 50% da exportação do Brasil O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima encontra-se em: (A) A temática amazônica se impõe... (B) ... escreveria sobre Paraty ou Pequim, certamente. (C) E teve uma importância econômica fundamental durante 40 anos... (D) ... mas conheço um pouco o interior da Amazônia. (E) ... quando já era uma fortaleza avançada dos portugueses... 11. Não que ele seja o único a ter alma. O segmento abaixo que possui a mesma função sintática do termo em destaque na frase acima encontra-se sublinhado em: (A) ...uma partícula sua pode transformar-se em muita, muita coisa. (B) Há corpos celestes longínquos de densidade tão incrível... (C) Os senhores ficarão surpresos ao ouvir minha resposta... (D) ...uma polegada cúbica de sua matéria pesaria uma tonelada na Terra. (E) ... a atemporalidade é o nada estático... 12. E a cada um daqueles homens pobres ele dá cada dia sua ração de alegria. A função sintática do termo sublinhado acima é a mesma do que se encontra, também sublinhado, em: (A) ... nenhuma catedral imensa [...] tem nada capaz de um som tão lindo e puro... (B) Pois cada um de nós quando criança tem dentro da alma seu sino de ouro... (C) Eles sabem que de todos os ruídos e sons que fogem do mundo em procura de Deus... (D) ... que Deus [...] ouve o som alegre do sino de ouro perdido no fundo do sertão. (E) De tarde seu som vai voando em ondas mansas sobre as matas e os cerrados... 13. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase: (A) Muita gente imagina, ainda hoje, que o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo, quando, na verdade, essa função, para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (B) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (C) Muita gente imagina, ainda hoje que o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem tenha ainda, um papel decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (D) Muita gente imagina ainda hoje que, o convívio familiar, dado sempre como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda, um papel decisivo quando na verdade, essa função para o bem ou para o mal, é exercida no interior dos grupos de colegas e amigos. (E) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre, como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo quando na verdade, essa função, para o bem ou para o mal é exercida, no interior dos grupos de colegas e amigos. 14. Atente para as afirmações abaixo. I. Pois o amor, diz ela, não está no objeto amado, mas no sujeito amante: ele está do lado daquele que deseja, não daquele que é desejado. / Os dois-pontos introduzem uma explicação. II. O diálogo de Platão, por vezes designado Discurso sobre o amor, é composto de uma sequência de discursos... / Sem prejuízo da correção, o segmento isolado por vírgulas pode ser também isolado por parênteses. III. É neste meio humanista de Florença que Ficino elabora sua obra, composta por comentários e tratados de filosofia. / O emprego da vírgula, na frase acima, antecede uma restrição. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II. (C) I e III. (D) II e III. (E) III. 15. Considerados o contexto e a norma-padrão, (A) em “É o que, por exemplo, sugere a definição de Spinoza segundo a qual a vergonha é a tristeza que acompanha a ideia de alguma ação que imaginamos censurada pelos outros”, resulta em incorreção o acréscimo de vírgula entre Spinoza e segundo. (B) em “O rubor pode subir às faces de alguém que está sendo objeto da atenção de uma plateia, mesmo que esta atenção seja motivada pelo elogio, pelo recebimento de um prêmio, portanto acompanhada de um juízo positivo. Este tipo de vergonha não deixa de ser psicologicamente misterioso: por que será que as pessoas sentem desconforto ao serem ‘apenas’ observadas, mesmo que esta observação não contenha ameaças precisas, mesmo que ela seja lisonjeira?”, o emprego de aspas em "apenas" empresta ironia à palavra, tal como em: "Ele foi ‘apenas’ assaltado, sem muita violência". (C) em O rubor pode subir às faces de alguém, está correto o emprego do sinal de crase, assim como o está em “O sentimento de vergonha é comum à qualquer pessoa”. (D) as palavras opróbrio e ignomínia estão corretamente grafadas e acentuadas, assim como o estão as palavras desta frase: "A ausência de rúbrica nos documentos é mais um deslise para o qual ela tem o intuíto de reinvindicar tratamento de excessão". (E) em a vergonha pressupõe um controle interno: quem sente vergonha julga a si próprio, os dois-pontos introduzem consequência. 16. Atente para as afirmações, abaixo, sobre o texto: I. Com a substituição de que por "se" em Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi uma das maiores vergonhas da humanidade, atribui-se caráter hipotético ao que se diz em seguida. II. Sem prejuízo para a correção, pode-se isolar com vírgulas o título do livro A Crime So Monstrous em “Seu título era A Crime So Monstrous...”, como ocorre com o título do filme 12 Anos de Escravidão em “O filme de Steve McQueen, 12 Anos de Escravidão, pode relembrar ao mundo algumas vergonhas passadas”. III. O travessão empregado em A escravidão que denunciava com dureza era a velha escravidão clássica − a exploração braçal e brutal de milhares ou milhões de seres humanos trabalhando em plantações ou pedreiras ao som do chicote introduz uma explicação, função semelhante à dos dois- pontos empregados no último parágrafo (“... confesso que espero pelo dia em que Hollywood também irá filmar as vergonhas presentes: as vidas anônimas dos infelizes da Mauritânia ou do Haiti que, ao contrário do escravo do filme, não têm final feliz”). Está correto o que consta APENAS em (A) I e III. (B) I. (C) I e II. (D) II. (E) II e III. Texto II Eduardo Coutinho, artista generoso Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, morto em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar a distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo-se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões de fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os famigerados “tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse operário que está falando, de repercutir as palavras e os silêncios do morador de um povoado da Paraíba. Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia, nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível, para ele,distinguir uma da outra, opor personagem a pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu como um homem/artista crítico para quem já existe arte encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro: fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se, mostra-se, mostra-o, mostra-nos. (Armindo Post, inédito) 17. Ao se referir à recusa aos paradigmas que atropelam nossa visão de mundo, identificando-a como uma característica da arte de Eduardo Coutinho, o autor do texto enaltece a capacidade que tem esse cineasta de (A) reproduzir os lugares-comuns e as fórmulas conhecidas, aderindo aos valores socialmente aceitos e dados por nós como irrefutáveis. (B) rejeitar as perspectivas estereotipadas que, de forma intempestiva, condicionam nosso modo de enxergar as coisas. (C) desviar-nos da tentação de embaralhar a compreensão que temos da vida, quando ele simplifica e enrijece os valores pelos quais devemos nos guiar. (D) dissipar os valores éticos, substituindo-os por critérios pessoais capazes de nos tornar mais determinados em nossas iniciativas. (E) evitar decididamente os parâmetros estranhos aos códigos sociais já firmados, para que não nos enganemos na apreciação das coisas. 18. Atente para as seguintes afirmações sobre Eduardo Coutinho e sua arte: I. As expressões coletivistas referidas e exemplificadas no primeiro parágrafo são aquelas que ajudam o cineasta a reconhecer a contribuição original de cada cidadão no exercício de sua função social. II. Deve-se entender que, em seus documentários, o cineasta valoriza sobretudo a singularidade das pessoas retratadas, em vez de tomá-las como tipos sociais já identificados e rotulados. III. O foco de atenção que o cineasta faz incidir sobre as pessoas que retrata é tão intenso e bem trabalhado que elas surgem como personagens que se revelam para nós em toda a sua verdade. Está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) III, apenas. 19. As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na seguinte frase: (A) Aos que vivem de apregoar certezas, diga- se que faria melhor duvidarem um pouco, pois a dúvida nunca faz mal ao rigor com que se ordena as ideias. (B) Fazem-se notar nos jornais e revistas de hoje a convicção com que se manifestam as pessoas a propósito de tudo, como se jamais lhes faltassem competência para julgar o que quer que sejam. (C) Tomam-se como presunção de incompetência as qualidades de quem hesita e reflete antes de agir, preferindo assim a dúvida à precipitação, a cautela ao açodamento. (D) Sempre haverá aqueles que prefiram relativizar suas análises, evitando assim, com a dúvida, que se emprestem aos preconceitos o peso que eles jamais poderiam ter. (E) Não se confunda com a dúvida saudável e metódica as indecisões permanentes de quem jamais se habilitam a percorrer o caminho que leva às decisões finais. 20. Está plenamente adequado o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: (A) Há vocábulos estrangeiros em cujo emprego se faz desnecessário, uma vez que nossa língua conta com termos de que o sentido traduz plenamente o daqueles. (B) O abuso no emprego de estrangeirismos, ao qual o autor se bate, é um mal em cujo reconhecimento pouca gente é capaz. (C) Nossas exportações de café, às quais tanto devemos, levaram a outros países um hábito cujo cultivo tornou-se parte de nossa identidade. (D) Um hábito ridículo, do qual muita gente se curva, está no emprego abusivo de palavras estrangeiras, nas quais se atribui um prestígio maior. (E) Há expressões estrangeiras, como “shopping center”, onde o uso se justifica plenamente, uma vez que nomeiam realidades em que o estabelecimento se deu em outros países. 21. Atente para as seguintes afirmações: I. Na frase Uma vez eu e o moleque Ricardo chegamos na beira do rio e não havia ninguém, pode-se substituir "na" por "à", mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido da frase. II. Em ... enquanto os canoeiros remavam a toda a força..., pode-se acrescentar crase em "à toda a força", sem prejuízo para a correção da frase. III. No segmento As minhas tias desciam para a água fria do Paraíba..., pode-se substituir "para a" por "à", sem prejuízo para a correção e, em linhas gerais, o sentido da frase. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II e III. (C) III. (D) I e II. (E) I e III. Texto para a questão 22. (...) Mas também se produzem modos de apropriação dos lugares. A indústria do turismo produz um modo de estar em Nova York, Paris, Roma, Buenos Aires... É evidente que não se pode dizer que essas cidades sejam simulacros, pois é claro que não o são; entretanto, o pacote turístico ignora a identidade do lugar, sua história e modo de vida, banalizando-os. (...) Essa rapidez impede que os olhos desfrutem da paisagem. Passa-se em segundos por séculos de civilização, faz-se tábula rasa da história de gerações que se inscrevem no tempo e no espaço. Num autêntico tour de force consentido, pouco espaço é destinado à criatividade. Por sua vez, o turista vê sufocar um desejo que nem se esboçou, o de experimentar. 22. ... pois é claro que não o são... ... banalizando-os. ... que se inscrevem no tempo e no espaço. Os elementos sublinhados acima referem-se, respectivamente, a: (A) simulacros − a identidade do lugar, sua história e modo de vida − gerações (B) pacote turístico − modo de vida − tábula rasa (C) cidades − os pacotes turísticos − gerações (D) simulacros − os pacotes turísticos − história (E) pacote turístico − a identidade do lugar, sua história e modo de vida − tábula rasa 23. Embora as esculturas ficassem longe do público, elas foram vistas por artistas que visitavam Picasso. Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por: (A) Porquanto (B) Apesar de (C) Contudo (D) Conquanto (E) A despeito de 24. Enxergaram-se como proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens; o adultério as rouba. Dando nova redação à frase acima, ela se manterá coerente e formalmente correta em: (A) Ainda que se vejam como proprietários, os homens consideram que o adultério as rouba, tal e qual pode acontecer com um de seus bens. (B) Os homens entendem o adultério como um roubo, uma vez que consideram suas esposas um bem de que um terceiro se apropria. (C) Como as esposas são bens inalienáveis dos homens, qualifica-se como roubo aquele que as usurpam de seu legítimo proprietário. (D) Uma vez premeditado o adultério como um roubo, os homens passam a ver suas esposas como parte de seu patrimônio do qual foi usurpado. (E) Não obstante se considere que as esposas sejam parte de seus bens, os homens passam a ver como um roubo o adultério que os privam delas. 25. Está escrito com correção e clareza o que se encontra em: (A) Ainda é comum, mesmo que à criatividade não seja estimulada, que o turista veja seu desejo de experimentar ser tolhido antes mesmo de ser esboçado. (B) A autora a princípio, foi instigada a escrever o texto em questão, a partir da sensação de que se é parte de um cenário, engendrado por uma viagem pelo Havaí. (C) A possibilidade de superação das alienações da vida cotidiana não estão dadas pelo turismo como indústria, pois esta não engloba uma perspectiva do lazer capaz disso. (D) Um mundo fictício de lazer, é criado pela indústria do turismo cujo espaço se transforma em cenário, no qual a realidade se modifica a medida que seduz e fascinao turista. (E) Uma vez que, da interação entre espaço e sociedade, resulta o que a autora chama de "lugar", este é, essencialmente, uma produção humana. GABARITO!!! 1- C 2- E 3- B 4- C 5- C 6- D 7- B 8- C 9- A 10- E 11- B 12- C 13- A 14- A 15- B 16- A 17- B 18- D 19- C 20- C 21- E 22- A 23- D 24- B 25- E IMPORTANTE!!! - Darei um aulão presencial no Rio de Janeiro, dia 28 de maio, das 9h às 18h. 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