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INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo INTENSIVO II Disciplina: Direito Penal Prof.: Rogério Sanches Aula nº 02 MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações de Aula II. Jurisprudência Correlata 2.1. STF - Ext 1051 / ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA 2.2. STF – HC 70362/RJ III. Simulados I. ANOTAÇÕES DA AULA Cont. Teoria Geral da Pena Penas proibidas no Brasil (art. 5º, XLVII da CF) - > Pena de morte (Existem exceções) - > Pena de caráter perpétuo Obs.: Artigo 75 do CP é uma demonstração clara e evidente de que o Brasil proíbe pena de caráter perpétuo. Art. 75 - O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) CF/88 (Proíbe pena de caráter perpétuo) X Estatuto de Roma (Criou o TPI -> Prevê pena de caráter perpétuo) Artigo 77 do Estatuto de Roma: Artigo 77 Penas Aplicáveis INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 110, o Tribunal pode impor à pessoa condenada por um dos crimes previstos no artigo 5° do presente Estatuto uma das seguintes penas: a) Pena de prisão por um número determinado de anos, até ao limite máximo de 30 anos; ou b) Pena de prisão perpétua, se o elevado grau de ilicitude do fato e as condições pessoais do condenado o justificarem, 2. Além da pena de prisão, o Tribunal poderá aplicar: a) Uma multa, de acordo com os critérios previstos no Regulamento Processual; b) A perda de produtos, bens e haveres provenientes, direta ou indiretamente, do crime, sem prejuízo dos direitos de terceiros que tenham agido de boa fé. Atenção: Deve ser lembrado que o Estatuto de Roma não admite ressalvas pelo país signatário. O conflito entre o Estatuto de Roma e a CF é apenas aparente. A CF quando prevê a vedação da pena de caráter perpétuo está direcionando seu comando somente para o legislador interno brasileiro, não alcançando os legisladores Estrangeiros ou internacionais. Proibição de Pena de Caráter Perpétuo X Indeterminação de Medida de Segurança 1ª corrente: O prazo indeterminado da MS não viola a CF, pois esta sanção tem caráter curativo (e não punitivo). 2ª corrente: O prazo indeterminado da MS viola a CF. Deve ter como prazo máximo o tempo de trinta anos (art. 75 do CP, aplicado por analogia). 3ª corrente: Concorda com a segunda, porém entende que o prazo máximo deve coincidir com a pena máxima em abstrato prevista para o crime. - > Trabalhos forçados: Proibição de Trabalhos Forçados X Trabalho Penitenciário Trabalho penitenciário: dever (art. 39 da LCP)/ direito (art. 41 da LEP) O trabalho estabelecido na LEP, embora obrigatório, constitui dever do preso, mas possui finalidade educativa e produtiva, sendo, ainda, remunerado. - > Pena de banimento: Expulsão do nacional do nosso território. - > Pena de natureza cruel. Penas permitidas no Brasil (art. 5º, XLVII, CF/88) -> rol exemplificativo. Art. 5º, XLVI da CF - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; O legislador, ordinário atento à CF, anuncia 3 espécies de penas: 1ª) privativa de liberdade: • Reclusão • Detenção • Prisão simples 2ª) restritiva de direitos INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo 3ª) pecuniária Reclusão: Reservada para crimes mais graves. Detenção: Reservada para crimes. Prisão simples: reservada para contravenções penais. Artigo 5° da LCP - As penas principais são: I – prisão simples. II – multa. Art. 6º - A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) § 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de reclusão ou de detenção. § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a quinze dias. Regime inicial de cumprimento de pena: Reclusão: Fechado; semi-aberto; aberto Detenção: semi-aberto; aberto Prisão simples: semi-aberto; aberto. Efeitos extrapenais da condenação: Reclusão: Pode gerar incapacidade para o exercício do poder familiar (art. 92 do CP). Detenção: Não sofre esse efeito. Prisão simples: Não sofre qualquer efeito extrapenal previsto no CP. Interceptação telefônica como meio de prova: Reclusão: admite Detenção: não admite. (STF - > admite-se quando conexo com crime punido com reclusão) Prisão simples: não admite Penas não previstas no Código Penal, mas que não violam a CF/88: - > Advertência (11.343/06): Prevista para o usuário - > Degredo: Designar durante algum tempo lugar fixo de residência para o condenado. - > Desterro: Proibição de habitar no local de sua residência ou residência da vítima. Aplicação da pena: - > Não há pena sem prévia cominação legal. - > Praticada a infração penal, nasce para o Estado o poder-dever de aplicar a pena. - > Para tanto, exige-se o devido processo legal. - > O processo se encerra com a sentença, ato judicial que impõe ao condenado pena individualizada. 1ª) fixação da pena privativa de liberdade - > art. 68 do CP (Sistema Trifásico) Nelson Hungria Sobre a pena simples/qualificada: INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo 1ª fase: pena-base (circunstâncias judiciais: art. 59 do CP) 2ª fase: pena intermediária (agravantes - > 61/62 CP; Atenuantes - > 65/66 CP) 3ª fase: pena definitiva (causas de aumento e diminuição de pena) O método trifásico de cálculo da pena privativa de liberdade tem por objetivo viabilizar o exercício do direito de defesa, explicando para o réu os parâmetros que conduziram o juiz na determinação da reprimenda. Obs. 1: Calculada a pena privativa de liberdade, o juiz, em seguida, deve anunciar o regime inicial de cumprimento da pena (A doutrina costuma chamar essa etapa de 4ª fase) Obs. 2: Depois de fixado o regime inicial, o magistrado deve analisar a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por penas alternativas: (é o que a doutrina chama de 5ª fase) Penas alternativas: a) Multa; b) Restritiva de direitos; c) Sursis. Primeira fase de aplicação da pena privativa de liberdade: Finalidade: fixar a pena base Ponto de partida: pena simples ou qualificada Instrumentos: circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) Pena base: art. 59, II do CP. Adotando a CF um direito penal garantista, compatível unicamente com o Direito Penal do fato, temos doutrina criticando as circunstâncias judiciais subjetivas, campo fértil para o direito penal do autor. Esta tese não prevalece, devendo o juiz considerá-las para obedecer o princípio da individualização da pena. Atenção: O CP não fixou quantum para as circunstâncias judiciais, ficando a critério do juiz que devesempre fundamentar sua decisão. - Jurisprudência: 1/6 - Doutrina: 1/8 Cuidado: A pena base não pode extrapolar os limites mínimos e máximos previstos no preceito secundário (art. 59, II do CP). Pena-base: Exemplo: Homicídio qualificado. Pena de 12 a 30 anos. 1ª situação: Não há circunstâncias judiciais relevantes: Pena-base: 12 anos. 2ª situação: Só há circunstâncias judiciais favoráveis: Pena-base: 12 anos. 3ª situação: Há circunstância judicial desfavorável (Exemplo: maus antecedentes) Pena-base: 12 anos + 1/6 = 14 anos 4ª situação: Concurso de circunstâncias favoráveis e desfavoráveis Art. 67 do CP, por analogia, desde que favoreça o réu. Culpabilidade do agente: Atenção: Não se confunde com a “culpabilidade”, 3º substrato do crime. � Maior ou menor grau de reprovabilidade da conduta do agente (STJ). INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo - > LFG discorda: Para Luiz Flávio Gomes deve considerar a posição do agente frente ao bem jurídico tutelado. Antecedentes do agente: Representa a vida pregressa (anteacta) do agente. Cuidado: fatos posteriores ao crime não serão considerados nesta etapa O que configura maus antecedentes? Inquérito Policial arquivado ou em andamento não caracteriza maus antecedentes (princípio da presunção de inocência ou não culpa). Ação penal (com absolvição ou em curso) Também não caracteriza maus antecedentes - > princípio da presunção de inocência ou não culpa. Atos infracionais: Não caracterizam maus antecedentes, mas podem servir ao estudo da personalidade do agente. Então o que configura maus antecedentes? Somente as condenações definitivas que não caracterizam a agravante da reincidência. Condenação definitiva por furto + 5 anos: Cumprimento da pena/novo crime: Não pode gerar reincidência, mas pode caracterizar maus antecedentes. De acordo com a maioria, não existe limite temporal para condenação passada servir como maus antecedentes de crime futuro. Bitencourt discorda, lecionando ser possível aplicar o art. 64, I, do CP, por analogia. Segunda fase da aplicação da pena privativa de liberdade: Finalidade: Fixar a pena intermediária. Ato de partida: pena-base Instrumentos: agravantes (61/62 do CP) /atenuantes (arts. 65/66 do CP) Atenção: legis extravagante pode criar outras agravantes e atenuantes. As agravantes e atenuantes podem ser definidas como circunstâncias objetivas ou subjetivas que não integram a estrutura do tipo penal, mas se vinculam ao crime, devendo ser consideradas pelo Juiz no momento de aplicação da pena. O legislador não estipulou quantum para agravantes e atenuantes, ficando a critério do juiz que deve fundamentar a decisão (deve também respeitar os limites mínimo e máximo previsto no preceito sancionador) 1ª situação: Agravantes: pena intermediária deve dirigir-se no sentido da pena máxima. 2ª situação: Atenuantes: pena intermediária reduz a pena-base no sentido da mínima. 3ª situação: Ausentes agravantes e atenuantes: a pena intermediária confirma a pena base. 4ª situação: concurso de agravantes e atenuantes: pena intermediária deve obedecer ao art. 67 do CP. A jurisprudência estabeleceu ordem de preponderância: 1ª) Atenuante da menoridade - > 18/21 (ou da senilidade – > maior 70) 2ª) Agravante da reincidência INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo 3ª) Atenuante/Agravante - > Subjetiva 4ª) Atenuante/Agravante - > Objetiva Atenção: se no mesmo patamar é possível compensá-las. Agravantes: Artigo 61 (rol taxativo) /62 do CP. As agravantes sempre agravam a pena? Em regra, sim, mas tem exceções: 1ª) quando constituem ou qualificam o crime não são consideradas, para evitar dupla valoração em prejuízo do réu (“bis in idem”) Exemplo: Art. 61 do CP agrava a pena do crime cometido contra “mulher grávida”. Não se aplica esta agravante no crime de aborto. 2ª) Quando a pena base foi fixada no máximo (nesta etapa do cálculo da pena o juiz também está atrelado aos limites máximo e mínimo) Atenção: Esse limite não tem previsão legal. É criação da jurisprudência. 3ª) Quando a atenuante for preponderante. As agravantes incidem em todos os crimes? Em regra, só incidem em crimes dolosos. A doutrina lembra uma exceção: A agravante da reincidência é cabível também nos crimes culposos. Apesar de minoritária, temos decisão no STF admitindo, além da reincidência, outras agravantes incidindo no crime culposo, como por exemplo, o motivo torpe (ganância). HC 70362/RJ. Agravante não articulada na denúncia pode ser reconhecida? (Artigo 355 do CPP) II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 2.1. STF – Ext 1051 / ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA PROCESSO-CRIME - COMPETÊNCIA - EXTRADIÇÃO. Havendo notícia de prática delituosa voltada a introduzir tóxico no território do Governo requerente, incumbe ter como de boa origem o pedido de extradição. EXTRADIÇÃO - PROCESSO-CRIME EM CURSO NO BRASIL. A circunstância de o extraditando ter contra si processo-crime no Judiciário brasileiro não obstaculiza a extradição. EXTRADIÇÃO - DUPLICIDADE DE PEDIDO. Existindo duplicidade de pedido, sendo idênticas as penas previstas para os tipos, define-se a preferência na extradição pelas datas dos pedidos formulados, prevalecendo aquele formalizado em primeiro lugar. EXTRADIÇÃO - DUPLA TIPICIDADE - CONSPIRAÇÃO - CRIME DE QUADRILHA - LAVAGEM DE RECURSOS. Impõe-se a observância da dupla tipicidade e, assim, o fato de o artigo 288 do Código Penal exigir, para a configuração do crime de quadrilha ou bando, a associação de mais de três pessoas. EXTRADIÇÃO - PRISÃO PERPÉTUA. No deferimento da extradição, deve-se impor cláusula, presente a norma do artigo 75 do Código Penal e, portanto, a impossibilidade de o extraditando cumprir pena perpétua cerceadora da liberdade de ir e vir. (Ext 1051, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 21/05/2009, DJe-148 DIVULG 06-08-2009 PUBLIC 07-08-2009 EMENT VOL-02368-01 PP-00063 LEXSTF v. 31, n. 368, 2009, p. 346-357 LEXSTF v. 31, n. 369, 2009, p. 345-356) 2.2. STF – HC 70362/RJ 1. Exposição culposa a perigo de embarcação maritima, de cujo naufragio resultaram dezenas de mortes (Caso Bateau Mouche): compatibilidade do delito com a agravante do motivo torpe; questões relativas a INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo fundamentação, na decisão condenatória, da modalidade e da quantificação da pena e do regime inicial de seu cumprimento. 1.1 Na individualização da pena, jamais se logrou eliminar a parcela inextirpavel de subjetivismo do juiz do caso concreto; por isso, no ponto, e estreita a margem de revisão da sentença nas vias de controle de legalidade do habeas-corpus ou dos recursos extraordinários: afora o abuso de poder manifesto, o que nelas cabe verificar e a existência formalmente idonea da motivação de mérito e a congruencia logico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão (v.g., HC 69.419, Pertence, RTJ 143/600). 1.2 Na motivação da pena, não cabe exigir menção explicita a cada um dos critérios do art. 59 C.Penal (HC 67.063, Gallotti, RT 641/397; HC 69.960, Pertence). 1.3. Se a sentença, ao acertar, a luz da prova, a versão do fato delituoso, enuncia claramente circunstancias de inequivoco relevo para a aplicação da pena, não e de exigir-se que a menção dessas circunstancias seja explicitamente repetida no capitulo dedicado especificamente a dosimetria da sanção aplicada: a base empirica do juízo de valor que induzir a exasperação da pena pode resultar do contexto da motivação global da sentença condenatória: por isso, não pode ser considerada inidonea, quantoa motivação da pena, a decisão que, além de aludir, no item especifico, as "circunstancias e gravissimas consequencias do crime" - que são dados objetivos irretorquiveis do caso - ao fundamentar a condenação, ja se esmerara em demonstrar, a existência e a extrema gravidade da culpa, que, para o acórdão, "chega a tangenciar o dolo eventual": são motivos explicitados de exasperação que, em seu conjunto, guardam congruencia logica e jurídica com a severissima quantificação da pena base. 2. Não obstante a corrente afirmação apoditica em contrario, além da reincidencia, outras circunstancias agravantes podem incidir na hipótese de crime culposo: assim, as atinentes ao motivo, quando referidas a valoração da conduta, a qual, também nos delitos culposos, e voluntaria, independentemente da não voluntariedade do resultado: admissibilidade, no caso, da afirmação do motivo torpe - a obtenção de lucro facil -, que, segundo o acórdão condenatório, teria induzido os agentes ao comportamento imprudente e negligente de que resultou o sinistro. 2.1 Sempre que a conversão da pena de prisão em restrição de direito ou o seu cumprimento em regime inicial sejam, em princípio, legalmente admissiveis, a negativa de uma ou do outro há de ser idoneamente motivada. 2.2 Como sucede com a conversibilidade da privação da liberdade em multa (v.g., HC 66.887, Correa, RT 639/385; HC 69.365, Pertence, RTJ 143/199), também a possibilidade de sua substituição pela restrição de direito - outro marco da tendencia vigente a reduzir a pena de prisão a ultima ratio do sistema - compoe o processo de individualização da sanção a aplicar-se, que reclama fundamentação adequada, inexistente no caso. 2.3 Cuidando-se exclusivamente de definir a execução da pena de prisão imposta, o apelo exclusivo a gravidade da culpa não basta para fundar com razoabilidade a imposição do regime inicial mais gravoso: e a prevenção geral que domina a cominação legal da pena em abstrato e igualmente demarca os limites possiveis de sua individualização, no momento da aplicação judicial; mas, e patente que, aplicada a pena na sentença, ganha peso dominante a ponderação dos interesses da prevenção especial, ja na verificação da conversibilidade da pena corporal de curta duração em sanções substitutivas, ja, não sendo o caso de substituição, no momento final do processo de concretização de norma penal, que e o da definição do regime executivo da privação de liberdade. (HC 70362, Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Primeira Turma, julgado em 05/10/1993, DJ 12-04- 1996 PP-11072 EMENT VOL-01823-01 PP-00097 RTJ VOL-00159-01 PP-00132) III. SIMULADOS 3.1. (CESPE - 2012 - TJ-AC – Juiz) Assinale a opção correta acerca das penas e das medidas de segurança. a) Exige-se motivação idônea do julgador no caso de ele impor ao condenado à pena de detenção o cumprimento de pena, inicialmente, em regime fechado. b) No cômputo da pena privativa de liberdade, ou seja, na detração penal, inclui-se o tempo da prisão provisória ou administrativa, mas não o correspondente à internação decorrente de medida de segurança, em face de seu caráter extrapenal. c) A pena de prestação pecuniária é fixada, a critério do juiz, em dias-multa, de um a trezentos e sessenta, devendo o seu valor ser deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil. d) Fixada a pena-base no mínimo legal, é permitido, considerando-se a gravidade abstrata do delito cometido, o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta. INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material de Apoio elaborado pela monitora Cintia Araujo e) Tratando-se de crime culposo, é cabível a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, qualquer que seja a pena aplicada ao condenado. 3.2. (Prova: FCC - 2012 - TJ-GO – Juiz) Em relação às penas restritivas de direitos, é correto afirmar que a) o juiz da execução penal, sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime ou contravenção, decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. b) a prestação de serviços à comunidade terá a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída e, se esta for superior a 1 (um) ano, poderá o condenado cumpri-la em menor tempo, nunca inferior a 1/3 (um terço) da sanção corporal fixada. c) a prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 10 (dez) dias- multa nem superior a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. d) é incabível a pena substitutiva de interdição temporária de direitos, na modalidade de suspensão da habilitação para dirigir veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor. e) é conversível em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta, sem dedução do tempo cumprido de pena substitutiva. 3.3. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico Judiciário – Auxiliar) Com base nas disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal, julgue os itens a seguir. É inconstitucional lei que preveja a condenação à morte ou à execução de trabalhos forçados, dado que a Constituição Federal de 1988 (CF) proíbe, expressamente, essas modalidades de pena. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO: 3.1. E 3.2. D 3.3. Certo
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