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AULA 05

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INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
1
 
INTENSIVO II 
Disciplina: Direito Penal 
Prof. Rogério Sanches 
Aula Online 01 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO – MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações da Aula 
II. Jurisprudencia Correlata 
2.1. STJ - AgRg no HC 244.413/ES 
2.2. STJ - RHC 34.332/RS 
III. Simulados 
 
 
I. ANOTAÇÕES DA AULA 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO 
 
 
� Art. 44,§2º do CP 
 
• Condenação: Não superior a 1 ano� o juiz pode substituir por multa ou 01 pena restritiva de 
direito. 
Pena Alternativa: Multa ou Pena restritiva de direito, de acordo com a finalidade da pena. 
 
• Condenação: superior a 01 ano� o juiz pode substituída por uma multa + 01 pena restritiva de 
direito ou 02 penas restritivas de direito, de acordo coma finalidade da pena. 
 
 
Pena restritiva de Direitos: Conversão 
 
A pena restritiva de direito é sujeita a conversão, ela pode voltar a ser privativa de liberdade. 
 
Hipóteses (art. 44,§4º e 5º CP): 
 
1 – Descumprimento injustificado da restrição imposta – reeducando deve ser ouvido (garantia da ampla 
defesa) 
 
� Se o reeducando não é ouvido gera uma ilegalidade. 
� A detração tem limites, devendo restar ao menos 30 dias: 
 
 
EX: 
P. Privativa de Liberdade (1 ano) � 11m e 10d = 20 dias ( como a lei exige no mínimo 30d 
soma-se +10d) 
 
 
 Substituição por restritiva de direito – 1 ano –art. 55 CP 
 
 (Cumpriu 11 meses e 10 dias de reclusão) 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
2
 
Para LFG o saldo mínimo de 30 dias caracteriza indisfarçável “bis in idem”, obrigando o executado a 
cumprir duas vezes parcela da pena. 
 
2 – Condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime (art. 44,§5º - CP) 
 
O juiz da execução deve analisar: 
 
� Se as penas (restritivas de liberdade e restritiva de direito) são compatíveis. 
� Se compatíveis não gera conversão, e o reeducando vai cumprir as duas. 
� Se não compatíveis o juiz determina a conversão da restritiva de direito na privativa de liberdade 
somando-as. 
 
Pergunta: No caso de conversão, existe detração? 
R: Nota-se que o §5º (diferentemente do parágrafo anterior) não previu a detração. A omissão do 
legislador, no entanto, não tem fundamento. Cuida-se de omissão involuntária sendo possível analogia “in 
bonam partem”. 
 
Pergunta de concurso: É possível a conversão da pena restritiva de direitos (prestação pecuniária ou 
perda de bens e valores) em privativa de liberdade? 
R: 
 
Ex: 
Pena privativa de liberdade (natureza real)� juiz substitui por prestação pecuniária(natureza 
pecuniária)� descumprida a prestação pecuniária� Pode ser convertida em privativa de liberdade?? 
 
� Apesar de haver jurisprudência (minoritária) em sentido contrário, prevalece ser possível a 
conversão das restritivas de direito de natureza real em privativa de liberdade. 
 
� SUPER DICA: multa é diferente de prestação pecuniária!! 
 
 
Pena de multa 
 
Espécie de pena alternativa. 
 
Cominada no preceito secundário do tipo incriminador ou substitutiva da prisão (art. 44 CP), a pena de 
multa é espécie de sanção penal patrimonial, consistente na obrigação imposta ao sentenciado de pagar 
ao fundo penitenciário determinado valor em dinheiro. 
 
� Zaffaroni critica porque nunca se tem certeza de que é o réu que realmente pagou a pena. 
 
 
Aplicação da pena de multa 
 
Atenção: O CP adota o sistema de dias multa baseado principalmente na capacidade econômica do 
sentenciado, mas legislação extravagante pode anunciar outro sistema. 
Ex: art. 99 da lei 8.666/93, art. 43 da lei 8245/91 
 
De acordo com o código penal: 
 
O juiz vai dividir a aplicação da multa em dois momentos: 
 
a) Fixar a quantidade de dias multa – art. 49 CP 
 
 1ªC – a fixação da quantidade de dias multa deve observar o critério trifásico – art. 68 CP. 
 2ªC- analisar a capacidade financeira do sentenciado; 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
3
 3ªC – varia de acordo com as circunstâncias judiciais; 
 
b) O magistrado depois de calculada a quantidade de dias multa, o magistrado decide o valor de cada 
dia multa (art. 60 CP). 
 
 O valor fica entre 1/30 do salário mínimo 5X o salário mínimo, podendo ser triplicado. 
 O juiz deve observar a situação do sentenciado. 
 
 
CÁLCULO DA MULTA 
 
Etapas 
 
a)fixa a quantidade de dias multa -> mínimo : 10 � Máximo: 360� art.68 CP. 
b)valor do dia multa� mínimo: 1/30� máximo 5x o salário mínimo � capac. econômica do 
sentenciado 
 
Pergunta: Multa de valor irrisório deve ser executada? 
1C – a multa irrisória não deve ser executada, já que o poder publico arcará em sua cobrança valor 
superior ao que será arrecadado, e o conde-nado sequer suportará o caráter retributivo da pena. 
2C – a cobrança em juízo é obriga-tória, não importando o seu valor. Pena de multa é pena, incidindo 
sobre ela os princípios da imperatividade e inderrogabilidade (corrente dominante). 
 
Forma de pagamento da multa 
 
 Pagamento voluntário da multa – art. 50 CP 
 
� É autorizado o parcelamento. 
 
 
 Não pagamento da multa - ensejo a execução forçada 
 
� Antes e depois da lei 9268/96: antes o art. 51 do CP autorizava a conversão da multa em pena 
privativa de liberdade, depois da lei o art. 51 determina que a multa não paga será considerada 
dívida ativa aplicando-lhe a lei fiscal. 
 
Com o advento da lei 9268/96, discute-se legitimidade e competência para a execução da multa. 
 
� 1C – a competência para a execução da pena de multa continua sendo do juiz das execuções 
criminais, sendo o MP parte legítima (Bitencourt). 
 
� 2C – a competência é do juiz das execuções, sendo o MP parte legítima, mas deve seguir o rito 
previsto na lei de execuções fiscais (Súmula 02 do TJ/MG). 
 
 
� 3C – a competência é da vara da Fazenda Pública, figurando como legitimada a procuradoria da 
fazenda, seguindo o rito próprio das execuções fiscais (STJ). PREVALECE 
 
Cuidado: a multa aplicada no juizado especial criminal, por força do art. 98, I da CF/88, será da 
competência do juizado a sua execução. 
 
Pena de multa: prescrição 
 
Causas suspensivas/interruptivas � lei de execuções� prazo do CP. art. 114 
 
� Causa suspensiva � art. 40, da lei 6.830/80 
� Causa interruptiva� art. 174, I do CTN 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
4
 
 
 
Ex: Crime “X” com pena de 01 a 04 anos + multa. Pode o juiz aplicando a pena de 01 ano a este 
sentenciado substituir esse 01 ano por uma multa adicioná-la a outra multa anteriormente aplicada se 
substituir as duas multas por um única multa? 
 
 01 = multa + multa= multa 
 
R: Súmula 171 do STJ; 
 
Atenção: Mais uma vedação é a do art. 17 da lei 11.340/06. 
 
Não confundir penas de multa com a pena restritiva de direito prestação pecuniária. 
 
 Prestação pecuniária – espécie de pena alternativa� destinada: a) vítima; b) seus dependentes; 
c) entidade com destinação social;� consiste no pagamento de 1 a 360 salário mínimo� o valor 
pago pode ser deduzido de eventual condenação cível , se coincidente os beneficiários� seu 
descumprimento gera conversão em pena privativa de liberdade. 
 
 Multa - espécie de pena alternativa� destinação ao fundo penitenciário� pagamento de 10 a 360 
dias multa. � não pode ser deduzida de eventual condenação cível� o descumprimento não gera 
conversão ( dívida de valor); 
 
 
 
SURSIS 
 
“Sursis”: instituto de política criminal que suspende, por certo tempo (período de prova), a execução da 
pena privativa de liberdade, ficando o sentenciado em liberdade sob determinadascondições. 
 
Suspensão condicional da execução da pena 
 
Requisitos da suspensão da pena 
 
Art. 77 CP - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) 
anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Cuidado: de acordo com o STJ trata-se de direito publico subjetivo do apenado. 
 
Sistemas 
 
 Franco –Belga – o réu é processado,; � é reconhecida a sua culpa;� existe condenação;� 
suspende-se a execução da pena; ���� Não adotado pelo Brasil- sursis. 
 
 Anglo-americano – o réu é processado;� é reconhecido culpado;� Suspende-se o processo 
evitando a imposição da pena; ���� Não tem previsão legal no Brasil; 
 
 “Probation of firt offenders act” - o réu é processado;�suspende-se o processo sem 
reconhecimento de culpa; ���� foi adotado da lei 9.099/95 para disciplinar a suspensão. 
 
 
Espécies: 
 
Atenção: as várias espécies de “sursis” nascem da combinação dos arts. 77; 77§2º e 78 
do CP; 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
5
 
 
 “Sursis” simples: art. 77 c/c art. 78§1º do CP� pena imposta não superior a dois anos- período 
de prova variando entre 02 a 04 anos;� não reparação do dano e nem comprova a 
impossibilidade de fazê-lo;� 1º ano vai prestar serviços a comunidade ou terá limitação de fins de 
semana; � no mais os requisitos são idênticos ao sursis especial: condenado não reincidente em 
crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( 
sursis subsidiário); 
 
 “Sursis” especial: art. 77 c/c art. 77§2º do CP� pena imposta não superior a dois anos- período 
de prova variando entre 02 a 04 anos;� reparação do dano ou comprovada impossibilidade;� no 
1º ano fica sujeito a condições menos rigorosas por ter reparado o dano como : proibição de 
ausenta-se da comarca, proibição de frequentar determinados lugares, e comparecimento 
mensal;� no mais os requisitos são idênticos ao sursis simples: condenado não reincidente em 
crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( 
sursis subsidiário); 
 
 “Sursis” etário: art. 77, §2º, 1ª parte� pena imposta: não superior a 04 anos com período de 
prova de 04 a 06 anos;� condenado maior de 70 anos(não importando sua saúde);� 1º ano: 
art. 77,§1º ou 78,§2º- depende se reparou o dano;� Requisitos: condenado não reincidente em 
crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( 
sursis subsidiário); 
 
 “Sursis” humanitário - art. 77,§2º, 2ª parte; � pena imposta: não superior a 04 anos com 
período de prova de 04 a 06 anos;� razões de saúde justificam ( não importando a idade);� 
1º ano: art. 77,§1º ou 78,§2º- depende se reparou o dano;� Requisitos: condenado não 
reincidente em crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva 
de direito ( sursis subsidiário); 
 
Cuidado: Condenado reincidente em crime doloso não tem direito ao benefício do “sursis”. 
 
Sursis: causas de revogação 
 
 
 Obrigatórias – art.81 CP 
 
 
 Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem 
motivo justificado, a reparação do da-no; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
� I – Condenação em sentença irrecorrível, por crime doloso; 
 
Não importa a infração penal dolosa praticada. Pode ter sido praticada antes ou depois do início do 
período de prova. 
 
Para a maioria da doutrina trata-se de causa de revogação automática. 
 
Atenção: de acordo com Rogério Greco, apesar do silêncio da lei, se o reeducando for condenado a 
uma pena de multa não terá o condão de obrigar a revogação. 
 
� II (1ª parte) – não pagamento da multa: 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
6
 
Essa causa foi tacitamente abolida pela lei 9298/96 que não mais permite a conversão da multa em privativa 
de liberdade. 
 
� II (2ª parte) – não reparação, sem justo motivo, do dano causado pelo delito: 
 
Reparação do dano antes da sentença: sursis especial. 
Reparação do dano depois da sentença: é condição obrigatória para as demais espécies de sursis. 
 
� III - Descumprimento injustificado das condições do art. 78,§1º - o beneficiário tem que ser ouvido. 
 
 
 Facultativas – art. 81,§1º 
 
 
 
Revogação facultativa 
 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer 
outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou 
por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
a) Descumprimento injustificado de qualquer outra restrição imposta; 
b) condenação definitiva por crime culposo ou contravenção penal a pena diversa da multa 
 
 
Questão de concurso: O juiz concedeu um sursis para um agente em crime doloso, por exemplo. No 
recurso o que pedir ao tribunal? R: pedir ao tribunal para cassar o sursis. 
 
Atenção: não podemos confundir revogação com cassação do sursis 
 
 
� Revogação obrigatória – art. 81, I, II, III do CP� Pressupõe início do período de prova. 
 
� Revogação facultativa – art. 81,§1º, CP; � Pressupõe início do período de prova 
 
� Cassação – não prevista em lei; �Impede o início do período de prova. 
 
 
� a) Não comparecimento injustificado na audiência admonitória 
� b)provimento de recurso contra a concessão do benefício. 
� C) Condenado recusa as condições. 
 
 
Sursis: Prorrogação 
 
Art. 81,§2º CP 
 
Prorrogação do período de prova 
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, 
considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Conclusões: 
 
a) Trata-se se sursis automático; 
b) A simples instauração de IP não acarreta a prorrogação do período de prova; 
c) A prorrogação é possível em se tratando de processo que apura crime ou contravenção; 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
7
 
 
Sursis: Extinção 
 
Art. 82 CP 
 
 
Cumprimento das condições 
 
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se 
extinta a pena privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
 
Pergunta: é possível sursis incondicionado?Sem qualquer condição no primeiro ano do período de prova? 
R: todas as espécies de sursis obrigam ao cumprimento de condições no 1º ano do benefício. 
 
Pergunta: E se o magistrado não impõe condição? 
R: A parte interessada deve impor embargos de declaração 
 
Pergunta: E se o juiz da condenação não suprir a omissão?Pode o juiz da execução supri-la? 
R: Prevalece no STJ que se o juiz da condenação não suprir a omissão, nada impede que, provocado ou 
de ofício, o juiz da execução especifique as condições. Aí não se pode falar em ofensa à coisa julgada pois 
esta diz respeito à concessão do sursis e não às condições. 
 
Pergunta: É possível sursis sucessivos? 
R: É possível “sursis” sucessivo, o que ocorre quando o sujeito, depois de cumprir o benefício é 
condenado por outro delito culposo ou contravenção. Como não é reincidente em crime doloso, pode ser 
beneficiado novamente com o “sursis”. 
 
Pergunta: É possível sursis simultâneos?R: É também possível sursis simultâneos. Suponhamos que o réu, durante o período de prova, é 
condenado por crime culposo. Pode obter novo sursis mantendo-se o primeiro, pois a revogação é 
facultativa. 
 
CONCURSO DE CRIMES 
 
Dá-se concurso de crimes quando o agente com um ou várias condutas, realiza pluralidade de crimes. 
 
Pergunta: é possível concurso em qualquer espécie de infração penal? 
R: atenção: pode ocorrer entre crimes de qualquer espécie: 
 
• Comissivos/omissivos 
• Dolosos/culposos 
• Consumados/tentados 
• Simples /qualificado 
• Delitos/contravenções 
 
Tipos: 
 
a) Material 
b) Formal 
c) Continuidade delitiva 
 
Concurso Material ou Real de crimes 
 
Art. 69 do CP 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
8
Requisitos: 
 
1 – pluralidade de condutas 
2 – pluralidade de crimes 
 
Ex: “A”, depois de estuprar “B” foge e assalta um veículo para garantir a impunidade. 
 
Espécies: 
 
• Homogêneos – pluralidade de crimes da mesma espécie. 
 
• Heterogêneos – crimes de espécies distintas 
 
Regras de fixação da pena 
 
Sistema do cúmulo material – o juiz primeiro individualiza a pena de cada um dos crimes; somando todas 
ao final. 
Ex: “A” depois de furtar o veículo de “B”, tentou estuprá-lo sendo impedido por populares. ( pena do art. 
155 CP + pena do art. 213 do CP ) 
 
� Cuidado1: Crime “X” � aplica-se pena privativa de liberdade; Cabe pena restritiva de direitos para 
“Y”?R: sim, desde que a pena privativa de liberdade para o crie “X” fique suspensa- art. 69,§1º CP. 
 
� Cuidado2: Crime “X” tenho pena restritiva de direitos e no crime “Y” pena restritiva de direitos. 
Como executar? 
 
R: Art. 69,§2º, CP. 
 
 
II. JURISPRUDENCIA CORRELATA 
 
2.1. STJ - AgRg no HC 244.413/ES 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. INADEQUAÇÃO DA 
VIA ELEITA. NOVO ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REGIME PRISIONAL FECHADO. 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. 
GRANDE QUANTIDADE DE DROGA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AGRAVO DESPROVIDO.- 
A despeito do não conhecimento dos habeas corpus impetrados em substituição a recursos ordinários ou 
especiais, deve ser verificada a ocorrência de constrangimento ilegal evidente e corrigível de ofício pelo 
julgador. 
- Na hipótese, apesar de a pena ter sido fixada em 2 (dois) anos de reclusão, a gravidade concreta do 
delito, evidenciada pelas circunstâncias em que ocorreu (apreensão de expressiva quantidade de 
entorpecente, - 42 pedras de crack - de alto poder destrutivo, na residência da agravante), justificam a 
imposição do regime inicial fechado, bem como a não substituição da pena por restritiva de direitos, nos 
termos do art. 44, inciso III, do Código Penal. 
Precedentes.Agravo desprovido. 
 
(AgRg no HC 244.413/ES, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), 
QUINTA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 25/02/2013) 
 
2.2. STJ - RHC 34.332/RS 
 
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. SURSIS 
PROCESSUAL. POSSIBILIDADE. PERMISSIVO LEGAL.RECURSO IMPROVIDO.- A jurisprudência da Quinta 
Turma firmou entendimento no sentido de que a imposição de prestação pecuniária - in casu, a 
doação de R$ 620,00 à Conta Única Remunerada das Penas Alternativas da comarca de origem - 
como condição para a concessão do sursis processual tem amparo no art. 89, § 2º, da Lei n. 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
9
9.099/95, em que se faculta ao juiz a especificação de outras condições, além das enumeradas na lei, 
desde que proporcionais ao fato e compatíveis com a situação pessoal do acusado. Precedentes.Recurso 
improvido. 
 
(RHC 34.332/RS, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), QUINTA 
TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 25/02/2013) 
 
 
III. SIMULADOS 
 
3.1. (UFPR – TJ/PR – Juiz – 2012) Com relação às penas restritiva de direitos e privativa de liberdade, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
a) As penas restritivas de direito são autônomas e substituem as privativas de liberdade em situações 
específicas. 
b) As penas restritivas de direitos substituem as privativas de liberdade, entre outras situações, quando o 
réu condenado não é reincidente em crime doloso. 
c) É inviável a substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, quando o quantum da 
pena é fixado acima de 04 (quatro) anos pela prática de crime doloso. 
d) Aplicada a pena restritiva de direitos, a mesma não admite conversão à pena privativa de liberdade, 
devendo ser cumprida até o final, observando-se as condições impostas, mesmo que ultrapasse o prazo 
da pena privativa estabelecido na sentença. 
 
3.2. (FCC –JUIZ SUBSTITUTO- GO - 2012) 41. Em relação às penas restritivas de direitos, é correto 
afirmar que 
a) o juiz da execução penal, sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime ou 
contravenção, decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado 
cumprir a pena substitutiva anterior. 
b) a prestação de serviços à comunidade terá a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída 
e, se esta for superior a 1 (um) ano, poderá o condenado cumpri-la em menor tempo, nunca inferior a 
1/3 (um terço) da sanção corporal fixada. 
c) a prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade 
pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 10 (dez) 
diasmulta nem superior a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. O valor pago será deduzido do montante 
de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. 
d) é incabível a pena substitutiva de interdição temporária de direitos, na modalidade de suspensão da 
habilitação para dirigir veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor. 
e) é conversível em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição 
imposta, sem dedução do tempo cumprido de pena substitutiva. 
 
3.3. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça )No tocante ao livramento condicional, correto 
afirmar que 
a) apenas pode ser concedido ao condenado a pena privativa de liberdade superior a 2 (dois) anos. 
b) obrigatória a revogação se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da 
sentença. 
c) possível a suspensão se o liberado praticar outro crime durante a vigência do benefício, ainda que não 
passada em julgado a respectiva condenação. 
d) incabível nos casos de condenação por crime hediondo. 
e) não se somam, para efeito de eventual concessão, as penas que correspondam a infrações diversas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 
 
10
 
GABARITO: 
3.1. D 
3.2. D 
3.3. C

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