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INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 1 INTENSIVO II Disciplina: Direito Penal Prof. Rogério Sanches Aula Online 01 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA Índice I. Anotações da Aula II. Jurisprudencia Correlata 2.1. STJ - AgRg no HC 244.413/ES 2.2. STJ - RHC 34.332/RS III. Simulados I. ANOTAÇÕES DA AULA PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO � Art. 44,§2º do CP • Condenação: Não superior a 1 ano� o juiz pode substituir por multa ou 01 pena restritiva de direito. Pena Alternativa: Multa ou Pena restritiva de direito, de acordo com a finalidade da pena. • Condenação: superior a 01 ano� o juiz pode substituída por uma multa + 01 pena restritiva de direito ou 02 penas restritivas de direito, de acordo coma finalidade da pena. Pena restritiva de Direitos: Conversão A pena restritiva de direito é sujeita a conversão, ela pode voltar a ser privativa de liberdade. Hipóteses (art. 44,§4º e 5º CP): 1 – Descumprimento injustificado da restrição imposta – reeducando deve ser ouvido (garantia da ampla defesa) � Se o reeducando não é ouvido gera uma ilegalidade. � A detração tem limites, devendo restar ao menos 30 dias: EX: P. Privativa de Liberdade (1 ano) � 11m e 10d = 20 dias ( como a lei exige no mínimo 30d soma-se +10d) Substituição por restritiva de direito – 1 ano –art. 55 CP (Cumpriu 11 meses e 10 dias de reclusão) INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 2 Para LFG o saldo mínimo de 30 dias caracteriza indisfarçável “bis in idem”, obrigando o executado a cumprir duas vezes parcela da pena. 2 – Condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime (art. 44,§5º - CP) O juiz da execução deve analisar: � Se as penas (restritivas de liberdade e restritiva de direito) são compatíveis. � Se compatíveis não gera conversão, e o reeducando vai cumprir as duas. � Se não compatíveis o juiz determina a conversão da restritiva de direito na privativa de liberdade somando-as. Pergunta: No caso de conversão, existe detração? R: Nota-se que o §5º (diferentemente do parágrafo anterior) não previu a detração. A omissão do legislador, no entanto, não tem fundamento. Cuida-se de omissão involuntária sendo possível analogia “in bonam partem”. Pergunta de concurso: É possível a conversão da pena restritiva de direitos (prestação pecuniária ou perda de bens e valores) em privativa de liberdade? R: Ex: Pena privativa de liberdade (natureza real)� juiz substitui por prestação pecuniária(natureza pecuniária)� descumprida a prestação pecuniária� Pode ser convertida em privativa de liberdade?? � Apesar de haver jurisprudência (minoritária) em sentido contrário, prevalece ser possível a conversão das restritivas de direito de natureza real em privativa de liberdade. � SUPER DICA: multa é diferente de prestação pecuniária!! Pena de multa Espécie de pena alternativa. Cominada no preceito secundário do tipo incriminador ou substitutiva da prisão (art. 44 CP), a pena de multa é espécie de sanção penal patrimonial, consistente na obrigação imposta ao sentenciado de pagar ao fundo penitenciário determinado valor em dinheiro. � Zaffaroni critica porque nunca se tem certeza de que é o réu que realmente pagou a pena. Aplicação da pena de multa Atenção: O CP adota o sistema de dias multa baseado principalmente na capacidade econômica do sentenciado, mas legislação extravagante pode anunciar outro sistema. Ex: art. 99 da lei 8.666/93, art. 43 da lei 8245/91 De acordo com o código penal: O juiz vai dividir a aplicação da multa em dois momentos: a) Fixar a quantidade de dias multa – art. 49 CP 1ªC – a fixação da quantidade de dias multa deve observar o critério trifásico – art. 68 CP. 2ªC- analisar a capacidade financeira do sentenciado; INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 3 3ªC – varia de acordo com as circunstâncias judiciais; b) O magistrado depois de calculada a quantidade de dias multa, o magistrado decide o valor de cada dia multa (art. 60 CP). O valor fica entre 1/30 do salário mínimo 5X o salário mínimo, podendo ser triplicado. O juiz deve observar a situação do sentenciado. CÁLCULO DA MULTA Etapas a)fixa a quantidade de dias multa -> mínimo : 10 � Máximo: 360� art.68 CP. b)valor do dia multa� mínimo: 1/30� máximo 5x o salário mínimo � capac. econômica do sentenciado Pergunta: Multa de valor irrisório deve ser executada? 1C – a multa irrisória não deve ser executada, já que o poder publico arcará em sua cobrança valor superior ao que será arrecadado, e o conde-nado sequer suportará o caráter retributivo da pena. 2C – a cobrança em juízo é obriga-tória, não importando o seu valor. Pena de multa é pena, incidindo sobre ela os princípios da imperatividade e inderrogabilidade (corrente dominante). Forma de pagamento da multa Pagamento voluntário da multa – art. 50 CP � É autorizado o parcelamento. Não pagamento da multa - ensejo a execução forçada � Antes e depois da lei 9268/96: antes o art. 51 do CP autorizava a conversão da multa em pena privativa de liberdade, depois da lei o art. 51 determina que a multa não paga será considerada dívida ativa aplicando-lhe a lei fiscal. Com o advento da lei 9268/96, discute-se legitimidade e competência para a execução da multa. � 1C – a competência para a execução da pena de multa continua sendo do juiz das execuções criminais, sendo o MP parte legítima (Bitencourt). � 2C – a competência é do juiz das execuções, sendo o MP parte legítima, mas deve seguir o rito previsto na lei de execuções fiscais (Súmula 02 do TJ/MG). � 3C – a competência é da vara da Fazenda Pública, figurando como legitimada a procuradoria da fazenda, seguindo o rito próprio das execuções fiscais (STJ). PREVALECE Cuidado: a multa aplicada no juizado especial criminal, por força do art. 98, I da CF/88, será da competência do juizado a sua execução. Pena de multa: prescrição Causas suspensivas/interruptivas � lei de execuções� prazo do CP. art. 114 � Causa suspensiva � art. 40, da lei 6.830/80 � Causa interruptiva� art. 174, I do CTN INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 4 Ex: Crime “X” com pena de 01 a 04 anos + multa. Pode o juiz aplicando a pena de 01 ano a este sentenciado substituir esse 01 ano por uma multa adicioná-la a outra multa anteriormente aplicada se substituir as duas multas por um única multa? 01 = multa + multa= multa R: Súmula 171 do STJ; Atenção: Mais uma vedação é a do art. 17 da lei 11.340/06. Não confundir penas de multa com a pena restritiva de direito prestação pecuniária. Prestação pecuniária – espécie de pena alternativa� destinada: a) vítima; b) seus dependentes; c) entidade com destinação social;� consiste no pagamento de 1 a 360 salário mínimo� o valor pago pode ser deduzido de eventual condenação cível , se coincidente os beneficiários� seu descumprimento gera conversão em pena privativa de liberdade. Multa - espécie de pena alternativa� destinação ao fundo penitenciário� pagamento de 10 a 360 dias multa. � não pode ser deduzida de eventual condenação cível� o descumprimento não gera conversão ( dívida de valor); SURSIS “Sursis”: instituto de política criminal que suspende, por certo tempo (período de prova), a execução da pena privativa de liberdade, ficando o sentenciado em liberdade sob determinadascondições. Suspensão condicional da execução da pena Requisitos da suspensão da pena Art. 77 CP - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Cuidado: de acordo com o STJ trata-se de direito publico subjetivo do apenado. Sistemas Franco –Belga – o réu é processado,; � é reconhecida a sua culpa;� existe condenação;� suspende-se a execução da pena; ���� Não adotado pelo Brasil- sursis. Anglo-americano – o réu é processado;� é reconhecido culpado;� Suspende-se o processo evitando a imposição da pena; ���� Não tem previsão legal no Brasil; “Probation of firt offenders act” - o réu é processado;�suspende-se o processo sem reconhecimento de culpa; ���� foi adotado da lei 9.099/95 para disciplinar a suspensão. Espécies: Atenção: as várias espécies de “sursis” nascem da combinação dos arts. 77; 77§2º e 78 do CP; INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 5 “Sursis” simples: art. 77 c/c art. 78§1º do CP� pena imposta não superior a dois anos- período de prova variando entre 02 a 04 anos;� não reparação do dano e nem comprova a impossibilidade de fazê-lo;� 1º ano vai prestar serviços a comunidade ou terá limitação de fins de semana; � no mais os requisitos são idênticos ao sursis especial: condenado não reincidente em crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( sursis subsidiário); “Sursis” especial: art. 77 c/c art. 77§2º do CP� pena imposta não superior a dois anos- período de prova variando entre 02 a 04 anos;� reparação do dano ou comprovada impossibilidade;� no 1º ano fica sujeito a condições menos rigorosas por ter reparado o dano como : proibição de ausenta-se da comarca, proibição de frequentar determinados lugares, e comparecimento mensal;� no mais os requisitos são idênticos ao sursis simples: condenado não reincidente em crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( sursis subsidiário); “Sursis” etário: art. 77, §2º, 1ª parte� pena imposta: não superior a 04 anos com período de prova de 04 a 06 anos;� condenado maior de 70 anos(não importando sua saúde);� 1º ano: art. 77,§1º ou 78,§2º- depende se reparou o dano;� Requisitos: condenado não reincidente em crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( sursis subsidiário); “Sursis” humanitário - art. 77,§2º, 2ª parte; � pena imposta: não superior a 04 anos com período de prova de 04 a 06 anos;� razões de saúde justificam ( não importando a idade);� 1º ano: art. 77,§1º ou 78,§2º- depende se reparou o dano;� Requisitos: condenado não reincidente em crime doloso/circunstâncias judiciais favoráveis/não indiciada ou cabível restritiva de direito ( sursis subsidiário); Cuidado: Condenado reincidente em crime doloso não tem direito ao benefício do “sursis”. Sursis: causas de revogação Obrigatórias – art.81 CP Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do da-no; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) � I – Condenação em sentença irrecorrível, por crime doloso; Não importa a infração penal dolosa praticada. Pode ter sido praticada antes ou depois do início do período de prova. Para a maioria da doutrina trata-se de causa de revogação automática. Atenção: de acordo com Rogério Greco, apesar do silêncio da lei, se o reeducando for condenado a uma pena de multa não terá o condão de obrigar a revogação. � II (1ª parte) – não pagamento da multa: INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 6 Essa causa foi tacitamente abolida pela lei 9298/96 que não mais permite a conversão da multa em privativa de liberdade. � II (2ª parte) – não reparação, sem justo motivo, do dano causado pelo delito: Reparação do dano antes da sentença: sursis especial. Reparação do dano depois da sentença: é condição obrigatória para as demais espécies de sursis. � III - Descumprimento injustificado das condições do art. 78,§1º - o beneficiário tem que ser ouvido. Facultativas – art. 81,§1º Revogação facultativa § 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) Descumprimento injustificado de qualquer outra restrição imposta; b) condenação definitiva por crime culposo ou contravenção penal a pena diversa da multa Questão de concurso: O juiz concedeu um sursis para um agente em crime doloso, por exemplo. No recurso o que pedir ao tribunal? R: pedir ao tribunal para cassar o sursis. Atenção: não podemos confundir revogação com cassação do sursis � Revogação obrigatória – art. 81, I, II, III do CP� Pressupõe início do período de prova. � Revogação facultativa – art. 81,§1º, CP; � Pressupõe início do período de prova � Cassação – não prevista em lei; �Impede o início do período de prova. � a) Não comparecimento injustificado na audiência admonitória � b)provimento de recurso contra a concessão do benefício. � C) Condenado recusa as condições. Sursis: Prorrogação Art. 81,§2º CP Prorrogação do período de prova § 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Conclusões: a) Trata-se se sursis automático; b) A simples instauração de IP não acarreta a prorrogação do período de prova; c) A prorrogação é possível em se tratando de processo que apura crime ou contravenção; INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 7 Sursis: Extinção Art. 82 CP Cumprimento das condições Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Pergunta: é possível sursis incondicionado?Sem qualquer condição no primeiro ano do período de prova? R: todas as espécies de sursis obrigam ao cumprimento de condições no 1º ano do benefício. Pergunta: E se o magistrado não impõe condição? R: A parte interessada deve impor embargos de declaração Pergunta: E se o juiz da condenação não suprir a omissão?Pode o juiz da execução supri-la? R: Prevalece no STJ que se o juiz da condenação não suprir a omissão, nada impede que, provocado ou de ofício, o juiz da execução especifique as condições. Aí não se pode falar em ofensa à coisa julgada pois esta diz respeito à concessão do sursis e não às condições. Pergunta: É possível sursis sucessivos? R: É possível “sursis” sucessivo, o que ocorre quando o sujeito, depois de cumprir o benefício é condenado por outro delito culposo ou contravenção. Como não é reincidente em crime doloso, pode ser beneficiado novamente com o “sursis”. Pergunta: É possível sursis simultâneos?R: É também possível sursis simultâneos. Suponhamos que o réu, durante o período de prova, é condenado por crime culposo. Pode obter novo sursis mantendo-se o primeiro, pois a revogação é facultativa. CONCURSO DE CRIMES Dá-se concurso de crimes quando o agente com um ou várias condutas, realiza pluralidade de crimes. Pergunta: é possível concurso em qualquer espécie de infração penal? R: atenção: pode ocorrer entre crimes de qualquer espécie: • Comissivos/omissivos • Dolosos/culposos • Consumados/tentados • Simples /qualificado • Delitos/contravenções Tipos: a) Material b) Formal c) Continuidade delitiva Concurso Material ou Real de crimes Art. 69 do CP INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 8 Requisitos: 1 – pluralidade de condutas 2 – pluralidade de crimes Ex: “A”, depois de estuprar “B” foge e assalta um veículo para garantir a impunidade. Espécies: • Homogêneos – pluralidade de crimes da mesma espécie. • Heterogêneos – crimes de espécies distintas Regras de fixação da pena Sistema do cúmulo material – o juiz primeiro individualiza a pena de cada um dos crimes; somando todas ao final. Ex: “A” depois de furtar o veículo de “B”, tentou estuprá-lo sendo impedido por populares. ( pena do art. 155 CP + pena do art. 213 do CP ) � Cuidado1: Crime “X” � aplica-se pena privativa de liberdade; Cabe pena restritiva de direitos para “Y”?R: sim, desde que a pena privativa de liberdade para o crie “X” fique suspensa- art. 69,§1º CP. � Cuidado2: Crime “X” tenho pena restritiva de direitos e no crime “Y” pena restritiva de direitos. Como executar? R: Art. 69,§2º, CP. II. JURISPRUDENCIA CORRELATA 2.1. STJ - AgRg no HC 244.413/ES AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ESPECIAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. NOVO ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REGIME PRISIONAL FECHADO. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSSIBILIDADE. GRANDE QUANTIDADE DE DROGA. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. AGRAVO DESPROVIDO.- A despeito do não conhecimento dos habeas corpus impetrados em substituição a recursos ordinários ou especiais, deve ser verificada a ocorrência de constrangimento ilegal evidente e corrigível de ofício pelo julgador. - Na hipótese, apesar de a pena ter sido fixada em 2 (dois) anos de reclusão, a gravidade concreta do delito, evidenciada pelas circunstâncias em que ocorreu (apreensão de expressiva quantidade de entorpecente, - 42 pedras de crack - de alto poder destrutivo, na residência da agravante), justificam a imposição do regime inicial fechado, bem como a não substituição da pena por restritiva de direitos, nos termos do art. 44, inciso III, do Código Penal. Precedentes.Agravo desprovido. (AgRg no HC 244.413/ES, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), QUINTA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 25/02/2013) 2.2. STJ - RHC 34.332/RS RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA. SURSIS PROCESSUAL. POSSIBILIDADE. PERMISSIVO LEGAL.RECURSO IMPROVIDO.- A jurisprudência da Quinta Turma firmou entendimento no sentido de que a imposição de prestação pecuniária - in casu, a doação de R$ 620,00 à Conta Única Remunerada das Penas Alternativas da comarca de origem - como condição para a concessão do sursis processual tem amparo no art. 89, § 2º, da Lei n. INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 9 9.099/95, em que se faculta ao juiz a especificação de outras condições, além das enumeradas na lei, desde que proporcionais ao fato e compatíveis com a situação pessoal do acusado. Precedentes.Recurso improvido. (RHC 34.332/RS, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), QUINTA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe 25/02/2013) III. SIMULADOS 3.1. (UFPR – TJ/PR – Juiz – 2012) Com relação às penas restritiva de direitos e privativa de liberdade, assinale a alternativa INCORRETA. a) As penas restritivas de direito são autônomas e substituem as privativas de liberdade em situações específicas. b) As penas restritivas de direitos substituem as privativas de liberdade, entre outras situações, quando o réu condenado não é reincidente em crime doloso. c) É inviável a substituição da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, quando o quantum da pena é fixado acima de 04 (quatro) anos pela prática de crime doloso. d) Aplicada a pena restritiva de direitos, a mesma não admite conversão à pena privativa de liberdade, devendo ser cumprida até o final, observando-se as condições impostas, mesmo que ultrapasse o prazo da pena privativa estabelecido na sentença. 3.2. (FCC –JUIZ SUBSTITUTO- GO - 2012) 41. Em relação às penas restritivas de direitos, é correto afirmar que a) o juiz da execução penal, sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro crime ou contravenção, decidirá sobre a conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior. b) a prestação de serviços à comunidade terá a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída e, se esta for superior a 1 (um) ano, poderá o condenado cumpri-la em menor tempo, nunca inferior a 1/3 (um terço) da sanção corporal fixada. c) a prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 10 (dez) diasmulta nem superior a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. O valor pago será deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. d) é incabível a pena substitutiva de interdição temporária de direitos, na modalidade de suspensão da habilitação para dirigir veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor. e) é conversível em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta, sem dedução do tempo cumprido de pena substitutiva. 3.3. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça )No tocante ao livramento condicional, correto afirmar que a) apenas pode ser concedido ao condenado a pena privativa de liberdade superior a 2 (dois) anos. b) obrigatória a revogação se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença. c) possível a suspensão se o liberado praticar outro crime durante a vigência do benefício, ainda que não passada em julgado a respectiva condenação. d) incabível nos casos de condenação por crime hediondo. e) não se somam, para efeito de eventual concessão, as penas que correspondam a infrações diversas. INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches Material anotado pela monitora Luciara Oliveira 10 GABARITO: 3.1. D 3.2. D 3.3. C
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