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Aula 07

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CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material de Apoio elaborado pelo monitor Adrian Franqueller 
1
INTENSIVO II 
Disciplina: Direito Penal 
Prof.: Rogério Sanches 
Aula nº 07 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
 
Índice 
 
I. Anotações de Aula 
II. Jurisprudência Correlata 
2.1. STF - HC 107801 / SP 
2.2. STF - HC 101698 / RJ 
III. Simulados 
 
 
I. ANOTAÇÕES DA AULA 
 
Bibliografia (parte especial) 
 
� Tratado de Direito Penal (vol. 2, 3, 4 e5) – Cesar Roberto Bittencourt. – Editora Saraiva 
� Curso de Direito Penal (vol. 2, 3 e 4) – Rogério Greco – Editora impetus 
� Manual de Direito Penal (vol.1 – parte geral, vol.2 – parte especial) – Rogério Sanches – Editora 
Juspodivm. 
 
 
 
Crimes contra a Pessoa 
 
 
Art. 59 do Estatuto do Índio (Lei 6.001/73) – é uma causa de aumento 
 
Art. 59. No caso de crime contra a pessoa, o patrimônio ou os 
costumes, em que o ofendido seja índio não integrado ou 
comunidade indígena, a pena será agravada de um terço. 
 
Capitulo I – crimes contra a vida 
 
� Homicídio 
 
É a injusta morte de uma pessoa praticada por outrem. 
 
(Nélson Hungria – o homicídio é o tipo central de crimes contra a vida, e é o ponto culminante na 
orografia (montanha) dos crimes. Hungria diz que é o crime por excelência) 
 
• Art. 121, “caput” do CP – homicídio doloso simples. 
• Art. 121, §1° do CP – homicídio doloso privilegiado. 
• Art. 121, §2° do CP – homicídio doloso qualificado. 
• Art. 121, §3° do CP – homicídio culposo. (admite suspensão condicional do processo) 
• Art. 121, §4° do CP – homicídio majorado. 
• Art. 121, §5° do CP – perdão judicial. 
• Art. 121, §6° do CP – majorante do grupo de extermínio ou milícia armada 
(Incluído pela Lei 12.720/12) 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material de Apoio elaborado pelo monitor Adrian Franqueller 
2
E o homicídio preterdoloso? 
 
Resposta: o homicídio preterdoloso é sinônimo de lesão corporal seguido de morte 
(Art. 129, §3° do CP (competência do Juiz Singular) – não vai a júri. 
 
 
Art. 121 do CP - Matar alguem: 
 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
Atenção: não se pode confundir Homicídio X Genocídio (Lei 2.889/56) 
 
Art. 1º da lei 2889/56 - Quem, com a intenção de destruir, no 
todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, 
como tal: 
a) matar membros do grupo; 
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de 
membros do grupo; 
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência 
capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial; 
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio 
do grupo; 
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para 
outro grupo; 
Será punido: 
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da 
letra a; 
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b; 
Com as penas do art. 270, no caso da letra c; 
Com as penas do art. 125, no caso da letra d; 
Com as penas do art. 148, no caso da letra e; 
 
O crime de genocídio tutela a diversidade humana e, por isso, tem caráter coletivo ou 
transindividual, não atraindo, por si só, a competência do Tribunal do Júri. 
 
Ocorre que uma das formas de praticar genocídio é por meio da morte de membros do grupo. 
A competência constitucional para o julgamento de crimes dolosos contra a vida é do Júri. 
Assim, o STF, no RE 351.487/PR decidiu que, havendo concurso formal entre genocídio e 
homicídio doloso, compete ao Tribunal do Júri da Justiça Federal o seu julgamento. 
 
 
Sujeitos do crime 
 
Trata-se de crime comum (pode ser praticado por qualquer pessoa) 
 
No caso de irmão xifópago obs. A cirurgia para separá-los não é possível (Paulo é 
inocente e João mata alguém). 
 
1ª Corrente: conflitando o interesse de punir do Estado com o direito de liberdade 
individual de Paulo, este é que tem prevalecer, absolvendo-se João. (Manzini) 
 
2ª Corrente: João deve ser condenado. Entretanto, em respeito ao princípio da 
pessoalidade da pena, João só será preso se Paulo, até a prescrição do homicídio, 
praticar algum crime sujeito à prisão. 
 
Sujeito Passivo 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material de Apoio elaborado pelo monitor Adrian Franqueller 
3
Crime comum 
 
Atenção: Magalhães Noronha aponta o Estado como vítima imediata do homicídio, pois 
o Estado tem interesse na conservação da vida humana, condição para sua própria 
existência. 
 
Conduta 
 
 Tirar a vida de alguém (vida extrauterina) 
 
 Vida intrauterina (aborto) 
 
 Vida extrauterina (homicídio ou infanticídio) 
 
 Obs. Quando se inicia o parto? Temos 3 correntes 
 
1ª Corrente: considera-se como inicio do parto com o completo e total 
desprendimento do feto das entranhas maternas. 
 
2ª Corrente: inicia-se desde as dores do parto. 
 
3ª Corrente: inicia-se com a dilatação do colo do útero. 
 
Cuidado: o crime de homicídio é de execução livre (praticado com a ação/omissão; meios 
direitos ou indiretos). Valendo-se, por exemplo, de animais. 
 
Voluntariedade 
 
 Dolo direito (o agente quer o resultado) ou eventual (o agente aceita produzi-lo) 
 
Atenção: o tipo não admite finalidade especial (pode gerar qualificadora ou 
privilegiadora) animando o agente. 
 
� Embriaguez ao volante com resultado morte 
 
� De acordo com o STF é culpa consciente HC 107.801 
 
� O STF firmou jurisprudência no sentido de que homicídio resultante de 
embriaguez ao volante caracteriza culpa consciente (se preordenada, 
obviamente, gera dolo). 
 
 
� Racha com morte 
 
� O STF tem julgado que configuram dolo eventual (HC 101.698) 
 
� “Racha com resultado morte”: o STF firmou jurisprudência de que o 
homicídio cometido na direção de veiculo automotor em virtude de 
“pega” é doloso (dolo eventual). 
 
 
 
 
O agente sabendo ser portador do vírus HIV oculta a doença da parceira e com ela 
mantendo conjunção carnal sem proteção, pratica qual crime? Deve-se 
analisar a intenção do agente. 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material de Apoio elaborado pelo monitor Adrian Franqueller 
4
Resposta: se a vontade do agente era transmitir a doença, pratica tentativa 
de homicídio. Se não quis e nem assumiu o risco (ex. usando preservativos), 
temos o dolo de perigo, respondendo pelo art. 131 do CP. 
 
DE ACORDO COM O STF se não estiver presente a intenção homicida, o crime 
não é do art. 121 do CP, devendo o Juiz, analisando o caso concreto, decidir 
se houve art. 131 CP, ou se houve o art. 129, §2°, II do CP. 
 
Consumação 
 
Consuma-se com a morte da vítima. A morte se da com a cessação da atividade 
encefálica (Lei 9.434/97) 
 
Admite a tentativa (crime plurissubsistente) 
 
� Homicídio Privilegiado 
 
Caso de diminuição de pena 
 
 Art. 121, § 1º do CP - Se o agente comete o crime impelido por 
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode 
reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
É uma causa de diminuição de pena 
 
I – matar impelido por motivo de relevante valor social 
 
 Diz respeito aos interesses de toda coletividade (ex. matar o traidor da pátria) 
 
II – matar impelido por relevante valor moral 
 
Diz respeito aos interesses particulares do agente (sentimento de compaixão, misericórdia 
ou piedade) 
 
Ex. Eutanásia 
 
Não podemos confundir eutanásia, ortotanásia e distanásia. 
 
Eutanásia: antecipação da morte natural, diante de uma doença incurável. 
 
Ortotanásia: termo utilizado pelos médicos para definir a morte natural, sem 
interferência da ciência, suspendendo os meios medicamentosos ou meios artificiaisde 
vida, permitindo ao paciente em coma irreversível morte digna. 
 
Distanásia: persistência terapêutica em paciente irrecuperável, associada à morte com 
sofrimento. 
 
Atenção: eutanásia é crime (art. 121, §1°) a ortotanásia é crime? 
 
1ª Corrente: não é crime 
2ª Corrente: não é crime (devendo obedecer a procedimentos legais) ex. consultar a 
família para desligar os aparelhos 
 
 
 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
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5
III – Homicídio emocional 
 
Lembrando: o art. 28, I, CP anuncia que a emoção não exclui a imputabilidade penal, mas 
pode interferir na pena. 
 
Requisitos 
 
a) Domínio de violenta emoção 
 
A emoção não seve ser leve, passageira ou momentânea (emoção violenta, intensa, 
absorvente e não se confunde com mera influência 
 
 Domínio (a emoção absorvente, choque emocional) – privilegiado (análise do 
jurado) 
 
 Mera influência (emoção leve e passageira, emoção momentânea) – 
atenuante de pena (análise do Juiz) 
 
b) Reação imediata 
 
Logo em seguida, ou seja, sem hiato temporal (sem intervalo). 
 
Atenção: de acordo com a jurisprudência dominante, enquanto perdurar o domínio 
da violenta emoção, qualquer revide é imediato. 
 
c) Injusta provocação da vítima 
 
Provocação: não traduz necessariamente agressão, mas qualquer conduta 
desafiadora (ainda que atípica) Abrange qualquer conduta incitante, inclusive 
praticada em face de terceiros. Ex. pai que mata o estuprador da filha. Marido 
(namorado, noivo etc.) que surpreende a mulher o traindo. 
 
Comunicabilidade das privilegiadoras 
 
Atenção: todas as privilegiadoras tem natureza subjetiva 
 
As privilegiadora comunicam-se aos coautores e partícipes? 
 
Lembrar o art. 30 do CP - Não se comunicam as circunstâncias e as 
condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
 
Se for circunstância subjetiva (não se comunicam) 
 
Se for elementar subjetiva (comunicam-se) 
 
Diferenças: 
 
• Circunstâncias: dado que agregado ao tipo altera a pena 
 
• Elementar: dado que agregado ao tipo altera o delito 
 
O privilegio é circunstancia e não elementar 
 
• Objetiva: quando relacionada ao meio/modo de execução 
 
• Subjetiva: quando relacionada ao motivo ou estada 
emocional do agente. 
 
 
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Estamos diante de circunstâncias subjetivas incomunicáveis 
 
Resposta da questão: nos termos do art. 30 do CP, as privilegiadora 
são incomunicáveis (circunstâncias subjetivas). No caso do pai que 
mata o estuprador da filha com a ajuda do vizinho, a circunstância de 
violenta emoção do pai não se comunica ao vizinho. 
 
� Homicídio qualificado (Art. 121, §2° do CP) 
 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
 
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
 
 II - por motivo fútil; 
 
 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro 
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
Atenção: é crime hediondo não importando a qualificadora 
 
I – mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe 
 
Motivo torpe: é o delito praticado por motivo víl, abjeto, ignóbil, repugnante, o legislador 
depois de exemplificar o motivo torpe, encerra com forma genérica permitindo o intérprete 
encontrar outros casos. (interpretação analógica) 
 
Homicídio mercenário: homicídio praticado mediante paga ou promessa de recompensa. (o 
executor é chamado de sicário – é o matador de aluguel) 
 
Trata-se de crime de concurso necessário (necessariamente teremos dois sujeitos, o 
mandante e o executor) 
 
 Pergunta de concurso 
 
A qualificadora da torpeza se comunica ao mandante? 
 
Resposta: temos duas correntes 
 
1ª Corrente: tratando-se de circunstância subjetiva, não se comunica 
ao mandante. A qualificadora abrange somente o executor, salvo se o 
mandante também age com torpeza. 
 
Conclusão: pai que paga alguém para matar o estuprador da filha, o 
pai não age com torpeza apenas o executor age com torpeza. 
 
2ª Corrente: trata-se de elementar subjetiva, 
comunicando-se ao mandante. (é a que prevalece) a 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material de Apoio elaborado pelo monitor Adrian Franqueller 
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qualificadora abrange executor e mandante, por ser elemento do tipo 
qualificado; 
 
Conclusão: o pai também responde por homicídio qualificado pela 
torpeza. 
 
 Pergunta de concurso 
 
Qual a natureza da paga ou a promessa de recompensa? 
 
Resposta: Em face do encerramento genérico (ou outro motivo torpe), a 
paga de natureza não econômica (sexual, por exemplo) não deixa de ser 
torpe, apenas não caracterizando o homicídio mercenário. 
 
Cuidado: a vingança, ciúme podem ou não caracterizar motivo torpe, 
dependendo da causa que originou a vingança e ciúme. 
 
Atenção: se não tiver natureza econômica, deixa de ser homicídio 
mercenário, mas pode configurar motivo torpe. 
 
A vingança é motivo torpe? 
 
A verificação se a vingança constitui ou não motivo torpe deve ser com 
base nas peculiaridades do caso concreto. 
 
 
II – homicídio qualificado pelo motivo fútil 
 
Motivo fútil: é a desproporção do crime a sua causa moral (pequeneza do motivo) a 
pequeneza do motivo (motivo pequeno para gerar o motivo morte – briga de trânsito). 
 
Atenção: motivo fútil não se confunde com motivo injusto, pois o motivo fútil é qualificadora 
do crime, o motivo injusto é elemento integrante de qualquer crime. 
 
 Pergunta de concurso 
 
A ausência de motivo caracteriza a qualificadora? 
 
1ª Corrente: a ausência de motivo equipara-se a ausência de motivos ao 
motivo fútil, pois seria um contrassenso punir de forma mais grave quem 
mata por futilidade, permitindo que o que age sem qualquer motivo receba 
sanção mais branda. 
 
2ª Corrente: a ausência de motivo, por falta de previsão legal, não se admite 
a equiparação, respeitando-se o princípio da legalidade (Cezar Roberto 
Bitencourt) 
 
Cuidado: o motivo fútil não é incompatível com dolo eventual (STJ) é 
perfeitamente possível denunciar alguém por dolo eventual ou motivo fútil 
 
III – emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel ou de 
que possa resultar perigo comum. 
 
Emprego de veneno (venefício) Veneno: substância, biológica ou química, animal, mineral 
ou vegetal capaz de perturbar ou destruir as funções vitais do organismo 
humano. 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
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8
Cuidado: para caracterizar a qualificadora, é imprescindível que a vítima desconheça estar 
ingerindo a substancia letal (pressupõe insidia). 
 
IV – crime cometido à traição, emboscada, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte 
ou torne impossível a defesa do ofendido. 
 
O inciso IV trabalha com a interpretação analógica 
 
Traição: é o ataque desleal, inesperado (atirar na vítima pelas costas). 
 
Emboscada: pressupõe ocultamento do agente, que ataca a vítima com surpresa. 
 
Dissimulação: o agente oculta a sua intenção, é o fingimento. 
 
A idade da vítima, por si só, não possibilita a aplicação da qualificadora, pois constitui 
característica da vítima, e não recurso utilizado peloagente. 
 
Próxima aula: V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro 
crime: 
 
 
II. JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
2.1. STF - HC 107801 / SP 
 
Ementa: PENAL. HABEAS CORPUS. TRIBUNAL DO JÚRI. PRONÚNCIA POR HOMICÍDIO QUALIFICADO A 
TÍTULO DE DOLO EVENTUAL. DESCLASSIFICAÇÃO PARA HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO 
AUTOMOTOR. EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA. ACTIO LIBERA IN CAUSA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO 
ELEMENTO VOLITIVO. REVALORAÇÃO DOS FATOS QUE NÃO SE CONFUNDE COM REVOLVIMENTO DO 
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. ORDEM CONCEDIDA. 1. A classificação do delito como doloso, 
implicando pena sobremodo onerosa e influindo na liberdade de ir e vir, mercê de alterar o procedimento 
da persecução penal em lesão à cláusula do due process of law, é reformável pela via do habeas corpus. 
2. O homicídio na forma culposa na direção de veículo automotor (art. 302, caput, do CTB) prevalece se a 
capitulação atribuída ao fato como homicídio doloso decorre de mera presunção ante a embriaguez 
alcoólica eventual. 3. A embriaguez alcoólica que conduz à responsabilização a título doloso é apenas a 
preordenada, comprovando-se que o agente se embebedou para praticar o ilícito ou assumir o risco de 
produzi-lo. 4. In casu, do exame da descrição dos fatos empregada nas razões de decidir da sentença e 
do acórdão do TJ/SP, não restou demonstrado que o paciente tenha ingerido bebidas alcoólicas no afã de 
produzir o resultado morte. 5. A doutrina clássica revela a virtude da sua justeza ao asseverar que “O 
anteprojeto Hungria e os modelos em que se inspirava resolviam muito melhor o assunto. O art. 31 e §§ 
1º e 2º estabeleciam: 'A embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, ainda quando 
completa, não exclui a responsabilidade, salvo quando fortuita ou involuntária. § 1º. Se a embriaguez foi 
intencionalmente procurada para a prática do crime, o agente é punível a título de dolo; § 2º. Se, embora 
não preordenada, a embriaguez é voluntária e completa e o agente previu e podia prever que, em tal 
estado, poderia vir a cometer crime, a pena é aplicável a título de culpa, se a este título é punível o fato”. 
(Guilherme Souza Nucci, Código Penal Comentado, 5. ed. rev. atual. e ampl. - São Paulo: RT, 2005, p. 
243) 6. A revaloração jurídica dos fatos postos nas instâncias inferiores não se confunde com o 
revolvimento do conjunto fático-probatório. Precedentes: HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; 
RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 
17/8/1990. 7. A Lei nº 11.275/06 não se aplica ao caso em exame, porquanto não se revela lex mitior, 
mas, ao revés, previu causa de aumento de pena para o crime sub judice e em tese praticado, 
configurado como homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302, caput, do CTB). 8. 
Concessão da ordem para desclassificar a conduta imputada ao paciente para homicídio culposo na 
direção de veículo automotor (art. 302, caput, do CTB), determinando a remessa dos autos à Vara 
Criminal da Comarca de Guariba/SP. 
 
 
 
CARREIRAS JURÍDICAS - INTENSIVO II – Direito Penal – Rogério Sanches 
Material de Apoio elaborado pelo monitor Adrian Franqueller 
9
(HC 107801, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Relator(a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, 
julgado em 06/09/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-196 DIVULG 11-10-2011 PUBLIC 13-10-2011 
RJTJRS v. 47, n. 283, 2012, p. 29-44) 
 
2.2. STF - HC 101698 / RJ 
 
Ementa: PENAL E PROCESSO PENAL. CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO 
ORDINÁRIO. HOMICÍDIO. “PEGA” OU “RACHA” EM VIA MOVIMENTADA. DOLO EVENTUAL. PRONÚNCIA. 
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO DE DESEMBARGADORA NO SEGUNDO 
JULGAMENTO DO MESMO RECURSO, ANTE A ANULAÇÃO DO PRIMEIRO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE. 
EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA NÃO CONFIGURADO. DOLO 
EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE. PARTICIPAÇÃO EM COMPETIÇÃO NÃO AUTORIZADA EM VIA PÚBLICA 
MOVIMENTADA. FATOS ASSENTADOS NA ORIGEM. ASSENTIMENTO QUE SE DESSUME DAS 
CIRCUNSTÂNCIAS. DOLO EVENTUAL CONFIGURADO. AUSÊNCIA DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO 
FÁTICO-PROBATÓRIO. REVALORAÇÃO DOS FATOS. ORDEM DENEGADA. 1. O habeas corpus impetrado 
como substitutivo de recurso ordinário revela sua utilização promíscua e deve ser combatido, sob pena de 
banalização da garantia constitucional, tanto mais quando não há teratologia a eliminar, como no caso 
sub judice. I - DA ALEGADA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRONÚNCIA 2. A fundamentação da 
sentença de pronúncia deve observar os limites inerentes ao juízo de admissibilidade da acusação, 
restringindo-se a declinar as razões para o convencimento acerca da materialidade do fato e de indícios 
suficientes de autoria. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4/2/2010; AI 
458072-ED/CE rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 15/10/2009; RE 521813/PB, rel. Min. Joaquim 
Barbosa, 2ªTurma, DJ de 19/3/2009. 3. A fórmula ideal para a fundamentação da sentença de pronúncia 
encontra-se no art. 413, § 1º do CPP, na redação da Lei nº 11.689/2008, que aperfeiçoou a redação 
outrora disposta no art. 408 do CPP, atentando para o problema do excesso de linguagem discutido 
amplamente na doutrina e para os julgados do Supremo e do STJ acolhendo a tese. 4. In casu, o Juízo 
pronunciante acautelou-se o quanto possível para não incidir em excesso de linguagem, e indicou os 
elementos que motivaram o seu convencimento acerca da materialidade do crime e dos indícios de 
autoria, apontando peças, declarações e testemunhos, por isso que a fundamentação declinada mostrou-
se robusta e harmônica com a jurisprudência desta Corte. II - NULIDADES APONTADAS NO SEGUNDO 
JULGAMENTO QUANTO À ALTERAÇÃO DO VOTO DE DESEMBARGADORA 5. O sistema do livre 
convencimento motivado ou da persuasão racional permite ao magistrado revelar o seu convencimento 
sobre as provas dos autos livremente, desde que demonstre o raciocínio desenvolvido. 6. Verificada a 
anulação do primeiro julgamento, nada impede que o mesmo magistrado, participando de nova 
apreciação do recurso, revele convencimento diverso, desde que devidamente motivado, até porque o 
primeiro, ante a anulação, não surte qualquer efeito – muito menos o de condicionar a manifestação do 
Órgão Julgador. 7. Utile per inutile non vitiatur, por isso que ainda que a Desembargadora tivesse 
mantido o seu voto anterior, isto não implicaria em qualquer benefício para o paciente, porquanto já 
estava formada a maioria desprovendo o recurso. Vale dizer: se a declaração da nulidade pretendida não 
trará qualquer benefício à defesa, é de se concluir que o suposto vício não importou em prejuízo ao 
paciente, atraindo a incidência do art. 563 do CPP: “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não 
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” III - EXCESSO DE LINGUAGEM NO ACÓRDÃO 
CONFIRMATÓRIO DA PRONÚNCIA 8. A Lei nº 11.689/08, conferindo nova redação ao art. 478, inciso I, do 
CPP, vedou a alusão à sentença de pronúncia ou à decisão que a confirme em Plenário do Júri, justamente 
a fim de evitar a influência no ânimo dos jurados, fragilizando sobremaneira a tese do excesso de 
linguagem da pronúncia, uma vez que a referência a tais atos, na sessão do Júri, gera nulidade que pode 
ser alegada oportunamente pela defesa. Precedentes: HC 94274/SP, rel. Min. Carlos Britto, 1ª Turma, DJ 
de 4/2/2010; HC 86414/PE, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 5/2/2009. 9. In casu, a 
fundamentação do voto condutor do acórdão confirmatório da pronúncia observou os limites inerentes à 
espécie de provimento jurisdicional, assentando a comprovação da materialidade do fato e dos indícios 
suficientes de autoria, conforme dispunha o art. 408 do CPP, então em vigor. 10. O aprofundamento 
maior no exame das provas, no afã de demonstrar que havia elementos no sentido de tratar-se de delito 
praticadocom dolo eventual, dada a relevância da tese então levantada pela defesa e a sua inegável 
repercussão sobre o status libertatis do paciente cumpre o postulado constitucional da motivação das 
decisões judiciais. É que, para afastar a competência do Tribunal do Júri, faz-se mister um 
juízo de certeza acerca da ausência de dolo. Nesse sentido a doutrina de Eugênio Pacelli de 
Oliveira: “O que se espera dele [juiz] é o exame do material probatório ali produzido, 
 
 
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especialmente para a comprovação da inexistência de quaisquer das possibilidades legais de afastamento 
da competência do Tribunal do Júri. E esse afastamento, como visto, somente é possível por meio de 
convencimento judicial pleno, ou seja, por meio de juízo de certeza, sempre excepcional nessa fase.” 
(Curso de Processo Penal, 10. ed., Lumen Juris, Rio de Janeiro: 2008, pp. 575-576) IV – ELEMENTO 
SUBJETIVO DO TIPO 11. O caso sub judice distingue-se daquele revelado no julgamento do HC nº 107801 
(rel. min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJ de 13/10/2011), que cuidou de paciente sob o efeito de bebidas 
alcoólicas, hipótese na qual gravitava o tema da imputabilidade, superada tradicionalmente na doutrina e 
na jurisprudência com a aplicação da teoria da actio libera in causa, viabilizando a responsabilidade penal 
de agentes alcoolizados em virtude de ficção que, levada às últimas consequências, acabou por implicar 
em submissão automática ao Júri em se tratando de homicídio na direção de veículo automotor. 12. A 
banalização do crime de homicídio doloso, decorrente da sistemática aplicação da teoria da “ação livre na 
causa” mereceu, por esta Turma, uma reflexão maior naquele julgado, oportunidade em que se limitou a 
aplicação da mencionada teoria aos casos de embriaguez preordenada, na esteira da doutrina clássica. 
13. A precompreensão no sentido de que todo e qualquer homicídio praticado na direção de veículo 
automotor é culposo, desde não se trate de embriaguez preordenada, é assertiva que não se depreende 
do julgado no HC nº 107801. 14. A diferença entre o dolo eventual e a culpa consciente encontra-se no 
elemento volitivo que, ante a impossibilidade de penetrar-se na psique do agente, exige a observação de 
todas as circunstâncias objetivas do caso concreto, sendo certo que, em ambas as situações, ocorre a 
representação do resultado pelo agente. 15. Deveras, tratando-se de culpa consciente, o agente pratica o 
fato ciente de que o resultado lesivo, embora previsto por ele, não ocorrerá. Doutrina de Nelson Hungria 
(Comentários ao Código Penal, 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1980, v. 1., p. 116-117); Heleno Cláudio 
Fragoso (Lições de Direito Penal – parte geral, Rio de Janeiro: Forense, 2006, 17. ed., p. 173 – grifo 
adicionado) e Zaffaroni e Pierangelli (Manual de Direito Penal, Parte Geral, v. 1, 9. ed – São Paulo: RT, 
2011, pp. 434-435 – grifos adicionados). 16. A cognição empreendida nas instâncias originárias 
demonstrou que o paciente, ao lançar-se em práticas de expressiva periculosidade, em via pública, 
mediante alta velocidade, consentiu em que o resultado se produzisse, incidindo no dolo eventual previsto 
no art. 18, inciso I, segunda parte, verbis: (“Diz-se o crime: I – doloso, quando o agente quis o resultado 
ou assumiu o risco de produzi-lo” - grifei). 17. A notória periculosidade dessas práticas de competições 
automobilísticas em vias públicas gerou a edição de legislação especial prevendo-as como crime 
autônomo, no art. 308 do CTB, in verbis: “Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via 
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela autoridade competente, 
desde que resulte dano potencial à incolumidade pública ou privada:”. 18. O art. 308 do CTB é crime 
doloso de perigo concreto que, se concretizado em lesão corporal ou homicídio, progride para os crimes 
dos artigos 129 ou 121, em sua forma dolosa, porquanto seria um contra-senso transmudar um delito 
doloso em culposo, em razão do advento de um resultado mais grave. Doutrina de José Marcos Marrone 
(Delitos de Trânsito Brasileiro: Lei n. 9.503/97. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76). 19. É cediço na Corte que, 
em se tratando de homicídio praticado na direção de veículo automotor em decorrência do chamado 
“racha”, a conduta configura homicídio doloso. Precedentes: HC 91159/MG, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª 
Turma, DJ de 24/10/2008; HC 71800/RS, rel. Min. Celso de Mello, 1ªTurma, DJ de 3/5/1996. 20. A 
conclusão externada nas instâncias originárias no sentido de que o paciente participava de “pega” ou 
“racha”, empregando alta velocidade, momento em que veio a colher a vítima em motocicleta, impõe 
reconhecer a presença do elemento volitivo, vale dizer, do dolo eventual no caso concreto. 21. A 
valoração jurídica do fato distingue-se da aferição do mesmo, por isso que o exame da presente questão 
não se situa no âmbito do revolvimento do conjunto fático-probatório, mas importa em mera revaloração 
dos fatos postos nas instâncias inferiores, o que viabiliza o conhecimento do habeas corpus. Precedentes: 
HC 96.820/SP, rel. Min. Luiz Fux, j. 28/6/2011; RE 99.590, Rel. Min. Alfredo Buzaid, DJ de 6/4/1984; RE 
122.011, relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 17/8/1990. 22. Assente-se, por fim, que a alegação de 
que o Conselho de Sentença teria rechaçado a participação do corréu em “racha” ou “pega” não procede, 
porquanto o que o Tribunal do Júri afastou com relação àquele foi o dolo ao responder negativamente ao 
quesito: “Assim agindo, o acusado assumiu o risco de produzir o resultado morte na vítima?”, concluindo 
por prejudicado o quesito alusivo à participação em manobras perigosas. 23. Parecer do MPF pelo 
indeferimento da ordem. 24. Ordem denegada. 
 
(HC 101698, Relator (a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 18/10/2011, ACÓRDÃO 
ELETRÔNICO DJe-227 DIVULG 29-11-2011 PUBLIC 30-11-2011) 
 
 
 
 
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III. SIMULADOS 
 
3.1. (FCC - 2012 - MPE-AP - Promotor de Justiça) Em relação ao homicídio, é correto afirmar que 
a) o privilégio da violenta emoção pode concorrer com as qualificadoras objetivas, não com as subjetivas. 
b) as qualificadoras relativas aos motivos do crime não se comunicam aos coautores, mesmo que 
conheçam a motivação. 
c) premeditação constitui circunstância qualificadora. 
d) o erro quanto à pessoa não isenta de pena, considerando-se ainda as condições e qualidades da vítima. 
e) admite o perdão judicial, se privilegiado. 
 
3.2. (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Pedro e João, irmãos, nadam em um lago, quando 
Pedro começa a se afogar. João permanece inerte, eximindo-se de qualquer intervenção. Pedro vem a 
falecer por afogamento. A responsabilidade de João será 
a) por crime de homicídio doloso qualificado, aplicando- se as regras da omissão imprópria. 
b) por crime de homicídio culposo, aplicando-se as regras da omissão imprópria. 
c) pelo crime de perigo, tipificado no art. 132, do Código Penal (perigo para a vida ou saúde de outrem). 
d) por crime de omissão de socorro. 
e) por crime de abandono de incapaz. 
 
3.3. (CESPE - 2012 - TJ-PI - Juiz) Assinale a opção correta acerca do homicídio. 
a) É pacífico, na jurisprudência do STJ, o entendimento acerca da possibilidade de homicídio privilegiado 
por violenta emoção ser qualificado pelo emprego de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido. 
b) Na hipótese de homicídio qualificado por duas causas, uma pode ser utilizada para caracterizar a 
qualificadora e a outra, considerada circunstância judicial desfavorável, vedado que a segunda seja 
considerada circunstância agravante. 
c) No homicídio mercenário, a qualificadorada paga ou promessa de recompensa é elementar do tipo 
qualificado, aplicando-se apenas ao executor da ação, não ao mandante, segundo a jurisprudência do STJ. 
d) A qualificadora relativa à ação do agente mediante traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso 
que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, como modo de execução do delito, ocorrerá 
independentemente de o agente ter agido de forma preordenada. 
e) De acordo com a jurisprudência do STJ, não é possível a coexistência, no delito de homicídio, da 
qualificadora do motivo torpe com a atenuante genérica do cometimento do crime por motivo de 
relevante valor moral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
 
3.1. A 
3.2. D 
3.3. A

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