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Aula 5 – Estrutura das Demonstrações Financeiras (Parte II) (BP, DRE, DLPA, DMPL, DFC e DVA) Prof. Dr. Alexsandre Lira Cavalcante 1 Objetivo da Aula: Apresentar a estrutura das principais demonstrações financeiras. 2 Balanço Patrimonial (BP) 3 1. Balanço Patrimonial • O Balanço Patrimonial (BP) é a principal Demonstração Financeira existente (relatório contábil obrigatório por Lei). • Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento (no fim do ano ou em qualquer data predeterminada). • No Balanço, o Patrimônio se encontra em equilíbrio (equilibra os bens e direitos com as obrigações e as participações dos acionistas). • Desta forma, ele é a igualdade patrimonial. • O BP mostra o Patrimônio da entidade tanto quantitativa quanto qualitativamente (apresenta cada item que faz parte do Patrimônio e quanto se tem de cada um). 4 1. Balanço Patrimonial • Conforme a Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182) e Normas Brasileiras de Contabilidade, o Balanço Patrimonial é constituído pelo: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. • O BP tem na sua constituição duas colunas: a coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é a do Passivo (determinado por convenção). • No lado esquerdo são discriminados os bens e direitos, especificando-se qualitativamente cada componente e indicando seu valor monetário (aspecto quantitativo). • No lado direito são discriminadas as obrigações (dívidas) que a empresa possui para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. • Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido, sendo as obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas, sócios investiram na entidade. Ex.: investimento feito pelos proprietários (dinheiro aplicado), reserva de lucros, etc. 5 1. Balanço Patrimonial • Conceito: • O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio: Ativo = Passivo + PL; Aplicações = Origens; Bens + Direitos = Obrigações. 6 1. Balanço Patrimonial • Segundo o Art. 178 da Lei 6.404/76: • “No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.” 7 1. Balanço Patrimonial 8 ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL Fornecedores Caixa de Bancos Duplicatas a Pagar de Coligada ou Controlada Títulos de negociação imediata Tributos a Pagar/Recolher Aplicação Finaceira de Curto Prazo (CDB, Letras de Câmbio, Debênture etc) Salários e Encargos Sociais REALIZÁVEL A CURTO PRAZO Empréstimos e Financiamentos de Instituições Financeiras Duplicatas a Receber Dividendos a pagar (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Provisões (-) Duplicatas Descontadas Outras Contas de Passivo Circulante ESTOQUES Materiais, Produtos Acabados, Produtos em Elaboração Mercadorias para Revenda, Mercadorias em Trânsito (-) Provisão para Redução ao Valor de Mercado DESPESAS ANTECIPADAS Despesas apropriáveis a custo no exercício seguinte OUTRAS CONTAS DO ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Créditos diversos Outros passivos a longo prazo INVESTIMENTOS Participação acionária Outros Investimentos Permanentes (-) Provisão para Perdas IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Terrenos Capital social realizado Construções Reservas de capital Instalações Reservas de lucro Máquinas e Equipamentos (-) Ajustes de avaliação patrimonial Móveis e Utensílios (-) Prejuízos acumulados Veículos (-) Ações em tesouraria Benfeitorias em Imóveis de Terceiros. (-) Depreciação Acumulada (-) Exaustão Acumulada INTANGÍVEL Marcas e Patentes Fundo de Comércio Direitos Autorais (-) Amortização Acumulada 9 Conta Descrição 31/12/2016 Conta Descrição 31/12/2016 1 Ativo Total 83.841.418 2 Passivo Total 83.841.418 1.01 Ativo Circulante 23.886.851 2.01 Passivo Circulante 28.773.650 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 7.876.849 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 686.627 1.01.02 Aplicações Financeiras 282.771 2.01.02 Fornecedores 9.793.009 1.01.03 Contas a Receber 4.368.059 2.01.03 Obrigações Fiscais 4.282.418 1.01.04 Estoques 4.347.052 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 3.630.604 1.01.05 Ativos Biológicos 0 2.01.05 Outras Obrigações 10.212.356 1.01.06 Tributos a Recuperar 5.423.310 2.01.06 Provisões 168.636 1.01.07 Despesas Antecipadas 771.257 1.01.08 Outros Ativos Circulantes 817.553 1.02 Ativo Não Circulante 59.954.567 2.02 Passivo Não Circulante 8.416.495 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.743.535 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 1.765.706 1.02.02 Investimentos 300.115 2.02.02 Outras Obrigações 3.555.697 1.02.03 Imobilizado 19.153.836 2.02.03 Tributos Diferidos 2.329.722 1.02.04 Intangível 35.757.081 2.02.04 Provisões 765.370 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 46.651.273 2.03.01 Capital Social Realizado 57.614.140 2.03.02 Reservas de Capital 54.529.780 2.03.03 Reservas de Reavaliação 2.03.04 Reservas de Lucros 9.700.248 2.03.05 Lucros/Prejuízos Acumulados 2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial -77.019.120 2.03.09 Participação dos Acionistas Não Controladores 1.826.225 1. Balanço Patrimonial (Ambev em Milhares de Reais) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 10 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) • A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causadas no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. • As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como Duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. (Aumentando o Ativo aumenta o Patrimônio Líquido). • As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível. • Enfim, todas as receitas e despesas se acham compreendidas na DRE, segundo uma forma de apresentação que as ordena de acordo com sua natureza, fornecendo informações significativas sobre a empresa. 11 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) • A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. 12 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) • Com isso, a Demonstração do Resultado do Exercício retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo de dinheiro). • A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça de caráter eminentemente econômico (relacionado à riqueza) e não financeiro (relacionada a dinheiro). 13 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) • “A demonstração do resultado do exercício discriminará os seguintes elementos (Caput do Art. 187 da Lei 6.404/76): I - a Receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a Receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o Lucro bruto; III - as Despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais, deduzidas de outras receitasoperacionais; IV – o Lucro ou Prejuízo Operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) V - o Resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as Participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) VII - o Lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.” 14 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) • Observe o que diz o § 1º do Art. 187 da Lei 6.404/76: “Na determinação do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência: • a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e • b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.” 15 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 16 RECEITA OPERACIONAL BRUTA DAS VENDAS E SERVIÇOS Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA DAS VENDAS E SERVIÇOS (-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Vendidas Custo dos Serviços Prestados (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (OU LUCRO BRUTO) (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas Despesas Gerais e Administrativas (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO OPEACIONAIS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante = RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (=) LUCRO OU PREJUÍZO POR AÇÃO 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 17 RECEITA OPERACIONAL BRUTA DAS VENDAS E SERVIÇOS Vendas de Produtos Vendas de Mercadorias Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas (=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA DAS VENDAS E SERVIÇOS 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 18 (-) CUSTOS DAS VENDAS Custo dos Produtos Vendidos Custo das Mercadorias Vendidas Custo dos Serviços Prestados (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO (OU LUCRO BRUTO) (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Vendas Despesas Gerais e Administrativas (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS Despesas Financeiras (-) Receitas Financeiras Variações Monetárias e Cambiais Passivas (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 19 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO OPEACIONAIS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante = RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (=) LUCRO OU PREJUÍZO POR AÇÃO 20 Conta Descrição 01/01/2016 à 31/12/2016 3.01 Receita de Venda de Bens e/ou Serviços 45.602.561 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -16.677.959 3.03 Resultado Bruto 28.924.602 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -11.824.227 3.04.01 Despesas com Vendas -12.010.512 3.04.01.01 Despesas Logísticas -6.085.538 3.04.01.02 Despesas Comerciais -5.924.974 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -2.166.097 3.04.03 Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 2.747.125 3.04.04.01 Recorrentes 1.502.040 3.04.04.02 Não Recorrentes 1.245.085 3.04.05 Outras Despesas Operacionais -389.758 3.04.05.01 Recorrentes -279.004 3.04.05.02 Não Recorrentes -110.754 3.04.06 Resultado de Equivalência Patrimonial -4.985 3.05 Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 17.100.375 3.06 Resultado Financeiro -3.702.005 3.06.01 Receitas Financeiras 895.947 3.06.02 Despesas Financeiras -4.597.952 3.07 Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro 13.398.370 3.08 Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro -314.973 3.08.01 Corrente -413.907 3.08.02 Diferido 98.934 3.09 Resultado Líquido das Operações Continuadas 13.083.397 3.10 Resultado Líquido de Operações Descontinuadas 3.10.01 Lucro/Prejuízo Líquido das Operações Descontinuadas 3.10.02 Ganhos/Perdas Líquidas sobre Ativos de Operações Descontinuadas 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 13.083.397 3.11.01 Atribuído a Sócios da Empresa Controladora 12.546.610 3.11.02 Atribuído a Sócios Não Controladores 536.787 3.99 Lucro por Ação - (Reais / Ação) 3 .99.01 Lucro Básico por Ação 3.99.01.01 ON 1 3.99.02 Lucro Diluído por Ação 3.99.02.01 ON 1 2. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) (Ambev em Milhares de Reais) Demonstração do Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) 21 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • A DLPA evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido. 22 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • OUTRAS SOCIEDADES: • A DLPA é obrigatória para as sociedades limitadas e outros tipos de empresas, conforme a legislação do Imposto de Renda (art. 274 do RIR/99). 23 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • COMPOSIÇÃO: • Observe o que diz o Art. 186 da Lei 6.404/76: “A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 24 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES: • Observe o que diz o § 1º do Art. 186 da Lei 6.404/76: • Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 25 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • REVERSÕES DE RESERVAS: • Correspondem às alterações ocorridas nas contas que registram as reservas, mediante a reversão de valores para aconta Lucros Acumulados, em virtude daqueles valores não serem mais utilizados. 26 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO: • É o resultado líquido do ano apurado na Demonstração do Resultado do Exercício, cujo valor é transferido para a conta de Lucros Acumulados. 27 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS: • São as apropriações do lucro feitas para a constituição das reservas patrimoniais, tais como: reserva legal, reserva estatutária, reserva de lucros a realizar, reserva para contingências. 28 3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) • MONTANTE DO DIVIDENDO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL: • Observe o que diz o § 2º do Art. 186 da Lei 6.404/76: • A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia, pois esta última não inclui somente o movimento da conta de lucros ou prejuízos acumulados, mas também o de todas as demais contas do patrimônio líquido.” 29 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 30 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) • A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) apresenta as variações de todas as contas do PL ocorridas entre dois balanços, independentemente da origem da variação, seja ela proveniente de aumento de capital mediante novos aportes ou de incorporação de lucros gerados no exercício, ou se simples transferência entre contas, dentro do próprio Patrimônio Líquido. 31 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) • A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é facultativa e, de acordo com o artigo 186, parágrafo 2º, da Lei das S/A, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração. • A DMPL é uma demonstração mais completa e abrangente, já que evidencia a movimentação de todas as contas do Patrimônio Líquido durante o exercício social, inclusive a formação e utilização das reservas não derivadas do lucro. 32 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) MUTAÇÕES NAS CONTAS PATRIMONIAIS: As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como: 1 - Itens que afetam o patrimônio total: a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício; b) redução por dividendos; c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor); d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos; e) acréscimo por subscrição e integralização de capital; f) acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal; g) acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; h) acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures; i) redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda; j) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores. 33 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 2 - Itens que não afetam o total do patrimônio: a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas; b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reservas para Contingências e outras; c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados; d) compensação de Prejuízos com Reservas. 34 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) • IMPORTANTE: • Do ponto de vista informativo, para efeito de preparação das demonstrações para análise e para complemento de conclusões para análise, a DMPL é muito mais útil e informativa que a DLPA e foi a muitos anos incorporada a prática de publicações das demonstrações financeiras. 35 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) • IMPORTANTE: • Enquanto a DRE evidencia como se chegou ao total do aumento ou diminuição do PL em decorrência de transações efetuadas pela empresa, expurgando o inchaço causado pela inflação, a DMPL mostra toda e qualquer variação em qualquer conta do PL. • Em vista disso, esta última serve muito mais como elemento complementar do que como peça através da qual se pode obter informação, no sentido da análise. • Dessa forma, a DMPL não costuma ser analisada no sentido tradicional em o são o BP e a DRE. 36 37 Descrição Capital Social Integralizado Reservas de Capital Reserva Legal Reservas de Lucro Lucro Acumulados Ajustes Total Saldos Iniciais em 31/12/2015 Correção Monetária Aumento de Capital com Lucros e Reservas por Subscrições realizadas Lucro Líquido do Exercício Destinação do Lucro Líquido Reserva Legal Reserva Estatutária Dividendos Saldos Iniciais em 31/12/2016 4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) 38 Conta Descrição Capital Social Integralizado Reservas de Capital, Opções Outorgadas e Ações em Tesouraria Reservas de Lucro Lucros ou Prejuízos Acumulados Outros Resultados Abrangentes Patrimônio Líquido Participação dos Não Controladores Patrimônio Líquido Consolidado 5.01 Saldos Iniciais 57.614.140 54.373.451 8.201.323 0 -71.857.031 48.331.883 2.001.750 50.333.633 5.03 Saldos Iniciais Ajustados 57.614.140 54.373.451 8.201.323 0 -71.857.031 48.331.883 2.001.750 50.333.633 5.04 Transações de Capital com os Sócios 0 156.329 -2.039.171 -9.008.514 -225.974 -11.117.330 -317.845 -11.435.175 5.04.06 Dividendos 0 0 0 -5.651.827 0 -5.651.827 -355.452 -6.007.279 5.04.07 Juros sobre Capital Próprio 0 0 -2.039.171 -3.454.173 0 -5.493.344 0 -5.493.344 5.04.09 Compra de Ações e Resultado de Ações em Tesouraria 0 94.832 0 0 0 94.832 0 94.832 5.04.10 Pagamento baseado em ações 0 61.497 0 0 0 61.497 0 61.497 5.04.13 Reversão Efeito Revalorização dos Ativos Fixos pelo Custo Precedente 0 0 0 75.881 -75.881 0 0 0 5.04.14 Dividendos Prescritos 0 0 0 21.605 0 21.605 0 21.605 5.04.16 Ganhos/ (Perdas) de Participação 0 0 0 0 -2.781 -2.781 37.607 34.826 5.04.17 Transação de Troca de Ações 0 0 0 0 -3.148 -3.148 0 -3.148 5.04.18 Opção de Venda Concedida sobre Participação em Controlada 0 0 0 0 -144.164 -144.164 0 -144.164 5.05 Resultado Abrangente Total 0 0 0 12.546.610 -4.936.115 7.610.495 142.320 7.752.815 5.05.01 Lucro Líquido do Período 0 0 0 12.546.610 0 12.546.610 536.787 13.083.397 5.05.02 Outros Resultados Abrangentes 0 0 0 0 -4.936.115 -4.936.115 -394.467 -5.330.582 5.05.02.04 Ajustes de Conversão do Período 0 0 0 0 -3.728.767 -3.728.767 -398.920 -4.127.687 5.05.02.05 Tributos s/ Ajustes de Conversão do Período 5.05.02.06 Ganhos/(Perdas) Atuariais 0 0 0 0 -130.671 -130.671 1.059 -129.612 5.05.02.07 Hedge de Fluxo de Caixa 0 0 0 0 -1.076.677 -1.076.677 3.394 -1.073.283 5.06 Mutações Internas do Patrimônio Líquido 0 0 3.538.096 -3.538.096 0 0 0 0 5.06.04 Constituição de Reserva de Incentivos Fiscais 0 0 1.819.525 -1.819.525 0 0 0 0 5.06.05 Constituição de Reserva Estatutária para Investimento 0 0 1.718.571 -1.718.571 0 0 0 0 5.07 Saldos Finais 57.614.140 54.529.780 9.700.248 0 -77.019.120 44.825.048 1.826.225 46.651.273 4. Demonstração das Mutações doPatrimônio Líquido (DMPL) (Ambev em Milhares de Reais) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 39 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) • O Balanço Patrimonial apresenta em determinado momento (estaticamente) de um lado (PASSIVO), a origem de recursos utilizados pela empresa e, de outro as aplicações (ATIVO). • A peça contábil-financeira que vai mostrar o que isso representa em termos de dinheiro movimentado no exercício é a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) que mostra as fontes e aplicações verificadas durante o exercício e que resultam afinal na variação do saldo de caixa. • O Balanço Patrimonial não torna claro, como a empresa passou de determinada posição de investimentos e financiamentos para outra posição, ou seja, quais os recursos adicionais de que a empresa se utilizou e onde os aplicou. • É aí que entra a DFC apresentando exatamente esses últimos dados. • Através da DFC é possível conhecer como fluíram os recursos ao longo de um exercício 40 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) • Através da DFC é possível conhecer como fluíram os recursos ao longo de um exercício: quais foram os recursos obtidos, qual a participação das transações comerciais no total dos recursos gerados, como foram aplicados os novos recursos etc. • A DFC visa permitir a análise do aspecto financeiro da empresa, tanto no que diz respeito ao movimento de investimentos e financiamentos quanto relativamente à administração da empresa sob o ângulo de obter e aplicar compativelmente os recursos. • A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) apresenta as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: Fluxo Operacional; Fluxo dos Investimentos; e Fluxo dos Financiamentos. 41 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) • A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. • Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial. • A DFC passou a ser de apresentação obrigatória para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). • Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais. 42 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) • A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa. • Para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs), a DFC também é de elaboração obrigatória, conforme item 3.17 (e) da NBC TG 1000. • Portanto, independentemente do tipo societário adotado, as entidades devem apresentar o referido demonstrativo, pelo menos anualmente, por ocasião da elaboração das demonstrações financeiras (“balanço”). 43 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) • APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE FLUXO DE CAIXA: • Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. • Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: I - Atividades Operacionais; II - Atividades de Investimento; III - Atividades de Financiamento. 44 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) I. As Atividades Operacionais são explicadas pelas receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços da empresa. Estas atividades têm ligação com o capital circulante líquido da empresa. II. As Atividades de Investimento são os gastos efetuados no Realizável a Longo Prazo, em Investimentos, no Imobilizado ou no Intangível, bem como as entradas por venda dos ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. III. As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido. Devem ser incluídos aqui os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros. 45 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) • Observe o que diz o § 6º do Art. 176 da Lei 6.404/76: • “A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.” (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) 46 47 Descrição ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro Líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes Depreciações e amortizações Variações monetárias e cambiais Valor residual do imobilizado baixado Resultado de equivalência patrimonial (Aumento) redução do Ativo Circulante Operacional Contas a receber Estoques Outros (Aumento) redução do Passivo Circulante Operacional Fornecedores Impostos a pagar Salários e encargos Outros Caixa Gerado (absorvido) pelas Atividades Operacionais ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Títulos e valores mobiliários Venda de Investimentos/Imobilizado Dividendos recebidos de Controlada/Coligada Aquisição de Bens do Imobilizado Caixa Gerado (absorvido) pelas Atividades de Investimentos ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio Captação de empréstimos e financiamentos Amortização de empréstimos e financiamentos – principal/juros Caixa Gerado (absorvido) pelas Atividades de Financiamentos +SALDO INICIAL DE CAIXA (=) SALDO FINAL DE CAIXA 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) 48 Conta Descrição 01/01/2016 à 31/12/2016 6.01 Caixa Líquido Atividades Operacionais 12.344.513 6.01.01 Caixa Gerado nas Operações 19.283.093 6.01.01.01 Lucro Líquido do exercício 13.083.397 6.01.01.02 Depreciação, Amortização e Impairment 3.512.005 6.01.01.03 Perda por impairment no contas a receber, estoques e demais contas a receber 196.548 6.01.01.04 Aumento nas provisões e benefícios a funcionários 347.146 6.01.01.05 Resultado financeiro líquido 3.702.005 6.01.01.06 Perda/(ganho) na venda de imobilizado e intangíveis -70.882 6.01.01.07 Ganho na troca de ações -1.239.972 6.01.01.08 Despesa com pagamentos baseados em ações 170.317 6.01.01.09 Imposto de renda e contribuição social 314.973 6.01.01.10 Participação nos Resultados de Controladas e Coligadas 4.985 6.01.01.11 Outros Itens Não-Monetários Incluídos no Lucro -737.429 6.01.01.12 Perda/(ganho) na venda de operações em subsidiárias 0 6.01.02 Variações nos Ativos e Passivos -6.938.580 6.01.02.01 (Aumento)/redução no contas a receber e demais contas a receber -578.436 6.01.02.02 (Aumento)/redução nos estoques -437.052 6.01.02.03 Aumento/(redução) no contas a pagar e demais contas a pagar -565.125 6.01.02.04 Juros Pagos -724.873 6.01.02.05 Juros Recebidos 597.714 6.01.02.06 Dividendos Recebidos 110.976 6.01.02.07 Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos -5.341.784 6.01.03 Outros 6.02 Caixa Líquido Atividades de Investimento -5.897.908 6.02.01 Proventosda Venda de Imobilizado e Intangíveis 133.621 6.02.02 Aquisição de Imobilizado e Intangíveis -4.132.671 6.02.04 Baixa de Subsidiária, Líquido Caixa Adquirido 6.02.05 Aquisição de subsidiárias, líquido de caixa adquirido -1.824.197 6.02.06 Aquisição de Imobilizado e Intangível 6.02.08 Aplicação financeira e proventos líquidos de títulos de dívida -37.144 6.02.09 Proventos/(aquisição) de outros ativos, líquidos 13 6.02.10 Proventos da venda de operações em subsidiárias 0 6.02.11 Aquisição de outros investimentos -37.530 6.03 Caixa Líquido Atividades de Financiamento -11.645.142 6.03.01 Aumento de Capital 0 6.03.02 Ágio na subscrição de ações 6.03.04 Proventos/(recompra) de ações 386 6.03.06 Proventos de Empréstimos 3.791.965 6.03.07 Liquidação de Empréstimos -1.896.195 6.03.08 Caixa líquido de custos financeiros, exceto juros -3.207.789 6.03.09 Pagamento de Passivos de Arrendamento Financeiro -2.908 6.03.10 Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos -10.330.601 6.04 Variação Cambial s/ Caixa e Equivalentes -542.236 6.05 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes -5.740.773 6.05.01 Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes 13.617.622 6.05.02 Saldo Final de Caixa e Equivalentes 7.876.849 5. Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) (Ambev em Milhares de Reais) Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 49 6. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) • Observe o que diz o Inciso II do Art. 188 da Lei 6.404/76: • “A Demonstração do Valor Adicionado é o informe contábil que evidencia, de forma sintética, o valor da riqueza gerada pela companhia, em determinado período, e sua respectiva distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.” 50 6. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) • Obviamente, por se tratar de um demonstrativo contábil, suas informações devem ser extraídas da escrituração, com base nas Normas Contábeis vigentes e tendo como base o Princípio Contábil da Competência. • A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens e serviços produzidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa. 51 6. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) • A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma: • 1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e • 2) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas. 52 6. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) • O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção. • A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza. 53 54 Conta Descrição 01/01/2016 à 31/12/2016 7.01 Receitas 71.583.332 7.01.01 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 69.654.660 7.01.02 Outras Receitas 2.010.817 7.01.04 Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa -82.145 7.02 Insumos Adquiridos de Terceiros -25.952.460 7.02.01 Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -17.604.305 7.02.02 Materiais, Energia, Servs. de Terceiros e Outros -8.227.270 7.02.03 Perda/Recuperação de Valores Ativos -120.885 7.03 Valor Adicionado Bruto 45.630.872 7.04 Retenções -3.391.158 7.04.01 Depreciação, Amortização e Exaustão -3.391.158 7.05 Valor Adicionado Líquido Produzido 42.239.714 7.06 Vlr Adicionado Recebido em Transferência 568.732 7.06.01 Resultado de Equivalência Patrimonial -4.985 7.06.02 Receitas Financeiras 895.947 7.06.03 Outros -322.230 7.07 Valor Adicionado Total a Distribuir 42.808.446 7.08 Distribuição do Valor Adicionado 42.808.446 7.08.01 Pessoal 3.682.076 7.08.01.01 Remuneração Direta 3.191.046 7.08.01.02 Benefícios 245.299 7.08.01.03 F.G.T.S. 115.183 7.08.01.04 Outros 130.548 7.08.02 Impostos, Taxas e Contribuições 21.383.688 7.08.02.01 Federais 8.785.455 7.08.02.02 Estaduais 12.572.669 7.08.02.03 Municipais 25.564 7.08.03 Remuneração de Capitais de Terceiros 4.659.285 7.08.03.01 Juros 4.373.368 7.08.03.02 Aluguéis 285.917 7.08.04 Remuneração de Capitais Próprios 13.083.397 7.08.04.01 Juros sobre o Capital Próprio 3.454.173 7.08.04.02 Dividendos 5.651.827 7.08.04.03 Lucros Retidos / Prejuízo do Período 3.440.610 7.08.04.04 Part. Não Controladores nos Lucros Retidos 536.787 6. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) (Ambev em Milhares de Reais) 7. Conceitos Importantes • Curto prazo - todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social (ano) seguinte. OBS.: pode acontecer de a entidade ter o ciclo operacional com duração maior do que o período de 12 meses, dessa forma a classificação como curto ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. • Longo prazo - todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício social (ano) seguinte. • Grau de liquidez - é o maior ou menor prazo no qual os Bens e os Direitos podem ser transformados em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos é de menor liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se transformar em dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o dinheiro em mãos). • Nível de exigibilidade - é o maior ou menor prazo existente para que as Obrigações sejam pagas. As contas que deverão ser pagas mais rapidamente (curto prazo) têm um maior nível de exigibilidade do que as contas que serão liquidadas (pagas) em um prazo maior (longo prazo). • Realizável - representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma duplicata de cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela se transformará em dinheiro. 55 Referências • ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012. • BRASIL. Lei n°. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 20 mar. 2008. • BRASIL. Lei n°. 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponívelem: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016. • BRASIL. Lei n°. 11.941 de 27 de maio de 2009. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016. • MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • MATARAZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. • RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. • ROSS, Stephen A., WESTERFIELD, Randolph W., JORDAN, Bradford D. Princípios de Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. 56 Obrigado... 57
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