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Aula 7 – Principais Contas do Balanço Patrimonial – Passivo e PL Prof. Dr. Alexsandre Lira Cavalcante 1 Objetivo da Aula: Apresentar as principais contas do passivo (passivo exigível e patrimônio líquido). 2 Classificação das Contas do Passivo 3 1. Classificação de Contas do Passivo • Vejamos o que diz o § 2º do Art. 178 da Lei 6.404/76 (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009): • “No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: I – passivo circulante; II – passivo não circulante; e III – patrimônio líquido, dividido em: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.” 4 1. Classificação de Contas do Passivo • Já o Art. 180 da Lei 6.404/76 tem o seguinte anunciado: “As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).” 5 Passivo Exigível 6 2. Passivo Exigível • O Passivo Exigível compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. • Passivo exigível = Passivo Circulante (+) Passivo Não Circulante. 7 Passivo Circulante 8 3. Passivo Circulante • Compreende todas as contas representativas das obrigações da empresa vencíveis no prazo de um ano ou, se o ciclo operacional for maior que um ano, as obrigações vencíveis no prazo do ciclo operacional. 9 4. Principais Contas do Passivo Circulante • Fornecedores • Duplicatas a Pagar de Coligada ou Controlada • Duplicadas Descontadas (para efeito de Análise de Balanço) • Tributos a Pagar/Recolher • Salários e Encargos Sociais • Empréstimos e Financiamentos de Instituições Financeiras • Outras Contas de Passivo Circulante 10 4.1. Fornecedores • Essa conta representa todas as operações de compra a prazo, no mercado nacional ou internacional, de matérias-primas a serem utilizadas no processo produtivo, mercadorias destinadas a revenda ou de insumos, outros materiais e serviços. • Essas contas são representadas por Duplicatas a pagar na data da elaboração do balanço. 11 4.2. Duplicatas a Pagar de Coligada ou Controlada • Essa conta representa todas as obrigações da empresa oriunda das compras de matérias-primas ou mercadorias a prazo de coligadas e controladas, como se fossem de qualquer outro fornecedor. 12 4.3. Tributos a Pagar/Recolher • Essa conta representa todas as obrigações relativas a impostos, taxas e contribuições. • Pode aparecer destacadas ou englobadamente nos balanços. • Observação: • Recomenda-se usar a expressão “a pagar” para aqueles tributos em que a empresa é a real contribuinte, e a expressão “a recolher” quando a empresa atua como agente arrecadador nos balanços. 13 4.4. Salários e Encargos Sociais • Essa conta representa todas as obrigações da empresa junto a seus empregados, bem como aos agentes arrecadadores de contribuições sociais, como INSS e FGTS. 14 4.5. Empréstimos e Financiamentos • Essa conta representa todos recursos obtidos pela empresa junto a instituições financeiras do país para financiamentos das imobilizações ou do giro dos negócios. • Recomenda-se utilizar a expressão “Empréstimos” para aqueles recursos tomados para livre aplicação pela empresa, em que normalmente as garantias são representadas por duplicatas entregues em caução e cobrança. • A expressão “Financiamentos” deve ser usada para aqueles recursos destinados especificamente a financiar a aquisição de determinados bens, como máquinas, equipamentos, construções, que servirão de garantia para a instituição financeira. 15 4.6. Outras Contas de Passivo Circulante • Vale a mesma regra do Ativo Circulante: pequenos valores podem ser agrupados, enquanto as contas mais significativas devem ser individualizadas. • Vale ainda para o Passivo Circulante os mesmos percentuais e observações feitas para as “Outras Contas do Ativo Circulante”. 16 Passivo Não Circulante 17 5. Passivo Não Circulante • Compreende todas as contas representativas das obrigações da empresa vencíveis a prazo superior a um ano ou, superior ao ciclo operacional da empresa. • Normalmente, os créditos superiores a um ano ocorrem por contratos firmados pela empresa com instituições financeiras, como Bancos de Investimentos ou de Desenvolvimento. 18 6. Principais Contas do Passivo Não Circulante • Financiamentos de Instituições de Crédito (sob diversas modalidades) • Adiantamentos (idem Passivo Circulante). • Contas a Pagar. • Empresas Coligadas/Controladas. • Imóveis a Pagar. • Títulos a Pagar. 19 Classificação das Contas do Patrimônio Líquido 20 7. Patrimônio Líquido • O patrimônio líquido é representado pela diferença entre o total do ativo e do passivo exigível (passivo circulante + passivo não circulante). • De forma mais simplificada, podemos dizer que o patrimônio líquido representa o volume de recursos financeiros investidos na organização por seus acionistas ou sócios. • Em outras palavras, o PL compreende todas as contas representativas dos recursos dos acionista formados por Capital – dinheiro ou bens – entregues pelos acionistas à empresa ou por lucros gerados pela própria empresa e retidos em diversas contas de reservas. 21 7. Patrimônio Líquido • Quando o valor do Passivo for maior que o valor do Ativo, o resultado é denominado Passivo a Descoberto. • Nessa situação, a expressão Patrimônio Líquido deve ser substituída por Passivo a Descoberto. 22 8. Principais Contas do Patrimônio Líquido 23 ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL Caixa de Bancos Fornecedores Títulos de negociação imediata Duplicatas a Pagar de Coligada ou Controlada Aplicação Finaceira de Curto Prazo (CDB, Letras de Câmbio, Debênture etc) Tributos a Pagar/Recolher REALIZÁVEL A CURTO PRAZO Salários e Encargos Sociais Duplicatas a Receber Empréstimos e Financiamentos de Instituições Financeiras (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Dividendos a pagar (-) Duplicatas Descontadas Provisões ESTOQUES Outras Contas de Passivo Circulante Materiais Produtos Acabados Produtos em Elaboração Mercadorias para Revenda Mercadorias em Trânsito (-) Provisão para Redução ao Valor de Mercado DESPESAS ANTECIPADAS Despesas apropriáveis a custo no exercício seguinte OUTRAS CONTAS DO ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Créditos diversos Outros passivos a longo prazo INVESTIMENTOS Participação acionária Outros Investimentos Permanentes Obras de arte Imóveis não destinado a uso Bens locados a terceiros Quotas de clube (-) Provisão para Perdas IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Terrenos Capital social realizado Construções Reservas de capital Instalações Reservas de lucro Máquinas e Equipamentos (-) Ajustes de avaliação patrimonial Móveis e Utensíl ios (-) Prejuízos acumulados Veículos (-) Ações em tesouraria Benfeitorias em Imóveis de Terceiros. (-) Depreciação Acumulada (-) Exaustão AcumuladaINTANGÍVEL Marcas e Patentes Fundo de Comércio Direitos Autorais (-) Amortização Acumulada 8. Principais Contas do Patrimônio Líquido • Capital Social • Reservas de Capital • Reservas de Lucros • Lucros Acumulados • Contas Retificadoras: • (-) Capital a Realizar • (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial • (- ) Prejuízos Acumulados • (-) Ações em Tesouraria 24 8.1 Capital Social • Observe o que diz o Art. 182 da Lei 6.404/76: • “A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. Compreende o Capital Social: (1) Os recursos iniciais conferidos pelos acionistas/sócios à empresa; (2) Os aportes posteriores de capital efetuados, ambos sob a forma de dinheiro ou bens; (3) Os aumentos por transferências das contas de Reservas e Lucros Acumulados. Importante: • No caso de uma sociedade anônima, o capital social é dividido em ações. 25 8.1 Capital Social Observações: i. O valor do capital que deve constar no grupo do Patrimônio Líquido é o realizado, ou seja, o total efetivamente integralizado pelos sócios. ii. Se existir parcela do capital ainda não integralizado pelos proprietários, a empresa apresentará as contas credora de “Capital Social Subscrito” e devedora de “Capital a Integralizar”. O líquido entre ambas é que representará o capital realizado. 26 8.2 Reserva de Capital • Observe o que diz o §§ 1º e 2º Art. 182 da Lei 6.404/76: • Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; • Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.” 27 8.2 Reserva de Capital • Representam os valores aportados pelos proprietários (ágio), por terceiros (doações e subvenções), variações de valor de certos ativos (ajuste patrimonial) e lucros auferidos e não distribuídos (lucros retidos). • Dito de outra forma: São recursos recebidos pela empresa que não afetaram, ou melhor, que não passaram por seu Resultado como Receita, por serem recursos direcionados ao reforço do Capital. Isto sem ter como contra partida esforço da empresa, ou seja, sem a venda de bens ou prestação de serviços. 28 8.3 Reserva de Lucros • São contas de reservas constituídas pela apropriação do lucro da empresa, conforme previsto pelo § 4º do art. 182 da Lei 6.404/76, para atender a várias finalidades, sendo sua constituição efetivada por disposição da lei ou por proposta dos órgãos da administração.. • Este recurso é consequência de esforços da empresa. • Na distribuição dos lucros das empresas, destina-se uma parte para constituição de Reservas, com o fim de reforçar o capital, evitando que este venha a ser afetado por eventuais resultados negativos de exercícios futuros. 29 8.3 Reserva de Lucros FINS E OBJETIVOS DAS RESERVAS Vários são os fins objetivados com a criação das reservas, entre os quais podemos destacar os seguintes: 1. evitar a distribuição total dos lucros, para que estes sejam reinvestidos nas atividades sociais ; 2. garantir disponibilidade financeira; 3. regular e uniformizar a distribuição de dividendos; 4. aumentar o capital, concedendo bonificações em ações aos acionistas ou aumentando o valor da ação; 5. resgatar partes beneficiárias ou outros compromissos; 6. fazer face a eventuais prejuízos em exercícios futuros; 7. assegurar a manutenção do capital de giro; 8. registrar a correção monetária do capital (revogado pela Lei nº9.249/95); 9. evitar a distribuição de lucros a realizar. 30 8.3 Reserva de Lucros • Pela Lei das S/A, classificam-se como reservas de lucros: a) Reserva Legal; b) Reserva Estatutária; c) Reserva para Contingências; d) Reserva de Lucros a Realizar; e) Reserva de Lucros para Expansão; f) Reserva de Incentivos Fiscais. 31 8.3 Reserva de Lucros a) Reserva Legal ( art. 193 da Lei nº6.404/76): • A reserva legal deverá ser constituída mediante destinação de 5% (cinco por cento) do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação. • Esta reserva será constituída, obrigatoriamente, pela companhia, até que seu valor atinja 20% do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida. • § 1º - A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do art. 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social. • § 2º - A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. • Esta reserva existe basicamente para dar proteção ao credor. • A constituição da reserva legal é obrigatório somente para as sociedades por ações. 32 8.3 Reserva de Lucros a) Reserva Legal ( art. 193 da Lei nº6.404/76): • A constituição da reserva legal é obrigatório somente para as sociedades por ações. Há duas situações em que a constituição dessa reserva deixa de ser obrigatório: i. quando o montante da reserva legal atingir 20% do capital social; ii. quando o montante da reserva legal acrescido do montante das reservas de capital atingir 30% do capital social. 33 8.3 Reserva de Lucros a) Reserva Legal: EXEMPLO: 1 – Qual é o valor da Reserva Legal a ser constituída em 31/12/X2, sabendo-se que: • Lucro Líquido do Exercício = 100.000,00 • Saldo da conta Reserva legal em 31/12/X1 = 45.000,00 • Valor do Capital Social = 400.000,00 • Patrimônio Líquido não há Reserva de Capital . • Cálculo da Reserva Legal: • 5% de 100.000,00 = 5.000,00 2 – Cálculo do limite da Reserva legal: • 20% do capital social (20% de 400.000,00)______________80.000,00 • ( - ) saldo anterior da reserva legal ____________________45.000,00 • ( = ) limite _______________________________________ 35.000,00 Conclusão: Como o limite é de 35.000,00 e sendo o valor da reserva calculado no exercício igual 5.000,00, em 31/12/X2 constituiremos a reserva no valor de 5.000,00. 34 8.3 Reserva de Lucros b) Reserva Estatutária: • São as reservas criadas em virtude de disposições contidas nos Estatutos da Companhia, os quais fixarão os seus limites, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício . • O artigo 194 da Lei nº 6.404/76, diz que o estatuto poderá criar reservas desde que, para uma: i. indique, de modo preciso e complexo, a sua finalidade: ii. fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; iii. estabeleça o limite máximo da reserva. • Essas reservas não podem, todavia, restringir o pagamento do dividendo obrigatório. • São registradas como Estatutárias somente as definidas pelo Estatuto, que não estejam previstas em lei. 35 8.3 Reserva de Lucros c) Reserva para Contingências: • De acordo com o artigo 195 da Lei nº 6.404/76, a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.• De maneira mais simples, esta reserva é criada com o objetivo de compensar e/ou amenizar possíveis prejuízos futuros. 36 8.3 Reserva de Lucros d) Reserva de Lucros a Realizar: • No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei 6.404, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. 37 8.3 Reserva de Lucros e) Reserva de Lucros para Expansão: • Para atender a projetos de investimento e expansão, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício. Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo orçamento de capital aprovado pela assembleia geral. 38 8.3 Reserva de Lucros f) Reserva de Incentivos Fiscais: • A Reserva de Incentivos Fiscais governamentais é resultado das doações e subvenções p/ investimentos após serem reconhecidas como Receita na DRE. 39 8.3 Reserva de Lucros • Limite do Saldo das Reservas de Lucro: • O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. • Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. 40 8.4 Lucros Acumulados • O plano de contas pode apresentar as duas contas: "Lucros Acumulados" (credora) e "Prejuízos Acumulados" (devedora), mas usualmente o saldo é mantido em uma só conta, ou seja, na conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". • O saldo credor representa a parcela do resultado da empresa não destinada especificamente. • O saldo devedor - prejuízos acumulados, representa o saldo dos resultados negativos da empresa e não absorvidos por reservas anteriormente existentes e que deverá ser compensado com lucros a serem auferidos futuramente. • Se ocorrer de o resultado do exercício ser negativo (prejuízo), este será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. 41 8.4 Lucros Acumulados • Com o advento da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008, o saldo final de "Lucros ou Prejuízos Acumulados" não poderá mais ser credor, ou seja, as sociedade por ações não podem mais apresentar saldos positivos nessa conta, a partir do exercício social de 2008. • Isto não significa, entretanto, que a conta “Lucros Acumulados” deixou de existir. • Porém, essa conta possui natureza transitória, e será utilizada para servir de contrapartida às reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro. Isto é, os saldos existentes precisam ser destinados a Reservas de Lucros, Reserva Legal ou Dividendos. 42 9. Contas Retificadoras de PL • Capital a Realizar. • Ações em Tesouraria. • Ajustes de Avaliação Patrimonial. • Prejuízos Acumulados. 43 9.1 Capital a Realizar • Refere-se a parcela de capital social subscrita pelos sócios, mas ainda não paga (integralizada) à empresa. • Por isso, deve ser deduzida do Capital Social. 44 9.2 Ações Em Tesouraria • Corresponde ao montante das ações de uma organização que foram adquiridas por ela mesma, tendo em vista: Operações de resgate, reembolso ou amortização de ações/quotas. Diminuição de capital. • A operação de compra de ações pela própria empresa equivale a uma devolução de patrimônio líquido, motivo pelo qual a conta que a registra – deve ser deduzida da conta do patrimônio que registra a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. • Trata-se de uma conta redutora, ou seja, para se calcular o total do patrimônio líquido, deve-se somar o valor das outras contas e subtrair o valor discriminado na conta Ações em tesouraria. 45 9.2 Ações Em Tesouraria • Observe o que diz o § 5º Art. 182 da Lei 6.404/76: • “As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.” 46 9.3 Ajustes de Avaliação Patrimonial • Observe o que diz o § 3º do Art. 182 da Lei 6.404/76: • “Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei 11.941/2009). 47 9.4 Prejuízos Acumulados • A nova lei (Lei nº 11.638/07 e complementos) determinou que os balanços das sociedades anônimas de capital aberto não podem mais manter saldo positivo na conta de Lucros Acumulados. • Todo resultado do exercício deve necessariamente ter destinação. • Os valores retidos devem ser registrados em reservas próprias. • Esta conta somente pode apresentar saldo negativo nos balanços, na forma de Prejuízos Acumulados. • Enquanto não forem compensados, os saldos acumulados nessa conta permanecerão como dedução do Patrimônio Líquido. 48 7. Balanço Patrimonial 49 ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL Caixa de Bancos Fornecedores Títulos de negociação imediata Duplicatas a Pagar de Coligada ou Controlada Aplicação Finaceira de Curto Prazo (CDB, Letras de Câmbio, Debênture etc) Tributos a Pagar/Recolher REALIZÁVEL A CURTO PRAZO Salários e Encargos Sociais Duplicatas a Receber Empréstimos e Financiamentos de Instituições Financeiras (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Dividendos a pagar (-) Duplicatas Descontadas Provisões ESTOQUES Outras Contas de Passivo Circulante Materiais Produtos Acabados Produtos em Elaboração Mercadorias para Revenda Mercadorias em Trânsito (-) Provisão para Redução ao Valor de Mercado DESPESAS ANTECIPADAS Despesas apropriáveis a custo no exercício seguinte OUTRAS CONTAS DO ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Empréstimos e Financiamentos Créditos diversos Outros passivos a longo prazo INVESTIMENTOS Participação acionária Outros Investimentos Permanentes Obras de arte Imóveis não destinado a uso Bens locados a terceiros Quotas de clube (-) Provisão para Perdas IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Terrenos Capital social realizado Construções Reservas de capital Instalações Reservas de lucro Máquinas e Equipamentos (-) Ajustes de avaliação patrimonial Móveis e Utensíl ios (-) Prejuízos acumulados Veículos (-) Ações em tesouraria Benfeitorias em Imóveis de Terceiros. (-) Depreciação Acumulada (-) Exaustão Acumulada INTANGÍVEL Marcas e Patentes Fundo de Comércio Direitos Autorais (-) Amortização Acumulada Referências • ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012. • BRASIL. Lei n°. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 20 mar. 2008. • BRASIL. Lei n°. 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende àssociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016. • BRASIL. Lei n°. 11.941 de 27 de maio de 2009. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016. • MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. • MATARAZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. • RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. • ROSS, Stephen A., WESTERFIELD, Randolph W., JORDAN, Bradford D. Princípios de Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. 50 Obrigado... 51
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