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Aterro Sanitário: Disposição Final de Resíduos

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Aterro sanitário trata-se de um local para a disposição final de resíduos sólidos no solo, 
que fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, 
permite um confinamento seguro em termos de controle de proteção ambiental e 
proteção à saúde pública. 
A ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas) define: "aterros sanitários de 
resíduos sólidos urbanos, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos 
no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os 
impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para confinar 
os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de 
terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos menores se for 
necessário." 
No Brasil, os resíduos industriais devem ser destinados a aterro de resíduos sólidos 
industriais (enquadrado como classe II quando não perigoso e não inerte e classe I 
quando tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com a norma técnica da ABNT 
10.004/04 - "Resíduos Sólidos - Classificação"). 
Para a implantação de um aterro devem-se primeiramente escolher a área mais favorável 
de situação, e então a partir das características físico-climáticas da região e hidro 
geológicas do solo, elaborar um projeto pautado nos licenciamentos ambientais e no 
volume de resíduos coletados e estimados. Limpeza do terreno, obras de terraplenagem, 
pavimentos para acessos as células, impermeabilização utilizando material geossintético 
drenante (argilas) são algumas das etapas de caráter de construção civil . 
A área de disposição dos resíduos deve ser previamente delimitada por uma equipe 
técnica de topografia. No início de cada dia de trabalho, deverão ser demarcados - com 
estacas facilmente visualizadas pelo tratorista - os limites laterais, a altura projetada e o 
avanço previsto da frente de operação ao longo do dia. A demarcação da frente de 
operação diária permite uma melhor manipulação do lixo, tornando o processo mais 
prático e eficiente. 
 
Nos períodos de chuvas intensas ou quando, por qualquer motivo, a frente de operação 
estiver impedida de ser operada ou acessada, recomenda- se manter uma área para 
descarga emergencial, previamente preparada, de acordo com o projeto do aterro 
sanitário. 
 
Em locais onde existe a possibilidade de carregamento de materiais pelo vento, 
recomenda-se a utilização de telas de proteção na frente de operação. Periodicamente, 
deve ser feito um teste de densidade, de forma a verificar o controle da compactação 
Quanto a sua operação, podem-se citar as etapas que compreendem o espalhamento do 
material coletado, compactação (tem como objetivo reduzir a área disponível 
prolongando a vida útil do aterro e ao mesmo tempo em que o propicia a firmeza do 
terreno possibilita seu uso futuro para outros fins), cobertura e drenagem dos resíduos, 
monitoramento do sistema de tratamento de efluentes, monitoramento topográfico e das 
águas, manutenção dos acessos e das instalações de apoio. 
A camada de impermeabilização de materiais deve compor-se de solo argiloso de baixa 
permeabilidade ou geomembrana sintética com espessuras adequadas. 
Na aplicação da camada de impermeabilização de base com o emprego de solo argiloso, 
o fator que determinará o desempenho do sistema é a compactação realizada em campo. 
Durante os trabalhos, é fundamental um rigoroso controle de compactação em cada 
espessura de solo espalhado para verificar se o tratamento da base está de acordo com as 
especificações definidas no projeto técnico. 
 
Em virtude das especificações políticas inferidas no âmbito nacional e ambiental em 
2010 que diz que em no máximo 2014 não haverão mais lixões, é importante que a 
sociedade saiba das vantagens e da importância de acabar com esta pratica de depositar 
ou jogar lixo à céu aberto. Diante deste aspecto social é válido ressaltar que é de muito 
valor que o governo invista não só em obras, mas também na dissipação de campanhas 
educativas para a população no intuito de que os resíduos gerados por eles mesmos 
sejam descartados corretamente e que enfim eles possam exercer um papel de 
contribuição para o meio que vivem. 
A diferença entre estas duas práticas de disposição de lixo pode-se diferenciá-las por 
uma atender as normas legais e critérios ambientais para combate à poluição do solo e 
de suas camadas inferiores como também os lençóis freáticos que abastecem direta ou 
indiretamente as cidades circunvizinhas. Este tipo de aterro utiliza técnicas de 
engenharia e tecnologia seguras para evitar danos ao meio ambiente, à saúde pública e 
passa por um monitoramento constante para evitar vazamentos no solo. A exemplo 
destas técnicas cita-se a implantação de impermeabilização total das células 
receptadoras e instalação de redes para coleta e tratamento do chorume, material que 
reúne todas as impurezas líqüidas e tóxicas do lixo. Os gases que emanam do aterro são 
captados e tratados, e a quantidade e qualidade do lixo depositado é controlada. 
 
O bom funcionamento do sistema de drenagem interna de percolados e de gases é 
fundamental para a estabilidade do aterro sanitário. A drenagem de percolados deve 
estar inserida entre os resíduos, podendo ser interligada ao sistema de drenagem de 
gases. Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite a 
coleta do metano, gás carbônico e água (vapor), entre outros, formado pela 
decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes 
gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia. As 
redes e as caixas de passagens que conduzem os percolados ao sistema de tratamento 
devem estar sempre desobstruídas e rigorosamente monitoradas. 
Na operação do sistema de tratamento é preciso efetuar de modo sistemático 
a medição da vazão de percolado e determinar a sua composição 
antes e depois do tratamento. 
A previsão da quantidade de percolado produzida é fator crítico no projeto 
de um aterro sanitário. De maneira geral, a lâmina de percolado que alcança 
a base do aterro (Lv) é função de um balanço hídrico calculado a partir 
da expressão: 
Lv = P - R - AS - EV 
em que: 
P - lâmina de precipitação mensal; 
R - lâmina de água de chuva que escoa superficialmente; 
AS - lâmina de água de chuva absorvida pelos resíduos; 
EV - lâmina de água de chuva perdida por evaporação. 
 
De um modo geral, quando há opção pelo tratamento do chorume “in situ”, utilizam-se 
com muita freqüência as lagoas de estabilização - lagoa anaeróbia seguida de 
facultativa. Essas últimas são grandes reservatórios de pequena profundidade, 
delimitados por diques de terra, construídos de forma simples, nos quais o material 
orgânico presente no percolado é estabilizado por processos biológicos, portanto 
naturais, envolvendo principalmente algas e bactérias. Além de apresentarem custo 
muito baixo e uma tecnologia simples, oferecem boa eficiência no tratamento desse 
percolado. 
 
As lagoas anaeróbias operam com altas cargas orgânicas, atuam como uma unidade 
primária em um sistema de lagoas e baseiam-se na digestão anaeróbia para degradar a 
matéria orgânica. Já nas lagoas facultativas ocorrem os processos anaeróbios e aeróbios. 
As lagoas facultativas operam com cargas orgânicas mais baixas que as utilizadas em 
lagoas anaeróbias, permitindo que algas se desenvolvam nas camadas mais superficiais, 
realizando 
atividade fotossintética. As lagoas de maturação possibilitam um polimento no efluente 
de qualquer dos sistemas de lagoas de estabilização. São predominantemente aeróbias, 
e sua principal função é destruir os organismos patogênicos. 
 
Os efluentesgerados no aterro sanitário podem, também, ser encaminhados 
para uma Estação de Tratamento de Esgotos - ETE, devidamente licenciada, 
conforme acordo firmado entre os empreendedores do aterro e da 
ETE. Desse modo, o percolado do aterro será encaminhado para um tanque 
de armazenamento localizado a jusante do maciço de resíduos, sendo bombeado 
para caminhões-tanque com sistema de sucção e, em seguida, transportados 
para a ETE. 
Na fase de construção dos aterros sanitários os principais impactos ambientais 
decorrentes do projeto, nomeadamente nas fases de construção, exploração e 
encerramento referem-se à modificação local da morfologia do terreno em detrimento as 
escavações e terraplanagem, degradação da qualidade física e química da água graças a 
presença do estaleiro, poeiras em suspensão, ruídos , alteração da paisagem (flora e 
fauna), as alterações do relevo, contaminação das águas subterrânea devido a 
deficiência do sistema de impermeabilização, aumento dos níveis de ruído e poluição 
dos vegetais e animais. 
De acordo com a Norma Técnica BNT 8419, da ABNT (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas), o aterro deve ser instalado a pelo menos 200 metros de cursos 
d’água, respeitar a distância de 1,5 metro entre a superfície de destinação e a camada de 
lençol freático e estar em área livre de inundação. Assim, o aterro sanitário possui riscos 
praticamente nulos de interdição pela Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento 
Ambiental). 
 
Algumas das etapas caracterizadas desde a recepção à previsão de seqüência de 
enchimento resumem-se em: 
A recepção dos resíduos inicia-se com a entrada da viatura de transporte de resíduos no 
aterro sanitário e a paragem na báscula, onde é efetuada a primeira pesagem. 
Depois de controlada a sua entrada e pesado o material, a viatura desloca-se até à zona 
de deposição, avança até à frente de trabalho, procedendo à descarga dos resíduos. De 
seguida a viatura passa pela unidade de lavagem dos rodados e é novamente pesada para 
a obtenção da tara, de forma a ficar registrado o peso líquido. 
Assim, logo após a descarga dos resíduos, procede-se ao seu espalhamento, 
compactação e cobertura com terras, de acordo com as etapas a seguir indicadas: A 
descarga dos resíduos pelas viaturas de transporte é efetuada o mais perto possível da 
célula em exploração. 
Depois de descarregados, os resíduos são espalhados por uma pá carregadora de rastos, 
que os dispõe em camadas com cerca de 1 metro de altura, sendo posteriormente 
compactados por um pé de carneiro de 24 toneladas, formando “mini-camadas” com 
cerca de 20 cm. 
No final de cada dia, os resíduos depositados são cobertos com cerca de 5 a 6 cm de 
terra. No final da semana ou depois de esgotada a capacidade de cada célula, é feita uma 
cobertura com cerca de 15 a 20 cm de terra, com vista ao seu encerramento. A 
realização destas operações permite que no final de cada dia o aterro se encontre 
totalmente regularizado, coberto com terras e sem resíduos visíveis. 
O enchimento do aterro sanitário processa-se basicamente pela exploração de células 
semanais, que se dividem em sub células diárias. proporcionando o enchimento gradual, 
organizado e metódico até atingir a cota prevista para o encerramento, estabelecendo a 
volumetria definida. 
O dimensionamento destas células é feito em função do espaço disponível e do volume 
de resíduos a depositar.Depois de feito dimensionamento há que fazer a previsão da 
seqüência de enchimento, tendo em conta a duração das células.Esta previsão é feita no 
registro de enchimento, onde consta o número de Identificação da célula, o volume, a 
previsão da duração e o registro da duração efetiva. 
Os aterros sanitários podem ser classificados de maneiras diferentes segundo 
FUNASA, (2006): 
• Aterros de superfície; 
• Aterros com depressões e ondulações; 
• Método da rampa; 
• Método da trincheira; 
• Método da área; 
• Aterros em valas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura XX – métodos de aterramento 
 
Para muitos, essa opção de engenharia irá causar inúmeros problemas ambientais e 
grandes prejuízos à sociedade porque: 
1.Há necessidade de um grande investimento para sua implantação e manutenção; 
2.A fermentação e digestão da matéria orgânica pelos micro-organismos anaeróbios 
geram gases altamente nocivos à atmosfera, além do chorume, líquido poluente e mal 
cheiroso. O material plástico, contido no lixo do aterro, que não é biodegradável, 
permanece incólume, criando bolsões de gases e condições de deslizamento das 
camadas componentes do aterro; 
3.Inutilização de grandes áreas em locais valorizados próximos às cidades que nunca 
mais poderão ser utilizados, senão para cobertura verde; 
4.Necessidade de investimento em equipamentos pesados como tratores, caminhões e 
retro escavadeiras para operar o aterro; 
5.Elevado custo operacional para cumprir as condições operacionais mínimas 
obrigatórias; 
6.Tempo de uso limitado, obrigando a busca permanente de outras áreas para novos 
aterros; 
7.Poluição da atmosfera pela exalação de odores fétidos num raio de vários quilômetros; 
8.Riscos permanentes de poluição dos mananciais subterrâneos; 
9.Necessidade de permanente incineração dos gases emanados pelos drenos constituídos 
principalmente pelo gás metano, vinte e uma vezes mais poluente que o gás carbônico. 
Para o professor Júlio César C. Leitão Coordenador do Clube da Arvore Projetos 
Ambientais, diz que “Os aterros sanitários são soluções paliativas”. 
Visam apenas camuflar o grande problema do lixo, empurrando-o para as gerações 
futuras que terão de enfrentar verdadeiras bombas de retardo, que poderão detonar a 
qualquer momento! E uma de suas soluções é a coleta seletiva. 
A partir da posição deste ambientalista é que nos perguntamos quem realmente é o 
principal beneficiário com a implementação destes aterros sanitários ? Porque não 
coletas seletivas; e outros. 
 
ORIENTAÇÕES BÁSICAS 
P A R A O P E R A Ç Ã O D E A T E R R O S A N I T Á R I O 
Secretaria de Estado de Meio Ambiente 
e Desenvolvimento Sustentável 
Fundação Estadual do Meio Ambiente 
Diretoria de Licenciamento de Infra-Estrutura 
Divisão de Saneamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcos Superficiais 
Para o monitoramento do maciço são utilizados marcos superficiais (instalados 
no aterro durante a fase de operação) juntamente com marcos fixos, 
irremovíveis, implantados fora da área do aterro (referência de nível e posição 
relativa). 
A partir daí são observados, por levantamento topográfico, os deslocamentos 
horizontais e verticais (recalques) dos marcos superficiais. 
 
Condições adversas 
 
 
 
 
Legislações ambientais 
• Constituição Federal de 1988 
O Artigo 23 da Constituição de 1988 determina ser de competência comum da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios a manutenção da qualidade 
ambiental. 
O Artigo 225, diz que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras 
gerações”. 
• Leis Federais 
O decreto - Lei nº 268, de 28 de agosto de 1998 - Visa regular a localização dos 
parques de sucata e o licenciamento da instalação e ampliação de depósitos de sucata, 
com o 
objetivo de promover um correto ordenamento do território, evitar a degradação da 
paisagem 
e do ambiente e proteger a saúde pública; 
ResoluçãoCONAMA nº 258, de 02 de dezembro de 1999 - Determina que as 
empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar 
destinação final ambientalmente adequada aos pneus inservíveis; 
8 
Decreto nº 49.974 A. 1961 - Regulamenta, sob a denominação de Código 
Nacional de Saúde, a Lei nº 2312/1954 de “Normas Gerais sobre Defesa e Proteção da 
Saúde”. 
Resolução CONAMA nº 05, de 15 de Junho de 1988 - Dispõe sobre o 
Licenciamento de Obras de Saneamento; 
Portaria nº 53, de 1º de março de 1979 – Estabelece normas aos projetos 
específicos de tratamento e disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de 
sua 
implantação, operação e manutenção; 
Resolução CONAMA nº 08, de 19 de setembro de 1991 – Veta a entrada de 
materiais residuais destinados à disposição final e incineração no país; 
Resolução CONAMA nº 316, de 20 de novembro de 2002 - Dispõe sobre 
procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de 
resíduos; 
Resolução CONAMA nº 358, de 04 de maio de 2005 - Dispõe sobre o tratamento 
e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. 
 
Principais impactos potenciais na fase de operação 
A fase de operação caracteriza-se como o maior potencial de impactos ao meio 
ambiente e a saúde da população. 
Os problemas sanitários têm ligação direta com a saúde pública e os problemas 
ambientais a afetam indiretamente. 
Segundo D’Almeida (2002), os principais impactos descritos em aterros e lixões 
Categoria Exemplos 
Matéria Orgânica 
Putrescível 
Restos alimentares, flores, podas de árvores. 
Plástico 
Sacos, sacolas, embalagens de refrigerantes, água e leite, recipientes de 
produtos de limpeza, esponjas, isopor, utensílios de cozinha, látex, sacos 
de ráfia. 
Papel e papelão Caixas, revistas, jornais, cartões, papel, pretos, cadernos, livros, pastas. 
Vidro 
Copos, garras de bebidas, pratos, espelhos. Embalagens de produtos de 
limpeza, embalagens de produtos de beleza, embalagens de produtos 
alimentícios. 
Metal ferroso Palhas de aço, alfinetes, agulhas, embalagens de produtos alimentícios. 
Metal não-ferroso Latas de bebidas, restos de cobre, restos de chumbo, fiação elétrica. 
Madeira 
Caixas, tábuas, palitos de fósforos, palitos de picolé, tampas, móveis, 
lenha. 
Panos, trapos, 
couro e borracha. 
Roupas, panos de limpeza, pedaços de tecidos, bolsas, mochilas, sapatos, 
tapetes, luvas, cintos, balões. 
Contaminante 
químico 
Pilhas, medicamentos, lâmpadas, inseticidas, raticidas, colas em geral, 
cosméticos, vidro de esmaltes, embalagens de produtos químicos, latas de 
óleo de motor, latas com tintas, embalagens pressurizadas, canetas com 
carga, papel-carbono, filme fotográfico. 
Contaminante 
biológico 
Papel higiênico, cotonetes, algodão, curativos, gazes e panos com 
sangue, fraldas descartáveis, absorventes higiênicos, seringas, lâminas de 
barbear, cabelos, pêlos, embalagens de anestésicos, luvas. 
Pedra, terra e 
cerêmica 
Vasos de flores, pretos, restos de construção, terra, tijolos, cascalho, 
pedras decorativas. 
Diversos 
Velas de cera, restos de sabão e sabonete, carvão, giz, pontas de cigarro, 
rolhas, cartões de crédito, lápis de cera, embalagens longa-vida, 
embalagens metalizadas, sacos de aspirador de pó, lixas e outros 
materiais de difícil identificação. 
11 
são: 
- saída de material esvoaçante (a partir de veículos transportadores de lixo e da 
frente de operação do aterro, etc.); 
- geração de gases, material particulado e ruído (pelos equipamentos fixos e 
móveis); 
- intensificação do transito em vias de acesso; 
- remoção/degradação de cobertura vegetal (área de disposição, área de 
empréstimo/descarte do solo); 
- poluição do solo com óleos e graxas; 
- geração de gases e odores (decomposição do lixo, sistema de tratamento de 
efluentes); 
- espalhamento de lixo ao longo das vias de acesso à Central de Tratamento de 
Resíduos Sólidos Municipais - CTRSM (perdas e lançamentos clandestinos); 
- alteração do escoamento superficial; 
- proliferação de vetores; 
- assoreamento de corpo d’ água; 
- mortes/incômodos à fauna; 
- alteração da percepção da paisagem; 
- depreciação de imóveis lindeiros; 
- erosão pela água; 
- poluição do solo e das águas subterrâneas (águas residuárias); 
- poluição do solo, águas subterrâneas e composto produzido, devido à recepção 
de resíduos incompatíveis com a CTRSM; 
- degradação da área de empréstimo/descarte de solo excedente; 
- geração de resíduos (inertes: na UTC – Unidades de Triagem e Compostagem; 
domiciliares: nas edificações diversas; e não-inertes e/ou perigosos: na estação de 
tratamento de efluentes, nas oficinas e no sistema de incineração na CTRSM).

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