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MODERNISMO FIGURATIVO - Cartaz europeu na primeira década do século XX = continuação do cartaz dos anos de 1890. - Cartaz europeu a partir da segunda década do século XX = marcado pelos movimentos de arte moderna e alterado pelas necessidades de comunicação decorrentes da Guerra Mundial. - Influências do cubismo e construtivismo; - Designers conscientes da necessidade de manter uma referência figurativa para que seus cartazes se comunicassem de maneira persuasiva com o público em geral: dualidade entre criação de imagens expressivas e simbólicas, e preocupação com a organização visual total do plano da imagem. PLAKATSTIL (Estilo Cartaz) - Estilo reducionista iniciado nos primeiros anos do século XX; - Ajudou a criar uma visão mais moderna sobre a arte do pôster; - Características: cores chapadas, letras em bold, formas e objetos geométricos e simplificados. Nome e imagem do produto. - Maior representante: Lucian Bernhard, pseudônimo de Emil Kahn (1883-1972) – seu trabalho foi considerado fundamental e tornou-se a conclusão lógica do movimento cartazista na virada do século. - Com ênfase na redução, no minimalismo e na simplificação, o artista antecipou o movimento construtivista. Hans Rudi Erdt, 1911. Cartaz para os automóveis Opel. Pose, expressão e roupa simbolizam o cliente rico para este automóvel. - Cartaz inicial: mesa redonda com toalha de xadrez, cinzeiro com charuto aceso e caixa de fósforos, além de dançarinas ao fundo. - Bernhard eliminou dançarinas; depois o charuto (um amigo perguntou se era propaganda disso); eliminou toalha e cinzeiro. - Comunicação reduzida a uma palavra e a imagem dos palitos de fósforo atinge a linguagem visual de forma e signo. - Cartaz para empresa de cigarros Manoli. - Marca reduzida à letra inicial do nome da empresa, dentro de uma forma geométrica básica impressa em uma segunda cor. 1910. - Senso de sensibilidade para marcas comerciais; - Cigarros Manoli, 1911: o uso de letras de pinceladas largas criam alfabetos exclusivos. - a empresa ficou conhecida pelo excelente design de embalagem e pela linguagem visual usada nos produtos, caminhões, vitrines e materiais promocionais. Foi um dos primeiros exemplos do que viria a ser conhecido como design corporativo. Bernhard era o principal responsável pelo design de embalagem, e Julius Klinger e Hans Rudi Erdt eram responsáveis pelos anúncios. Bernhard criou alguns dos pôsteres da Manoli que viriam a se tornaram clássicos do design. Os dois pôsteres têm o mesmo objetivo: vender cigarros. Porém o pôster de Mucha concentra mais sensualidade na figura central em vez do próprio cigarro. O nome da empresa e o cigarro estão presentes na imagem, mas não fica claro o que está sendo anunciado. Não há dúvida sobre o conceito do pôster, a mensagem vai direto ao ponto. Para completar, a simplicidade e imagens geométricas dão um ar elegante a peça. - 1912, cartaz para os Sapatos Stiller. - Hans Rudi Erdt, 1911; - Cartaz para os cofres Never Fail; - O porte militar do guarda reflete a confiabilidade da empresa. Pôster para a Adler Typewriters, Lucian Bernhard, 1908. - 1911 Cartaz na Guerra - O cartaz alcança o auge de sua importância como meio de comunicação durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) - Tecnologias de impressão evoluem rapidamente, enquanto rádio e outros meios de comunicação não se encontram em uso generalizado. - Governos recorrem ao cartaz como importante meio de propaganda e persuasão visual. Julius Klinger, 1917. Cartaz para o oitavo levantamento de fundos de guerra da Alemanha, com 8 setas perfurando um dragão, lembrando aos cidadãos que suas contribuições ajudaram a ferir o inimigo. Lucian Bernhard, 1915. Cartaz para campanha de empréstimos para a guerra. Forte sentimento militarista é ampliado pela inscrição gótica: “Este é o caminho para a paz – o inimigo quer assim! Por isso, subscreva o empréstimo de guerra!” Bernhard adota abordagens medievais em cartazes para a guerra. Cartaz litográfico vermelho e preto desenhado à mão para a sétima campanha de empréstimos para a guerra. Foi pintado um punho cerrado, vestido em armadura medieval, usando o canto superior direito do espaço. Uma expressão germânica antiga (Frauen! – Mulheres) foi usada por Bernhard para desenvolver o cartaz para as primeiras eleições alemães abertas a mulheres. Bernhard, 1918. Julius Gipkens, 1917. Cartaz para uma exposição de aviões capturados. Uma simbólica águia alemã esta pousada de forma triunfante sobre os indícios de uma aeronave inimiga capturada. Hans Rudi Erdt, 1916. Cartaz prenunciando submarinos alemães. Uma junção estrutural de tipo e imagem proclamava: “U boote heraus! (Submarinos, avante!) Alfred Leete, 1915. Cartaz para o recrutamento militar. Otto Lehman, sem data. Cartaz para campanha de empréstimos para a guerra. Podemos ler: “Ajude nossos homens de uniforme. Esmague o poderio da Inglaterra. Subscreva o empréstimo de guerra”. SACH PLAKAT - Movimento suíço promovido por Niklaus Stoecklin e Herbert Leupin, em períodos diferentes. - Sachplakate (cartazes de objetos) se caracterizavam por uma abordagem simples, lacônica, e às vezes, hiper-realista, em impressão offset. - Suíça como país com quatro línguas oficiais, que recebia influências das culturas alemã, francesa e italiana. - Como a Holanda, a Suíça é um país pequeno entre vizinhos grandes e muitas influências externas. - País foi destino popular de férias, e os cartazes de viagem atendiam a uma necessidade natural. Herbert Leupin, cartaz para Die Weltwoche (O Semanário do Mundo), 1949. Um globo e um jornal enrolado formam juntos um ponto de exclamação. Otto Baumberger, 1923. Cartaz para a loja de departamentos PKZ Niklaus Stoecklin, 1941. Cartaz para a Bi-oro. O tubo de protetor solar é posicionado no lugar do nariz. Otto Baumberger, 1923. Cartaz para o creme dental Binaca. Cartaz para a marca de relógios Revue, anos 40. Modernismo Figurativo Pós-Cubistas - Depois da Primeira Guerra Mundial, a Europa e América do Norte teve uma década de prosperidade sem precedentes para os aliados vitoriosos. - A fé na máquina e na tecnologia estavam no auge. Essa ética ganhou expressão por meio da arte e do design. - Ideias cubistas sobre organização espacial e imagens sintéticas inspiraram um rumo novo e fundamental para as imagens figurativas. - O título Art Déco não foi usado para este fim porque o modernismo abrange o Plakatskil e as propagandas de guerra, que não caracterizam o Art Déco. E. McKnight Kauffer, 1918. Cartaz para o Daily Herald, se baseava na gravura ao lado, este com inspiração futurista e cubista do designer mostrando pássaros em revoada. Ludwig Hohlwein, 1936. Cartaz para a Lufthansa, onde um ser mitológico alado simboliza a companhia aérea, a vitória alemã nos Jogos Olímpicos e o triunfo do movimento nazista. E. McKnight Kauffer, 1930. Cartaz para o metrô de Londres. Cores líricas e suaves captam a qualidade idílica do meio rural. E. McKnight Kauffer, 1924. Cartaz para o metrô de Londres. A essência do assunto é destilada em planos coloridos e dinâmicos. - A. M. Cassandre revitaliza a publicidade francesa entre 1923 e 1936. - Seus desenhos ousados enfatizam a bidimensionalidade e são compostos de planos de cor amplos e simplificados. - Ao reduzir seus temas a símbolos iconográficos, chega próximo ao cubismo sintético. - Cassandre alcança expressões concisas pela combinação de texto telegráfico, formas geométricas poderosas e imagens simbólicas criadas pela simplificação de formas naturais em silhuetas quase pictográficas. Cartaz paraa loja de móveis Au Bucheron, 1923. Usou a repetição de planos geométricos em tons de alaranjado e amarelo Cartaz para o jornal parisiense L’Intransigeant, onde Cassandre corta o nome do jornal em direção ao canto superior direito, deixando visível a versão abreviada frequentemente usada. 1925. Imagem pictográfica de Marianne, a vos simbólica da França, brada notícias recebidas pelos cabos do telégrafo. Cassandre, 1927. Cartaz para o trem noturno Étoile du Nord, em desenho abstrato que transmite um aspecto intangível da viagem: destinos distantes oferecem novas experiências e esperança para o futuro. Amsterdã hospedou os Jogos Olímpicos de 1928 e o cartaz promovia a viagem ferroviária para o evento. Cassandre, 1927. Espírito Art Déco / Futurista expresso pela imagem da locomotiva Muitos dos melhores trabalhos de Cassandre foram para as estradas de ferro e linhas de navegação a vapor. Neste, o designer exagerou na diferença de escala entre o navio e o rebocador para obter uma qualidade monolítica simbolizando segurança e força. A geometria rígida é suavizada pela fumaça e o reflexo esmaecido. Cassandre, 1931. Cartaz para o transatlântico L’Atlantique. O navio é contruído em um retângulo, em consonância com as margens retangulares do cartaz. A iconografia de sua sequência de palavra e imagem foi usada para anunciar o licor Dubonnet por duas décadas. O consumo da bebida transforma o desenho a traço em uma pintura colorida. A figura se tornou uma marca popular, usada em suportes que iam de blocos de anotações a anúncios na imprensa e outdoors. 1932. DUBO (dúvida): o homem olha em dúvida para o copo; DUBON (algo de bom): a bebida é saboreada; DUBONNET: o produto é nomeado enquanto o copo é novamente enchido.
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