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aula nº 8 COMPETÊNCIA

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O material ora apresentado ao aluno é mero auxilio as aulas ministradas em sala. Não tira, portanto, do aluno a responsabilidade de estudar em outras fontes de informação, tais como doutrinas indicadas pela Docente, que serão também exigidas em provas.
COMPETÊNCIA
Competência é, o critério legal de distribuição das atividades jurisdicionais entre os órgãos julgadores criados pela constituição federal.
Pode ser:
1 - Internacional - (art.21,22 e 23 do CPC)
1.1 - Concorrente- o direito brasileiro reconhece sentenças estrangeiras, desde que previamente homologadas pelo órgão competente para tal, que é o Superior Tribunal de Justiça e ocorre nas seguintes hipóteses:
a) Quando o réu estrangeiro é domiciliado no Brasil;
b) quando a obrigação deve ser cumprida no Brasil;
c) quanto a fato ocorrido no Brasil
1.2 – Exclusiva – o direito brasileiro não reconhece sentenças estrangeiras, ocorre nas seguintes situações:
a) quando tratar de bem imóvel localizado no Brasil;
b) quando no espólio há bens imóveis situado no Brasil;
2 – Interna
Quando o legislador reparte as atividades jurisdicionais entre os diversos órgãos julgadores existentes, segundo alguns critérios:
2.1 – Critério Objetivo
2.1.1 – Em razão da matéria ou da natureza da causa.
Como é questão de interesse público, conforme a matéria que está sendo levada à apreciação do Poder Judiciário, seja solvida pela respectiva justiça- esta competência é absoluta e, como tal, é improrrogável, e poderá ser alegada em preliminares, na própria peça contestatória, ou através de petição a qualquer tempo em qualquer grau de jurisdição. A inobservância da competência conduz a nulidade dos atos.
- Para matéria Trabalhista, - Justiça do Trabalho;
- Para matéria eleitoral – Justiça Eleitoral;
- Para matéria penal militar – Justiça Militar;
- Para matéria comum- temos a Justiça Comum: Federal e Estadual 
2.1.2- Em razão da Pessoa
A constituição estabelece juízos diferenciados e foros especiais para determinadas pessoas, naturais e jurídicas, não se leva em consideração o que está em julgamento, mas qualidade da pessoa.
Duas situações distintas ensejam a fixação objetiva da competência em razão das pessoas. A primeira diz respeito à presença da pessoa jurídica de direito público interno da União, ou de quaisquer de suas autarquias ou empresas públicas, num dos polos da demanda, em ações cujo objeto é a matéria comum, ou seja, o direito civil ou penal.
A segunda diz respeito aos chamados foros especiais, ou privilegiados fixados pela constituição federal como prerrogativas das autoridades que menciona, de serem processadas, quanto a questões de natureza penal ou nos chamados crimes de responsabilidade.
2.1.3 – Em razão do valor da causa.
O legislador pode estabelecer a competência de determinados juízes para determinadas causas, tomando por base o critério objetivo do valor da causa.
É o caso dos Juizados Especiais Civis e os Juizados Especiais Federais. É o que acontece com o art. 44, do CPC, bem como nas leis estaduais de organização judiciária, em que o legislador reparte as causas entre órgãos da mesma justiça e da mesma hierarquia orgânica. 
A questão é de interesse privado, ou seja, não há interesse público algum em que uma causa seja julgada por um ou outro magistrado, se da mesma justiça e de igual hierarquia. Então, esta competência é relativa e, por isso, é prorrogável, devendo, ser alegada, em peça apartada, através de exceção de incompetência, sempre no prazo da resposta, sob pena de prorrogação da competência do juízo.
2.1.4- Critério Territorial
Competência territorial, ou competência de foro – É redistribuição da competência entre órgãos da mesma justiça e de igual hierarquia, fundamentada no principio de aderência da jurisdição ao território.
No processo civil, a regra geral é que a ação deve ser proposta no domicilio do réu ( art. 46 do CPC), quando o objeto for direito pessoal ou obrigacional.
De acordo com o art. 125 do CC, domicilio é lugar mais em que a pessoa se encontra com o ânimo de morar, e pode ser voluntário (o escolhido pela pessoa), ou legal, o fixado pela lei (art.129, § único, CC).
O CPC estabelece algumas regras supletivas (§§ do art. 46, CPC) de fixação da competência territorial, são:
- quando o réu possui vários domicílios, será processado em qq., deles;
- Se o réu não possui domicilio conhecido, será processado no local em que for encontrado ou no domicilio do autor;
Quando o réu for domiciliado fora do Brasil, será processado no domicilio do autor;
Se o réu e autor têm domicilio fora do Brasil, o processo tramitará em qq., foro;
Quando, no mesmo processo, houverem vários réus ( litisconsórcio passivo), cabe ao autor a escolha do foro de qualquer deles.
Ainda existem os foros especiais, sem que isto importe violação do principio da isonomia.
– ações para declaração de ausência serão processadas no último domicilio do ausente;
- Art. 96 sobre sucessão serão processadas no domicilio do autor da herança, até a partilha dos bens;
Ações com direito real sobre imóveis – art. 47
NO PROCESSO TRABALHISTA
As Ações Trabalhistas são processadas no foro do local onde o empregado presta os serviços, ou foi contratado ( art. 651 CLT)
Em se tratando de agente ou viajante, a ação tramitará no foro do local onde a empresa tem agência ou filial.
PROCESSO PENAL
As ações penais são processadas, em regra, no foro do local da consumação do fato ( art. 125 do CPP).
FIXAÇAO DA COMPETENCIA (ou PERPETUAÇÃO DA JURISIDIÇÃO)
Conhecida as regras de competência, importa saber em que momento fixa-se a competência, pois como o processo é diferido no tempo, durante o seu curso, as circunstâncias determinadoras da competência podem ir se modificando, mas a competência não se modifica, pois ela é fixada no momento do ajuizamento da ação.
art. 46 CPC – consiste na regra que não permite a modificação da competência depois que for proposta a ação, sendo irrelevante para tal, fatos posteriores.
* -(Súmula 58 – STJ) - Proposta a ação contra pessoa domiciliada em comarca diversa da do autor, a futura mudança desta para domicílio idêntico não faz com que cesse a competência anterior já fixada com a só propositura da ação. 
A regra do art. 87 deve ser compreendida com o art. 312, que prevê duas situações distintas, conforme seja juízo de única vara ou único juiz, ou de mais de uma vara ou mais de um juiz.
Em ambos os casos, a ação se considera proposta tanto que a petição seja protocolada no fórum, ainda que o juiz não a despache, ou que o distribuidor não a distribua.
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Fixada a competência, ela não mais se modifica, exceto para correção de incompetência, ou por comodidade, em razão de conexão ou continência.
A modificação em razão de correção da incompetência ocorre quando a ação tiver sido ajuizada perante juízo incompetente ocorre quando a ação tiver ajuizada perante juízo incompetente.
A incompetência pode ser absoluta, quando decorre de violação das regras de fixação das competência ratione materiae, ratione personae ou funcional , ou relativa, quando decorre de inobservância de competência territorial.
Na primeira hipótese, a correção é feita através de pedido simples do réu, em preliminar, feito no bojo da peça contestatória..
Na segunda hipótese, é necessário que a parte ré o faça em autos apartados, através de um incidente processual denominado exceção de incompetência, que é uma das espécies de resposta, observando o prazo desta.
Competência Absoluta – é a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela vontade das partes, seja pelos motivos legais de prorrogação (conexão ou continência de causas). Art. 23 CPC.
 
Competência Relativa – é a competência passível de modificação por vontade das partes ou por prorrogação oriunda de conexão ou continência de causas – art .21,22 CPC
PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA.
É o fenômeno processual que transforma o juízo territorialmente incompetente em juízo competente, diante da omissão do réu emapresentar, tempestivamente, a exceção de incompetência. Só a incompetência relativa é prorrogável, e isto se dá se a parte ré não a arguir no prazo e na forma legais. A incompetência absoluta não se prorroga, mesmo se não houver arguição tempestiva.
Prorrogação legal – Competência por conexão
Conexão: é o elo que liga duas ou mais ações por terem em comum algum de seus elementos da ação são as partes, o pedido (objeto mediato) e a causa de pedir (art. 337, § 2º).
Ex: ação de execução e ação de consignação em pagamento fundadas no mesmo contrato; ação de divórcio e ação de separação; ação de usucapião e ação reivindicatória; ação de despejo por falta de pagamento e ação de consignação em pagamento. 
o fato jurídico que serve de base às diversas causas é um só.
Competência por Continência.
Continência: é o elo que liga duas ou mais ações por terem em comum as partes e a causa de pedir. O objeto mediato (pedido) de uma delas (continente) é mais amplo que o da outra (conteúdo) e a contém. – art. 56
Ex: ação de cobrança para receber o principal, e, separadamente, ação para receber os juros, ou a ação de despejo por falta de pagamento e ação para recebimento dos aluguéis atrasados com rescisão de contrato. 
A relação é de continente por conteúdo, de modo que todos os elementos da causa menor se fazem presentes na maior. Envolve, a continência, pois, os três elementos da lide: sujeitos, objeto e causa de pedir.
Competência por Prevenção.
Prevenção: é o fenômeno processual pelo qual um juiz tem preferência em relação a outro para conhecer e decidir uma causa, porque antes já praticou algum ato que influa no julgamento daquela lide. 
Características:
só ocorre nos casos em que há competência concorrente, isto é quando há mais de um juiz, competente, para a mesma causa, ou quando o território de um imóvel se estende por mais de uma comarca;
no primeiro caso, fixa-se a competência do juiz que ordenar a citação em primeiro lugar – art. 58;
no segundo caso como são juízes de comarcas distintas, fixa-se a competência a favor do juiz em cujo processo primeiro se verificou a citação válida –art. 219;
Prorrogação voluntária
Ocorre a prorrogação voluntária de competência quando a modificação provém de ato de vontade das partes, o que é possível em duas circunstâncias previstas nos arts. 21,22,23.
art. 62 – as partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
Art. 65 – a competência será prorrogada “se o réu não opuser exceção declinatória do foro e de juízo, no caso e prazos legais. – Isto se dá quando o autor escolhe para ajuizamento da ação um foro que não tem legalmente competência, e o réu, no entanto, o aceita tacitamente, deixando de opor, no prazo de direito, a exceção de competência.
DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA.
art. 42
A competência é pressuposto de regularidade do processo e da admissibilidade da tutela jurisdicional.
O primeiro dever do juiz, quando recebe a inicial de uma ação, é verificar se é ou não o competente para tomar conhecimento da causa;
O reconhecimento é feito de maneira implícita pelo deferimento da inicial.
Há duas formas de reconhecimento da competência pelo próprio juiz: a espontânea; e a provocada;
– divide-se em:
exceção de incompetência relativa; -art.64,
argüição ou declaração de incompetência absoluta – art.64;
conflito de competência –art. 66 e seguintes
Exceção de Incompetência.
Art. 64 – Se a incompetência do juiz que tomou conhecimento da causa for apenas relativa, para afastá-lo da relação processual, deverá o réu instaurar o incidente denominado exceção de incompetência – art. 304 a 311.
Se o réu permanecer inerte e não argüi no tempo legal, decorre a automática ampliação da competência do juízo da causa –art. 65 
 	Incompetência Absoluta.
*Quando a causa é proposta perante o juiz absolutamente incompetente, não há necessidade de se recorrer à exceção de incompetência para excluí-lo da relação processual.
art. 64. a parte poderá alegar a incompetência caso o juiz não o faça.
Reconhecida a incompetência absoluta, o processo é atingido por nulidade, mas está só se restringe aos atos decisórios –art. 64. § 2º.
Os autos serão remetidos ao juiz competente, que terá de aproveitar os atos probatórios, já praticados.
Será apresentada pelo réu na forma de preliminar de contestação, caso o juiz não o faça de oficio. Não o fazendo na contestação e permitindo que o processo se estenda, a parte responderá pelos encargos processuais de sua inércia. Caso não seja feita pelo juiz, de oficio, ou pelo réu, no prazo de resposta, poderá ser feita por qualquer das parte, em qualquer grau de jurisdição, em qualquer momento. 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
Proposta ação, o juiz analisará sua competência e aguardará que o réu questione eventual incompetência relativa.
Dada esta possibilidade abstrata de existirem dois ou mais juízes com a mesma competência, possível que ambos se declarem competentes para decidir a mesma causa, ou entender que a competência é do outro.
Espécies:
– Conflito positivo.
Quando vários juízes se dão por competente,o conflito é positivo.
Ex: Ao ser proposta uma ação numa das varas cíveis entre partes que não tenham foro privilegiado. Posteriormente, ingressa no feito uma empresa pública na qualidade de assistente do réu, que ao mesmo tempo, peticiona ao juiz da vara da Fazenda Pública para que avoque o processo.
Entendo o juiz da vara da Fazenda que a empresa pública goza de foro privilegiado, oficiará ao juízo da vara cível requisitando o processo.
Por sua vez o juízo da vara cível entende que a prerrogativa especial de foro se destina ao Estado e não à empresa pública e nega a remessa para que continue competente. – Está, pois, instalado o conflito positivo, porque os dois juízes se declaram competentes.
- Conflito negativo.
Quando diversos juízes se recusam a aceitar a competência, cada um atribuindo a outrem a função jurisdicional, é caso de conflito negativo. 
Ex: no mesmo exemplo, mas invertendo as posições, se o juiz da vara cível determinar de ofício a remessa dos autos ao juízo da vara da Fazenda Pública e este entender que não é o competente porque não há foro privilegiado para a empresa pública, estará formado o conflito negativo.
– Solução do Conflito.
Qualquer dos juízes envolvidos pode suscitar ao tribunal que resolva o conflito;
O MP deverá intervir em todos os conflitos de competência;
Qualquer das partes pode suscitar o conflito, exceção art. 952.
– Procedimento.
quando o suscitante for o juiz, expondo suas razões remeterá os autos do processo de ofício ao presidente do tribunal;
se por qualquer das partes ou MP, o conflito deve ser suscitado por meio de petição também dirigida ao presidente do tribunal –art. 953.
O processo será distribuído a um relator, que poderá mandar ouvir os juízes em conflito, ou apenas o suscitado;
Se positivo o conflito, o relator, de ofício ou a requerimento de quaisquer das partes, poderá mandar sobrestar o processo;
Mas no caso de conflito negativo, designará um dos juízes em conflito para resolver em caráter provisório as questões urgentes para evitar o periculum in mora.;
Se, porém, houver jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão,o relator poderá decidir de plano o conflito;
Da decisão cabe agravo nos próprios autos no prazo de 5 dias.

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