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Resumo 4 Legislação Trabalhista e Previdenciária 2015 2 Franceska

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FAP – Faculdade do Pará
Prof. Mauro Marques Guilhon 
Disciplina: Legislação Trabalhista e Previdenciária
RESUMO DE AULA 4
UNIDADE 4 - CONTRATO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO: 4.1 FORMAS E DURAÇÃO; 4.2 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SEM SUBORDINAÇÃO 4.3 TIPOS E CARACTERÍSTICAS.
CONTRATO DE TRABALHO
CONCEITO
Contrato de trabalhoé um negócio jurídico pelo qual uma pessoa física (empregado) se obriga, mediante o pagamento de uma contraprestação (salário), a prestar trabalho não eventual em proveito de outra pessoa física ou jurídica (empregador), a quem fica juridicamente subordinada.
Segundo o Professor Manuel Cândido Rodrigues, o contrato de emprego é um: "contrato bilateral, consensual, oneroso, da classe dos comutativos e de trato sucessivo. Tem por requisitos a pessoalidade, a onerosidade, a continuidade e por vezes, a própria exclusividade. Apresenta, como elementos integrantes, o acordo de vontades (tácito ou expresso); as prestações recíprocas (serviço de um lado e remuneração do outro); não-eventualidade na prestação de serviços e sujeição, por parte do empregado, às determinações de uma pessoa física ou jurídica" ("Contratos de Trabalho. Contratos Afins. Contratos de Atividade". In: BARROS, Alice Monteiro de (coord.). "Curso de direito do trabalho: estudos em memória de Célio Goyatá". 3ª ed. v. I. São Paulo: LTr, 1997, p. 439.)
Art. 442 da CLT: “Contrato individual de trabalho é o acordo, tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.”.
Na verdade, o contrato de trabalho não corresponde à relação de emprego. Faz nascê-la.
Quanto à sua natureza, a doutrina já pacificou o entendimento de que a relação de trabalho tem natureza contratual, apesar da grande limitação na liberdade que as partes têm em ajustar cláusulas contratuais de trabalho, em razão da tutela estatal nesse tipo de contrato. 
CARACTERÍSTICAS
Contrato sinalagmático: resulta em obrigações contrapostas, reciprocidade entre as obrigações;
 Contrato consensual: não solene; não formal.
Contrato de trato sucessivo: as prestações sucedem-se continuamente no tempo (semana a semana, mês a mês, dia a dia).
Contrato “intuito personae”: caráter de pessoalidade em relação ao empregado (quando o empregado é contratado, é somente ele que pode prestar o serviço).
Contrato oneroso: o serviço deve ser remunerado, não podendo ser ‘voluntário’.
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO CONTRATO
Capacidade das partes.
Maioridade do empregado: 18 anos
Capacidade relativa laboral: 16 a menor de 18 anos (14 anos, se aprendiz).
Obs: A Lei veda ao menor de 18 anos trabalhos insalubres, perigosos e em horário noturno.
Licitude do objeto.
Forma regular ou não proibida por Lei.
Higidez na Manifestação da Vontade(a vontade das partes há de ser livre e desimpedida).
FORMA DO CONTRATO DE TRABALHO
Contratos tácitos: regra geral (arts. 442 e 443 da CLT).
Contratos expressos (solenes):
Contrato temporário (art. 11 da Lei 6.019/74)
Contrato de artista profissional (art. 9º da Lei 6.533/78)
Contrato de atleta profissional (art. 3º da Lei 6.354/76)
Contrato provisório de trabalho (Lei 9.601/98)
Contrato temporário de trabalho (Lei 6.019/74)
Contrato de experiência.
DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Contrato de Trabalho por prazo indeterminado: regra geral.
Contrato de Trabalho por prazo determinado: excepcional.
Hipóteses de Contrato a Termo previstas na CLT (art. 443, § 3º):
Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo (art. 443, § 3º, ‘a’, da CLT);
Atividades empresariais de caráter transitório (art. 443, § 3º, ‘b’, da CLT);
Contrato de experiência (art. 443, § 3º, “c’, da CLT).
Hipóteses de Contrato a Termo em outras Leis:
Contrato de artista profissional (Lei 6.533/78)
Contrato de atleta profissional (Lei 6.354/76)
Contrato temporário de trabalho (Lei 6.019/74)
Contrato provisório de trabalho (Lei 9.601/98)
Prazos Legais do Contrato a Termo:
Limite máximo de dois anos (regra geral).
Limite máximo 90 dias, para o contrato de experiência.
Prorrogação: expressa ou tácita (art. 451 da CLT).
Sucessividade: prazo mínimo de seis meses (art. 452 da CLT).
Contrato temporário de trabalho
O trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74(já tratamos sobre ele no Resumo de Aula 3, Item 2.3 Trabalhador Temporário) tem como principais características:
o trabalhador temporário pode ser contratado para exercer as mesmas funções dos empregados da empresa tomadora de serviços, hipótese em que tem direito a receber salário igual; 
o temporário pode ser contratado para atuar na atividade-meio ou na atividade-fim da empresa tomadora de serviços; 
o trabalhador temporário trabalha com pessoalidade e sob direção da empresa tomadora de serviços; 
quem paga a remuneração do temporário é a empresa prestadora de serviços que o contrata e registra na CTPS (nas anotações gerais da CTPS); 
o prazo da contratação do temporário não pode ser superior a nove meses(a partir de 1º de julho/2014 - Portaria 789 do MTE); 
o motivo justificador da contratação do temporário é restrito a duas hipóteses: atender à necessidade transitória de substituição do pessoal regular e permanente da empresa contratante ou a acréscimo extraordinário de serviços (ex: período de Natal no comércio ou período anterior à Páscoa para as fábricas de chocolate); 
a empresa tomadora pode autorizar ou não a realização de trabalho extraordinário por parte do temporário, já que tem o poder de comando sobre a prestação de serviços;
não é necessária a especialização da empresa de trabalho temporária, nem mesmo do trabalhador temporário, bastando que seja apto a realizar as funções requisitadas (Rodrigo de Lacerda Carelli. Formas Atípicas de Trabalho. São Paulo: LTr, 2004, p. 24).
o trabalhador temporário não pode substituir um empregado da empresa contratante que foi dispensado e nem pode ser utilizado esse tipo de contrato como período de experiência na empresa contratante, em substituição ao contrato de experiência previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
a empresa de trabalho temporário deve estar regularmente registrada como tal junto ao Ministério do Trabalho e Emprego.
A constatação de fraude trabalhista gera lavratura de auto de infração, envio de ofício ao Ministério Público do Trabalho para instauração de inquérito civil com possível Termo de Ajustamento de Conduta ou ação civil pública proibindo a contratação de temporário, reclamações trabalhistas postulando vínculo de emprego direto com a tomadora de serviços e verbas trabalhistas e rescisórias, daí consequentes.
Terceirização de serviços
Terceirização é contratação de serviços especializados que são realizados autonomamente por empresa terceirizada, não se tratando de fornecimento de trabalhadores. Suas principais características são:
não existe pessoalidade e nem subordinação jurídica entre os trabalhadores da terceirizada e a empresa tomadora de serviços. 
a empresa contratante e a empresa prestadora de serviços devem desenvolver atividades diferentes e ter finalidades distintas. Isso significa dizer que os empregados da empresa prestadora de serviços não devem trabalhar na atividade-fim da empresa tomadora de serviço, caso contrário a terceirização será considerada ilícita.
os empregados da empresa prestadora de serviços não estão (e nem devem estar) subordinados ao poder diretivo, técnico e disciplinar da empresa contratante, sob pena de configurar vínculo de emprego diretamente com a tomadora de serviços. Assim, a pessoa designada pela empresa tomadora de serviços para fazer o contato com a empresa prestadora de serviços, não pode cair na tentação de se comportar como um superior hierárquico, indicando as tarefas a serem cumpridas pelo pessoal da contratada ou exigindo-lhes o cumprimento de horário ou a realização de trabalho extraordinário, o modo de execução do trabalho etc.
é a empresa prestadora de serviços que contrata, remunera e dirigeo trabalho realizado por seus empregados nas instalações físicas de empresa contratante.
a empresa contratada deve possuir meios materiais próprios para a execução do serviço; bem como disponibilizar aos seus empregados aparelho destinado a marcação de ponto, seja o REP, seja o relógio mecânico ou cartão manual.
não há limitação temporal para a duração do contrato de prestação de serviços.
a empresa contratada deve ser especializada (possuir know-how conhecimento técnico específico) nos serviços contratados pela empresa contratante para caracterização da verdadeira terceirização.
a constatação de fraude trabalhista gera as mesmas consequências mencionadas em relação ao temporário.
“SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.LEGALIDADE.
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.”.
Distinções marcantes entre os dois tipos de contrato de trabalho:
Importa salientar, o trabalho temporário distingue-se da terceirização de duração indeterminada pela existência de pessoalidade e subordinação jurídica direta com o tomador de serviços e pela possibilidade do trabalhador temporário atuar tanto na atividade-fim como na atividade-meio da empresa tomadora.
Na terceirização de duração indeterminada há contratação de serviços, sendo vedada a intermediação de mão de obra; já na terceirização de duração determinada o que se contrata é a mão de obra, sendo possível a sua intermediação. 
Por tais diferenças, o trabalho temporário e terceirização não se confundem, possuindo em comum apenas o fato de serem formas de flexibilização do direito do trabalho ortodoxo. Entretanto, na hipótese de não restarem observadas estas características – verdadeiras condições de licitude – poderá ser reconhecida fraude e ensejado o reconhecimento, por sua vez, do vínculo empregatício e da responsabilidade solidária ou subsidiária.
Contrato provisório da lei 9.601/98. Características:
Independe das condições do art. 443, § 2º, da CLT.
Pode ser em qualquer atividade da empresa
Deve ser instituído por negociação coletiva
Para admissões que representem acréscimo de empregados
Prazo máximo de 2 anos, podendo, dentro deste prazo, ser prorrogado mais de uma vez.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SEM SUBORDINAÇÃO
O trabalhador autônomo se distingue do empregado, porque não está submetido ao poder de direção e de fiscalização, não tem horário regulamentar, não tem obrigação de produtividade mínima diária ou horária, não tem dever de comparecimento ao serviço etc.
No empregado, encontraremos sempre a figura de um subordinado, regido por um contrato de trabalho subordinado.
O contrato de trabalho é regido especificamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e por leis extravagantes (diversas da CLT), atraindo para si todas as garantias, direitos e deveres trabalhistas previstos pelo documentos constitucional, pela CLT e pela legislação correspondente. Costuma-se dizer que o contrato de trabalho pertence ao campo do chamado direito trabalhista. É identificável, internamente a este “ramo jurídico”, uma correlação entre o poder do empregador e o caráter de submissão do trabalhador.
O contrato de prestação de serviços, por sua vez, é regulamentado pelo Código Civil, do art. 593 ao art. 609, e é tratado como um contrato “normal” de direito privado, no qual as partes devem se encontrar em pé de igualdade.
CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL – CTPS
É obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.
 A CTPS será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção para o registro, de sistema manual, mecânico ou eletrônico;
As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. As anotações apostas pelo empregador na CTPS geram presunção relativa, juris tantum, em relação ao contrato de trabalho, admitindo-se prova em contrário (Súmula 12 do TST)
As anotações na CTPS devem ser atualizadas quando:
a) gozar férias, promoções ou alterações salariais, acordos coletivos, sofrer desconto da contribuição sindical, houver afastamento por doença, acidente trabalho, licenças.
b) no caso de rescisão contratual para baixa e atualização; ou
d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social.
 A falta de cumprimento pelo empregador do disposto acarretará a lavratura do auto de infração.
É vedado ao empregador EFETUAR ANOTAÇÕES DESABONADORAS à conduta do empregado em sua CTPS; de acordo com os parágrafos 4º e 5º acrescentados ao Art. 29 da CLT pela Lei 10.270/2001, o descumprimento dessa disposição submeterá o empregador ao pagamento de multa.
Os acidentes do trabalho SERÃO OBRIGATORIAMENTE ANOTADOS pelo INSS na carteira do acidentado.
Nas localidades onde não for emitida CTPS poderá ser admitido o empregado, até 30 dias, o exercício de emprego ou atividade remunerada por quem não a possuía, ficando a empresa obrigada a permitir o comparecimento do empregado ao posto de emissão mais próximo. Nessa hipótese, o empregador fornecerá ao empregado no ato da admissão, documento do qual constem a data da admissão, a natureza do trabalho, o salário e a forma de pagamento.
LIVROS DE REGISTRO DE EMPREGADOS
Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico; São anotados os dados sobre a qualificação civil ou profissional, a admissão, salario, duração do trabalho, férias, acidentes de trabalho e todas as demais circunstâncias que interesse a proteção do trabalhador.
A empresa, que mantiver empregado não registrado, incorrerá na multa de valor igual a 30 (trinta) vezes o valor-de-referência regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. A Matéria é regulada pela Portaria 3.626/91 do MTE.
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