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Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE - SOEBRAS Instituto Tecnológico Regional – INTER – Curso de Graduação em Engenharia Civil 5º Período – Noturno Prof.: Jaber Montes Claros, 2010 Hidráulica - Condutos Livres - Adilson Lino – adilson.lino@r7.com Jonathan R. Azevedo - rodriguesjhon@hotmail.com Josimar da Silva Rocha – josimardasilvarocha@yahoo.com.br Marcelo – mpx.mpx@hotmail.com Orlando – orlandocorrea@hotmail.com Vanda – vandadep@hotmail.com Edna Rocha – ednarocha@ymail.com Condutos Livres 2 Condutos Livres Caracterização de Condutos Livres O escoamento em condutos livres é caracterizado por apresentar uma superfície livre na qual reina a pressão atmosférica. Estes escoamentos têm um grande número de aplicações práticas na engenharia, estando presentes em áreas como o saneamento, a drenagem urbana, irrigação, hidroeletricidade, navegação e conservação do meio ambiente. Os problemas apresentados pelos escoamentos livres são mais complexos de serem resolvidos, uma vez que a superfície livre pode variar no espaço e no tempo e, como conseqüência, a profundidade do escoamento, a vazão, a declividade do fundo e a do espelho líquido são grandezas interdependentes. Desta forma, dados experimentais sobre condutos livres são de difícil apropriação. De modo geral, a seção transversal dos condutos livres pode assumir qualquer forma e a rugosidade das paredes internas tem grande variabilidade, podendo ser lisas ou irregulares, como a dos canais naturais. Além disto, a rugosidade das paredes pode variar com a profundidade do escoamento e, conseqüentemente, a seleção do coeficiente de atrito é cercada de maiores incertezas em relação à dos condutos forçados. Tipos de escoamento Permanente Q = constante Uniforme Velocidade média constante Profundidade constante Variado Gradualmente ou Bruscamente Secção e velocidade média variáveis com o espaço Não permanente Q = variável Secção e velocidade media variáveis no espaço e no tempo Elementos de caracterização Seção Transversal e área molhada A seção transversal engloba toda a área de escavação para a construção do canal, e, a área molhada corresponde à seção transversal perpendicular à direção do escoamento ocupada pelo fluido. Condutos Livres 3 Perímetro molhado É a linha que limita a seção molhada junto às paredes e ao fundo do canal. Não abrange, portanto, a superfície livre dos fluidos. Largura superficial É a largura da superfície de contato com a superfície. Profundidade Hidráulica É a razão entre a área molhada e a largura superficial. Raio Hidráulico É a razão entre a área molhada e o perímetro molhado. Variação da Pressão na seção transversal Os diâmetros dos tubos quando comparados a altura piezométrica são pequenos, por isto motivo a diferença de pressão entre um ponto e outro da seção transversal é desprezada. Já nos canais, esta diferença de pressão não pode ser desprezada. De acordo com os dados da figura acima, a pressão no fundo do canal é: Velocidade da água nos canais Nos canais, o atrito entre a superfície livre, o ar, e a resistência oferecida pelas paredes e pelo fundo originam diferentes velocidades. A determinação das várias velocidades em diferentes pontos de uma seção transversal é feita por via experimental. A velocidade máxima encontra-se no centro da seção transversal e entre os valores de 0,05y E 0,25y. Condutos Livres 4 A forma mais exata para encontrar a velocidade média é através da equação: Fórmula de Chézy e coeficiente de Manning Fórmula proposta por Chézy: C = Fator de resistência i = Declividade do canal (m/m) Manning propôs: Logo, temos: n = coeficiente de Ganguillet e Kutter (tabelado) Condutos Livres 5 Energia Específica A energia correspondente a uma seção transversal de um canal é dada pela soma de três cargas: cinética, altimétrica, piezométrica. No caso de escoamento livre, a carga de pressão pode ser substituída pela profundidade do escoamento. Define-se então, como energia específica a quantidade de energia por unidade de peso do líquido, medida a partir do fundo do canal. Fazendo substituições na equação de Bernoulli , obtemos: Logo, teremos: O valor mínimo de energia é chamado de energia crítica e, por conseguinte, teremos valores de profundidade crítica, velocidade crítica, vazão crítica e declividade crítica. Para valores de energia diferentes de Ec, existem dois valores diferentes de profundidade para as quais o escoamento pode estabelecer em idênticos recíprocos. O regime com maior profundidade denomina-se subcrítico e o escoamento com profundidade menor, denomina-se supercrítico. Regime de escoamento Para classificação dos tipos de regime de escoamento, utilizaremos o número de Froude (adimensional): Para y<yc, e portanto, Fr>1 = Regime Supercrítico - Torrencial Para y>yc, e portanto, Fr<1 = Regime Subcrítico - Fluvial Existem situações na composição dos canais que podem causar a mudança dos tipos de regimes. Condutos Livres 6 Ressalto Hidráulico O salto ou ressalto hidráulico é uma sobreelevação brusca da superfície líquida. Mudança de regime de uma profundidade menor que a crítica para outra maior que esta, em conseqüência do retardamento do escoamento em regime inferior. Observado no sopé das barragens, a jusante de comportas e nas vizinhas de obstáculos submersos. Tipos: Condutos Livres 7 - Salto elevado, com grande turbilhonamento, que faz certa porção do líquido rolar contra a corrente. - Superfície agitada, porém sem remoinho e sem retorno do líquido. Remanso Remanso é a elevação do nível de água causada quando há algum elemento de barragem do fluido. Como exemplo, temos as barragens, que causa uma sobre elevação da água, influenciando o nível de água a uma grande distância a montante.
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