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Resumo 10 Legislação Tributária 2015 1 Guilhon

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FAP – Faculdade do Pará
Prof. Mauro Marques Guilhon 
Disciplina: Legislação Trabalhista e Previdenciária
RESUMO DE AULA 10 / 2015-1
UNIDADE 5 – TRIBUTOS SOBRE AS ATIVIDADES NEGOCIAIS
UNIDADE 6 – TRIBUTOS SOBRE A RENDA E O PATRIMÔNIO
(SEGUNDA PARTE – IMPOSTOS ESTADUAIS E IMPOSTOS FEDERAIS)
IMPOSTOS ESTADUAIS:
ITCMD
Competência e Sujeito Ativo:
O ITCMD é imposto estadual, de competência dos Estados (Art. 155, I da CF).
 
Sujeito Passivo:
São sujeitos passivos do ITCMD o herdeiro ou legatário, na hipótese de transmissão causa mortis, e o doador ou donatário, caso se tratar de doação.
São solidariamente responsáveis pelo imposto devido pelos contribuintes acima nominados:
• os tabeliães e demais serventuários de ofícios,
• empresas e instituições financeiras e bancárias e aqueles a quem caiba responsabilidade na transmissão de bens e ações ou a prática do ato que implique na transmissão de bem móvel ou imóvel e respectivos direitos e ações;
• o doador, quando da inadimplência do donatário;
• qualquer pessoa física ou jurídica que detenha bens transmitidos por causa mortis ou doação.
Fato Gerador:
O fato gerador do imposto verifica-se com a transmissão gratuita de quaisquer bens (móveis ou imóveis). Referida transmissão pode se dar mediante contrato de doação ou, ainda em razão do falecimento de seu titular (causa mortis).
Caso se trate de transmissão de bens imóveis, o imposto será recolhido ao Estado da situação do bem ou ao DF, nos termos do artigo 155, § 1º, I, da CF. Por outro lado, se houver a transmissão de bem móvel, o ITCMD competirá ao Estado onde de processar o inventário ou tiver domicílio o doador, ou ao DF (artigo 155, § 1º, II, da CF).
Base de cálculo:
Segundo dispõe o artigo 35 do CTN, a base de cálculo do ITCMD será o valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da doação.
Alíquota:
A alíquota máxima do imposto será fixada pelo Senado Federal (Resolução nº 9/92 - 8%). É importante notar que a cobrança do ITCMD não se sujeita ao regime de alíquotas progressivas, por ausência de disposição constitucional, devendo ser aplicável, neste caso, a proporcionalidade, ou seja, variação do imposto, com imposição de alíquota única, graduando-se o gravame em função da base de cálculo.
A alíquota do ITCD no Pará, segundo dispõe o artigo 8º da Lei nº 5.529/89 é de 4% (quatro por cento), nas transmissões causa mortis ou doação.
ICMS
Competência e Sujeito Ativo:
O ICMS é imposto estadual, de competência dos Estados (Art. 155, II da CF).
Sujeito Passivo:
Poderão ser sujeitos passivos do ICMS pessoas que pratiquem operações relativas à circulação de mercadorias, importadores de bens de qualquer natureza, prestadores de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e, finalmente, prestadores de serviço de comunicação. (art. 4º da Lei Complementar 87/96 c/c o art. 155 § 2º, XII, da CF/88).
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário (responsável).
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.
Assim temos a chamada substituição tributária progressiva ou ‘pra frente’, que vem a ser a escolha de uma terceira pessoa para recolher o tributo antes da ocorrência do fato gerador, em uma nítida antecipação de recolhimento de um fato gerador presumido. (Ex: saída de veículo de montadora para a concessionária. O FG ocorrerá na venda do veículo, porém o imposto é recolhido antes da ocorrência do FG.)
Também pode ocorrer a chamada substituição tributária regressiva ou ‘pra trás’, que vem a ser a escolha de uma terceira pessoa para recolher o tributo depois da ocorrência do fato gerador. É o chamado ‘diferimento’, que vem a ser a postergação do recolhimento do tributo para um momento ulterior a ocorrência do FG, por conveniência do Sujeito Ativo, que vê no responsável tributário (terceira pessoa escolhida para pagar o tributo) alguém com maior aptidão para efetuar o pagamento, mesmo não tendo realizado o fato gerador. (Ex: produtor rural que vende leite cru a empresa de laticínios, sendo o escolhido para efetuar o recolhimento do imposto é a empresa de laticínio. Portanto, adia-se ou difere-se o pagamento)
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou serviços previstos em lei de cada Estado.
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido, que não se realizar.
Fato Gerador:
São fatos geradores do ICMS: circulação de mercadorias, prestação de serviço de transporte interestadual, prestação de serviço de transporte intermunicipal e a prestação de serviço de comunicação.
Circulação: mudança de titularidade jurídica do bem.
STJ Súmula nº 166 Fato Gerador - ICMS - Deslocamento de Mercadoria - Estabelecimento do Mesmo Contribuinte
“Não constitui fato gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.”
Mercadoria: produto destinado à mercancia. (Para efeitos do ICMS, a energia elétrica é considerada mercadoria).
Base de Cálculo:
A base de cálculo do imposto varia de acordo com o fato tributável. Caso se trate de circulação de mercadorias, a base de cálculo será o valor da mercadoria objeto de comercialização. Considerando os outros fatos geradores, a base de cálculo poderá ainda ser o preço do serviço, em se tratando de transporte e comunicação.
É importante mencionar que o ICMS incide na importação de bens, independentemente de o importador ser pessoa física ou jurídica, contribuinte habitual ou não do imposto (EC 33/2001). Nesse caso, a base de cálculo será o valor do bem importado.
Alíquota:
Em relação às alíquotas, o Senado Federal fixará as mínimas e as máximas, consoante expressa disposição constitucional (artigo 155,§ 2º, incisos IV e V, da CF).
O ICMS é um imposto não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores, sendo vedada a apropriação de créditos na hipótese de as operações anteriores serem isentas ou não tributadas (artigo 155, § 2º, incisos I e II, da CF).
1.2.6 Imunidades do ICMS:
Operações que destinem mercadorias ou serviços para o exterior;
Operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis, líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica; 
Sobre o ouro quando definido em lei como ativo financeiro e;
Nas prestações de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
O IPI não integra a base de cálculo do ICMS (Art. 155, § 2º. IX, da CF/88), quando a operação configurar fato gerador dos dois impostos, realizada entre contribuintes e referir-se a produto destinado à industrialização ou comercialização. 
IPVA
Competência e Sujeito Ativo:
O IPVA é imposto estadual, de competência dos Estados (Art. 155, III da CF).
Sujeito Passivo:
O sujeito passivo do imposto é o proprietário do veículo automotor, pessoa física ou jurídica, presumindo-se como tal aquele em cujo nome esteja o veículo licenciado.
O IPVA não incide sobre aeronaves. A questão é polémica, havendo PEC propondo tal incidência.
Fato Gerador:
É a propriedade do veículo, provada pelo CRV – Certificado de Registro de Veículo ou o documento de licenciamento do ano anterior.
O elemento temporal do FG é anual, por ficção jurídica, considera-se o dia 1º de janeiro de cada ano.
Base de Cálculo:
A base de cálculo será o valor venal de referido veículo.
Com a EmendaConstitucional nº 42/2003, a mudança na base de cálculo do IPVA não necessita obedecer o princípio da anterioridade nonagesimal, prevista no artigo 150, III, “c”, da CF. Segundo o artigo 150, § 1º, da CF, a majoração da base de cálculo deste imposto somente observa a anterioridade do exercício seguinte.
Assim, se uma Lei estadual alterar o valor venal de um certo veículo automotor em 31/12/20013, esse aumento será válido já em 1º de janeiro de 2014.
Alíquota:
Nos termos do artigo 155, § 6º, da CF, IPVA terá suas alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal, podendo, ainda, possuir alíquotas diferenciadas em razão do tipo e da utilização do veículo.
A alíquota será estabelecida em Lei estadual, não havendo limite máximo.
Repartição de receita do IPVA:
De acordo com o art. 158, II da CF/88, a repartição é feita através de rateio de 50% para o Estado e 50% para o respectivo Município onde for licenciado o veículo.
IMPOSTOS FEDERAIS:
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO:
Competência e Sujeito Ativo:
O II é tributo de competência da União (artigo 153, I, da CF).
Sujeito Passivo:
Os sujeitos passivos do II, nos termos do artigo 19 do Código Tributário Nacional, poderão ser o importador, o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, o destinatário de remessa postal internacional ou o adquirente de mercadoria em entrepostos aduaneiros.
Fato Gerador:
O fato gerador do II, segundo o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é a entrada real ou ficta do produto estrangeiro no território nacional.
Assim, deve-se entender que o fato gerador é o início do despacho aduaneiro, assim entendido o momento da apresentação ou registro da Declaração de Importação (DI) ou documento substitutivo, perante a autoridade aduaneira (receita federal), para liberação de mercadoria estrangeira.
Base de Cálculo:
Quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB). Exemplo: imposto sobre x toneladas ou x metros; 
Quando a alíquota for “ad valorem”, o valor aduaneiro apurado segundo normas do artigo VII, nº 2, do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT). Tal expressão monetária geralmente consta da fatura comercial no lugar da expedição da mercadoria, acrescentando-se ao custo as despesas de frete e seguro.
Quando o bem for adquirido em licitação, o preço da arrematação.
Alíquota:
A Alíquota do Imposto de Importação tem por base a Tarifa Externa Comum - TEC do MERCOSUL. 
Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o II poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade.
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
Competência e Sujeito Ativo:
O IE é tributo de competência da União (artigo 153, II, da CF).
Sujeito Passivo:
O sujeito passivo do IE é o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de produto nacional ou nacionalizado do território nacional, segundo o artigo 27 do Código Tributário Nacional.
Fato Gerador:
O fato gerador do IE é a saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados, entendendo-se o elemento temporal do FG como o momento da liberação pela autoridade aduaneira ou a data de embarque ou saída constante da Declaração de Exportação.
Assim, para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro do RE no Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex (§1º, art. 1º do Decreto-lei nº 1.578, de 1977 e parágrafo único do art. 213 do Regulamento Aduaneiro).
Base de Cálculo:
A base de cálculo do imposto, nos termos do artigo 223 do Decreto nº 91.030/85, é o preço normal que o produto alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional.
Alíquota:
Estão estabelecidas na TAB (Tarifa Aduaneira do Brasil). No geral, a alíquota do imposto é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
 
Em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a 150%.
O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o IE poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade.
IMPOSTO DE RENDA
Competência e Sujeito Ativo:
O IR é tributo de competência da União (artigo 153, III, da CF) informado por critérios de generalidade, universalidade e progressividade.
Sujeito Passivo:
O sujeito passivo do IR é pessoa física ou jurídica, titular de renda ou provento de qualquer natureza, podendo a lei atribuir à fonte pagadora da renda a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto.
Fato Gerador:
O fato gerador do imposto é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda decorrente do capital, do trabalho ou da conjugação de ambos e de proventos de qualquer natureza, nos termos do artigo 43 do Código Tributário Nacional.
Base de Cálculo:
A base de cálculo do imposto é o montante real, arbitrado ou presumido da renda ou provento de qualquer natureza.
Alíquota:
As alíquotas do IR serão necessariamente progressivas, nos termos do artigo 153, § 2º, I, da CF. Para o ano-calendário de 2014 as alíquotas estabelecidas são (Lei 12.469/2001):
Tabela Progressiva Mensal
	Base de Cálculo (R$)
	Alíquota (%)
	Parcela a Deduzir do IR (R$)
	Até 1.787,77
	-
	-
	De 1.787,78 até 2.679,29
	7,5
	134,08
	De 2.679,30 até 3.572,43
	15
	335,03
	De 3.572,44 até 4.463,81
	22,5
	602,96
	Acima de 4.463,81
	27,5
	826,15
Com a Emenda Constitucional nº 42/2003, a majoração do IR não observa o princípio da anterioridade nonagesimal, mas somente aquela do exercício seguinte, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF.
IPI
Competência e Sujeito Ativo:
O IPI é tributo de competência da União (artigo 153, IV, da CF).
Sujeito Passivo:
Dependendo da ocorrência do FG, teremos um sujeito passivo determinado, que poderá ser (artigo 51 do Código Tributário Nacional): 
O importador ou quem a lei a ele equiparar;
O industrial ou a quem a ele a lei equiparar; 
O comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça a industriais ou a estes equiparados e; 
O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Fato Gerador:
Nos termos do artigo 46 do Código Tributário Nacional, poderão ser fatos geradores do IPI:
Importação;
Saída de produtos industrializados de estabelecimento industrial ou equiparado a industrial;
Aquisição em leilão de produto abandonado ou apreendido;
Outras hipóteses especificadas na lei (ex: saída de produtos de estabelecimentos equiparados a industrial).
Base de Cálculo:
A base de cálculo do imposto, no mesmo sentido, varia de acordo com o FG, podendo ser ou o valor da operação de saída do produto, ou o preço normal, acrescido do II e das taxas aduaneiras ou, ainda, o preço de arrematação do produto apreendido ou abandonado.
Alíquota:
As alíquotas do IPI não são progressivas, a elas se aplicando o princípio da proporcionalidade. Ademais, por expressa menção constitucional, este imposto deverá ser seletivo em razão da essencialidade dos produtos (artigo 153,§ 3º, I, da CF) e, ainda, será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.
As alíquotas costumam variar de 0% a 365,63% (no caso de cigarros).
Em relação à imunidade, é importante salientar que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior, nos termos do artigo 153, § 3º, III, da CF.
Por fim, segundodispõe o artigo 153, § 1º, da CF, o IPI poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, somente haverá necessidade de observância do princípio da nonagesimal.
Ratificando a observação já feita quando estudamos o ICMS: O IPI não integra a base de cálculo do ICMS (Art. 155, § 2º. IX, da CF/88), quando a operação configurar fato gerador dos dois impostos, realizada entre contribuintes e referir-se a produto destinado à industrialização ou comercialização. 
IOF
Competência e Sujeito Ativo:
O IOF é imposto de competência da União (artigo 153, V, da CF) que incide sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
Sujeito Passivo:
São contribuintes do IOF as pessoas físicas e as pessoas jurídicas que efetuarem operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários. A cobrança e o recolhimento do imposto são efetuados pelo responsável tributário: a pessoa jurídica que conceder o crédito; as instituições autorizadas a operar em câmbio; as seguradoras ou as instituições financeiras a quem estas encarregarem da cobrança do prêmio de seguro; as instituições autorizadas a operar na compra e venda de títulos ou valores mobiliários.
Fato Gerador:
O FG do IOF, nos termos do artigo 63 do Código Tributário Nacional, será:
Quanto às operações de crédito, a entrega do montante que constitua o objeto da obrigação;
Quanto às operações de câmbio, a entrega de moeda nacional ou estrangeira e, assim, na liquidação do contrato de câmbio,
Quanto às operações de seguro, a emissão de apólice ou recebimento do prêmio e;
Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, transmissão, pagamento ou resgate desses.
Base de Cálculo:
A base de cálculo do imposto, segundo o artigo 64 do Código Tributário Nacional, será o valor da operação, ressalvada a hipótese de operações de seguros, nas quais a base de cálculo será o montante do prêmio.
Alíquota:
As alíquotas do IOF seguem o princípio da proporcionalidade e variam de acordo com a natureza das operações financeiras.
Nas operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, o IOF será devido na operação de origem e terá alíquota mínima de 1%, nos termos do artigo 153, § 5º, da CF.
Nos termos do artigo 153, § 1º, da CF, o IOG poderá ter suas alíquotas modificadas por ato do Poder Executivo. Ademais, caso haja modificação deste imposto, nos termos do artigo 150, § 1º, da CF, não haverá necessidade de observância do princípio da anterioridade.
ITR
Competência e Sujeito Ativo:
O ITR é tributo de competência da União (artigo 153, VI, da CF).
Sujeito Passivo:
São sujeitos passivos do ITR, igualmente segundo o artigo 31 do Código Tributário Nacional, o proprietário, o titular do domínio útil e o possuidor.
Fato Gerador:
Nos termos do artigo 29 do Código Tributário Nacional, serão fatos geradores do ITR: a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do Município. Insta mencionar que o conceito de zona rural se dá por exclusão, considerando-se a zona urbana do Município.
Base de Cálculo:
A base de cálculo do ITR será o valor fundiário do imóvel, nos termos do artigo 30 do Código Tributário Nacional. As alíquotas do imposto serão proporcionais e progressivas (artigo 153, § 4º, da CF), de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
Entende-se que o valor fundiário do imóvel, nos termos da Lei nº 9.393/1996 é o Valor da Terra Nua Tributável (VTNt).
Terra nua é o imóvel por natureza ou acessão natural, compreendendo o solo com sua superfície e a respectiva mata nativa, floresta natural e pastagem natural. A legislação do ITR adota o mesmo entendimento da legislação civil.
O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do imóvel rural, excluídos os valores de mercado relativos a:
I - construções, instalações e benfeitorias;
II - culturas permanentes e temporárias;
III - pastagens cultivadas e melhoradas;
IV - florestas plantadas.
Alíquota:
O artigo 153, §4º, inciso I, da CF/88 determina que o Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR) "será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas", com o escopo de atender o art. 5º, inciso XXIII, do mesmo diploma, que dispõe: "a propriedade atenderá a sua função social".
Para a definição da alíquota do ITR a ser aplicada deve-se verificar o Grau de Utilização – GU – do imóvel, que, nada mais é que a relação percentual entre a área efetivamente utilizada pela atividade rural e a área aproveitável, depois de deduzidas as áreas não tributáveis e as áreas ocupadas com benfeitorias úteis e necessárias à atividade rural, de modo que quanto menor a utilização maior será a alíquota aplicada.
Domicílio Tributário:
Para efeito da legislação do ITR, o domicílio tributário do contribuinte ou responsável, pessoa física ou jurídica, inclusive imune e isento, é o município de localização do imóvel rural, vedada a eleição de qualquer outro (Lei nº 9.393, de 1996, art. 4º, parágrafo único e art. 7º, do RITR/2002.)
O imóvel cuja expansão geográfica alcançar mais de um município, deverá ser inserido no município onde se mantenha a sede do imóvel, porém se não existir esse centro principal de administração, será enquadrado no município onde se situar maior área do imóvel rural.
Contudo, o contribuinte pode indicar endereço diferente do domicílio tributário para fins de intimação, ou qualquer ato de comunicação, mas o endereço indicado valerá apenas para essa finalidade.
Delegação de competência 
Diante dos obstáculos materiais enfrentados pela Receita Federal em fiscalizar o ITR dos imóveis rurais de todo o país, surgiu a necessidade de tornar esse gerenciamento mais viável, mais próximo das bases, e isto se deu com das alterações ao § 4º, do art. 153 da CF, através da Emenda Constitucional n° 42 de 2003.
O inciso III inserido no § 4º, do art. 153 da CF, disciplina que o ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de referência fiscal.
De acordo com esse novo regramento a celebração de convênio da União, por intermédio da SRF com os Municípios e o Distrito Federal para delegação das atribuições de fiscalização, lançamento de oficio e cobrança do ITR, estará condicionada a algumas exigências ordem burocrática, e uma vez atendida essas exigências, o Município ou o Distrito Federal optante fará jus à totalidade do produto da arrecadação do ITR referente aos imóveis rurais nele situados.
A escolha pela totalidade do tributo não poderá implicar na redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal, conforme disciplina o art. 153, § 4º, da CF e § 6º, do art. 10, do Decreto 6.433/2008.
Assim, o Município que migrar para esse novo sistema passará a ter direito aos 100% dos recursos do ITR, e não apenas a 50%, como é a regra geral, prevista no 158, inciso II, da CF.
Imunidades do ITR
Imunidade do ITR relativa a função social da propriedade: O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel, nos termos do artigo 153, § 4º, da CF.
Imunidade em reforma agrária: Embora o § 5º do Art. 184 da CF/88 utilize a expressão “são isentos”, na verdade, trata-se de regra de imunidade a que determina a “isenção de impostos federais, estaduais e municipais” relativas às operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
IGF
O IGF é tributo de competência da União (artigo 153, VII, da CF) cuja instituição deverá ser efetivada por lei complementar. Em relação a este imposto, a União ainda não exerceu sua competência tributária.
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