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SUSE LINUX ENTERPRISE SERVER 10 CAPITULO 01 INTRODUÇÃO AO LINUX 1.1 - HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO LINUX O UNIX foi a inspiração para Linus Torvalds, que iniciou o projeto de um kernel baseado no minix, um pequeno sistema UNIX desenvolvido por Andrew Tannenbaum. O objetivo era criar "um minix melhor que o minix", conforme a própria definição do autor. No dia 5 de outubro de 1991, Linus Torvalds anunciou a primeira versão oficial deste kernel, que passou a ser chamado de Linux. Linus Torvalds 1.1 - HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO LINUX Como principais características do Linux, pode-se citar: Multitarefa e multiusuário Portado para várias arquiteturas de hardware Utiliza os conceitos de software livre Pode ser usado em uma estação de trabalho ou em um servidor Baseado no padrão POSIX (um conjunto de padrões para interface de sistemas operacionais) 1.1 - HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO LINUX TUX O Tux é a mascote oficial do sistema operacional Linux. O Tux, criado por Larry Ewing em 1996, é um pinguim gorducho que tem um ar satisfeito e saciado. A ideia da mascote do Linux ser um pinguim veio de Linus Torvalds, o criador do núcleo Linux. 1.2 - FILOSOFIA DO SOFTWARE LIVRE O termo software livre (em inglês, free software) pode gerar alguma confusão, pois a palavra free tanto pode ter o sentido de gratuidade quanto o sentido de liberdade. Contudo, software livre refere-se à liberdade dos usuários em executar, copiar, distribuir, estudar, modificar e melhorar o programa. Mais precisamente, este termo refere-se a quatro tipos de liberdade, para os usuários do software livre: 1.2 - FILOSOFIA DO SOFTWARE LIVRE Liberdade 0: EXECUTAR PROGRAMA. Liberdade 1: ESTUDAR COMO O PROGRAMA FUNCIONA E ADAPTÁ-LO ÀS SUAS NECESSIDADES. Liberdade 2: REDISTRIBUIR CÓPIAS DO PROGRAMA, PARA QUE SE POSSA AJUDAR OS AMIGOS, CONHECIDOS, PARENTES, ETC. Liberdade 3: MELHORAR O PROGRAMA, E DISTRIBUIR SUAS MELHORIAS PARA O PÚBLICO EM GERAL, DE MANEIRA QUE TODA A COMUNIDADE POSSA SE BENEFICIAR DISTO. 1.2 - FILOSOFIA DO SOFTWARE LIVRE Para que um programa possa ser considerado software livre, os usuários devem ter estas quatro liberdades. Qualquer usuário deverá ser livre para redistribuir cópias do programa, com ou sem modificações, cobrando ou não por este ato. Além disto, não pode ser possível para o autor do programa revogar estas liberdades. Se isto puder acontecer, o programa não é livre. 1.2 - FILOSOFIA DO SOFTWARE LIVRE O copyleft é um copyright que, em seus termos de distribuição, garante que qualquer usuário tenha direito de copiar, modificar e redistribuir o código de um programa, ou qualquer trabalho derivado do mesmo, mas apenas se estes termos de distribuição não forem modificados. Em outras palavras, pode-se dizer que o copyleft é exatamente o oposto do copyright, no sentido de visualização, distribuição e modificação do código-fonte dos programas. 1.3 - LICENÇAS DE SOFTWARE LIVRE As licenças foram criadas com o intuito de garantir a manutenção das características do software livre. A licença mais difundida é a Licença Pública Geral (ou General Public License - GPL), utilizada pelo projeto GNU (http://www.gnu.org). Ela define os termos de distribuição utilizando o conceito do copyleft. GNU 1.4 - DISTRIBUIÇÕES LINUX 1.4 - DISTRIBUIÇÕES LINUX O Linux em si não passa do kernel (responsável, entre outras coisas, pela camada de gerenciamento do hardware). O que faz do Linux uma ferramenta útil para um administrador do sistema ou usuário, é o conjunto de programas que são executados junto com o kernel, e é a comunidade de software livre que, muito antes do Linux surgir, vem criando versões livres de todos os utilitários do mundo UNIX e de outros programas maiores, como servidores Web, editores de imagens, interfaces gráficas, etc. Uma coleção destes utilitários, trabalhando em conjunto com o kernel, é o que chamamos de Distribuição Linux. 1.4 - DISTRIBUIÇÕES LINUX KERNEL 1.5 - OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS AO SOFTWARE LIVRE A Free Software Foundation O Movimento Open Source GNU GNU is Not UNIX 1.5 - OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS AO SOFTWARE LIVRE FHS e LSB 1.5 - OUTROS CONCEITOS RELACIONADOS AO SOFTWARE LIVRE Usuários e Grupos Modo Texto e Modo Gráfico X Window System CAPITULO 02 INSTALAÇÃO DO LINUX EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO A) Servidor de Arquivo - Espaço em disco por pastas de usuário (A1) - Quantidade de usuários (A2) - Espaço em disco para grupos (A4) - Quantidade de grupos (A5) - Espaço extra para necessidades gerais – Manobras não programadas (A7) - Espaço para permanecer sempre vazio (A8) EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO FORMULA EXEMPLO A1 X A2 = A3 100MB X 70Usuários 7GB A4 X A5 = A6 200MB X 15Grupos 3GB A7 = 2GB 2GB A8 = 1GB 1GB TOTAL A3 + A6 + A7 + A8 13GB EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO B) Servidor Domino (Servidor do correio eletrônico – Lotus Notes) - Espaço em disco para a caixa de correio do usuário (B1) - Quantidade de usuários do correio eletrônico (B2) - Espaço extra para necessidades gerais – Manobras não programadas (B4) - Espaço para permanecer sempre vazio (B5) EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO FORMULA EXEMPLO B1 X B2 = B3 100MB X 60Usuários 6GB B4 = 2GB 2GB B5 = 1GB 1GB TOTAL B3 + B4 + B5 9GB EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO C) Outros recursos - Memória virtual (C1) - Arquivos temporários (C2) - Arquivos de sistemas (C3) - Servidor WEB – Intranet/Internet (C4) - Aplicativos gerais (C5) EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO FORMULA EXEMPLO C1 = 2 X Memória RAM 2 X 1GB = 2GB C2 = 2GB 2GB C3 = 10GB 10GB C4 = ASD (Superior a 2GB) + 2GB C5 = ASD (Superior a 5GB) + 5GB TOTAL C1 + C2 + C3 + C4 + 21GB EXEMPLO DE ESTUDO DE NECESSIDADES DE ESPAÇO EM DISCO PARTIÇÃO NOME DA PARTIÇÃO SERÃO ARMAZENADOS POSSUI* A B A + B Primaria [ / ] Arquivos de Sistema > 15GB > 15GB > 12GB Estendida [ /home ] Servidor de Arquivo > 55GB Não criar > 30GB [ /local ] Servidor Domino Não criar > 55GB > 30GB [ /var ] Variáveis de Sistemas > 8GB > 8GB > 6GB [ /tmp] Arquivos temporários > 2GB > 2GB > 2GB TOTAL 80GB 80GB 80GB A – Servidor de Arquivo B – Servidor Domino CAPITULO 03 SISTEMA DE ARQUIVOS E ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS 3.1 – SISTEMAS DE ARQUIVOS Ext3 - Sistema de arquivos bastante difundido atualmente. Além de funcionalidades usuais de um sistema de arquivos, possui suporte a journalling, que permite, entre outras coisas, que o sistema execute uma verificação de integridade da mídia onde o sistema Linux está instalado, após a ocorrência de problemas (um reboot forçado, por exemplo). Isso permite que a consistência dos dados seja mantida. É o sucessor do antigo ext2. Vfat - Usado para acessar o sistema de arquivos FAT16/FAT32 (sistema de arquivos do Windows® 9X e NT), que permite o uso de nomes longos. Nfs - Acrónimo para Network FileSystem (Sistema de Arquivos de Rede).Usado para a montagem de sistemas de arquivos remotos, no modo cliente/servidor. Iso9660 - Sistema de arquivos local usado para acessar CD-ROMs. Reiserfs - Sistema de arquivos com suporte a características avançadas, como journalling e melhor suporte a diretorios muito grandes. Proc - Sistema de arquivos virtual, que fornece, entre outras coisas, informações gerais sobre o sistema. Hpfs - Sistema de arquivos local usado para acessar partições HPFS do OS/2. 3.2 – ESTRUTURA DE DIRETÓRIOS 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /bín Este diretório contém aplicativos e utilitários usados durante a inicialização do sistema e que são necessários quando nenhum outro sistema de arquivos está montado. Seu conteúdo pode ser utilizado tanto pelo administrador do sistema quanto pelos usuários, e basicamente consiste em: Comandos em geral: estes comandos foram incluídos porque são essenciais, exceto alguns poucos que estão presentes devido ao seu tradicional posicionamento neste diretório. Exemplos: cat, chgrp, chown, cp, date, kill, mkdir, mount, ps, pwd, rmdir, uname. Comandos de restauração: estes comandos foram adicionados para tornar a restauração do sistema possível. Exemplos: tar, gzip, gunzip, zcat. Se os backups do sistema são feitos usando programas diferentes de gzip e tar, então a partição root deve conter os componentes mínimos necessários para restauração. Comandos de restauração que não são vitais podem aparecer tanto em /bin como em /usr/bin. Comandos de rede: são os únicos binários de rede que o root ou usuários poderão querer ou precisar executar, além dos que estão em /usr/bin e /usr/local/bin. Exemplos: domainname, hostname, netstat e ping. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /boot Este diretório contém o kernel e tudo o que é necessário ao processo de boot, exceto os arquivos de configuração e o instalador de mapa (especificamente para o gerenciador de inicialização LILO, seu arquivo de configuração está localizado em /etc/lilo. conf). Diretório /dev No diretório /dev estão arquivos que fazem referências a dispositivos de hardware (discos, portas de I/O, memória, etc). Cada dispositivo do sistema é mapeado em um arquivo no diretório /dev, e esses arquivos são acessados principalmente por programadores e administradores de sistema, facilitando o acesso a determinado recurso. Exemplos de arquivos deste diretório são: /dev/hdaX (onde hda se refere ao disco master da IDE primária, e X determina a partição), fd0 (primeiro drive de disquete), sub- diretório usb/ (para acesso aos dispositivos USB), etc. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /etc Este diretório contém arquivos e diretórios de configuração de aplicativos, que são específicos à máquina. Este diretório não deve conter nenhum binário. Exemplos do conteúdo do /etc: Arquivos de configuração. Exemplos: crontab, inittab, passwd, syslog.conf. Arquivos de rede. Exemplos: exports, hosts, host.conf, hosts.allow, hosts.deny, printcap. Diretório /home É o diretório onde estão contidos os diretórios de trabalho dos usuários do sistema. O diretório home de um usuário do sistema pode também ser representado por um til (~). Portanto, qualquer diretório home de um usuário do sistema (/home/aluno, por exemplo), pode ser representado também pelo caractere til. Em sistemas nos quais há um grande número de usuários, costuma-se colocar este diretório em um disco ou partição própria, separado do resto do sistema; isto é feito por questões de segurança, e também para facilitar o backup e gerenciamento de usuários. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /lib Este diretório contém as bibliotecas compartilhadas necessárias para inicializar o sistema e para executar os comandos existentes no sistema de arquivos raiz, além de módulos do kernel. Diretório /media Usualmente, aqui estão os pontos de montagem locais para alguns dispositivos. No Mandriva Linux, os sub-diretórios floppy e cdrom são os pontos de montagem predefinidos para os dispositivos de disquete e CD-ROM, mas isto pode variar de um distribuição para outra. Diretório /opt Este diretório é opcional em um sistema Linux. Ele é utilizado para que programas desenvolvidos por terceiros (ou seja, que não foram desenvolvidos pelo fornecedor da distribuição Linux) possam ser instalados. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /proc É um sistema de arquivos virtual, onde estão disponíveis informações e configurações do kernel. Os arquivos ali listados não existem fisicamente no disco, sendo mapeados apenas em memória. Este diretório também contém informações sobre os processos em execução e configurações gerais, como IRQs e portas de entrada e saída utilizadas. Alguns arquivos de interesse do diretório /proc estão listados a seguir: cpuinfo: contém informações sobre o processador (ou processadores) do sistema, incluindo as capacidades e bugs que o Linux detecta. version: contém o número da versão do kernel, o nome do sistema e a hora e data em que o kernel foi compilado. pci: contém informações sobre os dispositivos no barramento PCI do sistema, assim como as capacidades detectadas do hardware que está na barramento. interrupts: contém uma contagem de todas as interrupções que o sistema processou e o dispositivo no qual elas estão anexadas. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /root Diretório pessoal do usuário root. Possui a mesma função do diretório /home dos usuários. Diretório /sbin O diretório /sbin contém arquivos executáveis, interessantes à administração e inicialização do sistema, em adição aos binários de /bin. Os utilitários usados para a administração (e outros comandos apenas do usuário root) são armazenados aqui e também em /usr/sbin. Diretório /srv Estruturas de arquivos e diretórios utilizada por determinados serviços. Exemplos: /srv/www (para os arquivos HTML do servidor Web Apache) e /srv/f tp (para arquivos de um servidor FTP). 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /sys Sistema de arquivos virtual, bastante parecido com o /proc, com a função de mostrar informações do sistema. A intenção é que, daqui a algum tempo, o /proc forneça apenas informações sobre os processos, enquanto que o /sys forneça as informações gerais sobre o sistema. Diretório /tmp Local para arquivos temporários, criados por qualquer usuário. Este diretório também deve estar disponível para programas que possam requerer arquivos temporários. Embora os dados armazenados neste diretório possam ser apagados a qualquer momento, é recomendado que os arquivos e diretórios localizados em /tmp sejam apagados sempre que o sistema é iniciado. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /usr Extensa estrutura de diretórios com arquivos executáveis, bibliotecas, documentação, arquivos estáticos em geral utilizados por programas, o sistema de janelas X e jogos, entre outras informações. Este diretório é a segunda maior seção do sistema de arquivos: praticamente todo o sistema Linux encontra-se sob ele. Ele é compartilhável, e pode ser montado apenas para leitura. Isto significa que pode estar acessível a vários computadores mas nada deve ser gravado nele. Qualquer informação que é específica de uma ou várias máquinas deve ser armazenada em outro lugar.Alguns sub-diretórios/arquivos presentes em /usr são: /usr/share/doc e /usr/share/man (documentações do sistema), /usr/src (local onde o código- fonte do kernel e programas são instalados), /usr/XHR6 (parte das informações, documentação e binários para o sistema de janelas X), etc. 3.3 DETALHAMENTO DA ÁRVORE DE DIRETÓRIOS NO LINUX Diretório /var Contém informações variáveis do sistema, como logs, filas de impressão/e- mail, bases de dados, dados de administração e login, e arquivos transitórios. Algumas partes deste diretório não podem ser compartilhadas (/var/log, /var/lock e /var/run, por exemplo) e outras partes, porém, poderiam ser compartilhadas (/var/cache/man e /var/spool/news, por exemplo). Diretório “.” e “..” Os diretórios "." e ".." são referências a, respectivamente, o diretório atual e ao diretório anterior ao atual (comumente chamado de diretório pai). Seu uso é bastante comum, pois facilita a referência, busca e visualização de caminhos de diretórios. CAPITULO 04 TIPOS DE ARQUIVOS 4.1 - CARACTERÍSTICAS DOS ARQUIVOS NO LINUX Uma descrição simples de um sistema Unix, também aplicável ao Linux, é a seguinte: "Em um sistema UNIX, tudo é um arquivo; se algo não é um arquivo, então é um processo." 4.1 - CARACTERÍSTICAS DOS ARQUIVOS NO LINUX Abaixo segue uma lista das principais características de arquivos em ambientes Linux: Extensões são apenas informativas, não definindo características dos arquivos. Na verdade, formalmente não existe o conceito de extensão, uma vez que podemos utilizar pontos no nome de arquivos (qualquer número de vezes). Nomes de arquivos são "case-sensitive", ou seja, há distinção entre maiúsculas e minúsculas. O único caractere não permitido em um nome de arquivo é o "/". O tamanho máximo de um nome de arquivo é de 255 caracteres. Por convenção, arquivos iniciados por "." não são listados por padrão na maioria dos programas. Em outras palavras, são arquivos "ocultos". 4.2 - INFORMAÇÕES SOBRE OS ARQUIVOS Quando um novo arquivo é criado, o sistema de arquivos do Linux guarda suas informações em um inode (estrutura particular do sistema operacional), que conterá informações como: Proprietário e grupo do arquivo (UID - User Identification e GID - Group Identification) Tipo do arquivo Permissões do arquivo Data e hora da criação, e também da última modificação Número de links deste arquivo Tamanho do arquivo Um endereço, definindo a localização real dos dados do arquivo 4.2 - INFORMAÇÕES SOBRE OS ARQUIVOS A maioria dos arquivos do sistema são os chamados arquivos regulares. Eles contém dados convencionais, como por exemplo arquivos texto, arquivos de programas e imagens. Entretanto, outros arquivos são diferenciados dentro do sistema, dependendo da sua função: Diretórios: arquivos que são listas de outros arquivos. Arquivos especiais: arquivos que são usados como mecanismo para a conexão com dispositivos (portas de I/O, discos, etc). A maioria destes arquivos residem em /dev. Links: um sistema Linux pode fazer um arquivo (regular) ou diretório ficar visível em vários locais na árvore de diretórios do sistema, criando links. Os arquivos especiais e links serão tratados com detalhes mais adiante, devido a sua importância. Sockets: são mecanismos usados como forma de comunicação entre processos de rede, protegido pelo controle de acesso do sistema de arquivos. Pipes: similares aos sockets, fornecendo maneiras dos processos se comunicarem uns com os outros, porém não utilizam o conceito de rede. 4.2 - INFORMAÇÕES SOBRE OS ARQUIVOS O método mais simples e comum de verificar o tipo de um arquivo é através do comando Is, como exemplificado a seguir: $ Is -l documento.txt -rw-r--r-- 1 aluno grupo01 36720 Jul 22 14:25 documento.txt 10 caracteres. Apenas o caractere inicial. Atributos de arquivos Descrição - Arquivo regular d Diretório l Link simbólico b Dispositivos orientados a bloco (disco, memória, CD-ROM) c Dispositivos orientados a caracteres (modem, porta serial) s Socket p Pipe IDENTIFICANDO ARQUIVOS PELA COR Azul = Diretório Amarelo = Dispositivo do sistema. Verde = Arquivos executáveis. Vermelho = Arquivos compactados, pacotes rpm Azul claro = Links Simbólicos 4.3 - ARQUIVOS ESPECIAIS Links Links Diretos – Nomes que indicam o mesmo arquivo. Links Simbólicos – São como “atalhos” para arquivos Dispositivos – Montados no diretório /dev. CAPITULO 05 INTRODUÇÃO AO SHELL 5.1 - APRESENTAÇÃO Existem três tipos de execução de um shell Shell de Login Shell Interativo Shell Não Interativo Existem vários shells disponíveis para Linux; os principais são citados a seguir: sh ou Bourne SHell bash ou Bourne Again SHell csh ou C shell tcsh ou Turbo C shell ksh ou the Korn shell O BASH Propósitos do Bash: Utilização interativa: Personalização de uma sessão: Programação UTILIZANDO O PROMPT [aluno@kepler aluno]# Nome de usuário Nome da máquina Diretório onde o usuário se encontra # Indica que o usuário é o ROOT ~ Indica que o diretório home do usuário CONCEITO DE CAMINHO Caminho Absoluto – Caminho completo desde o / até onde o usuário se encontra: Ex: /home/admin Caminho Relativo – Caminho para qualquer diretório, apartir do diretório atual. CONCEITO DE CONSOLE Console, ou terminal, é a área onde é mostrado o shell. Em modo texto, ele é chamado também de terminal virtual (consistindo apenas da linha de comando do shell). É possível alternar entre os terminais virtuais no Linux, utilizando as teclas: Ctrl - Alt - Fn, onde n pode variar de 1 até 6 na configuração padrão . CAPITULO 06 PERMISSÕES E PROPRIEDADES DE ARQUIVOS 6.1 - CONCEITO DE PERMISSÃO O método mais simples e comum de verificar o tipo de um arquivo é através do comando Is, como exemplificado a seguir: $ Is -l documento.txt -rw-r--r-- 1 aluno grupo01 36720 Jul 22 14:25 documento.txt 10 caracteres. Apenas o caractere inicial. Atributos de arquivos Descrição - Arquivo regular d Diretório l Link simbólico b Dispositivos orientados a bloco (disco, memória, CD-ROM) c Dispositivos orientados a caracteres (modem, porta serial) s Socket p Pipe 6.1 - CONCEITO DE PERMISSÃO $ Is -l documento.txt -rw-r--r-- 1 aluno grupo01 36720 Jul 22 14:25 documento.txt 10 caracteres. -rwxrwxrwx Usuário Grupo Outros DONO DONO (aluno) (grupo01) PERMISSÕES Permissão Caractere Permissões de Arquivo Permissões de Diretório Leitura r Ver conteúdos do arquivo Listar conteúdo Gravação w Gravar / Modificar Arquivo Criar / Remover arquivos Execução x Executar arquivo Acesso ao diretório(cd) NÚMEROS OCTAIS Perm. Octal Binário - - - 0 000 - - x 1 001 - w - 2 010 - w x 3 011 r - - 4 100 r - x 5 101 r w - 6 110 r w x 7 111 Octal Ação 4 Leitura 2 Gravação 1 Execução MODOS DE ACESSO Forma Arquivos Diretórios Simbólico rw-rw-rw rwxrwxrwx Binário 110110110 111111111 Octal 6 6 6 7 7 7 UMASK Define com quais permissõesde leitura, gravação e execução será criado o arquivo. É sempre ao contrário(diminui) para chegar ao número octal correto. Ex: 022 = 755 PERMISSÕES ESPECIAIS SUID Apenas para arquivos executáveis. Quando ligado, o arquivo é executado com as permissões do dono, não como o usuário logado. Ex: passwd. -rwsrwxrwx SUID PERMISSÕES ESPECIAIS SUID bit 4 = famoso (e perigoso) SUID: Quando atribuído a um arquivo (ex.: chmod 4777) junto com permissão de execução, este permite que seja QUEM FOR o usuário que executar esse arquivo (programa binário), ele será executado como se fosse o DONO do arquivo. Exemplo, se você atribuiu como dono ROOT e modo 4777 a programa que destrua todo o seu HD, e você amanha criar um zé ninguém (usuário normal), se ele executa esse programa, ele vai ter permissão de detonar tudo como se fosse você usando ROOT. PERMISSÕES ESPECIAIS SGID Quando utilizado, os arquivos criados dentro de um diretório ficam associados ao grupo dono do diretório. -rwxrwsrwx SGID PERMISSÕES ESPECIAIS SGID bit 2 = nosso amiguinho SGID: Quando atribuído, os subdiretórios criados dentro dos diretórios com esse atributo automaticamente irão herdar os grupos do diretório anterior a eles e o SGID propriamente dito. Exemplo: se tenho o “/home/publico/informatica” com o grupo “info”, e o SGID setado, e se eu criar: /home/publico/informatica/jogos /home/publico/informatica/xxx /home/publico/informatica/spyware /home/publico/informatica/spyware/gator/precisiontime Todos esses subdiretórios automaticamente serão do grupo “info” e terão o bit 2 setado… PERMISSÕES ESPECIAIS STICKY BIT Quando utilizado só permite que o dono do arquivo apague ou o renomeie. Ex: /tmp/ -rwxrwxrwt Sticky Bit PERMISSÕES ESPECIAIS STICKY BIT bit 1 = nosso UTIL Sticky: Você quer criar um diretório compartilhado, para que todos possam criar arquivos, mas não quer que ninguém apague o arquivo uns dos outros, nem renomeie esses arquivos pra não virar zona? STICKY NELE! Se setar bit 1, em um diretório, por mais q o modo seja 1777, ninguém além dos próprios donos e root, poderá apagar ou renomear os arquivos contidos neles!! Porém, tem um detalhe: Se você permitir 777, não poderão apagar ou renomear, mas poderão EDITAR! Modo Desc. u Usuário g Grupo o Outros a Todas Modo Desc. - Tira + Coloca = Configura Classes Preenchimento MÓDULOS SIMBÓLICOS - CHMOD MÓDULOS SIMBÓLICOS - CHMOD Categoria Desc r Leitura w Gravação x Execução X Exec. Esp. s suid/sgid t sticky Permissões CAPITULO 07 RECURSOS DO SHELL BASH RECURSOS DO SHELL BASH HISTÓRICO DE COMANDOS USO DA TECLA TAB ("TAB COMPLETION") CARACTERES CURINGA Símbolo Significado ? Representa um caractere, uma única vez. Exemplos: teste.??? - Todos os arquivos com o nome teste que tenham uma extensão de três caracteres (sejam eles quais forem, diferentes de zero). /home/li??? - Todos os diretórios (ou arquivos) em /home que comecem com li e tenham outros três caracteres quaisquer em seu nome (diferentes de zero) * Representa qualquer caractere, qualquer número de vezes. Exemplos: *.txt - Todos os arquivos com a extensão .txt. a*/teste.* -> Todos os arquivos de qualquer diretório começado com "a" que tenham o nome teste e qualquer extensão. Is arquivo.* -> lista todos os arquivos do diretório atual que iniciem com os caracteres "arquivo", finalizando com qualquer coisa (pode ser nenhum, um ou vários caracteres). RECURSOS DO SHELL BASH CARACTERES CURINGA Símbolo Significado [ ] Especifica uma determinada faixa de caracteres; O caractere “^” pode ser utilizado para representar negação. Exemplos: *[0-9] .txt - Todos os arquivos que terminem com algum número e tenham a extensão .txt. [A-Z]*.txt - Todos os arquivos com extensão .txt que tenham como inicial uma letra maiúscula. [^a-z]*.txt - todos os arquivos que não comecem com alguma letra minúscula e tenham a extensão txt. { } Especifica um determinado conjunto de palavras/caracteres. Exemplo: *.{txt,TXT,doc,DOC} - Todos os arquivos que tenham as extensões .txt, TXT, .doc ou .DOC. 7.4 CANALIZAÇÃO E REDIRECIONAMENTO Entrada Padrão ("stdin") Saída Padrão ("stdout") Saída de Erro Padrão ("stderr") 7.4 CANALIZAÇÃO E REDIRECIONAMENTO Redirecionamento Operador Descrição > Envia uma determinada saída para um arquivo (sobrescrevendo-o se ele já existir). >> Adiciona (sem sobrescrever) uma saída a um determinado arquivo. < Utiliza um determinado arquivo como entrada padrão. << Utilizado em scripts, tópico avançado não visto nesse material. 7.4 CANALIZAÇÃO E REDIRECIONAMENTO Redirecionamento (SAÍDA DE ERRO) Operador Descrição 2>, 2>> 0 número 2 identifica a saída de erro padrão. Desse modo, estamos trabalhando apenas com a saída de erro, e não com a saída padrão. 2>&1 Utilizando essa sintaxe particular do shell, estamos direcionando a saída de erro (identificada pelo número inteiro 2) para o mesmo caminho da saída padrão (identificada pelo número inteiro 1). A partir daí, todo o direcionamento comum passa a incluir ambas as saídas. 7.4 CANALIZAÇÃO E REDIRECIONAMENTO Canalização A ideia de canalização é ligar dois ou mais processos através de suas saídas e entradas de dados. Por exemplo, podemos direcionar a saída padrão de um determinado programa para a entrada padrão de outro. Isso é extremamente útil pois casa com a filosofia do UNIX de ter vários pequenos utilitários que cumpram pequenas tarefas que, quando trabalhando em conjunto, garantem grande flexibilidade e funcionalidade. A principal ferramenta para canalização é o "pipe" ("tubo" em inglês), representado pelo símbolo "|". CAPITULO 11 SERVIDOR LDAP QUOTA DE DISCO -Habilite o serviço de quotas: -# quotaon –avug -- Tenha certeza de que o serviço de quotas está habilitado no boot. Se não existir o arquivo /etc/rc.d/quotas, crie um arquivo de script: -# vi /etc/rc.d/quotas - #!/bin/bash - /sbin/quotacheck -avug - /sbin/quotaon –avug -Altere as permissões para 755: -#chmod 755 /etc/rc.d/quotas -Crie o link simbólico para o arquivo de quotas para runlevel 3 e 5: -# ln –s /etc/rc.d/quotas /etc/rc.d/rc3.d/S20quotas -# ln –s /etc/rc.d/quotas /etc/rc.d/rc5.d/S20quotas LDAP – BACK-UP COMANDO: ldapsearch -x -b dc=ciaa,dc=mb "(ObjectClass=*)" > backupLDAP- `date --rfc-3339 date`.ldif Explicação das opções: -x Solicita uma autenticação simples -b determina qual a base de dados do LDAP será varrida para o backup (eu usei o ciaa como exemplo) ObjectClass=* Diz que todas as classes de objetos serão lidas > Redirecionador de saída apontando para o arquivo de destino backupLDAP-`date --rfc-3339 date`.ldif - Nome do arquivo backupLDAP- prefixo para o nome `date --rfc3339 date` O resultado do comando date será acrescentado ao nome do arquivo. Nesse caso a saída terá o formato ANO-MÊS-DIA .lidf Essa extensão identifica o arquivo como sendo um backup do LDAP. LDAP – RESTAURAR COMANDO: ldapadd -x -D cn=Administrador,dc=ciaa,dc=mb-W -f backupLDAP-2007-10-4.ldif Explicação das opções: -x Solicita uma autenticação simples -D Determina o usuário que se autenticará e que tem direitos para fazer alterações na base LDAP -W A senha do usuário identificado por -D será pedida -f Diz qual arquivo será a fonte da restauração do backup.
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