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Constitucional 1
Conceito: É o ramo do direito público, didaticamente autônomo, que estuda a organização e o funcionamento do Estado e a defesa dos direitos e garantias fundamentais.
Classificação da Constituição: 
Quanto ao conteúdo:
Formal: Regras formalmente constitucionais, é o texto votado pela Assembleia Constituinte, estão inseridas no texto constitucional.
Material: regras materialmente constitucionais, é o conjunto de regras de matéria de natureza constitucional, isto é, as relacionadas ao poder, quer esteja no texto constitucional ou fora dele.
Quanto à forma:
Escrita:   pode ser: sintética (como a Constituição dos Estados Unidos) e analítica (expansiva, como a Constituição do Brasil).  A ciência política recomenda que as constituições sejam sintéticas e não expansivas como é a brasileira.
Não escrita:     é a constituição cuja normas não constam de um documento único e solene, mas se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos constitucionais esparsos.
Quanto ao modo de elaboração
Dogmática: é Constituição sistematizada em um texto único, elaborado reflexivamente por um órgão constituinte; é escrita. É a que consagra certos dogmas da ciência política e do Direito dominantes no momento.  
Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histórica, do lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização de determinado Estado.   Como exemplo de Constituição não escrita e histórica temos a Constituição do Reino Unido da Grã Bretanha e da Irlanda do Norte. 
 (Ex.  Magna Carta  -  datada de 1215)
 obs:   A escrita é sempre dogmática;  A não escrita é sempre histórica.
Quanto a sua origem ou processo de positivação:
Promulgada:     aquela em que o processo de positivação decorre de convenção, são votadas, originam de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos para o fim de as elaborar.  
Ex.:   Constituição de 1891, 1934, 1946, 1988. 
Outorgada:     aquela em que o processo de positivação decorre de ato de força, são impostas, decorrem do sistema autoritário.  São as elaboradas sem a participação do povo. 
Ex.: Constituição de 1824, 1937, 1967, 1969
Pactuadas:     são aquelas em que os poderosos pactuavam um texto constitucional, o que aconteceu com a Magna Carta de 1215.
OBS:    A expressão Carta Constitucional é usada hoje pelo STF para caracterizar as constituições outorgadas.  Portanto, não é mais sinônimo de constituição.
Quanto à estabilidade ou mutabilidade:
Imutável: constituições onde se veda qualquer alteração, constituindo-se relíquias históricas – imutabilidade absoluta.
Rígida:  permite que a constituição seja mudada mas, depende de um procedimento solene que é o de Emenda Constitucional que exige 3/5 dos membros do Congresso Nacional para que seja aprovada.  
Flexível: o procedimento de modificação não tem qualquer diferença do procedimento comum de lei ordinária. 
 Ex:  as constituições não escritas, na sua parte escrita elas são flexíveis.
Semi-rígida: aquela em que o processo de modificação só é rígido na parte materialmente constitucional e flexível na parte formalmente constitucional.
 Obs:    A CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA é: escrita, analítica, dogmática, eclética, promulgada e rígida.
Constitucionalismo: É um movimento social, jurídico e político que tem como principal característica a limitação do exercício do poder do Estado por meio do texto constitucional, com o objetivo de preservar os direitos fundamentais do povo.
No séc. XVIII dois documentos mudaram a história do Constitucionalismo :
A Constituição Norte Americana de 1787.
A Constituição Francesa de 1791.
O Constitucionalismo Social é o movimento que passou a prever na constituição os direitos sociais, como por exemplo, o direito à saúde, à educação, à moradia, à alimentação, dentre outros.
O Constitucionalismo Social - surge na Constituição de México de 1917, mas se torna mais conhecido com a Constituição de Weimar (alemã) de 1919. Antes do Constitucionalismo Social, tinha-se a previsão somente de direitos individuais, em uma perspectiva liberal de defesa de direitos. No Estado Liberal, o indivíduo tinha seus direitos individuais e o Estado não interferia nas relações privadas, ou seja, as pessoas se viravam na luta pela sobrevivência. No Estado Social, a constituição prevê a necessidade de se defender os direitos sociais, o que exige uma postura mais ativa do Estado. No Brasil, a Constituição de 1934 (terceira constituição brasileira) foi a primeira a prever a defesa de direitos sociais.
O Transconstitucionalismo - é outro movimento de observação do Constitucionalismo que trata da relação que há entre o direito interno e o Direito Internacional para a melhor tutela dos direitos fundamentais. Segundo o autor Marcelo Neves, nem sempre as constituições conseguem prever todos os fatos que desafiarão os direitos fundamentais e, por esse motivo, os dispositivos internacionais que tratam de direitos humanos podem complementar a defesa dos direitos fundamentais.
Elementos da Constituição:
Elementos orgânicos ou organizacionais: organizam o estado e os poderes constituídos.
Elementos limitativos: limitam o poder – direitos e garantias fundamentais.
Elementos sócio-ideológicos: princípios da ordem econômica e social.
Elementos de estabilização constitucional: supremacia da CF (controle de constitucionalidade) e solução de conflitos constitucionais.
Elementos formais de aplicabilidade: são regras que dizem respeito a aplicabilidade de outras regras. 
(ex.preâmbulo, disposições transitórias)
Aplicabilidade da Norma Constituinte (José Afonso):
Normas constitucionais de eficácia plena
Estas normas, de acordo com José Afonso da Silva, são :
“aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição,produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta ou indiretamente, quis regular”.
Em geral, estas normas são responsáveis pela criação de órgãos e atribuição de competência aos entes federativos (como podemos ver, especialmente, nos Títulos III e IV da CF), bem como, por exemplo, são normas que estabelecem proibições (art. 145, § 2º), vedações (art. 19), isenções (art. 184, § 5º, I), imunidades (arts. 53 e 150, I a VI) ou prerrogativas (art. 128, § 5º, I).
São, de acordo com José Afonso da Silva, aquelas em :
“que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos à determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados”.
Em regra, estas normas são as que tratam de direitos individuais ou de entidades públicas ou privadas, que são passíveis de limitação por uma lei futura.
Normas constitucionais de eficácia limitada:
José Afonso da Silva as classifica como normas que apresentam “aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses, após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade”.
 Ele ainda observa que estas normas, não que não tenham eficácia, mas, na verdade, possuem um mínimo efeito, pelo menos, vinculando o legislador infraconstitucional no sentido de proporcionar que o interesse indicado por tal norma seja efetivado. Segundo a classificação de José Afonso da Silva, as normas de eficácia limitada possuem duas subespécies: normas de princípio instituitivo (ou organizatório) e normas de princípio programático.
Normas de princípio instituitivo:
Mas, segundo José Afonso da Silva, estas normas são de pouca eficácia, pois não trazem nenhuma sanção específica caso as determinações ou indicações não “saiam do papel”, e o legislador não poderá ser constrangido a legislar, e, caso haja lei preexistente que nãoseja incompatível, esta lei não é revogada, continua podendo ser usada no caso concreto, “aliviando a barra” do legislador.
Normas de princípio programático:
São aquelas em que o legislador não regula nem direta nem indiretamente um interesse, mas indica princípios que o Estado deve adotar como fim e objetivo. Elas impõem ao Estado uma obrigação, mas não apontam, diferentemente das anteriores, com que meios os resultados esperados deverão ser atingidos.
Eficácia das normas Constitucionais: Eficácia Plena,Contida e limitada:
As normas constitucionais de eficácia plena são as mais fáceis de identificar nas questões de concurso. São aquelas normas que desde a entrada em vigor da Constituição já estão aptas a produzir eficácia. Por isso, são definidas como de aplicabilidade direta, imediata e integral.
As normas constitucionais de eficácia contida são dotadas de aplicabilidade direta, imediata, mas não integral (o legislador pode restringir a sua eficácia). Já as normasconstitucionais de eficácia limitada têm a sua aplicabilidade indireta, mediata e diferida (postergada, pois somente a partir de uma norma posterior poderão produzir eficácia).
Diferença entre normais constitucionais,eficácia contida e eficácia limitada:
É que a primeira produz efeitos desde logo (direta e imediatamente), podendo, entretanto, ser restringidas. A segunda (eficácia limitada), só pode produzir efeitos a partir da interferência do legislador ordinário, ou seja, necessitam ser “regulamentadas”.
Dicas para diferenciar as “contidas” das “limitadas”:
 1) Em regra, sempre que houver expressões como “salvo disposição em lei” será norma de eficácia contida.
 2) Em regra, sempre que tiver expressões como “a lei disporá” será norma de eficácia limitada.
 3) Enquanto não houver lei a disciplinar norma de eficácia contida, esta poderá ocorrer de forma plena. Na norma de eficácia limitada ocorre o contrário, pois é impossível o seu exercício enquanto não houver a sua regulamentação.
Hermenêutica é o exame do saber sobre os pressupostos, a metodologia e a interpretação do direito. Esta ligada à mitologia greco-latina. O Deus Hermes era um mensageiro dos deuses, era a divindade incumbida de levar a mensagem dos homens aos deuses e a mensagem dos deuses aos homens. A interpretação em geral, e a interpretação jurídica, é uma atividade de mediação comunicativa, que é muito importante o estudo que vamos desenvolver.
Em qualquer campo da hermenêutica, esse exame será uma forma de comunicação mediativa. O intérprete do direito mediará a relação que existe entre o sistema jurídico e a sociedade. A lei não fala, o intérprete é que faz a lei falar, sendo portando uma espécie de “médium”.A hermenêutica constitucional será entendida como o saber que se propõe a estudar os princípios, os fatos, e compreender os institutos da Constituição para colocá-la diante da sociedade. O poder constituinte é o responsável pela criação da Constituição. O poder constituinte pode ser visualizado como um emissor de uma mensagem, ou conjunto de mensagens (Constituição) normativas, que organizam o Estado e definem os direitos fundamentais. Noutro pólo da relação comunicativa, podemos colocar a sociedade/comunidade jurídica que seria a receptora desse conjunto de mensagens normativas, estabelecendo aqui a RELAÇÃO COMUNICATIVA. A interpretação constitucional, feita pelos intérpretes da Constituição, vem mediar a relação comunicativa entre os dois pólos – Relação circular – circularidade hermenêutica. Isso faz com a Constituição se concretize no âmbito da sociedade.
MÉTODOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
MÉTODOS CLÁSSICOS – esses métodos foram legados por Savigny (que foi um grande jurista Alemão do século XIX) – segundo esse método foi sistematizado os métodos abaixo descritos, os quais não são excludentes; para que uma interpretação seja bem feita, é necessário que esses métodos sejam sincretizados para se poder delimitar o sentido e o alcance das normas constitucionais:
– Método Gramatical – consiste na busca do sentido literal ou textual da norma constitucional. Esse método hoje na hermenêutica jurídica e constitucional deve ser apenas o ponto de partida no momento da interpretação de uma norma, porque muitas vezes interpretando ao pé da letra, podemos chegar a soluções hermenêuticas injustas (dura lex, sed lex);
Método Sistemático – é aquela interpretação que busca correlacionar todos os dispositivos normativos de uma Constituição, pois só conseguiremos elucidar a interpretação a partir do conhecimento do todo, não podemos interpretar a Constituição em “tiras” e sim como um todo. Hans KELSEN tem a visão do sistema jurídico que seria naturalmente uma pirâmide normativa, na qual temos no topo a Constituição, abaixo vêm a legislação, logo abaixo os atos administrativos, e posteriormente os contratos e decisões. Todos esses componentes da pirâmide tem que ser interpretados juntamente com a Constituição, todas as normas jurídicas devem ser lidas e relidas através da Constituição, sendo denominado de FILTRAGEM HERMENÊUTICA – para o neoconstitucionalismo.
 Método Histórico – consiste na busca dos antecedentes remotos e imediatos que interferiram no processo de interpretação constitucional. Para entendermos o sentido atual precisamos entender o “passado” desses institutos. Ex: se eu desejasse interpretar a CF/88 utilizando o método histórico e buscando um antecedente histórico, eu poderia buscar na Constituição de 1824, 1946, 1967 etc., pois estudando essa evolução, chegaríamos ao entendimento de como chegamos à Constituição atual.
Método Sociológico – busca adaptar a Constituição à realidade social. Desenvolveu-se no final do século XIX com o surgimento da sociologia. No campo da interpretação constitucional o método sociológico busca a efetividade, a eficácia social para que não se abra um abismo entre a norma e conjunto dos fatos sociais. O conceito de KELSEN passa a ser revisto, pois as mudanças na sociedade passam a ser observadas. Um exemplo disso é a norma que fala que o salário mínimo deve prover as necessidades básicas; essa norma poderia ser considerada inconstitucional no âmbito da interpretação sociológica, pois não disse quanto é o valor desse salário, e evidentemente que hoje temos normas regulando o valor do salário, o qual não consegue cumprir esse preceito de atender a TODAS as necessidades básicas.
 Método Teleológico ou finalista – busca realizar a finalidade das normas constitucionais, muitas vezes superando a realidade descrita na norma. A interpretação teleológica se desenvolve sobre tudo sobre os princípios constitucionais Ex: no sentido da expressão “casa” para a inviolabilidade do domicílio, pode ser estendida a qualquer domicílio, inclusive profissional, ex: escritório de advocacia.
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT):
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) estão presentes no texto da constituição, após a parte permanente, ou seja, após o artigo 250 da constituição. O ADCT inicia-se no artigo 1o, de forma apartada à contagem de artigos da constituição, mas o ADCT é norma constitucional, diferente do preâmbulo. O ADCT inclusive já foi objeto de emendas constitucionais, e serve como norma de validade para conferência da constitucionalidade de leis e atos normativos.58 A principal diferença do ADCT, para a parte permanente do texto constitucional, é o fato de não ter um caráter permanente, ou seja, tem o objetivo de ser aplicado de forma transitória, por um tempo determinado. As normas contidas presentes no ADCT têm o objetivo de regulamentar o período de transição que se dá do regime jurídico estabelecido pela antiga constituição para o regime jurídico estabelecido pela nova constituição.
Poder Constituinte:
 É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado
O Poder constituinte é o poder que tudo pode.
Titularidade do Poder Constituinte:é predominante que a titularidade do poder constituinte pertence ao povo.  Logo,a vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de seus representantes.
Espécies:
 Poder Constituinte Originário -  Estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-se e criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma condição. Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição  e também na elaboração de qualquer outra que venha depois.
Características:
*Inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado;
* Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos pelo direito positivo anterior;  não há nenhum condicionamento material;
*Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua vontade;  não está submisso a nenhum procedimento de ordem formal.
Poder Constituinte Derivado  - também chamado Instituído ou de segundo grau – é secundário, pois deriva do poder originário.  Encontra-se na própria Constituição, encontrando limitações por ela impostas:  explícitas e implícitas.
Características:
*Derivado -  deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder Constituinte originário;
*Subordinado  - está subordinado a regras materiais;  encontra limitações no texto constitucional.   Ex. cláusula pétrea
*Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF; é condicionado a regras formais do procedimento legislativo.   Este poder se subdivide  em:
I) poder derivado de revisão ou de reforma:  poder de editar emendas à Constituição.  O exercente deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no procedimento legislativo, mas no Poder Reformador.   
II)  poder derivado decorrente:  poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as suas próprias constituições.   O exercente deste poder são as Assembléias Legislativas dos Estados.  Possibilita que os Estados Membros se auto-organizem.
 A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era previsto, chegando a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-organizar-se através de suas próprias Constituições Municipais que são denominadas Leis Orgânicas.
Retroatividade da Norma Constitucional:
RETROATIVIDADE MÁXIMA OU RESTITUTÓRIA → A norma ataca fatos consumados. A lei nova não respeita a coisa julgada ou os fatos jurídicos já consumados. Exemplo: “Art. 96, parágrafo único, da Carta de 1937, que consentia ao Parlamento rever a decisão do STF que declarara a inconstitucionalidade de uma lei.”
RETROATIVIDADE MÉDIA → A lei nova alcança os efeitos pendentes de atos jurídicos verificados antes dela. Ou seja, “a lei nova atinge as prestações vencidas mas ainda não adimplidas”. Exemplo: “lei que diminuísse a taxa de juros e se aplicasse aos já vencidos mas não pagos.”
RETROATIVIDADE MÍNIMA, TEMPERADA OU MITIGADA → “... a lei nova atinge apenas os efeitos dos fatos anteriores, verificados após a data em que ela entra em vigor.” Isto é, prestações futuras de negócios anteriores ao advento da nova lei.
Segundo STF, as normas constitucionais, por serem fruto do Poder Constituinte Originário têm, via de regra, retroatividade mínima.
Destarte, a regra no Brasil é a retroatividade mínima; todavia, nada impede que a norma constitucional tenha retroatividade média ou máxima. Não obstante, para tal, deve haver expressa recomendação na Constituição. 
Recepção: é o instituto pelo qual a nova Constituição, independente de qualquer previsão expressa, recebe norma infraconstitucional pertencente ao ordenamento anterior, com ela compatível, dando-lhe, a partir daquele instante, nova eficácia.
No momento do surgimento de uma nova constituição, a constituição anterior pode sofrer três possíveis consequências: revogação, desconstitucionalização ou recepção. A revogação da constituição é a regra e estabelece a perda de validade do texto da constituição anterior, de forma tácita. Na desconstitucionalização, a constituição anterior deixa de ser constituição e permanece no ordenamento jurídico como norma infraconstitucional, ou seja, no que estiver de acordo com a nova constituição, continua em vigor.
 
Constitucionalidade/Superveniente: A análise constante da constitucionalidade das normas é uma das prioridades do Direito Constitucional, pois uma norma que nasce constitucional pode se tornar inconstitucional em virtude de mudanças formais da constituição ou por meio da mutação constitucional. A Teoria da Constitucionalidade Superveniente trata da hipótese contrária, na qual uma norma que inicialmente seria inconstitucional, mas que não teve essa inconstitucionalidade afirmada formalmente, possa, após uma emenda constitucional, tornar-se constitucional posteriormente.
Direitos Fundamentais (art 1° ao 5°):
Os direitos fundamentais cumprem na nossa atual Constituição a função de direitos dos cidadãos, não só porque constituem – em um primeiro plano, denominado jurídico objetivo – normas de competência negativa para os poderes públicos, impedindo essencialmente as ingerências destes na esfera jurídico-individual, mas também porque – num segundo momento, em um plano jurídico subjetivo – implicam o poder de exercitar positivamente certos direitos (liberdade positiva), bem como o de exigir omissões dos poderes públicos, evitando lesões agressivas por parte dos mesmos.
As várias “dimensões dos direitos fundamentais” nada mais são do que novas facetas de um mesmo direito, o direito à vida, só que em momento histórico diferente. Assim, a expressão “gerações dos direitos fundamentais” pode nos dar, erroneamente, a ideia de alternância, de superação, de descarte. Por outro lado, quando se fala em “dimensões”, se resgata a ideia de expansão, de acumulação, de fortalecimento, de nova visão. As diversas dimensões dos direitos fundamentais foram construídas como respostas às grandes violações, injustiças e estado de insegurança da humanidade. As dimensões são resultados de reações às violações dos direitos. 
Primeira dimensão (Direito à Vida)
Se refere a integridade física e moral, ou seja, uma pessoa não pode ser torturada, exposta a humilhações e nem ter sua vida tirada por outra pessoa.
 2.Segunda dimensão (Direito à Liberdade) O cidadão tem o direito de ir e vir, praticar sua religião, sem ser censurado e expor suas opiniões contra alguém, desde que possua argumentos e justificativas para tal.
 3.Terceira dimensão ( Direito à Igualdade ) Garante que todos são iguais perante a lei e portanto, não deve ocorrer discriminação de qualquer tipo. Essa igualdade pode ser classificada de duas formas:
I. Igualdade Formal - a primeira é quando os indivíduos são tratados de maneira igual perante a lei, ou seja, quando homens e mulheres são classificados em direitos e obrigações de acordo com a lei.
II .Igualdade Material - quando os mais fracos recebem um tratamento diferenciado a fim de aproximá-los dos mais fortes, ou seja, o Estado deve tratar os pobres, os desiguais, dentre outros grupos, de maneira especial de acordo com a situação.
Características dos Direitos Fundamentais: 
São universais, ou seja, aplicam-se a todos, sem qualquer preconceito de gênero, classe social, etnia, nível de instrução intelectual, raça, origem, nacionalidade.
São dotados de historicidade, ou seja, são históricos, pois são fruto da evolução da história humana. Eles vão se desenvolvendo com a evolução histórica humana.
Concorrentes, pois são exercidos simultaneamente. Ao mesmo tempo mais de um direito fundamental é aplicado.
A diferença entre aplicação e aplicabilidade imediata:
Aplicação é diferente de aplicabilidade pois alguns direitos fundamentais dependem da regulamentação para produção de seus efeitos.
Conceitos de Direitos Fundamentais e remédios:
Direitosfundamentais são os direitos básicos individuais, sociais, políticos e jurídicos que são previstos na Constituição Federal de uma nação. Por norma, os direitos fundamentais são baseados nos princípios dos direitos humanos, garantindo a liberdade, a vida, a igualdade, a educação, a segurança e etc.
Os remédios constitucionais, ou remédios jurídicos, são instrumentos previstos no ordenamento jurídico brasileiro que deveriam ser de conhecimento de todos os cidadãos do nosso país. Isso porque são mecanismos que garantem aos cidadãos os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal quando o Estado não cumpre seu dever, seja por despreparo, ilegalidade ou abuso de poder.
Os Remédios Constitucionais:
HABEAS CORPUS
O habeas corpus é uma medida que tem por objetivo salvaguardar o direito de ir e vir. É concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
Existe sob duas formas:
I . Habeas corpus liberatório: é o mais comum, que é justamente o que faz cessar o constrangimento ilegal que priva alguém da liberdade. Nesta espécie, quando o referido Remédio Constitucional é concedido, haverá expedição de alvará de soltura.
corpus preventivo: quando existe apenas uma ameaça ao direito. Nesse caso podem ser partes no HC, qualquer pessoa física que se achar ameaçada de sofrer lesão a seu direito de locomoção tem direito de fazer um pedido de Habeas corpus. Essa pessoa é chamada de “paciente” no processo. O acusado de ferir seu direito é denominado “coator”.
HABEAS DATA
O habeas data é uma ação que visa garantir o acesso de uma pessoa a informações sobre ela que façam parte de arquivos ou bancos de dados de entidades governamentais ou públicas. Também pode pedir a correção de dados incorretos.
O habeas data tem o seu fundamento legal no artigo 5º da Constituição Federal e na Lei 9.507, de 12 de novembro de 1997.
MANDADO DE SEGURANÇA
O mandado de segurança é um instrumento que serve para garantir direito líquido e certo, individual ou coletivo, que esteja sendo violado ou ameaçado por ato de uma autoridade, em ato ilegal ou inconstitucional.
Pode ser:
I . Mandado de segurança preventivo: O mandado de segurança preventivo é aquele pedido com fins de evitar uma ilegalidade. Para garantir que o direito se cumpra, o indivíduo entra com o mandado.
Mandado de segurança repressivo: no caso de o ato ilegal já ter sido cometido pela autoridade pública, entra-se com a ação de mandado de segurança repressivo, para reprimir a injustiça cometida.
MANDADO DE INJUNÇÃO
O mandado de injunção busca a regulamentação de uma norma da Constituição, quando os poderes competentes não o fizeram. O pedido é feito para garantir o direito de alguém prejudicado pela omissão do poder público.
AÇÃO POPULAR
A ação popular permite ao cidadão recorrer à Justiça na defesa da coletividade para prevenir ou reformar atos lesivos cometidos por agentes públicos ou a eles equiparados por lei ou delegação. Há também a possibilidade de uma ação popular ser aberta quando a administração pública for omissa em relação a atos que deveria praticar.
Todos os eleitores brasileiros, incluindo os menores de 18 anos, têm legitimidade para propor uma ação desse tipo. Há, no entanto, a necessidade de se demonstrar a lesividade ou ameaça ao direito provocada pelo ato da administração pública ou pela omissão desta.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Regida pela Lei 7.347, de 24 de julho de 1985, a Ação Civil Pública pode ser proposta pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, estados, municípios, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de economia mista e associações interessadas, desde que constituídas há pelo menos um ano.
Conforme a lei, a ação civil pública, da mesma forma que a ação popular, busca proteger os interesses da coletividade. Um dos diferenciais é que nela podem figurar como réus não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou jurídica que cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral e a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Cabe uma ação pública, por exemplo, quando uma comunidade é atingida pelo rompimento de uma barragem. 
Diferença entre: Remédios x Garantias X Direitos :
Direitos são normas que declaram a existência de interesse, portanto, são normas declaratórias. ... Ressalte-se que garantias não podem ser confundidas com remédio constitucional, pois esse é instrumento processual que tem por objetivo assegurar o exercício de um direito.

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