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Acidose ruminal Acidose ruminal é causada principalmente por um excesso de carboidratos rápidos (concentrados com muitos grãos e silagem de milho com alto teor de amido palatável a 100%) em combinação com baixa ingestão de fibras. Como resultado, o pH diminui e causa sérios problemas quando este é menor que 5,5, visto que o ambiente ruminal fica muito ácido para a maioria das enzimas trabalharem adequadamente. Desta forma, a flora ruminal será destruída e a digestão cessará. A vaca tenta ajustar isso produzindo muita saliva, que contém alta concentração de bicarbonato de sódio. Assim, este problema pode ser identificado quando as vacas estão salivando muito. Além disso, é importante investigar a consistência das fezes, pois, se estas estiverem finas, com cheiro forte e bolhas de ar saindo delas, a vaca estará sofrendo de acidose. As vacas que comem pasto novo com alto teor de nitrogênio também estão susceptíveis à acidose. Para preveni-la, aumente a estrutura da forragem, pois as vacas precisam de mais fibra. Para vacas à pasto, deixe que elas comam pasto com fibras longas. Um alto consumo de celulose aumentará a produção de saliva, o que diminuirá a atividade ruminal. INDIGESTÃO RUMINAL SÍMPLES OU ACIDOSE RUMINAL SUBCLÍNICA OU SUBAGUDA Etiologia - Mudança abrupta da dieta · Falta de adaptação metabólica; · Adaptação metabólica mas não na quantidade. Etiologia alimentar · Alimentos mofados ou torrados; · Silagens parcialmente fermentadas, azedas ou estragadas; · 60% de concentrados, redução do volume e comprimento das fibras. Sinais Clínicos: · Ínicio súbito e recuperação espontânea em 2 a 3 dias; · Hiporexia, apatia, produção de leite (1-2 dias); · Hipomotilidade e hipotonia ruminal (< 5 mov/ min); · Timpanismo ruminal moderado (assimetria à esq.); · Alterações discretas do pH do suco ruminal (5 - 6,5); · Diarréia / Desidratação branda; · Funções vitais normais. Diagnóstico Clínico · Assimetrica de flanco, timpanismo · Hipomotilidade e hipotonia ruminal (< 5 mov/ min); · Exame do suco ruminal: Ph entre 5,0 e 6,5. · DIARRÉIA / Queda na produção de leite / SIALORRÉIA Tratamento Inicial: · Recuperação espontânea em 2 a 3 dias; · Diminuição do volume de concentrados; · Tamponantes ruminais; · Piquetes. Tratamento Enteral: · Catártico: sulfato Mg 500 a 1.000g · Alcalinizante: - óxido Mg ou hidróxido Mg 400g - bicarbonato Na 400g · Liquefação do conteúdo: Solução Fisiológica 15 a 20L · Ingestão forçada de volumoso: transfaunação Tratamento parenteral: · Catártico: sulfato Mg 500 a 1.000g · Alcalinizante: - oxido Mg ou hidróxido Mg 400g - bicarbonato Na 400g · Liquefação do conteúdo: Solução Fisiológica 15 a 20L Controle: · Adequação da dieta e produção. ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL AGUDA (DISTÚRBIO FERMENTATIVO) Indigestão por sobrecarga de grãos Etiologia: Consumo excessivo de carboidratos · CRESCIMENTO DE Streptococcus bovis e produção de ÁC. LÁCTICO; · ÁCIDO LÁCTICO »»» LACTATO; Sinais clinicos: Forma leve · Aparecimento súbito · Anorexia, apatia, produção de leite · Hipomotilidade a atonia ruminal · Ausência de ruminação · Distensão ruminal (sobrecarga / timpanismo) · Fezes amolecidas · Funções vitais moderadamente alteradas · Recuperação por tratamento clínico. Manifestação clínica: Animal com distensão do flanco esquerdo, primeiro sinal de timpanismo, assimetrica por acúmulo de gás. Sinais Clínicos: Forma Grave · Depressão, decúbito; · Alteração do comportamento, ataxia, amaurose; · Anorexia; · Hipomotilidade a atonia ruminal; · Distensão ruminal (pastoso a líquido / timpanismo); · Fezes líquidas, claras, odor acre-doce; · Hipotermia, taquicardia, taquipnéia; · Desidratação severa. Manifestação clínica; Severa distensão ruminal, atonia ruminal, dispnéia, toxemia e morte. Consequências: · Rumenite que se segue ao quadro de indigestão provocado por uma dieta rica em grãos. · Conteúdo ruminal com muito milho, congestão e edema da mucosa ruminal · Abscessos hepáticos Diagnóstico: · Histórico · Hematócrito · Análise do líquido ruminal: Ph entre 4,5 e 5,0. · Inatividade da Flora Microbiana: Percussão auscultatória e baloteamento. Analise de liquido ruminal: · FISIOLÓGICO: Cor: Verde – oliva a acastanhado; Consistência: ligeiramente viscoso; Odor: aromático e forte. · ALTERADO: Cor: leitosa, amarelada e acinzentada; Consistência: no início viscosa, depois aquosa; Odor: ácido Diagnóstico Diferencial: · Forma leve: indigestões primárias e secundárias. · Forma severa: causas de decúbito/depressão paresia puerperal hipocalcêmica toxemias (mastite, metrite, peritonite) encefalopatias Procedimento clínico: · Melhorar o decúbito · Trocarterização: melhora a oxigenação; · Correção da acidose sistemica e desidratação · Correção da acidose ruminal (sonda orogastrica) · Restabelecer motilidade e função digestiva · Restabelecer motiliade rumenal · Laxante: rentativa de remover CHO sem rumenotomia Prevenção: · Fatores que afetam o ambiente ruminal e o processo de fermentação; · A manipulação dietética da fermentação ruminal é feita com a inclusão de substâncias como: - Lipídeos - Tampões - Leveduras - Ionóforos - Enzimas fibrolíticas
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