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APOSTILA COMPLETA LINGUAGEM JURIDICA 2017 2 ALUNO 20170816 1523(1)

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Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
1 
 
 
– LINGUAGEM JURÍDICA – ALUNO – 2017 – 2 
 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
2 
A LINGUAGEM ESCRITA: ENTENDIMENTO DO TEXTO 
 
Três definições cabem aqui, a título de esclarecimento inicial: 
 
Língua → Sistema de signos vocais, eventualmente gráficos (escritos), próprio de uma comunidade de 
indivíduos, que o utilizam como instrumento de comunicação. 
Linguagem → Todo sistema de signos usado para a comunicação (letras, palavras, desenhos, símbolos etc.). A 
linguagem representa o pensamento e funciona como instrumento mediador das relações sociais. 
Há vários modos e meios de relações sociais, assim como há vários modos de viver e de externar, 
portanto, uma determinada cultura. Ora, as variações socioculturais contribuem para as 
diversificações da linguagem; só não são mais graves as dificuldades dessa diversificação porque 
há um esforço social para a configuração de uma linguagem comum básica, controlada por normas 
linguísticas. 
►E a linguagem Técnica? Está bem próxima da linguagem padrão normal, com um esforço voltado para a 
racionalidade, a clareza e a objetividade. Tem sua linguagem específica, seus termos próprios e 
técnicos, seu modo de apresentação com “marcas” facilmente identificáveis. 
 
Cabe ainda lembrar os TIPOS DE LINGUAGEM verbal mais comuns: 
a) Culta – permite a identificação de um padrão comum unificador a todos os falantes da mesma língua. A 
linguagem culta deve ser usada “em situações formais que requerem um maior cuidado com o uso da 
língua, como uma entrevista de emprego, uma apresentação de trabalho acadêmico, [...] a elaboração de 
uma peça processual” (ANDRADE; GABRIEL, 2005, p. 14)1. Assim, a correção gramatical deve ser 
observada aí. A linguagem culta não é necessariamente preciosista, antipática ou enfeitada demais (com 
termos eruditos ou em desuso); deve ser clara e objetiva, observando as normas. 
Tem gente que vai na igreja por obrigação. (forma não-culta) 
Há gente que vai à igreja por obrigação. (forma culta) 
b) Coloquial – usada no dia a dia, em “[...] situações informais, em que os usuários da língua estão à 
vontade, sem se preocupar com o rigor gramatical. [...] A preocupação, neste caso, é muito mais com o 
conteúdo do que com a forma” (A&G, 2005, p. 14). 
Foi eu e meus amigos no baile de formatura de... (forma coloquial) 
 Fomos meus amigos e eu ao baile de formatura... (forma culta) 
 
 
1
 ANDRADE, Valdeciliana S. Ramos; GABRIEL, Valéria C. Barbosa. Os meandros discursivos do texto jurídico: da 
leitura à produção. Vitória: Editora, 2005. Daqui por diante, toda referência a esta obra será feita a partir do seguinte código: 
A&G, 2005, p. X. 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
3 
─ Me dá licença! (coloquial) 
 ─ Dê-me licença! (culta) 
c) Regional – falada segundo cada região do país, com diferenças marcantes quanto ao significado de certas 
palavras e expressões. Não pode ser inserida nos conceitos de certo e errado; tem validade mais garantida 
dentro da região em que se originou, mas deve ser respeitada como variante legítima de uma língua. 
Algumas regiões apresentam maior número de variações que outras, porém isso é meramente resultado das 
complexas formações populacionais e culturais. Seu uso em situações formais, entretanto, não é 
recomendável. Vejamos: 
Iah 
 Uai 
 Bah 
 Tchê 
 Vixe Têm a mesma legitimidade 
 
A bola pocou. O policial pocou a cara do bandido. Poquei o dedo na pedra. 
d) Grupal – reservada a meios técnicos, profissionais, ou a “[...] determinados grupos sociais para estabelecer 
diferença em relação a outras pessoas, neste caso, é chamada [também] de gíria” (A&G, 2005, p. 15). 
 Data vênia, doutor, prefiro a versão da peça vestibular. 
 ─ Fala aí, brother! / O zagueiro pôs a bola onde dorme a coruja! 
 A logística também depende diretamente de boa análise de swot. 
e) Literária – procura chamar a atenção para vários aspectos da língua (e não apenas para o assunto), como a 
sonoridade, as várias significações dos termos e do jogo de ideias. O autor não quer simplesmente informar, 
mas insinuar, sugerir, provocar efeitos. É pouco objetiva, pois prioriza a emoção, a subjetividade, a 
expressão lírica, a arte. Observe alguns trechos: 
A mão da noite embrulha os horizontes. Todos os guarda-chuvas do mundo estão abertos e a gente 
respira o escuro como se trouxesse a morte das coisas para dentro. (Nélio Cruz) 
A minha alma está armada / e apontada para a cara do sossego. (O Rappa) 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
4 
 
LINGUAGEM ESCRITA 
Desde já é preciso destacar que tão errado quanto falar como se escreve é escrever como se fala. Escrever 
e falar são dois códigos totalmente diferentes. Como ponderam Valdeciliana Andrade e Valéria Gabriel, 
“A linguagem escrita não é tão espontânea quanto a falada. Diante do papel, que tem um caráter perene 
[duradouro], o emissor de uma mensagem sempre pensa duas vezes antes de escrever, principalmente 
porque não possui outros recursos da expressão oral” (A&G, 2005, p. 16). 
Veja algumas comparações importantes entre os dois meios nos quadros da página seguinte: 
F A L A 
 
• O falante e o ouvinte estão geralmente próximos, o que apoia a comunicação e possibilita a ambos 
escolher sobre o que dizer e como dizer; 
• utilizam-se aqui também a linguagem do corpo (gestos, expressões) e o tom de voz como pistas de 
intenção; 
• quem fala procura manter o controle da situação ou ganhar tempo, usando apoios do tipo Ééé... 
Hum... entendeu?... 
• aparecem falas truncadas, bruscamente interrompidas; o falante passa de um assunto a outro por livre 
associação de ideias. 
 
E S C R I T A 
 
• O “falante” (autor) e o “ouvinte” (leitor) estão distantes; 
• substitui-se a linguagem do corpo por estratégias da língua escrita (pontuação, as palavras e o modo 
de citá-las); 
• não há possibilidade imediata de verificar se o leitor está entendendo como se espera; o texto pode 
deixar pistas de interpretação, mas sem controle total sobre isso; 
• as frases precisam ser calculadamente distribuídas, e as interrupções nem sempre são possíveis; as 
ideias devem estar encadeadas em sentido crescente e cumulativo. 
Cabe ao aluno, ao profissional, enfim, adequar sua linguagem e o meio de expressão diante das situações 
em que se encontra. A linguagem escrita, por ser utilizada em menor escala no dia a dia por uma pessoa 
(salvo exceções, a gente fala muito mais do que escreve), deve ser realizada com mais atenção e 
propriedade. 
ENTENDIMENTO E PERCEPÇÃO DA MENSAGEM TEXTUAL 
Tome-se leitura como o entendimento crescente e cumulativo de um texto, o que significa levar em conta 
desde suas menores estruturas (palavras, acentuação, pontuação) até mecanismos medianos (expressões, 
frases, parágrafos) e o texto-final. Devem ser observadas ainda a intenção da mensagem escrita e a 
situação (o contexto) na qual está inserida; tudo isso influencia e atua no seu significado. 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
5 
Às vezes, o entendimento de uma palavra ou de uma frase pode ser fundamental para a apreensão do 
significado de um texto sem equívocos. Por isso, em todo momento, recorreremos ao entendimento do 
código textual em relação a sua forma padrão de escrita (forma que pode ser etimologicamente 
compreendida ou que, não raro, ser produto de arbitrariedade linguística). Mesmo que várias de suas 
normas possam ser analisadas mecanicamente, de modo isolado, o estudo prático do português no terceirograu pretende mais a viabilização do ato comunicativo eficaz do que o panorama analítico de toda a 
gramática. 
PROPOSTA 
ALGUNS EXEMPLOS DE EXPRESSÕES COM SIGNIFICADO RESTRITO 
1 – “O cliente alega não ter pagado a conta em dia porque estava desapercebido”. O cliente estava: 
a) desacreditado c) desprovido de dinheiro 
b) desatento d) desempregado 
2 – O índice será reajustado bimensalmente; significa dizer que será reajustado: a) a cada dois meses. b) 
duas vezes no período de dois meses. c) duas vezes por mês. d) uma vez por semestre e) nenhum dos 
casos. 
3 – Em princípio, todos deveriam ter votado. Ou seja: 
a) no início, todos deveriam ter votado. 
b) na teoria, todos deveriam ter votado. 
c) na verdade, todos deveriam ter votado. 
d) na dúvida, todos deveriam ter votado. 
e) Na realidade, todos deveriam ter votado. 
 
4 – O distrato deixou o gerente numa péssima situação. Quer dizer: 
a) as ofensas deixaram o gerente assim (o modo negativo como foi tratado). 
b) a rescisão deixou o gerente assim. 
c) a falta de educação deixou o gerente assim. 
d) nenhum dos casos. 
5 – A verdade emergiu. Então, a verdade: 
a) sumiu. b) tornou-se algo de emergência. 
c) apareceu. d) nenhum dos casos. 
 
6 – O rapaz emprestou o dinheiro de sua tia. Significa que: 
a) o rapaz tomou dinheiro emprestado da sua tia. 
b) o rapaz cedeu o dinheiro da tia para alguém, como empréstimo. 
c) o rapaz pediu dinheiro à tia. 
d) nenhum dos casos. 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
6 
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO 
 
 
A comunicação está associada à linguagem e interação, de forma que representa a transmissão de 
mensagens entre um emissor e um receptor. De tal maneira, a palavra comunicação é um termo derivado 
do latim (“communicare”) e significa “partilhar, participar de algo, tornar comum”, sendo, portanto, um 
elemento essencial da interação social humana. 
 
Sendo assim, os elementos que compõem a comunicação são: 
 
Elementos da Comunicação 
 
Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que emite a mensagem para um ou 
mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros. 
 
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo 
emissor. 
 
Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o conteúdo, o conjunto de 
informações transmitidas pelo locutor, por isso. 
 
Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem 
 
Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será transmitida, por exemplo, 
jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros. 
 
Contexto: Também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em que estão inseridos o 
emissor e receptor. 
 
Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é decodificada de forma correta pelo 
interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo locutor, desconhecido pelo interlocutor; barulho do 
local; voz baixa; dentre outros. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
7 
- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de 
signos; 
- Descodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de 
informação) de cada pessoa; 
- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem 
foi captada pelo receptor. 
LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus 
distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas 
pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras); 
LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos 
faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não 
verbais da comunicação. 
Fique Atento!!! 
 
A comunicação somente será efetivada se o receptor decodificar a mensagem transmitida pelo 
emissor. Em outras palavras, a comunicação ocorre a partir do momento que o interlocutor atinge 
o entendimento da mensagem transmitida. 
Nesse caso, podemos pensar em duas pessoas de países diferentes e que não conhecem a língua 
utilizada por elas (russo e mandarim), sendo assim, o código utilizado por elas é desconhecido e, 
portanto, a mensagem não será inteligível para ambas, impossibilitando o processo 
comunicacional. 
 
 
PROPOSTA 
1) 
 
 
Através da linguagem não verbal, o artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego aborda a triste realidade 
do trabalho infantil 
O artista gráfico polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 e recebeu diversos prêmios por suas 
ilustrações. Nessa obra, ao abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
8 
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais. 
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade. 
c) provocar a reflexão sobre essa realidade. 
d) propor alternativas para solucionar esse problema. 
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo. 
 
 
2) 
 
 
A linguagem não verbal pode produzir efeitos interessantes, dispensando, assim, o uso da palavra. 
(Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com.) 
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a 
a) opressão das minorias sociais. 
b) carência de recursos tecnológicos. 
c) falta de liberdade de expressão. 
d) defesa da qualificação profissional. 
e) reação ao controle do pensamento coletivo. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
9 
3) 
 
Ao aliar linguagem verbal e não verbal, o cartunista constrói um interessante texto com elementos da 
intertextualidade 
Sobre o cartum de Caulos, assinale a proposição correta: 
I. A linguagem verbal é desnecessária para o entendimento do texto; 
II. Linguagem verbal e não verbal são necessárias para a construção dos sentidos pretendidos pelo 
cartunista; 
III. O cartunista estabelece uma relação de intertextualidade com o poema “No meio do caminho”, de 
Carlos Drummond de Andrade; 
IV. O cartum é uma crítica ao poema de Carlos Drummond de Andrade, já que o cartunista considera o 
poeta pouco prático. 
a) Apenas I está correta. 
b) II e III estão corretas. 
c) I e IV estão corretas. 
d) II e IV estão corretas. 
 
 
4) 
Sobre as linguagens verbal e não verbal, estão corretas, exceto: 
a) a linguagem não verbal é composta por signos sonoros ou visuais, como placas, imagens, vídeos etc. 
b) a linguagem verbal diz respeito aos signos que são formados por palavras. Eles podem ser sinais visuais 
e sonoros. 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
10 
c) a linguagem verbal, por dispor de elementos linguísticos concretos, pode ser considerada superior à 
linguagem não verbal. 
d) linguagem verbal e não verbal são importantes, e o sucesso na comunicação depende delas, ou seja, 
quando um interlocutor recebe e compreende uma mensagem adequadamente. 
 
5) 
Leia atentamente e responda: 
01- Responda V para verdadeiro e F para falso: 
( ) A linguagem verbal é aquela que se utiliza da palavra na transmissão da mensagem. 
( ) As histórias em quadrinhos, geralmente, apresentam linguagem verbal e não-verbal. 
( ) As placas de trânsito se utilizam de linguagem verbal. 
( ) Linguagem verbal é aquela que transmite mensagens através de palavras e gestos. 
( ) Os gestos, os símbolos, os desenhos, as placas são exemplos de linguagem não-verbal.6) Coloque C para afirmações corretas e E para afirmações erradas. 
A ( ) Linguagem é a faculdade que tem o homem de exprimir seus estados mentais por meio do 
processo de interação comunicativa. 
B ( ) A linguagem não é exclusiva do homem, uma vez que outros seres podem utilizá-la. 
C ( ) A língua é o mais completo e natural sistema de comunicação. 
D ( ) A língua é estática, isto é, não evolui com o processo de desenvolvimento da comunidade. 
E ( ) As línguas apresentam-se sob as formas oral e escrita. 
F ( ) Quando nos comunicamos por meio de palavras (oral ou escrita), estamos utilizando a linguagem 
verbal. 
G ( ) Se fazemos uso de gestos e sinais em nossa comunicação, estamos utilizando a linguagem não 
verbal. 
H ( ) Receptor é o falante da mensagem; emissor é o ouvinte da mensagem. 
I ( ) Fala é a utilização individual da língua; é um fenômeno fonético (sons). 
J ( ) A língua está sempre atualizada com novas palavras, por isso move-se rapidamente. 
K ( ) A língua é potencial, social e possui código com estrutura própria. 
L ( ) A linguagem verbal é mais rápida e eficaz que a linguagem visual, uma vez que transmite a 
mensagem de forma completa e objetiva. 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
11 
 
7) Leia o texto abaixo e complete as lacunas a seguir. 
“Diariamente, duas horas antes do caminhão da prefeitura, a gerência de um restaurante da cidade 
deposita na calçada dezenas de sacos plásticos com restos de sanduíches.” 
A mensagem do texto foi transmitida através da linguagem ...................(verbal/não verbal), utilizando um 
código estruturado denominado ....................(língua/fala). Por ser um emprego individual da 
....................(língua/fala), é uma representação ........................(oral/escrita) da .....................(língua/fala). 
 
8) Diga se as frases são exemplos de registro coloquial, culto ou popular. 
a) Traga o prato pra mim comer. .................. 
b) “Quando oiei a terra ardendo / Quá foguera de são João.” .................. 
c) Qué apanha, sordado? Qué apanhá?................... 
d) Dê-me um cigarro / Diz a gramática /Do professor e do aluno / E do mulato sabido. .................. 
e) Me perco nesse mar de solidão. ...................... 
f) Cem mil pessoas morreram. ................... 
g) A gente não sabe mais o que fazer. ..................... 
 
9) Qual variedade linguística (culta ou coloquial) podemos ou devemos usar nas seguintes situações? 
a) Falando em público sobre o meio ambiente...................... 
b) Numa mensagem de celular para um amigo. ......................... 
c) Numa mensagem de celular para seu professor de português. ..................... 
d) Numa carta de reclamação para a presidente Dilma. .................. 
e) Numa conversa entre amigos. ...................... 
f) Num debate ou conferência sobre o Bullying. ...................... 
g) Num bilhete para sua mãe. ...................... 
h) Numa redação solicitada pelo professor de português. ...................... 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
12 
O TEXTO ARGUMENTATIVO E A ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
O ARGUMENTO 
 
Para compreender a argumentação, deve-se abandonar o conceito binário de certo/errado. No 
Direito, concorrem teses diferentes e, não necessariamente, existe uma verdadeira e a outra 
falsa. O que existe é, no momento da decisão, uma tese mais convincente do que as demais. 
Argumentar é a arte de procurar, em situação comunicativa, os meios de persuasão 
disponíveis. 
A argumentação processa-se por meio do discurso, ou seja, por palavras que se encadeiam, 
formando um todo coeso e cheio de sentido, que produz um efeito racional no ouvinte. Quanto 
mais coeso e coerente for o discurso, maior será sua capacidade de adesão à mente do 
ouvinte; portanto, este o absorverá com facilidade, deixando transparecer menores lacunas. 
 
ARGUMENTO E VERDADE 
A argumentação não se confunde com a lógica formal, não sendo, então, equivalente à 
demonstração analítica, absoluta, como acontece, por exemplo, em uma equação matemática. 
Em uma equação matemática verdadeira, somente se admite um resultado, fixando-se as 
variáveis. Sua resolução, passada em uma demonstração analítica, quaisquer que sejam os 
métodos válidos pelos quais ela ocorra, sempre se chegará a um mesmo resultado. 
Imaginemos dois matemáticos discutindo o resultado de uma equação bastante complexa. 
Cada um deles utiliza um método de resolução, mas chegam a resultados diferentes: o 
matemático A demonstra que a proposição resulta em 350, enquanto o B demonstra que ela, 
em vez disso, traz forçosamente o resultado de 700. O que se deduz desse contexto? 
Evidentemente, um dos matemáticos, A ou B, está errado! 
O matemático lida com números, e estes representam, antes de tudo, exatidão. Na matemática, 
ou em outras ciências exatas, não existem opiniões ou posicionamentos, porque os números 
não o permitem. São linguagem artificial. Mas, é um erro tentar aplicar ao Direito essa 
mesma premissa. 
Quem argumenta não trabalha com a exatidão numérica, por isso se afasta do conceito binário 
de verdadeiro/falso, sim/não. Quem argumenta trabalha com o aparentemente verdadeiro, com 
o talvez seja assim, com aquilo que é provável. E, diante dessa carga de probabilidade com a 
qual se opera, surge a possibilidade de argumentos combinados comporem teses totalmente 
diversas, sem que se possa dizer que uma delas esteja certa ou errada, mas apenas podendo-
se afirmar que uma delas seja mais ou menos convincente. 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
13 
 
Vejamos um exemplo: 
Conta-se que, em um plenário do júri, um promotor exibia aos jurados as provas processuais. 
Procurava, portanto, na prática de um discurso judiciário, convencer os jurados a respeito de 
sua tese. Mostrava a eles, com muita propriedade, argumentando que o laudo elaborado pela 
polícia técnica concluía que havia 99% de chance de que o projétil encontrado no corpo da 
vítima fatal houvesse sido disparado pelo revólver de propriedade do réu. 
Queria dizer o acusador que o réu não poderia, diante daquela prova concreta, negar a autoria 
do crime. Diante de tal fortíssimo argumento – a probabilidade matemática – o defensor, em 
tréplica, formulou aos jurados a seguinte pergunta retórica: 
“Suponhamos que eu tivesse um pequeno pote com cem balinhas de hortelã. E que eu, então, 
pegasse uma delas, tirasse do papel celofane que a envolve e, dentro dela, injetasse uma dose 
letal de um veneno qualquer. 
Em seguida, que eu embrulhasse novamente o caramelo letal, colocasse dentro do pote com 
outras 99 balinhas idênticas e misturasse todas. Teria algum dos jurados coragem de tirar do 
pote um caramelo qualquer, desembrulhá-lo e saboreá-lo? Certamente que não. 
Pois, se ninguém se arrisca à morte ainda que haja 99% de chance de apenas se saborear um 
caramelo de hortelã, ninguém pode condenar o acusado, ainda que haja 99% de chance de 
haver disparado sua arma contra a vítima!" 
 
Lançando mão desse argumento, o defensor conseguiu a absolvição de seu cliente. 
 
Analisemos o exemplo. Trata-se de um discurso em que duas partes defendiam 
posicionamentos contrários, cada qual com seu argumento. A acusação procurava comprovar 
ser o réu o autor de um crime, enquanto a defesa negava tal autoria. Daí que, quando a 
acusação trouxe um argumento forte, a defesa procurou enfraquecê-lo perante os jurados. 
Assim se esquematiza a argumentação: 
Acusação: argumento forte, com uma prova concreta - 99 chances em 100 de que a arma que 
efetuara os disparos fosse a do acusado, o que o colocaria, indiscutivelmente, como autor do 
crime. 
Defesa:argumento mais fraco matematicamente: uma chance em 100 de que a arma não fosse 
a que efetuara os disparos. Todavia, esse 1% não autoriza a certeza, como demonstrou seu 
exemplo dos caramelos de hortelã. 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
14 
Note-se que, nessa argumentação, cada qual tinha sua parcela de razão, embora ambos 
procurassem comprovar teses totalmente opostas. Porém, ao mesmo tempo em que 
valorizavam sua razão, ambos os argumentantes tinham sua parcela de falta de razão: ao 
argumento acusatório faltava revelar que realmente existia uma probabilidade de a arma letal 
não ser a do acusado, enquanto ao argumento de defesa faltou dizer que, apesar da falta de 
certeza, as probabilidades apontavam fartamente para a razão da acusação. 
A boa argumentação consistiu, no caso concreto, em valorizar para o ouvinte, no caso os 
jurados, aquilo que é meramente provável como se verdadeiro fosse. Tanto não é verdade que 
daquela porcentagem pertinente à criminalística se possa inferir ser um acusado real autor de 
um crime (porque 99% não são 100%), quanto não é de todo verdade a conclusão que a defesa 
pretende inferir: a de que o teste de balística não pode ser levado em consideração para a 
constituição da culpa do acusado. 
Porque o processo não é matemático, mas matéria humana, não existe uma conclusão única: 
acusação e defesa estão, ao mesmo tempo, certas e erradas! O argumento, então, antes de 
ser um modo de comprovação da verdade, é apenas um elemento linguístico destinado à 
persuasão. 
Argumento é elemento linguístico porque se exterioriza por meio da linguagem. E, por 
isso, elemento que aparece inserto em um processo comunicativo, devendo ser o mais eficiente 
possível. 
Argumento é destinado à persuasão porque procura fazer com que o leitor creia nas premissas 
e na conclusão do retor (mestre em retórica), ou seja, daquele que argumenta. 
 
DEBATE – EM SALA DE AULA – A FAVOR OU CONTRA? 
Delegado do Distrito Federal relata crime em forma de poesia 
A imprensa noticiou um caso curioso em agosto de 2011: um delegado fez o relatório de um 
crime em forma de poesia. Sua atitude gerou uma grande polêmica. De um lado, pessoas 
concordavam com a ideia de que a poesia deve fazer parte do cotidiano, independente da 
profissão, religião, ou qualquer outro segmento. Por outro lado, pessoas ponderavam que, em 
se tratando de criminalidade e justiça, os fatos precisam ser tratados de forma objetiva. 
 
O texto I é uma reportagem sobre o caso e o Texto II é o relatório/poesia escrito pelo delegado. 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
15 
TEXTO I 
O delegado Reinaldo Lobo, da 29ª DP, no Riacho Fundo, a 18 quilômetros de Brasília, 
surpreendeu a Corregedoria da Polícia Civil ao registrar, no dia 26 de julho, um crime em forma 
de poesia. 
O documento apresentado pelo delegado faz parte do inquérito policial, formado ainda pelo 
auto de prisão em flagrante e o relatório. A peça final, única feita em poesia, não foi aprovada e 
teve que ser refeita. 
O relatório dizia respeito a um crime de receptação, ocorrido na noite de 22 de julho, quando 
um homem foi flagrado por policiais militares na garupa de uma motocicleta roubada. 
A vontade de fazer um trabalho diferente motivou a redação do poema, disse o delegado. “O 
nosso trabalho é um pouco de idealismo. Apesar de muito árduo, ele é um pouco de fantasia, 
de você lutar pela reconstrução e pela melhora do mundo. Acho que isso traz muita realização e 
eu quis transformar isso em arte, daí a ideia da poesia.” 
No relatório em forma de poema, o delegado explica a inovação: "Resolvi fazê-lo em poesia/ 
pois carrego no peito a magia/ de quem ama a fantasia/ de lutar pela paz contra qualquer 
covardia". 
Lobo disse ao G1 que sua intenção era chamar a atenção de quem fosse ler o inquérito, 
afirmou. “Nos deparamos com situações difíceis. Naquela noite, tive vontade de transmitir uma 
mensagem a quem fosse ler aquele inquérito.” 
Apesar da criatividade, o relatório retornou da Corregedoria com o pedido de que fosse escrito 
nos padrões da polícia. Lobo achou melhor solicitar o ajuste a outro delegado. “Não existe nada 
que regre a redação oficial de um relatório. O Código de Processo Penal só exige que se narre 
o caso e se citem as informações importantes. O delegado deve ter liberdade de fazer isso”, 
defende. 
Esta foi a primeira vez que Reinaldo Lobo escreveu um relatório em poesia. Apesar de o 
formato não ter sido aceito pela Corregedoria, não houve nenhum tipo de punição ao delegado, 
que não abandonou completamente a ideia. 
“Vou tentar um diálogo com a Corregedoria para tentar ver o que é possível fazer em 
harmonia”, afirmou o delegado, fazendo rima. 
O homem que estava na garupa da motocicleta roubada foi autuado em flagrante por 
receptação. Até o envio do relatório, informa Lobo, o rapaz permanecia preso no sistema 
penitenciário, porque, como escreveu em seu inquérito-poema, "a fiança foi fixada/ e claro não 
foi paga". 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
16 
 
 
TEXTO 2 
Já era quase madrugada 
Neste querido Riacho Fundo 
Cidade muito amada 
Que arranca elogios de todo mundo 
 
O plantão estava tranquilo 
Até que de longe se escuta um zunido 
E todos passam a esperar 
A chegada da Polícia Militar 
 
Logo surge a viatura 
Desce um policial fardado 
Que sem nenhuma frescura 
Traz preso um sujeito folgado 
 
Procura pela Autoridade 
Narra a ele a sua verdade 
Que o prendeu sem piedade 
Pois sem nenhuma autorização 
Pelas ruas ermas todo tranquilão 
Estava em uma motocicleta com restrição 
 
A Autoridade desconfiada 
Já iniciou o seu sermão 
Mostrou ao preso a papelada 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
17 
Que a sua ficha era do cão 
Ia checar sua situação 
 
 
O preso pediu desculpa 
Disse que não tinha culpa 
Pois só estava na garupa 
 
Foi checada a situação 
Ele é mesmo sem noção 
Estava preso na domiciliar 
Não conseguiu mais se explicar 
A motocicleta era roubada 
A sua boa fé era furada 
 
Se na garupa ou no volante 
Sei que fiz esse flagrante 
Desse cara petulante 
Que no crime não é estreante 
 
Foi lavrado o flagrante 
Pelo crime de receptação 
Pois só com a polícia atuante 
Protegeremos a população 
 
A fiança foi fixada 
E claro não foi paga 
E enquanto não vier a cutucada 
Manteremos assim preso qualquer pessoa má afamada 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
18 
 
Já hoje aqui esteve pra testemunhá 
A vítima, meu quase chará 
Cuja felicidade do seu gargalho 
Nos fez compensar todo o trabalho 
 
As diligências foram concluídas 
O inquérito me vem pra relatar 
Mas como nesta satélite acabamos de chegar 
E não trouxemos os modelos pra usar 
Resta-nos apenas inovar 
 
Resolvi fazê-lo em poesia 
Pois carrego no peito a magia 
De quem ama a fantasia 
De lutar pela Paz ou contra qualquer covardia 
 
Assim seguimos em mais um plantão 
Esperando a próxima situação 
De terno, distintivo, pistola e caneta na mão 
No cumprimento da fé de nossa missão 
 
Riacho Fundo, 26 de Julho de 2011. 
Del REINALDO LOBO 
63.904-4" 
(Disponível em: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/08/delegado-do-distrito-federal-
relata-crime-em-forma-de-poesia.html) 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
19 
 
INSTRUÇÃO 
 Agora, imagine que você, ao ler a página policial de um jornal, tenha se deparado com as 
informações contidas nos textos I e II. Você resolve, então, participar comentando sobre o uso 
da poesia do delegado ReinaldoLobo. 
DEBATA ORALMENTE DE FORMA ARGUMENTATIVA e que fique clara sua opinião: 
CONTRA OU A FAVOR? 
Ressalto: Seja claro e objetivo em sua análise argumentativa. 
 
DIFERENÇA ENTRE TESE E ARGUMENTO 
A TESE - constitui a ideia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor ou ouvinte: 
é o objetivo de convencimento do leitor ou ouvinte; representa o ponto de vista a ser defendido, 
com base em todas as informações (fatos) disponíveis sobre o caso concreto e nos limites 
permitidos pela norma. 
OS ARGUMENTOS são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da 
tese. 
PROPOSTA 
Complete as frases abaixo com pequenos argumentos de forma que o texto faça sentido e 
tenha um argumento claro e objetivo. 
Exemplo: 
a) “Meu carro não é grande coisa, (TESE) 
ARGUMENTO: mas é o bastante para o que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem 
espaço suficiente para transportar toda a minha família.” 
 
b) Nosso namoro tem tudo para dar errado: (TESE) 
ARGUMENTO: 
 
 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
20 
c) O Brasil é um país muito injusto: (TESE) 
ARGUMENTO: 
 
 
 
 
 
 
 
d) O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer forma de propaganda de cigarro. 
(TESE) 
ARGUMENTO: 
 
 
 
 
 
 
e) A leitura auxilia no desenvolvimento da escrita. (TESE) 
 
ARGUMENTO: 
 
 
 
 
 
 
f) No país do futebol o esporte amador sofre com a falta de patrocínio. (TESE) 
 
ARGUMENTO: 
 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
21 
 
RESUMO ARGUMENTATIVO E A ARGUMENTAÇÃO ORAL 
 
TEMAS: REFLEXÃO, DISCUSSÃO E ARGUMENTAÇÃO EM GRUPO – 
A FAVOR OU CONTRA? 
 
1. REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 
2. EUTANÁSIA 
3. PENA DE MORTE 
4. COTAS RACIAIS 
5. HOMOSSEXUALIDADE: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO FAMILIAR E DO 
DIREITO À ADOÇÃO 
 HOMOAFETIVAS 
6. ABORTO 
7. LEGALIZAÇÃO DA MACONHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
22 
 
 
 
1. REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 
 
A Maioridade penal, atualmente, é um tema contemporâneo e bastante 
polêmico entre os legisladores, juristas e brasileiros em geral, assunto 
esse que congrega múltiplos olhares quanto ao questionamento. Um 
fator preocupante, visto o aumento na incidência da criminalidade no 
Brasil. Os meios de comunicação em geral revelam uma lógica 
conflitante de ordem social e, nesse cenário, a população brasileira se 
divide entre aqueles que apoiam para que haja a redução da 
maioridade penal e aqueles que têm um posicionamento contrário a 
essa opinião. Surgem debates em todas as esferas do poder. Ainda uma 
outra preocupação: a máquina do Estado não possui tamanha 
capacidade estrutural para abrigar tantos menores e as condições 
socioeducativas são precárias. Mas, até que ponto os legisladores 
poderão alterar a legislação? Há necessidade de produzir uma trajetória 
que pudesse reformular o Estatuto da Criança e Adolescente por meio 
do endurecimento das leis e tipos penais? 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
23 
2. EUTANÁSIA NO CAMPO JURÍDICO 
 
Eutanásia sempre gerou muita polêmica no Brasil, pois inflama paixões 
de ambos os lados, porquanto aqueles que a defendem, esgrimam com 
argumentos que são relevantes, todavia jamais decisivos, de forma a 
trazer segurança, inclusive jurídica para sua prática. 
A palavra eutanásia traz sua construção semântica dividida em "eu", 
que significa “boa” e "thanatos", que significa morte, de forma que a 
origem da palavra revelava o que se pensava ser boa morte, piedosa, 
altruísta, caridosa, etc. 
Hoje, no Brasil, a eutanásia é crime, podendo caracterizar o ilícito penal 
de várias formas. Vejamos uma delas: caso um terceiro, médico ou 
familiar do doente terminal lhe dê a morte, estaremos diante do 
homicídio que, eventualmente, teria tratamento penal privilegiado, 
atenuando-se a pena, pelo relevante valor moral que motivou o agente; 
assim, o juiz poderia reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Esse homicídio, mesmo privilegiado, não leva em conta, se houve ou 
não consentimento da vítima para descaracterizar o crime, aliás, 
mesmo em havendo tal consentimento, se haveria de desconfiar sobre 
sua lucidez e independência para decidir sobre a própria vida. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
24 
3. PENA DE MORTE 
 
A pena capital ainda é aplicada em muitos países, inclusive em nações 
consideradas desenvolvidas, forma esta a tratar questões de delitos 
praticados pelos seus cidadãos de forma consideradas cruel e 
desumana. 
O fato é que, até hoje, não se comprovou que a pena de morte tenha 
provocado diminuição considerável dos delitos vinculados, nem que 
tenha impedido a atuação de pessoas na prática dos crimes cominados 
com essa pena capital. 
No Brasil, a pena máxima para todo e qualquer delito é de 30(trinta) 
anos de reclusão, conforme prevê a nossa legislação, não havendo 
permissão para implantação da pena de morte, em única exceção nos 
períodos de guerras, de acordo com ao artigo 5º Inciso XLVII da 
Constituição Federal: - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de 
guerra declarada, nos termos do art. 84. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
25 
4. COTAS RACIAIS 
 
As cotas raciais são um modelo de ação afirmativa implantado em 
alguns países para amenizar desigualdades sociais, econômicas e 
educacionais entre raças. A primeira vez que essa medida foi tomada 
data de 1960, nos Estados Unidos, para diminuir a desigualdade 
socioeconômica entre brancos e negros. 
No Brasil, as cotas raciais ganharam visibilidade a partir dos anos 2000, 
quando universidades e órgãos públicos começaram a adotar tal 
medida em vestibulares e concursos. 
Independentemente do tipo de cota racial, para ser beneficiada a 
pessoa precisa assinar um termo autodeclarando sua raça e, às vezes, 
passar por uma entrevista. 
O assunto é bastante polêmico e nada indica que, um dia, deixará de 
ser. O Brasil tem, atualmente, a segunda maior população negra do 
mundo (atrás apenas da Nigéria) e é inegável que o país tem uma dívida 
histórica com negros e indígenas. Por outro lado, as cotas raciais já 
prejudicaram várias pessoas que perderam vagas ou empregos para 
concorrentes com menor pontuação ou qualificação. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
26 
5. HOMOSSEXUALIDADE: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO FAMILIAR E 
DO DIREITO À ADOÇÃO 
Atualmente, há o debate sobre a possibilidade de casais homoafetivos 
adotarem uma criança ou um adolescente. Os argumentos mais frequentes 
sobre o tema é que os mesmos influenciariam a orientação sexual da criança 
e adolescente, existindo uma tendência dos menores optarem pela 
homossexualidade. Além disso, os mesmos seriam vistos pela sociedade com 
a figura de dois pais ou de duas mães havendo possibilidade da criança 
sofrer severas discriminações. 
Entretanto, não há legislação que trate da adoção em conjunto por 
homossexuais que possuam uma união firme, duradoura, baseada no 
respeito e fidelidade. E por não existir uma lei que regulamente tal adoção, 
faz com que o direito que os mesmos possuem de adotar fique estagnado, 
deixando os homoafetivos de gozarem do direito de terem filhos pelo 
instituto da adoção. 
Vale ressaltar que, mesmo sem uma lei que regulamente o assunto, já houve 
decisões no sentido de favorecer casais do mesmo sexo adotar em conjunto 
uma criança e adolescente. Isto porqueos juízes que decidiram os casos se 
pautaram nos princípios fundamentais da dignidade da pessoa humana, 
igualdade e o melhor interesse da criança para justificar o direito dos 
homoafetivos de adotar e o direito das crianças e dos adolescentes de serem 
adotadas. 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
27 
6. ABORTO 
 
A expressão “aborto” se caracteriza pela morte do embrião ou feto, que 
pode ser espontânea ou provocada. 
Em nosso país, exceto em casos de estupro, ou quando a mãe corre 
risco de vida (aborto sentimental, moral ou piedoso; e aborto 
terapêutico, respectivamente), este ato é proibido por lei. Existe, 
entretanto, uma situação em que o aborto pode ser concedido 
legalmente, sendo relativo à gestação de feto com graves e irreversíveis 
anomalias físicas ou mentais, como anencefalia, situação que se 
caracteriza pela ausência total ou parcial do encéfalo. Necessário haver 
o consentimento do pai e atestado de, pelo menos, dois médicos. 
Discussões sobre essa temática são, geralmente, polêmicas, já que é um 
assunto complexo e delicado. Argumentos como a interrupção da vida 
de um ser inocente frente à irresponsabilidade de sua genitora de um 
lado, versus a integridade do filho e da própria mãe diante de uma 
maternidade não desejada, são sempre pontuados. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
28 
7. LEGALIZAÇÃO DA MACONHA 
Quando a sociedade proíbe uma droga, ela abre mão de controlá-la – sustenta o 
sociólogo e vereador carioca Renato Cinco. 
É mais fácil para um adolescente, hoje, comprar um cigarro de maconha do que 
uma lata de cerveja: a venda do álcool é regulada e para o vendedor da maconha, 
que está na ilegalidade, tanto faz o comprador ser maior ou menor. Essa é uma 
das razões por que o sociólogo e vereador Renato Cinco (PSOL/RJ) defende a 
legalização da planta. 
“Qualquer modelo de legalização é melhor do que manter a lógica de morte, 
prisão e violência que existe hoje”, afirma ele. “O tráfico de drogas é a principal 
razão da violência nas cidades e da prisão de jovens. Há usuários presos como 
traficantes e 60% dos traficantes encarcerados nunca pegaram em armas, são 
uma espécie de camelôs da droga.” A legalização da produção, comercialização e 
uso da maconha enfraquecerá o tráfico, pois a maconha ocupa cerca de 90% do 
mercado de drogas ilícitas. 
Para ele, a legalização não deve permitir que surjam a Ambev ou a Souza Cruz da 
maconha – deve-se pensar uma regulamentação que evite os grandes negócios. 
“Tinha de ter a regulamentação do cultivo individual, a regulamentação das 
cooperativas e a de como ambos podem vender o excedente de produção. E a 
publicidade deve ser totalmente proibida“– afirma. 
Num debate mais que necessário, o vereador carioca fala ainda sobre o uso 
medicinal e os riscos da droga, com a necessidade de ter uma Rede de Atenção 
em Saúde Mental. “As pessoas que desenvolvem dependência precisam ser 
atendidas com metodologia correta, e o atendimento ambulatorial é mais do que 
suficiente na maioria dos casos.” 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
29 
 
 
ALGUNS VERBOS JURÍDICOS 
 
Relembrando TEMPOS VERBAIS. 
 
Os tempos verbais são classificados, basicamente, em três tipos: 
 
Presente 
 
Representam fatos que se passam no momento atual, ou seja, no momento em que estamos 
falando. 
Ex.: Estou cansado de você. (Estou, significa algo que ocorre no momento do ato). 
 
Pretérito 
 
Passado, ou mais conhecido como Pretérito, que significa um ato que ocorreu um tempo antes 
do presente, ou seja, que passou. 
Existem para o pretérito (passado) alguns tipos de classificações: 
Pretérito Perfeito, Pretérito Imperfeito e Pretérito mais-que-perfeito. 
 
Ex.: 
 
Pretérito Perfeito 
 
Eu fiz de tudo para você gostar de mim, Joyce, mas a sua argumentação me destruiu os 
sonhos. (é uma ação que já passou e que foi concluída). 
 
Pretérito Imperfeito 
 
Antigamente, eu falava muito; hoje, estou mais tranquilo. (mostra uma ação ou um hábito, que 
acontecia. Pode continuar a acontecer ou não). 
 
Pretérito mais-que-perfeito 
 
Quando eu te liguei (perfeito), você já tinha saído (mais-que-perfeito composto) OU saíra. (ou 
seja, uma ação que passou e que se concluiu, antes de uma anterior a ela, também no 
passado). 
 
Futuro 
 
Representa uma ação que acontecerá (futuro). Está dividido em duas categorias: Futuro do 
Presente e Futuro do Pretérito. 
 
Ex.: 
 
Futuro do Presente 
 
Eu cuidarei disto mais tarde. (representa um futuro, com uma referência para o presente). 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
30 
 
 
Futuro do Pretérito 
 
Vale uma explicação: 
 
Algo no passado deveria acontecer, mas, de fato, não aconteceu. Então, é algo hipotético, que 
denota incerteza, irrealidade. É, pois, o futuro que já pertence ao passado. 
Geralmente, o futuro do pretérito vem associado ao pretérito imperfeito do subjuntivo. 
 
Ex.: Nós VIAJARÍAMOS SE TIVÉSSEMOS dinheiro. 
 
Como dá para perceber, há uma condição impedindo a realização da ação. Por isso, na antiga 
nomenclatura gramatical, esta forma verbal era denominada CONDICIONAL. 
 
Eu pensei (pretérito perfeito) que faria (futuro do pretérito) a argumentação melhor do que você. 
 
 
 
CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS JURÍDICOS E SUA APLICAÇÃO NO DIREITO 
 
(O TEMPO VERBAL SERÁ USADO A CRITÉRIO DO PROFESSOR OU DE ACORDO COM O 
SIGNIFICADO DA FRASE) 
1 – AB ROGAR (ANULAR, suprimir, revogar, derrogar) – conjuga-se como PAGAR: 
a) O juiz ___________ o decreto. / Saberíamos, caso ele ___________ a Lei 9012/2002. 
b) Os três juízes ___________ a norma. 
 
2 – ACAUTELAR (DEFENDER, resguardar-se, prevenir) 
a) O advogado ___________ o ato de seu cliente com habilidade. 
 
3 – ACORDAR (resolver de comum acordo) 
a) As partes ___________ o valor da pensão. 
 [É redundância dizer “O acordo foi amigável entre as partes”.] 
Diz-se, em uma petição: Houve acordo entre as partes. 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
31 
 
4 – ADIMPLIR (verbo defectivo: não possui todas as formas – CUMPRIR, preencher) 
Presente 
eu ........... 
tu ............ 
ele .......... 
nós adimplimos 
vós adimplis 
eles ......... 
Pretérito Perfeito 
eu adimpli 
tu adimpliste 
ele adimpliu 
nós adimplimos 
vós adimplistes 
eles adimpliram 
 
O advogado requerente não ___________ com o acórdão exposto na alínea c do § 2o. 
ESQUEÇA A FORMA DO PRESENTE DO SUBJUNTIVO DESTE VERBO. 
CHORE, MAS NÃO USE! 
SOFRA, MAS NÃO ABUSE! JAMAIS! NUNCA! EM HIPÓTESE ALGUMA! 
 
5 – ADIR (defectivo – ACRESCENTAR, adicionar) / ADITAR = adicionar 
 Conjuga-se como FALIR 
O advogado ___________ os seus honorários às custas do requerido. 
 
TENTE “ADIR” NA PRIMEIRA PESSOA DO SINGULAR DO PRESENTE DO INDICATIVO. 
SOCORROOOOOO! NÃO EXISTE!!! 
SE VOCÊ CONSEGUIR FALIR NA PRIMEIRA PESSOA DO PRESENTE DO INDICATIVO, EU 
SURTO!!! 
VOCÊ MERECE SER POBRE E FALIDO PARA TODO O SEMPRE, AMÉM! 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
32 
 
6 – ADERIR (irregular – tornar-se ADEPTO de, prender-se a) 
Presente 
eu ___________ 
tu aderes 
ele adere 
nós aderimos 
vós aderis 
eles aderem 
 
 
 
 
 
 
 
 
O réu ____________ ao proposto sem hesitação. 
Conjugam-se da mesma forma: 
COMPELIR, COMPETIR, 
DESPIR, FERIR, 
REPELIR 
NÃO EXISTEM NA PRIMEIRA PESSOA DO PRESENTE DO INDICATIVO!!! 
POR FAVOR, NÃO ME FIRA NA PRIMEIRA PESSOA DO INDICATIVO! MORRI!!! 
 
7 – ADJUDICAR (entregar por deliberação ou sentença de corporação; DECLARAR 
JUDICIALMENTEQUE UMA COISA PERTENCE A ALGUÉM) – como o verbo FICAR 
a) O Supremo ___________ favorável ao acusado. 
b) Juízes ___________ em prol da Ementa Constitucional em questão. 
 
8 – ADVERTIR (irregular como aderir – exortar, admoestar, aconselhar) 
a) Eu o ___________ ontem de que seu prazo expira hoje. 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
33 
 
9 – AGRAVAR (TORNAR MAIS GRAVE; recorrer à instância superior para que seja reformado 
um despacho judicial que a parte considera injusto) 
a) Dado o descontentamento do requerente, seu advogado ___________ em 2ª instância como 
parte suplente da apelação. 
 
10 – ALIJAR (EXCLUIR, preterir) 
a) Estas são, Meritíssimo, medidas que ___________ meu cliente de seus direitos. 
 
11 – ANUIR (ESTAR DE ACORDO, condescender, autorizar, assentir) Conjuga-se como 
CONTRIBUIR 
a) Eu ___________ a tais propostas de contrato, assim como ele ___________. 
b) Ambas as partes – autor e réu – ____________ em considerar suas devidas posições 
perante a lei em vigor. 
 
12 – ARGUIR (irregular; PERGUNTAR A, examinar, acusar) 
a) Eu ___________ baseado na Lei; tu ___________ levianamente. 
b) Nós ___________ diferentemente. 
c) O promotor ___________ insistentemente que o réu agiu com frieza. 
 
13 – CONCILIAR (PÔR EM ACORDO, unir) Conjuga-se como ENVIAR. 
a) Esta resolução ___________ as partes. Nada antes os ___________. 
 
14 – CONTRAVIR (desobedecer, INFRINGIR) Como o verbo VIR. 
Eu vim; tu vieste, ele... 
a) Tal medida ___________ o disposto em Lei. 
b) O acusado ___________ as determinações citadas. 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
34 
15 – CONVOLAR (mudar de estado civil ou de foro, transformar um ato ou medida judicial em 
outro ato) 
a) Está claro que o acusado ___________? 
 
16 – INFRINGIR (DESOBEDECER, violar) Conjuga-se como FINGIR. 
a) O Excelentíssimo colega ___________ a lei 17006/97. 
b) A parte apelante ___________ o acordo anteriormente fixado. 
 
17 – PRESCINDIR (DISPENSAR, renunciar). 
a) O documento ___________ de mais uma assinatura. (não precisa de outra assinatura) 
 
18 – ABOLIR – (defectivo; REVOGAR, extinguir, acabar) 
NÃO POSSUI 1ª PESSOA DO PRESENTE DO INDICATIVO NEM O PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO (DO TIPO QUE EU ABULA...) 
 
NÃO ME ENVERGONHEM NO TRIBUNAL!!! 
E O INFERNO ESTÁ CHEIO DE BOAS INTENÇÕES! 
presente 
eu ...... 
tu aboles 
ele abole 
nós abolimos 
vós abolis 
eles abolem 
pret. perf. 
eu aboli 
tu aboliste 
ele aboliu 
nós abolimos 
vós abolis 
eles aboliram 
 
Da mesma forma, conjugam-se: 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
35 
19 – DEMOLIR, RETORQUIR (replicar), COLORIR, BANIR, EXTORQUIR, DELINQUIR 
(cometer delito), USUCAPIR (adquirir direito de). 
Alguns direitos ____________ há mais de quinze anos. (usucapir) 
Em algumas situações, cinco anos foram suficientes para que a área urbana fosse 
_________________. 
 
20 – DESAVIR (desentender-se). Conjuga-se como o verbo VIR: 
eu desavenho, ele desavém, eles desavêm, etc. 
a) As discussões constantes ______________ o marido e a esposa. 
 
CUIDADO 
► O verbo TRAZER só tem um particípio: T R A Z I D O. 
1) O estagiário HAVIA TRAZIDO a documentação anexa ao processo. 
2) A vítima baleada FOI TRAZIDA de emergência numa ambulância. 
3) Se nós HOUVÉSSEMOS TRAZIDO os documentos, abriríamos, ainda hoje, o 
processo. 
 
As formas TINHA TRAGO, TIVESSE TRAGO são “erradas” segundo as normas. 
 
MEMORIZE, DIVIRTA-SE, REGOZIJA-SE, SEJA FELIZ DECORANDO ESTA SINGELA 
LISTINHA ABAIXO. FAÇA DELA SUA ORAÇÃO MATINAL: 
 
ACEDER – conformar-se, anuir 
ACATAR – respeitar, cumprir 
ACOIMAR – multar, censurar (eu acoimo etc.) 
ADUZIR – expor, apresentar razões (conjuga-se como PRODUZIR) 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
36 
AFORAR – dar ou tomar por aforamento 
ALBERGAR – recolher, agasalhar 
AJUIZAR – julgar, entrar em juízo 
APELAR – recorrer por apelação 
APENHAR – dar ou pôr em penhor (prefira empenhar) 
APENHORAR – empenhar, penhorar 
 
ARRESTAR – apreender judicialmente, embargar 
ATERMAR – fixar, combinar data ou prazo para a execução de algo. 
ARRAZOAR – apresentar razões, discutir (eu arrazoo, ele arrazoa etc.) 
AUTUAR – lavrar um auto, processar, reunir documentos para um processo. 
AVENÇAR – fazer pacto entre partes litigantes, ajuste 
AVERBAR – registrar, anotar à margem de 
AVOCAR – chamar para si, arrogar-se (atribuir a si) 
BAIXAR – expedir (ordem, portaria, aviso), determinar, mandar 
CAUCIONAR – afiançar, dar caução (garantia) a. 
COARCTAR (ou COARTAR)- restringir 
COMINAR – ameaçar de punição, impor pena 
COMUTAR – substituir uma pena por outra mais branda (conjuga-se como LUTAR) 
COMPARTICIPAR – participar com outrem 
CONSTAR – passar por certo, estar escrito, mencionado. 
CONSIGNAR – confiar a alguém o negócio de algo (eu consigno, tu etc.) 
CONSTITUIR – compor, fazer parte de, nomear, formar-se. 
CONTRADITAR - contestar 
CONTRAPROTESTAR – protestar contrariamente a outro protesto, discordar de um protesto 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
37 
CONVALIDAR – tornar válido um ato jurídico a que faltavam certos requisitos legais, revalidar 
CONVIR – concordar, aceitar (conjuga-se como VIR: convenho, convéns, convém, convimos 
etc.) 
CORRER – tornar-se público, circular 
CORROBORAR – confirmar, comprovar, ratificar 
CRIMINALIZAR – tratar como crime 
DESEMBARGAR – despachar, resolver 
DELINQUIR (defectivo) Praticar delito (eu ..., tu ..., ele delinque, nós delinquimos, eles...; 
 Eu delinqui, nós delinquimos etc.) Como o verbo DELIR (eliminar) 
ELIDIR – eliminar, suprimir. Eu elido, tu elides, ele elidi etc. ( ≠ de ILIDIR = rebater) 
IMPUGNAR – contestar a validade de. (eu impugno, tu etc.) 
INSTAR – solicitar com insistência 
MALVERSAR (desviar fundos no exercício de um cargo) Eu malverso, tu malversas ... 
MEDIAR – (irreg.) interceder, ser mediador. Eu medeio, tu medeias (eu intermedeio, ele 
intermediou etc.) 
PRETERIR (irreg. como aderir) eu pretiro, tu preteres, ele pretere, etc. 
USUCAPIR (defect. Adquirir por usucapião, adquirir por usufruto) Como ABOLIR. 
 
PROPOSTA 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
39 
 
 
 
 
PROPOSTA 
Com cada verbo jurídico abaixo, crie uma frase que faça sentido jurídico, podendo constar em um 
requerimento: 
ADUZIR – expor, apresentar razões (conjuga-se como PRODUZIR) 
AJUIZAR – julgar, entrar em juízo 
ARRESTAR – apreender judicialmente, embargar 
ARRAZOAR – apresentar razões, discutir (eu arrazoo, ele arrazoa etc.) 
COMINAR – ameaçar de punição, impor pena 
CONSTAR – passar por certo, estar escrito, mencionado. 
CONTRADITAR - contestar 
CORROBORAR – confirmar, comprovar, ratificar 
IMPUGNAR – contestar a validade de. (eu impugno, tu etc.) 
MEDIAR – (irreg.) interceder, ser mediador. Eu medeio, tu medeias (eu intermedeio, 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
40 
 
 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
Alfabeto 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O alfabeto é agora formado por 26 
letras 
O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas letras 
do nosso alfabeto. 
Essas letras serão usadas em siglas, 
símbolos, nomes próprios, palavras 
estrangeiras e seus derivados. Exemplos: 
km, watt, Byron, byroniano 
 
Trema 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não existe mais o trema em língua 
portuguesa. Apenas em casos de 
nomes próprios e seus derivados,por 
exemplo: Muller, mulleriano 
aguentar, consequência, cinquenta, 
quinquênio, frquência, frequente, 
eloquência, eloquente, arguição, delinquir, 
pinguim, tranquilo, linguiça 
aguentar, consequência, cinquenta, 
quinquênio, frequência, frequente, 
eloquência, eloquente, arguição, 
delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça. 
 
Acentuação 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Ditongos abertos (ei, oi) não são mais 
acentuados em palavras paroxítonas 
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, 
panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, 
jibóia, apóio, heróico, paranóico 
assembleia, plateia, ideia, colmeia, 
boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, 
paranoia, jiboia, apoio, heroico, 
paranoico 
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis. 
obs2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu. 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O hiato 'oo' não é mais acentuado 
enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, 
abençôo, povôo 
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, 
abençoo, povoo 
O hiato 'ee' não é mais acentuado 
crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, 
relêem, revêem 
creem, deem, leem, veem, descreem, 
releem, reveem 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
41 
 
 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não existe mais o acento diferencial 
em palavras homógrafas 
pára (verbo), péla (substantivo e verbo), 
pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra 
(substantivo), pólo (substantivo) 
para (verbo), pela (substantivo e verbo), 
pelo (substantivo), pera (substantivo), 
pera (substantivo), polo (substantivo) 
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no 
verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por' 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não se acentua mais a letra 'u' nas 
formas verbais rizotônicas, quando 
precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 
'i' (gue, que, gui, qui) 
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, 
enxagúemos, obliqúe 
argui, apazigue,averigue, enxague, 
ensaguemos, oblique 
Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em 
paroxítonas quando precedidos de 
ditongo 
baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, 
feiúme 
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, 
feiume 
 
Hífen 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O hífen não é mais utilizado em 
palavras formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) terminados em vogal + 
palavras iniciadas por 'r' ou 's', sendo 
que essas devem ser dobradas 
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-
social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-
rivalidae, auto-regulamentação, auto-
sugestão, contra-senso, contra-regra, 
contra-senha, extra-regimento, extra-
sístole, extra-seco, infra-som, ultra-
sonografia, semi-real, semi-sintético, 
supra-renal, supra-sensível 
antessala, antessacristia, autorretrato, 
antissocial, antirrugas, arquirromântico, 
arquirrivalidade, autorregulamentação, 
contrassenha, extrarregimento, 
extrassístole, extrasseco, infrassom, 
inrarrenal, ultrarromântico, 
ultrassonografia, suprarrenal, 
suprassensível 
Obs: em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, 
hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente 
etc. 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
O hífen não é mais utilizado em 
palavras formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) terminados em vogal + 
palavras iniciadas por outra vogal 
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-
aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, 
auto-instrução, contra-exemplo, contra-
indicação, contra-ordem, extra-escolar, 
extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, 
intra-uterino, neo-expressionista, neo-
imperialista, semi-aberto, semi-árido, 
semi-automático, semi-embriagado, semi-
obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado 
autoafirmação, autoajuda, 
autoaprendizabem, autoescola, 
autoestrada, autoinstrução, 
contraexemplo, contraindicação, 
contraordem, extraescolar, extraoficial, 
infraestrutura, intraocular, intrauterino, 
neoexpressionista, neoimperialista, 
semiaberto, semiautomático, semiárido, 
semiembriagado, semiobscuridade, 
supraocular, ultraelevado. 
Obs1: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc. 
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-
herbáceo etc. 
 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Agora utiliza-se hífen quando a 
palavra é formada por um prefixo (ou 
falso prefixo) terminado em vogal + 
palavra iniciada pela mesma vogal. 
antiibérico, antiinflamatório, 
antiinflacionário, antiimperialista, 
arquiinimigo, arquiirmandade, 
microondas, microônibus, microorgânico 
anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-
inflacionário, anti-imperialista, arqui-
inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, 
micro-ônibus, micro-orgânico 
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = 
não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen 
obs2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO se utliza hífen. 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
43 
Nova Regra Regra Antiga Como Será 
Não usamos mais hífen em compostos 
que, pelo uso, perdeu-se a noção de 
composição 
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, 
pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-
vento 
mandachuva, paraquedas, paraquedista, 
paralama, parabrisa, pára-choque, 
paravento 
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática 
e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-
escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-
me-quer, bem-te-vi etc. 
 
Observações Gerais 
O uso do hífen permanece Exemplos 
Em palavras formadas por prefixos 
'ex', 'vice', 'soto' 
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre 
Em palavras formadas por prefixos 
'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em 
vogal, M ou N 
pan-americano, circum-navegação 
Em palavras formadas com prefixos 
'pré', 'pró' e 'pós' + palavras que tem 
significado próprio 
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação 
Em palavras formadas pelas palavras 
'além', 'aquém', 'recém', 'sem' 
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-
número, sem-teto 
 
Não existe mais hífen Exemplos Exceções 
Em locuções de qualquer tipo 
(substantivas, adjetivas, pronominais, 
verbais, adverbiais, prepositivas ou 
conjuncionais) 
cão de guarda, fim de semana, café com 
leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de 
visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, 
acerca de etc. 
água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-
rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-
deus-dará, à queima-roupa 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
44 
REFORMA ORTOGRÁFICA: MINIVOCABULÁRIO (500 EXPRESSÕES COM OU 
SEM HÍFEN) 
CONFORME O ACORDO ORTOGRÁFICO 
A 
a fim de 
à queima-roupa 
à toa 1 
à vontade 
abaixo-assinado 
ab-rupto 2 
acerca de 
aeroespacialafro-americano 
afro-asiático 
afro-brasileiro 
afrodescendente 
 
afro-luso-brasileiro 
agroindustrial 
água-de-colônia 
além-Brasil 
além-fronteiras 
além-mar 
amor-perfeito 
andorinha-do-mar 
anel de Saturno 
anglomania 
anglo-saxão 
ano-luz 
antessala 
antiaderente 
antiaéreo 
antieconômico 
anti-hemorrágico 
anti-herói 
anti-higiênico 
anti-ibérico 
anti-imperialista 
anti-infeccioso 
anti-inflacionário 
anti-inflamatório 
antirreligioso 
antissemita 
antissocial 
autoeducação 
autoescola 
autoestima 
autoestrada 
auto-hipnose 
auto-observação 
auto-ônibus 
auto-organização 
autorregulamentação 
ave-maria 
azul-escuro 
 
B 
Baía de Todos-os-
Santos 
 
belo-horizontino 
bem-aventurado 
bem-criado 
bem-dito 
bem-dizer 
bem-estar 
bem-falante 
bem-humorado 
bem-me-quer 
bem-nascido 
bem-te-vi 
bem-vestido 
bem-vindo 
bem-visto 
bendito (= abençoado) 
benfazejo 
benfeito 
benfeitor 
benfeitoria 
benquerença 
benquerer 
benquisto 
centroafricano 4 
centro-africano 5 
circum-murado 
circum-navegação 
coabitação 
coautor 
cobra-d'água 
coco-da-baía 
coedição 
coeducação 
coenzima 
coerdar 
coerdeiro 
 
coexistente 
coexistir 
cofator 
coirmão 
comum de dois 
conta-gotas 
contra-almirante 
contra-ataque 
contracheque 
contraexemplo 
contraindicação 
contraindicado 
contraofensiva 
contraoferta 
contraordem 
contrarregra 
contrassenha 
contrassenso 
coobrigação 
coocupante 
coocupar 
cooptar 
cor de café 
cor de café com 
leite 
cor de vinho 
cor-de-rosa 
couve-flor 
doença de 
Chagas 
 
E 
em cima 
embaixo 
entre-eixo 
euro-asiático 
eurocêntrico 
ex-almirante 
ex-diretor 
ex-presidente 
ex-primeiro-
ministro 
ex-secretária 
 
extra-alcance 
extraclasse 
extraescolar 
extrafino 
extraoficial 
extrarregular 
extrassolar 
extrauterino 
 
F 
faz de contas 
(um ...) 
feijão-verde 
fim de século 
fim de semana 
folha de flandres 
francofone 
 
G 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
45 
ao deus-dará 
arco e flecha 
arco-da-velha 
arco-íris 
arqui-inimigo 
autoadesivo 
autoafirmação 
autoajuda 
autoaprendizagem 
 
bico-de-papagaio 
(planta) 
bio-histórico 
biorritmo 
biossocial 
blá-blá-blá 
boa-fé 
bumba meu boi 
 
C 
café com leite 
calcanhar de aquiles 
cão de guarda 
carboidrato 3 
causa-mortis (a...) 
criado-mudo 
 
D 
decreto-lei 
dente-de-leão 
depois de amanhã 
desumano 
deus nos acuda 
(um...) 
dia a dia 6 
disse me disse 
(um...) 
general de 
divisão 
geo-história 
giga-hertz 
girassol 
grã-fina 
grão-duque 
grão-mestre 
Grão-Pará 
guarda-chuva 
guarda-noturno 
Guiné-Bissau 
 
H 
habeas-corpus 
(o...) 
hidroelétrico 
hidrelétrico 
hidrossolúvel 
hidroterapia 
hipermercado 
 
 
H (cont.) 
hiper-raquítico 
hiper-realista 
hiper-requintado 
 
I 
inábil 
indo-chinês 7 
indochinês 8 
indo-europeu 
infra-assinado 
infra-axilar 
infraestrutura 
infrassom 
inter-hemisférico 
inter-racial 
inter-regional 
malpassado 
malpesado 
malquerer 
malquisto 
malsoante 
malvisto 
mandachuva 
manda-lua 
manda-tudo 
maria vai com as 
outras 
mão de obra 
médico-cirurgião 
mesa-redonda 
mestre-d'armas 
microcirurgia 
microempresa 
microestrutura 
por baixo de 
por isso 
porta-aviões 
porta-retrato 
porto-alegrense 
pós-graduação 
pospor 
pós-tônico 
predeterminado 
preenchido 
pré-escolar 
preexistente 
preexistir 
pré-história 
pré-natal 
pré-nupcial 
pré-requisito 
 
pressupor 
semisselvagem 
sem-número 
sem-vergonha 
sobreaquecer 
sobre-elevação 
sobre-estimar 
sobre-exceder 
sobre-humano 
sobrepor 
social-democracia 
social-democrata 
sociocultural 
socioeconômico 
subalimentação 
subalugar 
subaquático 
subarrendar 
 
sub-brigadeiro 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
46 
 
inter-relacionado 
intramuscular 
intraocular 
intraoral 
intrauterino 
inumano 
 
J 
joão-de-barro 
joão-ninguém 
 
L 
latino-americano 
lenga-lenga 
luso-brasileiro 
lusofobia 
lusofonia 
M 
macroestrutura 
macrorregião 
madressilva 
mãe-d'água 
má-fé 
mais-que-perfeito 
mal de Alzheimer 
mal-acabado 
mal-afortunado 
malcriado 
malditoso 
mal-entendido 
mal-estar 
malgrado 
mal-humorado 
mal-informado 
má-língua 
mal-limpo 
malmequer 
malnascido 
 
micro-ondas 
micro-organismo 
microssistema 
minicurrículo 
minissaia 
minissérie 
multissegmentado 
 
N 
não agressão 
não fumante 
não me toques 9 
não violência 
não-me-toques 10 
neoafricano 
neoexpressionista 
neoimperialista 
neo-ortodoxo 
norte-americano 
 
O 
olho-d'água 
P 
pan-africano 
pan-americano 
pan-hispânico 
para-brisa 
para-choque 
para-lama 
paraquedas 
paraquedismo 
paraquedista 
para-raios 
pé-de-meia 
pingue-pongue 
plurianual 
poli-hidratação 
pontapé 
ponto e vírgula 
primeiro-ministro 
primeiro-sargento 
pró-ativo 
proeminente 
propor 
pró-reitor 
pseudo-
organização 
pseudossigla 
 
Q 
quem quer que seja 
 
R 
reabilitar 
reabituar 
reaver 
recém-casado 
recém-eleito 
recém-nascido 
reco-reco 
reedição 
reeleição 
reescrita 
reidratar 
retroalimentação 
reumanizar 
S 
sala de jantar 
segunda-feira 
sem-cerimônia 
semiaberto 
semianalfabeto 
semiárido 
semicírculo 
semi-interno 
semiobscuridade 
semirrígido 
 
subemprego 
subestimar 
subdiretor 
sub-humano 
subfaturar 
sub-reitor 
sub-rogar 
sul-africano 
superestrutura 
super-homem 
super-racional 
super-resistente 
super-revista 
supraocular 
suprarrenal 
suprassumo 
T 
tenente-coronel 
tico-tico 
tio-avô 
tique-taque 
tomara que caia 
U 
ultraelevado 
ultrarromântico 
ultrassecreto 
ultrassensível 
ultrassom 
ultrassonografia 
V 
vaga-lume, vice-rei 
vassoura-de-bruxa 
verbo-nominal 
vice-almirante 
vice-presidente 
vira-casaca 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
47 
 
X 
xique-xique 11 
xiquexique 12 
 
Z 
zás-trás zé-povinho zigue-zague 
zum-zum 
 
PROPOSTA 
1 – Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto 
no Acordo Ortográfico: 
a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos; 
b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente; 
c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro; 
d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio; 
e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue. 
 
2 – Assinale a opção em que figura uma forma verbal grafada, consoante a nova 
ortografia, erroneamente: 
a) verbo ter: 
tem detém contém mantém retém 
têm detêm contêm mantêm retêm 
b) verbo vir: 
vem advém convém intervém provém 
vêm advêm convêm intervêm provêm 
c) verbos ler e crer: 
lê relê crê descrê 
leem releem creem descreem 
d) verbos dar e ver: 
dê desdê vê revê provê 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
48 
deem desdeemveem reveem provêm 
e) verbos derivados de ter: 
abstém atém obtém entretém 
abstêm atêm obtêm entretêm 
 
3 – Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, 
recebeu indevidamente acento gráfico: 
a) céu – réu – véu; 
b) chapéu – ilhéu – incréu; 
c) anéis – fiéis – réis; 
d) mói – herói – jóia; 
e) anzóis – faróis – lençóis. 
 
4 – As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada regra do 
Acordo Ortográfico, não são acentuadas. 
Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica: 
a) aldeia – baleia – lampreia – sereia; 
b) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia; 
c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia; 
d) Assembleia – ideia – ateia – boleia; 
e) Crimeia – Eneias – Leia – 
 
5 – Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo 
com as novas regras: 
a) anti-higiênico – antiinflamatório – antiácido – antioxidante – anti-colonial – 
antirradiação – antissocial; 
b) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial – 
antiradiação – anti-social; 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
49 
c) anti-higiênico – anti-inflamatório – antiácido – antioxidante – anticolonial – 
antirradiação – antissocial; 
d) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anticolonial – 
antirradiação – antissocial; 
e) anti-higiênico – anti-inflamatório – anti-ácido – anti-oxidante – anti-colonial – 
antirradiação – antissocial. 
 
6 – Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-, pré- e pró-, quando átonos, 
aglutinam-se com o segundo elemento do termo composto. 
Marque a alternativa em que, segundo as novas regras, há erro de ortografia: 
a) posdatar – predatar – proamericano – progermânico; 
b) predefinir – predestinar – predizer – preexistência; 
c) prejulgar – prelecionar – prenomear – preordenar; 
d) preanunciar – preaquecer – preconcebido – precognição; 
e) preposto – procônsul – procriação – prolação. 
 
7 – O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes 
casos, exceto em: 
a) fôrma (significando molde) 
b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo); 
c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo); 
d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo); 
e) dêmos (no presente do subjuntivo). 
 
 
8 – Identifique a alternativa em que todas as palavras compostas estão grafadas de 
acordo com as novas regras: 
a) miniquadro – minissubmarino – minirretrospectiva – mini-saia; 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
50 
b) sub-bibliotecário – sub-humano – sub-hepático – sub-região; 
c) infra-assinado – infra-estrutura – infra-hepático – infravermelho; 
d) hiperácido – hiperespaço – hiper-humano – hiperrealista; 
e) contra-acusação – contra-indicação – contraespionagem – contra-harmônico 
 
PROPOSTA 
 
9. Assinale a alternativa corretamente acentuada. 
a) Ela mantêm no sótão os três gatinhos de pelo cinzento. 
b) Ela mantém no sotão os três gatinhos de pelo cinzento. 
c) Ela mantêm no sotão os tres gatinhos dc pêlo cinzento. 
d) Ela mantem no sotão os três gatinhos de pelo cinzento. 
e) Ela mantém no sótão os três gatinhos de pelo cinzento. 
 
10. Assinale a série em que todas as palavras estão acentuadas corretamente. 
a) juíza – urubú – item – tórax 
b) ímã – virús – interíni – nínha 
c) polén – lons – paúl – bônus 
d) climax – saci – almôço – caráter 
e) amém – tríceps – jóquei – pôr (verbo) 
 
 11. Os pais_______ na tv que os desenhos animados______ grande influência sobre 
seus filhos, mas_________ , também, que faz parte da infância. 
a) vêm, tem, crêm b) veem, tem, creem 
c) vem, tem, crêem d) veem, têm, creem 
e) vêm, têm, crêem 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
51 
12. Assinale o uso correto quanto ao acento diferencial: 
a) O menino nervoso pára de repente. 
b) Toda manhã, ela côa o café. 
c) Gosto de pêra madura. 
d) Preciso pôr as coisas em ordem. 
e) n.d.a. 
 
13. Assinale a forma incorreta quanto à acentuação: 
a) Eles leem o jornal todos os dias. 
b) As meninas têm muitos brinquedos. 
c) Os jovens crêem no futuro. 
d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo. 
e) n.d.a. 
 
14. Assinale a alternativa que completa corretamente as frases. 
1 – Ele sempre___________a calma. 
II – Os turistas_________ informações pela lnternet. 
III – As polícias civil e militar_________ nos motins do presídio. 
a) mantêm, obtém, intervém 
b) mantém, obtêm, intervêm 
c) mantêm, obtêm, intervêm 
d) mantém, obtêm, intervém 
e) mantém, obtém, intervém 
 
15. Assinale a alternativa correta quanto à acentuação: 
a) herói b) heróico c) jóia 
d) centopéia e) n.d.a. 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
52 
 
16. (Med. Barbacena-MG) Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas 
pela mesma regra de “alguém”, “inverossímil”, “caráter”, respectivamente: 
a) hífen, também, impossível 
b) armazém, útil, açúcar 
c) têm, anéis, éter 
d) há, impossível, crítico 
e) pólen, magnólias, nós 
 
17. (FESP-SP) Em que alternativa as palavras devem ser acentuadas pelo mesmo 
motivo? 
a) tambem – refém b) velocidade – rubrica 
c) aniversario – fortuito d) fortuito 
e) ceu – tambem 
 
18. (Fuvest-SP) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente 
acentuadas. 
a) Tietê, órgão, chapéuzinho, estréia, advérbio 
b) fluido, anzóis, Tatuí, armazém, caráter 
c) saúde, melâúcia, gratuíto, amendoim 
d) inglês, cipó, cafézinho, útil, Itú 
e) canôa, heroismo, crêem, Sergípe, bambu 
 
19. Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico, exceto: 
a) abacaxi b) idéia c) assembleia d) heroi e) voo 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
53 
20. Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto 
no Acordo ortográfico: 
a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir – averiguemos; 
b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre – eloquentemente; 
c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência – sequestro; 
d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça – quinquênio; 
e) sequência – redargüimos – lingueta – frequentemente – bilíngue. 
 
21. Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, 
recebeu indevidamente acento gráfico: 
a) céu – réu – véu; 
b) chapéu – ilhéu – incréu; 
c) anéis – fiéis – réis; 
d) mói – herói – jóia; 
e) anzóis – faróis – lençóis. 
 
22. As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada regra do 
Acordo Ortográfico, não são acentuadas. 
Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica: 
a) aldeia – baleia – lampreia – sereia; 
b) flavonoide – heroico – reumatoide – prosopopeia; 
c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia; 
d) Assembleia – ideia – ateia – boleia; 
e) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia 
 
 
 
Profs. Roberto Ferreira e Renata Bortolini 
 
54 
23. O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes 
casos, exceto em: 
a) fôrma (significando molde) 
b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo); 
c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo); 
d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo); 
e) dêmos (no presente do subjuntivo). 
 
24. Preencha as lacunas com as palavras corretas,

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