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Aluno: Leonardo de Carvalho Rocha
Matrícula: 201702461548
Cadeira: Direito Penal IV
Professor: Maurício Luciano
AULA 7
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas:
 Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local. (XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA).
 Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possuir antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. 
Astolfo sofreu coação moral irresistível o que exclui a sua culpabilidade poderá, além disso, ser ressaltada a sua primariedade, seus bons antecedentes, que não se dedica a atividade criminosa e não fazia parte de qualquer organização criminosa assim podendo ter sua pena reduzida em caso de condenação. 
Para Guilherme de Souza Nucci é fundamental buscar, para a configuração dessa excludente, coação moral irresistível, uma intimidação forte o suficiente para vencer a resistência do homem normal, fazendo-o 
temer a ocorrência de um mal tão grave que lhe seria extraordinariamente difícil suportar, obrigando-o a praticar o crime idealizado pelo coator. (NUCCI, Guilherme de Souza. Comentários ao Código Penal. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 234).
À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
O entendimento atual do STF é que o traficante privilegiado não pratica conduta equiparada a hediondo, sendo inclusive cancelada a Súmula 512 do STJ.
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
o STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os requisitos do art. 
Sim, pois STF no crime de tráfico, desde que preenchidos os requisitos do art. 44 do Cp, porque o STF declarou a inconstitucionalidade da vedação da conversão da PPL em PRD prevista no art. 44 da lei 13343/06, que teve a sua execução suspensa pela resolução n. 5 do Senado publicado 15-02 -2012.
ACORDÃOS:
TJSP - Elias Junior De Aguiar Bezerra 
Apelação Criminal - 3419-25.2007.8.26.0344
de fls. 73/77 acrescenta-se que o réu foi condenado a 06 (seis) anos, 09 (nove) meses e 20 (vinte) dias de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 600 (seiscentos) dias-multa, no piso, por haver infringido o artigo 33, "caput", c.c. o artigo 40, inciso III, ambos da Lei n.o 11.343/06. Apela o acusado, afirmando que agiu sob coação irresistível e que não há prova suficiente de que a droga se destinava à comercialização. Alternativamente, pediu a redução da pena que lhe foi imposta (fls. 85/88). O recurso foi devidamente contra-arrazoado (fls. 90/92). O i. representante do Ministério Público que atua em 2.o grau opinou pelo improvimento do apelo (fls. 100/103), PODER JUDICIÁRIO SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEÇÃO DE DIREITO CRIMINAL - 14.a CÂMARA C Apelação n.o...
TJSP - Francisco Bruno 
Apelação - 2442-55.2009.8.26.0411
de Direito Criminal Apelação Criminal n.º 0002442-55.2009 - Pacaembu Apelante: Ministério Público Apelado: José Carlos Pereira Relator Des. Francisco Bruno Voto n.º 6.141 Tráfico de Entorpecente. Absolvição, por reconhecimento de coaçãomoral irresistível. Apreensão de maconha no interior da caixa de descarga de cela, em presídio. Réu que alega não ser o proprietário da droga, que apenas guardava para pagar dívida com o dono dela. Inexistência de coação e posse confessada, com intuito econômico (pagamento de dívida) e conhecimento da finalidade a que se destinava a droga. Clara infringência do art. 33 da Lei de Drogas. Condenação de rigor. Recurso do Ministério Público provido. Acrescenta-se ao relatório da r. sentença (fls. 109 e ss.), que a ação penal foi julgada improcedente...
QUESTÃO OBJETIVA: 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s):
 a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006

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