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Plano de Aula: Crimes contra a Administração Pública praticados por 
funcionário público I. 
DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
Crimes contra a Administração Pública praticados por funcionário público I. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
1 
Tema 
Crimes praticados por Funcionário Público 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 Conhecer o plano de aula. 
 Analisar a aplicação, nos casos concretos apresentados, dos princípios 
constitucionais aos crimes contra Administração Pública, inclusive, o princípio 
da insignificância. 
? Diferenciar os crimes funcionais próprios e impróprios para fins de aplicação 
do preceito estabelecido no art. 30, do Código Penal. 
? Identificar, nos casos concretos apresentados, os delitos contra a 
Administração Pública praticados por funcionário público e respectiva 
responsabilidade penal do agente. 
Estrutura do Conteúdo 
O conteúdo será apresentado com base no Material Didático de Direito Penal IV 
Antes da aula, não esqueça de ler: 
 Os artigos. 312 a 327, todos do Código Penal. 
 Verbete de Súmula n. 147, do Superior Tribunal de Justiça. 
 Verbete de Súmula n. 18, do Supremo Tribunal Federal. 
 As páginas indicadas de seu material Didático. 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 
I - Considerações gerais: Bem jurídico tutelado. 
 1.1. Conceitos de Administração Pública e funcionário público para o Direito Penal. 
 1.2. Distinção entre funções precípuas e concorrentes da administração pública. 
 1.3. Distinção entre crimes funcionais próprios e impróprios. 
 1.4. Conceitos de funcionário público e, funcionário público por equiparação, previstos 
no Código Penal; distinção do conceito de múnus público (art.327, do CP) 
 1.5. Distinção entre o conceito de funcionário público, previsto no Código Penal, e 
autoridade pública, prevista na Lei n 4898/1965: natureza das funções exercidas; 
aplicação do princípio da especialidade e derrogação tácita de dispositivos do Código 
Penal. 
1.6. A aplicação do princípio da insignificância aos crimes contra Administração 
Pública. 
 II. Crimes em espécie praticados por funcionário público. 
- Elementos do tipo: objetivos, subjetivos e normativos. 
- Sujeitos do delito. 
- Consumação e Tentativa. 
- Modalidades culposas. 
- Figuras qualificadas, majoradas e privilegiadas. 
- O concurso de pessoas e a incidência do art. 30, do Código Penal: comunicabilidade 
das circunstâncias pessoais. 
- Questões controvertidas- entendimento dos Tribunais Superiores. 
 2.1. Peculato. (art.312, do CP) (i) figuras típicas: peculato furto, peculato culposo, 
peculato desvio, peculato mediante erro de outrem; (ii) concurso de pessoas; 
(iii)reparação do dano e extinção da punibilidade; (iv)distinção do delito de peculato dos 
delitos de falsificação de documento, furto e apropriação indébita. 
2.2 Concussão.(art.316, do CP): (i) análise do tipo penal; (ii) confronto com o delito de 
extorsão: semelhanças e dessemelhanças; concurso de crimes ou conflito aparente de 
normas; (iii) confronto com os delitos de corrupção ativa e passiva; (iv) excesso de 
exação. 
2.3. Corrupção passiva (art.317, do cp): (i)análise do tipo penal;(ii) confronto com os 
delitos de concussão e prevaricação;(iii) incidência do princípio da insignificância; 
(iv)corrupção passiva privilegiada. 
2.4. Facilitação de contrabando ou descaminho. (art.318, do CP): (i) análise do tipo 
penal; (ii)distinção entre mercadorias absolutamente ou relativamente proibidas e 
mercadorias permitidas; (iii) incidência do princípio da insignificância; (iv)causas 
extintivas de punibilidade. 
2.5. Prevaricação. (art.319, do CP): (i) análise do tipo penal; (ii) confronto com os 
delitos de corrupção passiva privilegiada, concussão e desobediência; (iii) confronto 
com os delitos previstos nas normas extravagantes: art. 345, da lei n 4737/1965; art. 23 
da lei n 7492/1986 e art. 15, §2º, da lei n 6938/1981. 
 2.6. Condescendência criminosa. (art.320, do CP: (i) Análise do tipo penal. 
2.7. Advocacia administrativa. (art.321, do CP) : (i) análise do tipo penal; (ii)confronto 
com os delitos de prevaricação, corrupção passiva e concussão (iii).confronto com os 
delitos previstos nas normas extravagantes: art. 3º,iii da lei n 8137/1990 e art. 91, da lei 
n 8666/1993. 
2.8. Abandono de função. (art.323, do CP: (i)Análise do tipo penal. 
2.9. Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.(art. 324, do CP): 
(i)Análise do tipo penal. 
2.10. Violação de sigilo funcional: (i)Análise do tipo penal; (ii) Causas excludentes de 
ilicitude. 
 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: 
Considerações gerais. 
Para o Direito Penal, entretanto, a expressão Administração Pública deve ser 
compreendida como toda a atividade funcional do Estado, seja subjetivamente (órgãos 
instituídos para a concreção de seus fins), seja objetivamente (atividade estatal realizada 
com fins de satisfação do bem comum). (Neste sentido vide PRADO, Luiz Regis, op.cit. 
pp 387/388). 
Ainda, será analisada a possibilidade de incidência dos princípios da insignificância e 
adequação social aos crimes praticados contra a Administração Pública para fins de 
exclusão da tipicidade material da conduta. 
Distinção entre crimes funcionais próprios e impróprios. 
 Crime funcionais são aqueles perpetrados por funcionário público no exercício de 
suas funções ou em decorrência destas sendo, classificados em próprios e impróprios 
(mistos). 
Crimes funcionais próprios são aqueles são aqueles em que, caso não esteja presente a 
elementar do tipo ?funcionário público? a conduta será considerada atípica, enquanto, 
delitos funcionais impróprios são aqueles nos quais, uma vez excluída a elementar 
?funcionário público? a conduta será tipificada como outro crime. 
 O delito de peculato, previsto no art.312, do Código Penal, descreve figuras 
especiais dos delitos de apropriação indébita (caput) e de furto (§1º), 
caracterizando-se, portanto, como delitos funcionais impróprios ou mistos. 
 Apresenta como figuras típicas os delitos de peculato próprio, impróprio 
(peculato-furto), peculato culposo e peculato mediante erro de outrem. Por outro lado, 
no caso da conduta culposa, o agente público, por meio da quebra do dever objetivo de 
cuidado, concorre para a prática de peculato doloso por outrem. 
 O delito de Concussão, previsto no art.316, do Código Penal, descreve a figura 
especial do delito de extorsão caracterizando-se, portanto, como delito funcional 
impróprio ou misto. 
 No que concerne ao excesso de exação, previsto no §1º, é compreendida como a 
exigência rigorosa de tributos ou contribuição social. Ainda, o §2º prevê a 
modalidade qualificada nos casos em que o funcionário desvia, em proveito 
próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres 
públicos. 
 O delito de Corrupção passiva, previsto no art.317, do Código Penal, configura-
se como tipo penal de ação múltipla ou tipo misto alternativo face à 
possibilidade da prática de mais de uma conduta sem que, com isso, seja 
caracterizada a pluralidade de infrações penais. Nas condutas de receber 
vantagem indevida ou aceitar promessa de tal vantagem haverá bilateralidade de 
condutas entre os delitos de corrupção ativa e passiva, este último praticado por 
particular contra a Administração Pública. Além da figura prevista no caput, 
comporta as figuras qualificada e privilegiada - §§1º e 2º. 
 No delito de facilitação de contrabando ou descaminho, previsto no art.318, do 
Código Penal, o legislador rompeu com a teoria unitária do concurso de pessoas 
na medida em que optou por tipificar a conduta do agente que, na verdade, 
realiza conduta acessória às condutas de contrabandoou descaminho. Trata-se 
de delito formal e plurissubsistente. Insta salientar que, no que concerne aos 
delitos de contrabando e descaminho houve alteração legislativa pela lei n. 
13008 de 26/06/2014. 
 Com relação ao delito de prevaricação, previsto no art.319, do Código Penal, 
caracteriza-se tipo subjetivamente complexo cujo especial fim de agir é o 
interesse ou sentimento pessoal. Configura-se como delito formal e somente 
admite a modalidade tentada nas condutas comissivas. 
 O delito de condescendência criminosa, art.320, do Código Penal, configura-se 
como delito formal, admite condutas comissivas e omissivas e consuma-se 
independentemente da efetiva impunidade do subalterno. 
 O delito de advocacia administrativa, art.321, do Código Penal, compreende em 
sua figura típica a conduta de patrocinar interesse privado perante a 
administração pública, sendo a expressão patrocinar compreendida pelas 
condutas de proteger, beneficiar ou defender, direta ou indiretamente, interesse 
privado, que pode ser legítimo ou não (NUCCI, Guilherme de Souza. Material 
Didático). Saliente-se que a referida conduta configura-se como delito formal e 
não exige a obtenção de qualquer vantagem por parte do funcionário público. 
 Por fim, o delito de exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado, 
previsto no art. 324, do Código Penal, configura-se como norma penal do 
mandato em branco por força da expressão à expressão ?exigências legais?. 
 Para enriquecer seus conhecimentos, como leitura complementar indica-se a leitura dos seguintes 
livros didáticos constantes na Bibliografia Básica e Complementar da disciplina Direito Penal IV: 
Bibliografia Básica 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10.ed. Forense, 2014. ISBN 
9788530953898 
Bibliografia Complementar 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 4.ed. São Paulo: Saraiva.v 4, 
2009.ISBN 978-85-02-09149-8. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 15. ed São Paulo: Saraiva.v.3,2015. ISBN 
9788502619050. 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Especial. 11.ed. Niterói: RJ: Impetus. 
V.4, 2015. 9788576268178. 
 PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 13ª. edição revista e ampliada. 
São Paulo. Revista dos Tribunais.2014. ISBN 9788520350683. 
 
 
Aplicação Prática Teórica 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, 
às questões formuladas: 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de 
fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se 
da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com 
o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado 
processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de 
laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar 
qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a 
Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? 
Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou 
tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer 
montante ao agente. 
Questão objetiva. 
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
 a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de 
configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, 
ou, ao menos, determinável. 
 b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que 
o sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a 
guarda da Administração pública. 
 c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, 
assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. 
 d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do 
CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do 
CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público 
autorizado. 
 e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como 
delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada.

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