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Resumo de processo civil II

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Resumo de processo civil II
Indeferimento da petição inicial Art. 330 NCPC: A petição inicial será indeferida quando:
Por inépcia (art 330, I CPC): 
Segundo o Art. 330 §1, a petição é inepta quando:
Quando lhe faltar pedido ou causa de pedir.
Quando o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico.
EX: um atropelamento, não se sabe se o acidentado precisa de cirurgia, próteses, exames, o juiz determina que o réu arque com todas as despesas. O autor pede tudo que seja necessário para se voltar ao estado em que se encontrava antes da lide.
Da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão.
Contiver pedidos incompatíveis entre si.
Quando a Parte manifestante for ilegítima (Art. 330, II CPC).
O autor carecer de interesse processual (Art. 330, III CPC).
Não atendidas às prescrições dos art. 106 e 321:
Art. 106: O juiz Ordena o prazo de 5 dias para que se cumpra a omissão
Art. 321: O juiz ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320, ou que apresenta defeitos ou irregularidades, determina ao autor prazo de 15 dias para que a emende ou complete.
O juiz não resolverá o mérito caso a petição inicial seja indeferida (Art. 485, I, CPC), onde ele profere uma sentença. Podendo o advogado da parte autora, no prazo de 15 dias entrar com o recurso de apelação, onde o autor apresenta suas razões.
Indeferida a petição inicial o autor poderá apelar, facultado ao Juiz, no prazo de 5 dias para se retratar. (Art. 331, CPC)
Se não houver retratação (onde o juiz admite que estivesse errado em indeferir a petição), o Juiz mandará citar o Réu, para responder ao recurso e apresentar suas contrarrazões. 
 
Processo e Procedimento:
Instrumento através do qual se obtém Sequência ordenada de atos
 a prestação jurisdicional, o caminho formado processuais adotada pelo 
 por atos processuais que obedecem uma processo por determinação da lei.
 regra e que vão culminar em uma sentença
Procedimento Comum: Conciliação 
Ou mediação
Petição inicial
Transição para o Novo CPC: O novo CPC pôs fim aos procedimentos sumário e ordinário, deixando um procedimento único no lugar de ambos, chamado procedimento comum, procedimento padrão que se aplica inclusive de forma subsidiária aos procedimentos especiais e aos processos de execução, segundo dispõe o art. 318 NCPC. Todavia os processos distribuídos antes da entrada em vigor do novo código de processo civil, 19 de março de 2016 que adotaram o procedimento sumário (Art. 275 CPC/73, era um procedimento padrão, porém mais rápido) permanecem no mesmo até a Sentença, conforme dispõe o Art. 1046 §1 do Novo CPC. Os processos distribuídos após a entrada em vigor do novo CPC cuja lei determine a aplicação do procedimento sumário deverão adotar o procedimento comum do Novo CPC como dispõe o Parágrafo Único do Art. 1049 NCPC.
Atos processuais – Negócios Jurídicos
O Art. 190 do NCPC trouxe a possibilidade das partes celebrarem negócios sobre suas faculdades, seus ônus, deveres e poderes exercidos no processo. Tais negócios podem ser celebrados antes da existência do conflito através de contrato escrito ou durante o andamento do processo e permitem a alteração do procedimento, como por exemplo, a redução ou ampliação dos prazos, a supressão de recursos, redução dos meios de prova, a convenção sobre os honorários de sucumbência, convenção sobre o pagamento das custas e despesas processuais, a impossibilidade da execução provisória e outras coisas mais, desde que não importem em nulidades absolutas.
Os requisitos para a celebração dos negócios jurídicos são:
Capacidade plena das partes
A possibilidade da auto composição não pode versar sobre direito indisponível, somente sobre direitos relativamente indisponíveis e direitos disponíveis.
A validade dos negócios jurídicos será observada pelo magistrado, que não permitirá a existência de desequilíbrio, causando a vulnerabilidade a uma das partes e nem admissão de negócios celebrados em contrato de adesão.
O CPC permite ainda que seja fixado um calendário para a prática dos atos processuais com datas pré-fixadas entre as partes e o magistrado, dispensando a necessidade de intimação para a fluência dos prazos e para a prática dos atos conforme dispõe o Art. 191 CPC. O calendário uma vez fixado deverá ser observado e respeitado pelo juiz e pelas partes, ressalvados os casos de força maior ou caso fortuito.
Improcedência liminar do pedido: Art. 332
Nas causas em que dispensem a fase instrutória (quando não há necessidade de produção de provas) o Juiz, independentemente da citação do Réu, julgará liminarmente o pedido improcedente o pedido que contrariar:
Enunciado de Súmula do STF ou STJ.
Acordão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos.
Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
Súmula do próprio TJ Estadual sobre direito local.
§1 – O Juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou prescrição.
Caso isso ocorra, o Juiz profere uma Sentença com resolução do mérito, manda citar o Réu, para que ele tome ciência do processo, e caso ocorra à ação novamente, o réu possa arguir em defesa o processo que foi julgado.
Se ocorrer a improcedência liminar do pedido o autor pode entrar com recurso de apelação (Art. 1009 CPC), onde ele apresenta suas razões. O juiz pode se retratar no prazo de 5 dias (Art. 332 §3) dando seguimento novamente ao processo. Caso não haja essa retratação, determinará a citação do Réu, para que apresente suas contrarrazões no prazo de 15 dias.
OBS: Caso a petição inicial tenha mais de um pedido, e algum deles for dado como improcedente, o processo não é extinto, o Juiz dá uma decisão interlocutória, versando sobre a improcedência liminar daquele pedido específico, e caso o Autor queira recorrer é cabível o recurso de agravo de instrumento e não de apelação, visto que é uma decisão e não uma sentença. 
Audiência preliminar de conciliação e mediação: Art. 334 CPC
Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou mediação com antecedência mínima de 30 dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 dias de antecedência.
Sua requisição é feita por meio da petição inicial (autor), onde o réu é informado e tem até 10 dias antes da data que está marcada a audiência para responder se deseja ou não (não é contestação).
A audiência só não será marcada se houver a negação de ambas as partes, no caso de litisconsórcio, deve haver a negação de todas as partes.
A audiência de conciliação ou mediação poderá ser feita por meio eletrônico, nos termos da lei (Art.334 §7).
O não comparecimento é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou o valor da causa revertida em favor da União ou do Estado (Art.334 §8).
A auto composição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença (Art. 334 § 11). As partes acordam e os autos são submetidos ao juiz para que se homologue a sentença com caráter de execução.
Diferenças entre as audiências: A conciliação é feita por um conciliador, que tem noção de direito, onde pode opinar, para chegar a um acordo. Na mediação não ocorre opinião, é feita para aproximar as partes, sendo feita por psicólogos, assistentes sociais.
Contestação: Art. 335 CPC
É uma das peças de resposta do réu, onde ele pode se defender daquilo que lhe foi imputado. Trata-se do meio pelo qual o réu contrapõe-se aos pedidos formulados na inicial, devendo concentrar todas as manifestações de resistência à pretensão do autor.
O réu terá prazo de 15 dias para apresentar por petição, contestação, cujo termo inicial será a data:
Da audiência de conciliaçãoou mediação, ou da ultima sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo não houver a auto composição.
Do protocolo de pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou mediação, apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do Art. 334 §4,I (o não requerimento de ambas as partes para a realização da audiência de conciliação).
No caso de litisconsórcio passivo, o termo inicial (a data que se inicia a contagem), será para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. Caso ocorra a audiência, o prazo de 15 dias corre para todos igualmente.
OBS: em litisconsórcio, caso seja um caso em que a audiência não possa ocorrer, o prazo conta a partir do último réu, que apresentou juntada na diligência (juntada dos autos da diligência de citação).
OBS 2: Caso haja desistência do autor em relação a um dos réus, pois não foi possível citá-lo, o prazo da contestação passa a contar a partir da homologação de desistência, e somente se for litisconsórcio facultativo.
 OBS 3: Quando forem advogados diferentes no litisconsórcio, o prazo será de 30 dias úteis, porém somente aplicado esse prazo, se o processo for físico (Art. 229 CPC)
Defesas: Preliminar e de Mérito
De mérito é aquela em que o réu ataca os fatos que constituíram o direito do autor. Não diz respeito às formalidades processuais, mas ao conteúdo do direito que o autor afirma ser titular. É material, se refere ao litígio.
E as preliminares que se referem ao processo, podendo ser:
Defesas processuais dilatórias: que somente irão retardar o feito, eles ocorrem quando o Réu alerta o Magistrado sobre alguma imperfeição formal que pode ser sanada. Não causando a extinção do processo.
Defesas processuais peremptórias: São imperfeições causam a extinção do processo antes mesmo que o magistrado analise o mérito da causa. Ocorrem quando o réu alerta o magistrado para uma imperfeição formal tão grave que impede que o feito prossiga seu curso normal, e dessa forma, o juiz determina que o processo será extinto. São insanáveis
Segundo o Art. 337, podemos observar as alegações:
Inexistência ou nulidade de citação – sanável
Incompetência absoluta ou relativa– sanável
Incorreção do valor da causa – sanável
Inépcia da petição inicial – sanável
Perempção – insanável
Litispendência – Insanável
Coisa Julgada – Insanável
Conexão – sanável
Incapacidade da parte ou defeito de representação ou falta de autorização – Sanável
Convenção de Arbitragem – Insanável
Ausência de legitimidade ou de interesse processual – sanável caso seja o Réu e insanável caso seja o autor
Falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar – sanável
Indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça – sanável
Alteração do polo passivo: Art. 338 e 339
Alegando o Réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser responsável pelo prejuízo invocado, o Juiz facultará ao aturo prazo de 15 dias, a alteração da petição inicial para substituição do Réu. Segundo o parágrafo único do Art. 338, quando a substituição for realizada o Autor reembolsará as despesas e pagará os honorários do procurador do Réu excluído, sendo fixado entre 3 e 5 % do valor da causa, ou sendo este irrisório , nos termos do Art. 85 §8, que serão fixados entre 10 e 20 % da condenação ou do proveito econômico obtido.
Quando alegada sua ilegitimidade, cabe ao Réu substituído, sempre que souber, indicar o sujeito passivo, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
Alegação de incompetência: Art. 340
Alegando a incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do Réu, e o fato será imediatamente comunicado ao Juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.
§1- A contestação será distribuída livremente caso o Réu, tenha sido citado por carta precatória, onde será juntada aos autos e imediatamente seguirá para o Juiz.
§2 – Reconhecida a competência, o Juízo para qual foi distribuído a carta precatória será considerado prevento.
§3 – Alegada a incompetência será suspensa a audiência, caso tenha sido marcada.
§4 – se a competência for definida, cabe ao novo Juízo a marcação da nova data de Audiência.
 
Ônus da impugnação específica dos fatos: Art. 341
O réu, tem a obrigação de impugnar todos os fatos alegados pela parte autora na petição inicial, sob pena de presumir-se verdadeiro, pois fato não impugnado presume-se verdadeiro (neste caso é uma presunção relativa e não absoluta, pois o Juiz pode não acreditar veemente e ordenar a produção de provas mesmo q o Réu não impugne aquele fato), Salvo se:
Quando versar sobre direito indisponível, não se presume a verdade e não se admite confissão.
Não juntar documento importante à petição inicial.
Quando há litisconsórcio, e a contestação dos Réus difere da petição do Autor, este necessita provar.
OBS: O Réu não pode se manifestar após a contestação, baseado no princípio da concentração da defesa.
Alegação de fatos novos: Art. 342
O réu pode alegar fatos novos, desde que sejam:
Relativas a direito ou a fato superveniente ( fato que ocorre após, subsequente a contestação)
Questões que o Juiz conhece de ofício (o Juiz só não reconhece de ofício a comissão e arbitragem e a competência relativa).
Por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. EX: impedimento do juiz, incompetência absoluta, ausência do MP quando sua aparição é necessária.
Reconvenção: Art. 343
É uma ação judicial dentro do mesmo processo. É lícito ao Réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com fundamento de defesa. Não é defesa, pois o réu pode não se defender e reconvir, e neste caso ele não se defende dos fatos alegados na petição inicial. E caso ele conteste pode propor reconvenção dentro dos fundamentos da defesa, além do pedido, causa de pedir e a competência do Juízo/matéria.
“Inverte-se” os polos, o autor vira “réu” – reconvindo, e o réu vira “autor” – reconvinte. Torna-se uma ação reconvencional.
§1 – Proposta a ação de reconvenção, o autor será intimado na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 dias.
§2 – A ação e a reconvenção são independentes, caso a ação principal seja extinta, não se extingue a ação de reconvenção, sendo aproveitado no mesmo processo, baseado no princípio da economia processual.
3§ - Pode propor reconvenção a Autor e terceiro, formando um litisconsórcio.R
 A
T
4§ - A reconvenção pode ser proposta pelo Réu em litisconsórcio com terceiro.
R
T
A
OBS: Pode haver mais de 3 pessoas no processo, o Réu reconvir com terceiro, contra o Autor e mais um terceiro.
§5 – Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deve ser proposta em face do Autor, também na qualidade de substituto processual. EX: MP entra com ação de investigação de paternidade contra o réu para saber se é pai da criança, o Réu, caso venha a reconvir, deverá ajuizar contra a representante legal do menor.
6§ - O Réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Caso a reconvenção seja aceita, será julgada junto com o processo, sendo o recurso hábil a apelação. Caso não seja aceito não é cabível de agravo de instrumento, devendo ser julgado em outro processo.
Revelia: Art. 344
Ausência de defesa dentro do prazo legal.
A revelia causa efeitos:
Material – Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor.
Processual – Os prazos fluem independentemente da intimação do Réu. (Art. 346 caput). Pode acarretar o julgamento antecipado do mérito.
A revelia pode ser de 2 tipos:
Relevante: quando há presunção de verdade (Art. 344)
Irrelevante: quando não produz efeito material, ou seja, não há presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor. (Art.345 e Incisos)
Havendo pluralidade de Réus,algum deles apresentar contestação.
O litígio versar sobre direitos indisponíveis.
A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
As alegações do fato formulado pelo Autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante nos autos.
O revel pode ingressar no processo a qualquer tempo, mas o recebe no estado em que se encontrar nos precisos termos do art. 322/CPC. Não se reproduzem oportunidades já preclusas.
A revelia tem efeito sanatório, ou seja, sana alguns vícios, como por exemplo a incompetência relativa, onde deveria ser arguida na contestação, porém como o réu é revel, esse vício é sanado.
Providências preliminares: Art. 348
Tem a finalidade de preservar o contraditório, saneando alguns vícios, se tiver.
Réplica: É a resposta do Autor sobre a Contestação do réu.
Art.351: Caso o Réu, alegue qualquer das matérias elencadas no Art. 337, o Juiz abrirá o prazo de 15 dias para o Autor se manifestar.
Art. 350: Se o Réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 dias, permitindo lhe o Juiz a produção de provas.
Fato impeditivo: fato que impede o Autor de continuar com aquela ação. EX: celebrei contrato, porém há 15 anos, já prescreveu.
Fato modificativo: Modifica o direito do Autor. EX: Devo, porém metade do valor que está sendo cobrado.
Fato extintivo: Extingue o direito do Autor. EX: devo, porém já quitei esse pagamento.
Especificação de provas: Ocorre quando há revelia irrelevante, pois não há presunção de verdade; O Juiz abre o prazo para requerer especificação de provas, ainda não sendo a produção de provas propriamente dita.
OBS: O Réu mesmo revel pode produzir provas, desde que ingresse no processo no tempo hábil para fazê-lo.
Julgamento conforme o estado o processo: Art. 354
O Juiz irá observar o processo conforme o estado em que ele se encontra, onde ele será extinto com mérito ou sem mérito. Havendo a auto composição numa audiência de conciliação, os autos são remetidos para o Juiz homologar. Somente ocorre quando o Juiz não tiver que Julgar. Sem mérito nos termos do Art. 485 e com mérito nos termos do Art. 487, II e III.
Julgamento antecipado do mérito: Art. 355 Teoria da Causa Madura.
É quando o processo já está pronto para ser julgado, e pedi provas, por exemplo, iria fazer esse processo demorar mais do que o necessário, violando o princípio da Tempestividade. Sendo isso o Juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução do mérito, quando:
Não houver a necessidade de produção de outras provas.
O réu for revel, e ocorrer o efeito do art. 344 (revelia relevante, onde há presunção da verdade), e não houver requerimento de prova, na forma do Art. 349.
Julgamento antecipado parcial do mérito: Art.356
É quando o juiz antecipa parcialmente a decisão dos pedidos. Não é sentença, pois não dá fim ao processo, porque ainda existem pedidos a serem jugados. O recurso cabível aqui é agravo de instrumento visto que o Juiz profere uma decisão.
Art. 356 – O juiz decidirá parcialmente um mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
Mostrar-se incontroverso
Estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 (teoria da causa madura).
§1 – O Juiz reconhece a obrigação, e passa pela fase de liquidação, onde se apura o valor.
2§ - A parte poderá liquidar ou executar, ainda que haja agravo de instrumento.
3§ - Caso não haja decisão, ela transita em julgado e não será mais modificada.
4§ - a liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares (apensos), a requerimento da parte ou critério do Juiz.
5§ - A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
Teoria geral das provas
Meios de prova admissíveis – Art.369: são requeridos pelas partes ou pelo Juiz, devendo ser provas lícitas (permitas em lei) e moralmente legítimas (quando a prova não é desleal nem viola a boa-fé entre as partes)
Poderes instrutórios do Juiz – Art. 370: Cabe ao Juiz determinar de ofício a produção de provas cabíveis para a resolução do mérito.
Princípio do livre conhecimento motivado – Art. 371: Também chamado de princípio da persuasão racional. O Juiz deve fundamentar, justificar o porquê de sua decisão.
Prova emprestada – Art.372: Se aproveita provas de outro processo, porém os processos devem ter o mesmo fato, e não podem violar o contraditório (o Réu do processo que a prova será emprestada, deverá se defender e ter conhecimento daquela prova, desse modo o contraditório é respeitado). Fora destes conformes, a prova não poderá ser emprestada. 
Ônus da prova – Art. 373: O ônus da prova incumbe:
Ao Autor quanto à existência de fato constitutivo de seu direito.
Ao Réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo, ou extintivo do direito do Autor.
§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o processo.
OBS do caderno: O ônus da prova pode ser alterado pelas partes por meio de negócio jurídico, pela lei e por decisão judicial, com base na teoria diabólica (Teoria onde o Juiz divide os fatos e estipula a autor e réu, prova cada fato que lhe foi incumbido), observado a facilidade para cada um provar cada fato, sem que haja desequilíbrio.
Art. 374.  Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Presunção Hominis – Art. 375: Presume-se verdade, pois é conhecimento comum, é um fato da vida comum, pois se presume ao passar pela mesma experiência.
Prova de Direito – Art.376: O Juiz pede que seja provada aquela norma, determinado costume, uma lei específica, e que ela esteja em vigor. Sendo ela municipal, estadual, estrangeira ou consuetudinária= direito de costume.
Dever de colaboração – Art.378,379 e 370
O indivíduo tem o dever de colaborar com a justiça para a resolução do conflito.
Art. 378 - Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
Art. 379.  Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.
Art. 380.  Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:
I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;
II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
Parágrafo único.  Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias.
Provas em espécie:
Produção antecipada de provas: Art. 381, 382 e 383.
É licito a produção antecipada de provas desde que haja pertinência e relevância.
Pertinência se refere, a recair sobre os pontos controvertidos, e a relevância, é que aquele meio de prova tem de ser hábil para demonstrar aquele fato, a prova deveser compatível com aquilo que se refere o caso concreto, caso seja irrelevante será indeferido.
Art. 381.  A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a auto composição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Ata Notarial – Art. 384: é uma escritura feita em cartório, que exprime a declaração de vontade da parte interessada, que pode ser utilizada em juízo, pois possui fé pública. Segundo o parágrafo único é possível a utilização de sons gravados ou imagens.
Depoimento pessoal – Art. 385 e §s, 386, 387 e 388.
O depoimento pessoal é o esclarecimento sobre os fatos que as partes prestam ao Juízo, visando a confissão. As partes não são testemunhas, ou seja, não podem participar do depoimento das testemunhas, logo deve ser pedido o depoimento pessoal. E somente é possível pedir o depoimento pessoal da parte contrária.
Para prestar depoimento a parte deve ser intimada pessoalmente. As partes não podem ouvir os depoimentos um do outro.
Art.385 §1 – Caso a parte seja intimada pessoalmente e não comparecer ao juízo, ou comparecendo se recusa a depor, aplicar-lhe-á pena de confesso.
OBS: As partes não têm obrigação de dizer a verdade, baseado no princípio da não obrigação de produzir provas contra si.
Art. 385 §2 – É vedada a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
Art. 385 §3 – O depoimento pode ser feito por vídeo conferencia, em tempo real, que poderá inclusive ser realizado durante a audiência de instrução e julgamento.
Art. 386 – Quando a parte deixar de responder sem motivo justificado, ou empregar evasivas, o Juiz apreciando as circunstâncias, declarará na sentença que houve recusa a depor.
Art. 387 – As partes não podem servir-se de escritos anteriormente preparados, todavia a consulta de breves notas que objetivem completar o esclarecimento são permitidos.
Art. 388 - A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloque em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
Diferenças entre Depoimento pessoal e interrogatório:
	Depoimento pessoal
	Interrogatório
	Meio de prova
	Meio de convencimento
	Ocorre na AIJ
	Ocorre a qualquer momento até a sentença
	Requerido pelas partes
	Requerido de ofício pelo Juiz
	A parte deve ser intimada pessoalmente
	Pode ser intimada pelo advogado
	Pena de confesso caso se recuse a depor ou não devidamente intimado não compareça
	Não há pena de confesso
	Redução a termo (Ata que eu faço)
	Não se reduz a termo
Confissão – Art. 389 a 395: Admissão da verdade dos fatos contrário ao seu próprio interesse. É um ato jurídico, ou seja, é necessário agente capaz, objeto lícito e forma não prescrita ou não defesa em lei.
A confissão pode ser: espontânea ou provocada.
Espontânea: É aquela que decorre da própria vontade.
Provocada: É aquela quem advém do depoimento pessoal.
Pode ser judicial, ou seja, feita em juízo ou extrajudicial, feita fora dele.
A confissão verbal e escrita, sendo que a verbal sempre será judicial, feita em audiência.
Art. 392: Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a direitos indisponíveis.
§1 – Se for feita por quem não é capaz de dispor do direito, a que se referem os fatos, a confissão será ineficaz.
§2 – A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado.
Art. 393 – A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
§ único – A legitimidade para a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura.
Art. 395 – A confissão é uma e indivisível, não pode ser partida e utilizar somente alguns pontos dela. 
A confissão é prova como qualquer outra, não é porque confessou que a parte contrária irá ganhar.

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