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DIREITO PENAL Princípios - Última ratio "O Direito Penal só deve ser aplicado quando houver extrema necessidade, mantendo-se como instrumento subsidiário (quando os outros ramos do direito não resolvem o problema)" - Bem jurídico protegido "A expressão de um interesse, da pessoa ou da comunidade, na manutenção ou integridade de um certo estado, objeto ou bem em si mesmo socialmente relevante e por isso juridicamente reconhecido como valioso" "A função do Direito Penal é proteger bens jurídicos" - Princípio da legalidade (CF 88 - Art. 5, II) "Tudo que não for proibido é permitido. Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, se não em virtude de lei" - Anterioridade "Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal" - Princípio da ultratividade "É quando uma lei que já foi revogada é aplicada para os casos que ocorreram durante a sua vigência" - Retroatividade da lei mais benéfica (Artigo 5, inciso 40) "A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu" • Ultratividade da lei mais benígma "A lei mais benéfica ao réu age mesmo após a sua revogação para amparar o processo e julgamento de réu que tenha cometido ilícito sobre sua édige (sobre seu período de vigência)" - Taxatividade "Não adianta ter uma lei escrita definindo a conduta proibida se essa lei for demasiadamente vaga e não restringir o alcance do que é aquela conduta proibida" - Proporcionalidade • Necessidade • Adequação "Forma de controle das normas que visa dizer se uma norma é ou não constitucional em cima do parâmetro de proporcionalidade" - Razoabilidade "Mesmo quando o administrador público tem uma certa liberdade de escolha ele não pode fugir dos padrões da normalidade (não pode tomar uma decisão irracional)" - Culpabilidade Elementos de culpabilidade: Imputabilidade (menoridade, doença mental e embriaguez completa proveniente de caos fortuito ou força maior), exigibilidade de conduta diversa (só há reprovabilidade se o agente pudesse ter agido de outro modo) e potencial consciência da ilicitude "Juízo de reprovação pessoal que recai sobre o autor do fato" - Classificação dos tipos penais • Comissivos: Crimes de ação como assassinato, estupro, roubo, etc • Omissivos: Crimes praticados mediante a uma conduta negativa, os de não fazer. Omissivos puros ou próprios - A omissão está contida na própria lei ("deixar de"). Crimes unissubsistente (um único ato). Omissivo impuro ou impróprios - O tipo penal descreve uma ação a ser praticada por quem tem dever jurídico de agir (o garantidor que se omite, "garante"). - Tipos de crimes (instantâneo, permanente e continuado) Crime instantâneo: Um crime feito em um momento de forma instantânea. Crime pemanente: Um crime que vai se consumando a cada dia, como o sequestro. Crime continuado: Quando se tem a mesma conduta criminosa repetida diversas vezes. _______________________________________________________________________ Tempo do Crime - Teoria da atividade (CP, Art. 4. Teoria adotada pelo nosso código penal) "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado" - Teoria do resultado "Crime aconteceria no momento de sua consumação e não de sua conduta" - Teoria mista "Crime pode acontecer no momento da conduta ou no momento do resultado" Lugar do crime O Brasil leva em consideração a teoria da ubiquidade (mista, levando em consideração a atividade e o resultado) _____________________________________________________________________________ Conflito aparente de normas - Especialidade Norma especial prevalece sobre norma geral - Subsidiariedade “Há um tipo penal maior, quando esse não for aplicável, aplicaremos um tipo penal menor subsidiário” Subsidiariedade tácida: É aquela que ocorre após a análises dos tipos penais Subsidiariedade expressa: Alguns tipos penais fazem expressa menção a sua aplicação subsidiária - Alternatividade “Quando há aplicação alternativa em um dos verbos existentes na lei. Exemplo: No caso da lei de drogas pode imputar a prática no caso de transportar, ter consigo, etc”. - Consunção “Absorção do crime meio pelo crime fim. Exemplo: Lesão corporal como meio para o crime fim de homicídio. O réu é julgado pelo crime fim de homicídio, o crime de lesão corporal foi absorvido por ele”. _____________________________________________________________________________ - TERRITORIALIDADE (Art. 5 CP) "Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional" Temperada/mitigada: comporta exceções, como no caso de diplomatas e parlamentares de outros países. "Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar." "É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil." - EXTRATERRITORIALIDADE (território ficto e território real, artigo 7 CP, etc) Inciso I: Incondicionadas (vai ser aplicada a lei brasileira independente de nenhuma condição) “A pessoa vai ser punida independente de se já foi condenada ou absolvida no exterior” Casos onde ocorre: • Crimes praticados contra a vida ou liberdade do presidente da república vai ser aplicada a lei brasileira • Crimes praticados contra o patrimônio ou a fé pública dos entes federativos (União, distrito federal, Estados, territórios ou municípios) • Crimes praticados contra administração pública por quem está a serviço • Crimes de genocídio desde que cometidos por agentes brasileiros ou domiciliados no Brasil Inciso II: Condicionadas (vai ser aplicada a lei brasileiro em algumas condições) Necessário que se tenha a soma dos seguintes fatores: Réu entre no Brasil + Fato punível no país em que estava esse réu + Que esteja no rol dos crimes de extradição + Não pode ter absolvido ou cumprido a pena no estrangeiro + Não pode ter sido perdoado ou tenha sido extinta a sua punibilidade Casos onde ocorre: • Crimes praticados por brasileiros, aeronaves brasileiras ou embarcações brasileiras e não tenham sido julgadas • Crimes praticados por estrangeiros contra brasileiros • Crimes dos quais o Brasil tenha se obrigado a punir por tratado ou convenção
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